Buscar

Estudo de Caso TI para Moda Rapida

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Fichamento de Estudo de Caso
RIVÂNIA SOUZA DA ROCHA
DISCIPLINA: Sistemas Integrados de Gestão para Tomada de Decisão
TUTOR: Prof. Geraldo Gurgel
O texto mostra uma conversa informal entre Xan Salgado e Bruno Sanchez, no ano de 2003. Xan que era diretor de Ti da Inditex e Bruno era seu empregado responsável pelos sistemas PDV (ponto-de-venda). A conversa tratava sobre os terminais de PDV da Zara, sendo assim esse assunto era importante para ambos.
A discursão pretendia definir se era a melhor hora para fazer uma mudança no sistema operacional usado pela empresa, o DOS, por um mais atual. Os dois não conseguiam chegar em um acordo, pois tinham pensamentos diferentes. Salgado acreditava que como o sistema não tinha mais suporte há anos, logo, isso interferiria na abertura de uma nova loja, pois seus fornecedores de hardward poderiam fazer alguma atualização em algum periférico causando a incompatibilidade com o DOS. Já Bruno pensava da seguinte forma, como o sistema funcionava muito bem, não tinha necessidade de mexer nele, lembrando que o fornecedor dos terminais havia garantido que não teria modificações no mesmo. Também garantiu que a abertura de novas lojas não precisavam do envolvimento da área de TI, que era simples todo esse processo, bastava o gerente conectar um modem a uma linha telefônica e pronto, a loja já poderia começar a vender roupas. 
Neste momento Salgado apenas ficou pensando em como fazer a Zara se beneficiar-se de toda sua infraestrutura de TI para que ela continuasse a crescer.
De acordo com o texto, o modelo de negócios da Zara é o seguinte: “Vincular a demanda do consumidor à fabricação e vincular à fabricação à distribuição.”
A Zara foi fundada em 1975 por Amancio Ortega, que já tinha experiência em fabricação de roupas desde 1963. No ano de 1985, Jose Maria Castellano Rios entrou para a empresa como gerente de TI, logo ele se tornou executivo-chefe da Inditex e, juntamente com Ortega acreditavam que a tecnologia da informação era muito importante para o desenvolvimento e gestão da empresa.
Os dois também defendiam a ideia de que a Zara deveria conseguir com rapidez atender às demandas de seus clientes-alvos, que para eles eram jovens urbanos que mudavam de gosto frequentemente, dificultando a previsão do mesmo. A ideia principal era deixar de lado o marketing e propagandas, e dar mais autônomia aos gerentes das lojas, que além de lidar com os clientes e funcionários, também teriam liberdade de vender os produtos que achassem que seriam bons de venda, de acordo com análises da população local feitas por eles mesmos, e tinham o poder também de descordar da matriz caso precisasse.
Haviam o grupo “os comerciais”, que, desenvolviam e posteriormente repaginavam todas as coleções da Zara, eles se baseavam nas análises que os gerentes de produtos repassavam à eles. Por fim, o que era decidido pelos “comerciais” nunca eram revistos pelos superiores, pois isso poderia atrapalhar a agilidade e descentralização do processo de tomada de decisões.
O que a Zara não gastava com propagandas ela investia pesado nas localidades das lojas. O foco de venda era ter produtos que tivessem um ciclo de vida curto, tanto nas vitrines quanto depois de adquiridas pelos clientes. A ideia era fazer com que os consumidores voltassem a todo momento para conferir as novidades disponibilizadas em curto prazo.
Referente a tecnologia de informação, Salgado e sua equipe adotaram a preferência por desenvolvimento interno de todos os aplicativos que a empresa precisasse, descartaram a possibilidade de adquirir softwares do mercado e de gastar desnecessariamente com TI. 
Havia o departamento de Sistemas de Informação que era composto por mais ou menos 50 pessoas responsáveis pela criação desses sistemas de acordo com a necessidade. Eram desenvolvidos sistemas para as áreas contábil, para o suporte à pedidos, atendimento e fabricação.
Como todas decisões são tomadas através de análises pessoais, o TI na Inditex serve apenas para auxiliar nesses julgamentos, armazenando e fornecendo as informações necessárias em tempo real e organizada. O TI neste caso, ajuda todos os envolvidos no processo a lidar com a enorme quantidade de informações que são coletas. O foco da empresa é deixado sempre claro, que é desenvolver e vender roupas de qualidade, portanto o investimento maior é sempre pensando este sentido.
Com isso a Inditex ajusta a tecnologia à organização, mas não deixa de lado a certeza de que a TI é de extrema importância, porém, deve ser usada da melhor forma possível evitando gastos e desperdícios. Os computadores são usados para dar apoio à decisão e não para tomada de decisão. A empresa nos mostra que é possível ter grandes ganhos e vantagem competitiva pelo uso da TI, mas não somente por ela. Ou seja, isso tudo conta com o apoio de gestores com formação em tecnologia e negócios, que juntos, desenvolveram uma nova cultura para a empresa, substituindo estoque por informações, estas que serão armazenadas nos sistemas de informações.
Claro que, era investido muito também em tecnologia/computação, percebemos isso através das maquinas de produção com controle computadorizado, esteiras rolantes, computadores sofisticados e softwares desenvolvidos internamente pela Inditex. Existiam também os chamados handhelds (Assistentes pessoais digitais).
Por fim, notamos que ambos, Salgado e Sanchéz tinham em mente ficar “sofisticados demais”, - como diz o autor, em relação a TI. Talvez nenhuma das ideias deles eram ruins, mas precisavam serem analisadas corretamente ao ponto de entenderem que não precisavam apenas investir tanto assim em TI, e sim em saber usá-la a favor da empresa de forma organizada com baixo custo.
Com tudo, buscando um ambiente empresarial competitivo, a Zara se tornou o que chamamos de empresa digital, trazendo para seu cotidiano o uso de ferramentas digitais, como o uso dos handhelds (Assistentes pessoais – PDAs) que permitia trocar todo tipo de informações com toda a rede de lojas e centros de distribuição, um exemplo era informação de novos pedidos que se obtinha através da consulta aos handhelds. Os handhelds de cada usuário se comunicavam entre si com a tecnologia de infravermelho.
Notamos também que o planejamento estratégico das atividades de transportes também seguia um padrão bem organizado, para cada tipo de entrega e local, era estabelecido um meio de transporte adequado, o intuito era fazer com que os produtos não ficassem por muito tempo nos centros de distribuição. Os pedidos pelas lojas eram feitos duas vezes por semana.
Falando um pouco sobre processos de negócios, vimos que os administradores da Inditex entenderam corretamente seu significado, que é saber identificar as necessidades particulares do negócio e usar a tecnologia de informação para suprir essas necessidades. Eles criaram seus próprios sistemas que auxiliavam cada ciclo da cadeia de suprimentos. Os aplicativos desenvolvidos eram usados tanto para as atividades no escritório como também para o designer computadorizado das roupas. O TI era dividido em três grupos: os que desenvolviam suporte para as lojas, para a parte logística e administrativa.
Referente a integração do TI com a logística, a Zara conseguiu através das tecnologias que utilizava obter informações antecipadas e precisas sobre tomadas de decisões e demandas, isso fez com que ela trocasse os estoques por informações, mantendo os mesmo com pequenas quantidades armazenadas, caso contrário, se não tivessem essas importantes informações teriam que investir em grandes estoques para conseguir suprir qualquer variação que ocorresse. Lembrando que devido todo esse planejamento, e como a rotatividade de mercadorias era constante, as lojas da Inditex nem possuíam lugares para conseguir estocar. E podemos destacar que a troca de estoque por informação é uma das características principais da cadeia de suprimentos.
JATAI/GO
2018

Continue navegando