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AULA 3 ANÁLISE E MODELAGEM DE PROCESSOS Prof. Marcelo Carneiro Gonçalves 02 CONVERSA INICIAL No tema de hoje, abordaremos as principais ideias relacionadas ao processo de gestão de sistemas de software. Iniciaremos falando sobre o processo de gestão empresarial, também conhecido como funções administrativas (etapas de planejamento, organização, direção e controle) e seu papel na tomada de decisão em sistemas de software. Em seguida, elucidaremos as principais responsabilidades do gestor de tecnologia da informação. Posteriormente, trataremos sobre a gestão de pessoas e equipes como atividade fundamental para o gestor. Por fim, vamos estudar a gestão da produtividade, chamada também de gestão dos resultados. CONTEXTUALIZANDO Para uma contextualização desse tema, utilizaremos uma citação de Esther Derby (2017, tradução nossa): “Tratar pessoas como ‘recursos’ dá a impressão de que as pessoas são vistas como ‘commodities’, ou seja, meros ‘parafusos’, sem importância individual, além de recicláveis.” Para elucidarmos esse pensamento, apresentamos duas figuras a seguir. Uma representa um grupo de pessoas em sua rotina normal de trabalho e a outra trata de conhecidas commodities brasileiras. Figura 1 – Ilustração do contexto Nesse contexto, a frase de Derby nos faz refletir: que tipo de produto de software os desenvolvedores vão conseguir produzir nesse contexto? Para responder a esse questionamento, é necessário compreendermos o contexto da gestão de sistemas de software. TEMA 1 – PLANEJAMENTO 03 O processo gerencial, conhecido também como funções da administração, compreende o estudo de quatro processos, que foram definidos na década de 1950 por Peter Drucker, nas teorias neoclássicas: 1. Planejamento; 2. Organização; 3. Direção; 4. Controle. Esses quatro processos são cíclicos e contínuos, com início normalmente no planejamento. Contudo, após o início, o processo acontecerá por diversas vezes e somente finalizará quando a organização deixar de existir. A Figura 2 apresenta esse ciclo. Figura 2 – Funções da administração Neste tema, inicialmente trataremos sobre as duas primeiras funções/processos: planejamento e organização. Em seguida, abordaremos as funções restantes: direção e controle. Conhecer e saber lidar com o processo gerencial, principalmente quando os softwares são efetivos e objetivos, auxilia fortemente o processo de tomada de decisão por parte do gestor. 1.1 Planejamento De acordo com Rezende (2002), o planejamento é a fase em que é preciso desenvolver alternativas e decidir por uma entre as alternativas possíveis, com base nos objetivos futuros e tendo em vista premissas ou hipóteses definidas no processo. Para isso, deve-se utilizar as ferramentas e os recursos necessários. Planejamento Organização Direção Controle 04 Planejamento, em síntese, corresponde a você saber responder as seguintes perguntas: Quais são os meus objetivos? O que devo fazer para alcançar esses objetivos? Como está disposta a programação de atividades? Quais ferramentas e instrumentos estou utilizando? Se você for capaz de responder essas perguntas, já está no caminho de um bom planejamento. Para aplicar, em desenvolvimento de softwares, os conceitos de planejamento, é preciso utilizar uma metodologia estruturada de projeto, na qual são planejados os roteiros de desenvolvimento, as atividades e subatividades, o produto, a equipe, etc. (Rezende, 2002). O planejamento, em geral, fica tangível em sistemas de informação por meio de planos de trabalhos desenvolvidos nos projetos, através da distribuição organizada das informações. Na gestão, são muito conhecidos os níveis de planejamento, compreendendo três níveis. Figura 3 – Níveis de planejamento Fonte: Elaborado com base em Bateman, 1998. Segundo Bateman (1998), o planejamento pode ser dividido em três níveis: O planejamento estratégico corresponde à elaboração dos objetivos gerais, definidos pelos altos executivos e sob uma visão de longo prazo. Nesse nível definimos o referencial estratégico, dividido em: missão (trata- se do que a organização é no presente), visão (trata-se do que a 05 organização quer ser no futuro) e valores da empresa (são as crenças que guiam as estratégias). O planejamento tático trata de transformar os objetivos gerais em objetivos específicos, os quais o nível operacional seja capaz de executar. O planejamento operacional foca em desenvolver o trabalho, por meio de profissionais especializados, para cumprir os objetivos. Uma importante atividade do planejamento é a realização de orçamento. Independentemente do porte da empresa, realizar orçamentos é uma técnica valiosa de mercado. Por meio do orçamento, é possível estabelecer metas com as equipes e deixar claro onde a empresa deseja chegar. O orçamento está baseado em uma série de previsões, e corresponde ao que esperamos que possa acontecer em cada setor e no mercado. Para isso, em geral considera-se as informações passadas que possibilitem uma previsão (Lunkes, 2017). Portanto, planejar é uma atividade fundamental para qualquer tipo de processo ou projeto, pois possibilita o estabelecimento da direção onde desejamos chegar. Caso a realização aconteça diferente do planejado, não é motivo para “desespero”, uma vez que, em geral, no dia a dia é isso que ocorre: não existe ferramenta 100% confiável de previsão. Rezende (2002) explica que o planejamento deve compreender os seguintes itens: Os responsáveis; As datas de previsão e realização; Os recursos necessários; A situação das atividades (normalmente indicando se está pendente, aguardando, realizado, suspendido, etc.). Dessa forma, é preciso definir quem são os responsáveis pelas tarefas, quais as datas previstas para entrega ou quando foram realizadas, quais os recursos que serão necessários para fazer acontecer o projeto, e em que situação as atividades estão. Um projeto que deixa claro essas informações, disponibilizando-as para as equipes ficarem cientes do que está acontecendo, torna-se um potencial projeto bem-sucedido, pois a etapa de planejamento deve ser a etapa mais longa e bem organizada, com a finalidade de evitar retrabalhos posteriores com mudanças. Por isso a importância de uma boa análise e do levantamento de requisitos. 06 1.2 Organização Consiste no processo de alocar pessoas e recursos para atender aos objetivos estabelecidos no planejamento. Uma palavra-chave para essa fase consiste na divisão do trabalho. Nesse contexto, Rezende (2002) propõe a seguinte divisão: Especialização: a especialização está relacionada ao estabelecimento de atividades específicas necessárias para o alcance dos objetivos previamente planejados. Departamentalização: a departamentalização consiste em reunir as atividades em uma estrutura lógica. Cargos e tarefas: alocar atividades para pessoas específicas, considerando suas posições. É importante ressaltar que a divisão de atividades e/ou tarefas não é uma atividade contínua e infinita. Pelo contrário, ela é limitada, ou seja, devemos buscar especialização das atividades com a finalidade de aumentar as taxas de produção. Porém, existe um limite para essa especialização, que é quando alcançamos o nível de produtividade máximo. Gráfico 1 – Nível de especialização versus nível de produtividade O gráfico expressa, na linha vertical (eixo das coordenadas), a taxa de produtividade; na linha horizontal (eixo das abcissas), o nível de especialização.É importante notar que, quando aumentamos o nível de especialização, obtemos maior produtividade. Entretanto, esse aumento é limitado quando a taxa de produtividade máxima é alcançada. Dito de outra forma, não podemos especializar uma determinada tarefa mais que o necessário. Tax ad e p rod uti vid ade Nível de especialização Nível ótimo de especialiação 07 Vamos pensar em um caso prático. Uma empresa de produção de software resolve alocar cinco desenvolvedores para uma atividade de validação de software. No entanto, após os estudos, foi levantado que são necessários três desenvolvedores apenas. Como o gerente já havia alocado cinco funcionários para aquela tarefa, ele resolve dividir a etapa de validação do software em mais subatividades e, ao final do processo, percebe que gastou mais tempo que o estipulado para o projeto. Assim como no planejamento, para a aplicação da função organização em sistemas de informação, deve-se utilizar uma metodologia estruturada de projeto (Rezende, 2002). TEMA 2 – DIREÇÃO E CONTROLE A direção consiste na habilidade de integrar funções operacionais e gerenciais, assim como na capacidade de conseguir resultados através de pessoas, levando à interação entre gestor e executor (Rezende, 2002). A direção é “colocar-se em marcha”, e está relacionada à ação dos recursos humanos da empresa. O gestor deve apresentar habilidades de liderança, comunicação e motivação para dinamizar e orientar as pessoas. Em sistemas de informação, deve-se utilizar direcionamento e orientação na performance dos modelos de processos, aplicando treinamentos e acompanhamento constantes (Rezende, 2002). O maior objetivo do direcionamento é orientar a equipe para a geração de informações úteis, precisas e efetivas durante o processo. A direção divide-se em três enfoques: motivação, liderança e comunicação. Em geral, a motivação é definida como o conjunto de razões/causas/motivos responsáveis pela direção e persistência do comportamento do homem. A liderança, em síntese, trata da capacidade de exercer influência sobre as pessoas. Por fim, a comunicação se divide em comunicação interna (entre a equipe) e externa (propaganda e publicidade). É importante destacar que a comunicação é a principal causa de problemas na execução dos processos. O controle também é um processo de suma importância, pois é o último processo de um ciclo (direção) para um novo (planejamento). Logo, o controle gera uma revisão de todo processo anterior, com a finalidade de atualizar, com informações, o próximo processo. Quanto mais repetições o processo 08 administrativo apresenta (considerando todas as fases, desde o planejamento até o controle), mais controle a organização tem sobre o processo. O processo de controle busca avaliar se o esforço de planejamento é condizente com os resultados alcançados, bem como identificar possíveis desvios no planejamento que devem ser corrigidos ou planejados novamente (Rezende, 2002). Em outras palavras, o controle busca comparar o que foi realizado com o que foi planejado. A Figura 4 apresenta um caso em que se mediu o nível de produtividade ao longo do tempo: o que foi planejado versus o que foi executado. Figura 4 – Níveis de planejamento O controle busca também medir o desempenho e avaliar. Medir nada mais é que quantificar uma determinada informação. Avaliar é fazer um juízo sobre a medição realizada. O controle destaca os desvios ocorridos ao longo do processo, sejam positivos ou negativos. No caso da figura anterior, os desvios foram todos negativos, pois o que foi executado estava abaixo do planejado. Além disso, o controle aplica ações de correção, aprimoramento e aperfeiçoamento, com base no que foi medido e avaliado, com a finalidade de melhorar o processo a cada ciclo. Normalmente, nesse cenário consideramos três situações: o caso em que (I) o que foi planejado é superior ao que foi realizado; (II) o caso em que tudo que foi planejado foi alcançado; e (III) o caso em que o realizado superou o planejado. A Figura 5 apresenta essas possibilidades. Figura 5 – Possibilidades de planejado versus realizado 09 Com isso, a finalidade do processo de controle é garantir que os resultados do que foi previamente planejado se ajustem aos objetivos da organização. Ao falarmos de controle, estamos nos referindo à verificação, ou seja, buscamos verificar se as atividades controladas estão ou não atingindo os resultados (Rezende, 2002). O controle, segundo Rezende (2002), pode ser dividido em fases, como se observa pela figura abaixo. Figura 6 – Fluxo do controle O fluxo do controle se inicia com a ação de estabelecimento de padrões ou critérios, ou seja, para que futuras medições e avaliações possam ocorrer, é necessário primeiro definir um padrão de comparação. Em seguida, é realizada a ação de observação de desempenho, quando observamos a execução dos processos e analisamos o seu desempenho. A próxima ação é a comparação do Pla nej ado Rea liza do Pla nej ado Rea liza do Pla nej ado Rea liza do (I) (II) (III) Estabelecimento de padrões ou critérios Observação do desempenho Comparação do desempenho com o padrão estabelecido Ação corretiva 010 desempenho com o padrão estabelecido (primeira ação mencionada). Por fim, caso ocorra alguma não conformidade, no sentido de que o andamento do processo esteja em direção oposta ao que se espera, é preciso entrar com uma corretiva para os processos. Analisando os sistemas de informação, o controle aplica-se na execução dos modelos de processos responsáveis por gerar os produtos de software. Nesse caso, o controle auxilia na verificação das ações das pessoas, das responsabilidades por atividades e dos recursos empregados. O controle também se aplica no acesso às informações, compreendendo seu correto uso, possíveis distorções e resultados dos produtos (Rezende, 2002). TEMA 3 – GESTÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Realizar gestão compreende gerenciar ou administrar uma determinada unidade. No nosso caso, trata-se de unidades de negócios (ou processos) de tecnologia da informação. A gestão, em geral, envolve a lida com recursos, que podem ser pessoas, atividades, processos ou funções, materiais, logísticos, financeiros, etc. De acordo com Rezende (2002), para a gestão de sistemas de informação, recomenda-se a gestão participativa, ligada à alta administração e com trabalhos conjuntos com os usuários. As responsabilidades do gestor da área de tecnologia da informação, segundo Rezende (2002), são as seguintes: 1. Responsabilidades com os recursos humanos: essa responsabilidade envolve o trabalho relacionado a treinamento, contratação, reconhecimento, recompensação, medição e avaliação de desempenho, observação de comportamento, diferenças, lida com conflitos, motivação, planejamento, seleção de talentos, etc. Pessoas que estejam fora dos padrões esperados pela empresa devem ter total atenção – por exemplo, pessoas negativas ou otimistas em excesso, etc. 2. Responsabilidade com atividades/processos: essa responsabilidade sugere que o gestor deve ter conhecimento das funções da administração, ou seja, saber lidar com as quatro funções de planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades/processos. Além disso, é necessário saber lidar com tempo, com as equipes, com os processos e procedimentos. 3. Responsabilidade com recursos diversos: essa responsabilidade depende diretamente da versatilidade do gestor em saber lidar com os mais 011 diversosrecursos vinculados aos processos, tais como: recursos tecnológicos, recursos financeiros, recursos de materiais, recursos logísticos, recursos de tempo, recursos de manufatura, etc. 4. Responsabilidade com a empresa: essa responsabilidade compreende o compromisso que o gestor deve ter com a organização – por exemplo, saber dirigir as atividades diárias, respeitar as regras e políticas da companhia, prestar suporte nas tomadas de decisões, sugerir métodos para obtenção de resultados eficazes, construir e manter um grupo de trabalho com alta produtividade e motivados. TEMA 4 – GESTÃO DE PESSOAS E EQUIPES A gestão de pessoas e equipes é uma área primordial para o gestor, pois ela é responsável pelo bom desenvolvimento de todas as outras atividades da empresa. Nesse tema, vamos destacar a importância de ter uma equipe bem estruturada. Não devemos pensar que uma equipe seja composta apenas por pessoas: devemos considerá-la como um grupo formado por talentos e pessoas com potenciais. Para isso, é preciso tratar os profissionais de forma diferente, descobrir quem são os potenciais e aproveitar o melhor de cada um, além, é claro, de sempre dar atenção a pessoas exageradamente negativas ou otimistas. Além disso, é preciso saber reconhecer quais são os pontos fracos das equipes e, consequentemente, das pessoas, buscando descobrir suas deficiências e dificuldades, para que sejam corrigidas, de modo a levar a equipe a manter um alto padrão de rendimento e motivação. Aspectos como qualidade de vida e satisfação entre os colaboradores também devem ser levados em conta em qualquer circunstância. Em geral, os gestores estão comprometidos com os objetivos da empresa e desejam que a sua equipe também esteja. Contudo, para isso, não devemos forçá-los ou impor que trabalhem contra suas vontades, ou mesmo desmotivados. Saber gerenciar trabalhos em equipe é essencial para o gestor. Logo, dedicar tempo para aprimorar as equipes é fundamental, o que pode ser feito considerando os seguintes aspectos (Rezende, 2002): a equipe pode exercer influência maior nos membros do que o gestor; e uma equipe pode ser mais produtiva que um grupo de empregados. Além disso, para uma equipe efetiva, devemos dar atenção aos seguintes pontos (Rezende, 2002): Hábitos produtivos e cooperação no trabalho; 012 Comunicação objetiva, simples, clara e participativa; Ambiente de trabalho favorável; Esforço do grupo em prol de objetivos comuns. É importante ressaltar que a postura da equipe é coerente com a do gestor. Em outras palavras, se o gestor é positivo, proativo, dinâmico e participativo, a equipe provavelmente também será. TEMA 5 – GESTÃO DE RESULTADOS Nesse tema, abordaremos como o sucesso do gestor está atrelado ao bom desempenho da equipe. Quando falamos de resultados, estamos tratando de resultados provindos do desempenho que a equipe obteve sendo supervisionada por um gestor. Dessa forma, um dos principais desafios do gestor, além de obter uma taxa aceitável de produtividade da equipe, é saber mantê-la. O gestor é responsável pela equipe. Logo, é responsável pelos “meios” que vai utilizar para obter bons “fins”. Uma sugestão de Rezende (2002) é a elaboração de um programa de avaliação de desempenho, que tem por finalidade acompanhar, medir e avaliar o desempenho da equipe, bem como propor melhorias. Segundo Rezende (2002), as fases do desempenho são: Planejamento: planejar o desempenho é estabelecer objetivos a serem alcançados. Acompanhamento: consiste em observar e avaliar o desempenho e, quando necessário, aplicar treinamentos. Avaliação: a avaliação do desempenho consiste em dar um feedback (um retorno) para a equipe. Segundo o mesmo autor, os fatores que influenciam o desempenho ou sucesso dos projetos são: Capacidade, conhecimento e compreensão sobre a taxa requerida de desempenho esperado; Investimento; Vontade e/ou motivação da equipe. Para gestão de resultados, o tempo é fundamental, pois é um dos principais recursos a serem administrados. Sobre a administração do tempo, destacamos alguns pontos (Rezende, 2002): 013 Dar foco a atividades com maior prioridade; Administrar a distribuição do tempo; Estabelecer critérios para determinar prioridades; Tentar retirar do dia a dia atividades que consumam tempo desnecessário; Otimizar o tempo intercalando atividades simultâneas; Usar métodos de planejamento de cronogramas e prazos. O reconhecimento é outro aspecto que o gestor deve ponderar na organização, uma vez que tanto a motivação quanto a satisfação devem exigir algum tipo de reconhecimento. Rezende (2002) elucida algumas formas de reconhecimento: Reconhecimento informal: saber transmitir incentivos, palavras positivas, designações especiais, etc. Reconhecimento formal: formalizar planos de carreiras, promoções, gratificações, etc. Finalmente, uma forma muito importante de gestão dos resultados são os fatores motivacionais. Desenvolver motivação é garantir um trabalho mais eficiente e também um maior tempo de permanência da equipe na empresa. Por isso, destacamos três pontos fundamentais de motivação (Rezende, 2002): 1. Desenvolver a contrapartida: quando falamos de contrapartida, estamos nos referindo a atitudes que a empresa deve ter com os funcionários, como, por exemplo, gratificações, remuneração justa, benefícios, plano de saúde, etc. 2. Perspectivas: disponibilizar oportunidades para o colaborador crescer na empresa, seja via treinamentos, aprendizado, plano de oportunidades futuras, etc. Esse ponto é crucial para que o trabalhador não caia na rotina, o que pode vir a afetar a execução das suas atividades. 3. Clima organizacional de trabalho: proporcionar um ambiente saudável para desenvolver suas atividades, levando em consideração o regime de trabalho, a comunicação com todos os níveis de funcionários da empresa, boas condições ambientais que minimizem o nível de stress, etc. FINALIZANDO Vamos retomar o contexto do início da nossa aula com a frase de Esther Derby (2017, tradução nossa): “Tratar pessoas como ‘recursos’ dá a impressão que 014 as pessoas são vistas como ‘commodities’, ou seja, meros ‘parafusos’, sem importância individual, além de recicláveis.” Essa frase nos fez refletir o seguinte: que tipo de produto de software os desenvolvedores vão conseguir produzir nesse contexto? Respondendo a nossa problematização inicial, devemos saber investir de forma correta ao lidarmos com a equipe de projeto, pois um projeto de software eficaz é construído por pessoas motivadas. Além disso, é preciso investir em um bom clima organizacional, uma vez que um bom estado mental estimula a produtividade e a criatividade para a solução problemas. Portanto, é preciso ter cuidado na forma de tratar a equipe, principalmente, quando ela é composta por pessoas com potencial de crescimento e diferentes habilidades técnicas. 015 REFERÊNCIAS BATEMAN, T; SNELL, S. Administração: construindo vantagem competitiva. São Paulo: Atlas, 1998. DERBY, E. Resources don’t write software: people do. Disponível em: <http://www.estherderby.com/?s= resources+human>. Acesso em: 5 out. 2017. LUNKES, R. J. A importância do Orçamento como ferramenta de planejamento. Disponível em: <https://www.ecrconsultoria.com.br/biblioteca/artigos/controladoria-estrategica/a- importancia-do-orcamento-como-ferramenta-de-planejame>. Acesso em: 5 out. 2017. REZENDE, D. A. Engenharia de software e sistemas de informação. 2. ed. Rio de Janeiro: Brasport, 2002. SOMMERVILLE,I. Engenharia de software. 8. ed. São Paulo: Pearson Addison- Wesley, 2007. TONSIG, S. L. Engenharia de software: análise e projeto de sistemas. 2. ed. revista e ampliada. Rio de Janeiro: Editora Ciência Moderna Ltda., 2008.
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