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Bioquímica do Sistema Cardiovascular

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Bioquímica Cardiovascular – Principais Tópicos
1 – Disserte sobre a relação entre hipóxia, HIF e eritrócitos. (Aula 2) 
Em situações de hipóxia, ou seja, quando um tecido apresenta baixa pressão de oxigênio, é
ativado o Fator Induzido por Hipóxia (HIF). O HIF tem a função de promover uma solução para
aquela situação no organismo, que geralmente se dá pela angiogênese, mediada pelas células
endoteliais, musculares lisas e macrófagos.
Além do HIF, a hipóxia também promove a produção de eritropoetina, que é a proteína de
diferenciação dos eritrócitos. Aumentando a quantidade de eritropoetina no sangue, mais eritrócitos
são formados, o que melhora o transporte de oxigênio, algo essencial em situações de hipóxia. Esse
é o motivo pelo qual indivíduos que vivem em locais muito altos, onde há baixo índice de oxigênio,
possuem uma maior concentração de hemácias no sangue.
2 – Disserte sobre miosina, troponina, tropomiosina, actina e cardiomiócito. (Aula 1)
O cardiomiócito, que é a célula contrátil muscular, possui um mecanismo de contração
ativado por cálcio e composto por quatro proteínas principais: miosina, troponina, tropomiosina e
actina. Esse mecanismo contrátil é chamado de sarcômero.
Quando ocorre estímulo por íons de cálcio no sarcômero, esses íons se ligam à troponina c,
que promove a mudança conformacional na troponina i, possibilitando a conexão entre a actina e
tropomiosina, o que vai permitir o deslizamento dos filamentos finos sobre os filamentos grossos.
Entretanto, antes de ocorrer esse deslizamento é necessária a hidrólise do ATP ligado a miosina, que
é liberado após a quebra, abrindo caminho para o deslizamento da actina. Esse deslizamento acaba
por aproximar as linhas z do sarcômero, o que gera a contração muscular. 
3 – Disserte sobre o consumo de Oxigênio pelos músculos em exercícios controlados de longa
duração e em exercícios intensos de curta duração. (Aula 1)
Um exercício intenso e de curta duração exige uma alta energia dos músculos, mas não
possibilita uma respiração adequada, essa situação faz com que as fibras musculares busquem
maneiras anaeróbicas de geração de energia, que nesse caso é a fermentação lática. A fermentação
acaba por consumir uma alta quantidade de carboidratos, além de provocar uma exaustão rápida do
músculo, mas não gera nenhuma perda de gordura, pois a oxidação de ácidos graxos depende de
oxigênio.
Por outro lado, um exercício de longa duração controlado possibilita uma boa respiração e
degrada tanto moléculas de glicose quanto de gordura. Por esse motivo, esse exercício é
recomendado para pessoas que buscam a perda de peso, já que a Beta Oxidação é um processo
dependente de Oxigênio.
4 – Qual o principal substrato energético do coração e por que? (Aula 3)
O principal substrato energético do coração são os ácidos graxos. Isso se deve ao fato de o
coração ser um órgão de contração constante, e por isso necessita de muita energia, que é fornecida
muito mais eficientemente pelos ácidos graxos do que pelas moléculas de glicose. Um ácido graxo é
capaz de gerar em torno de 108 ATP, enquanto uma molécula de glicose gera em torno de 32 ATP.
Além disso, o ácido graxo, por ser uma molécula hidrofóbica, não sofre solvatação pela água, o que
diminui o peso e o volume necessário para o armazenamento de triglicerídios em comparação com
o necessário para armazenar glicose.
5 – Disserte sobre a reação dos GLUT e da Eritropoetina em situações de Hipóxia. (Aula 2)
Quando um tecido se encontra em situação de hipóxia (baixa pressão de oxigênio), suas
células acabam por realizar em menor taxa os processos de respiração celular e Beta Oxidação, que
são processos dependentes de oxigênio. Por esse motivo, é necessário um maior consumo de
glicose, para a realização do processo de fermentação, o que leva a uma maior atividade dos GLUT,
que são transportadores de glicose para o interior das células.
Outra reação causada pelo processo de hipóxia é a produção de mais hemácias, o que
maximiza a captação e transporte de oxigênio pelo sangue. Agora, para geração de mais hemácias é
necessária a produção de mais eritropoetina, proteína que promove a diferenciação celular em
eritrócitos, por isso um ambiente de pouco oxigênio induz uma maior produção de eritropoetina.
6 – Explique o que é o Paradoxo do Mediterrâneo relacionado à dieta. (Aula 3)
O Paradoxo do Mediterrâneo está associado ao fato de que em diversas regiões rurais da
Europa, os habitantes costumam consumir uma alta taxa de lipídios, através da ingestão de óleos,
queijos e peixes, e mesmo assim apresentam uma saúde muito boa. 
Isso é considerado um paradoxo pois por muito tempo a sociedade acreditou que uma dieta
rica em lipídios não era saudável, pois acarretava, principalmente, em problemas vasculares.
Entretanto, a partir de pesquisas mais recentes e aprofundadas, foi visto que uma dieta rica em
lipídios não é ruim para o organismo humano, principalmente se esses lipídios forem de origem
natural, e que a dieta realmente destrutiva ao organismo seria aquela rica em carboidratos, que pode
vir a gerar uma síntese de ácidos graxos desregulada nos vasos, além de aumentar a chance de um
caso clínico de diabetes.

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