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A seleção natural agindo na espécie humana

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A seleção natural agindo na espécie humana: Grandes epidemias agindo na espécie humana: Grandes epidemias e seus efeitos na propagação da nossa espécie
	De acordo com Darwin, a Seleção Natural é a sobrevivência dos mais fortes, dos que tem uma maior capacidade de adaptação às adversidades do meio e são superior aos seres vivos capazes de ocupar o mesmo nicho ecológico. Porém, atualmente, se discute se o ser humano realmente é influenciado pela Seleção Natural ou se ele conseguiu se esquivar dela. 
	É fato que a espécie humana passou por esse processo e as epidemias foram importantes para possibilitar que ele ocorresse. Esses eventos epidémicos geraram para a população mundial muitas consequências ruins, como um grande número de mortos, sofrimento e medo. Contudo, foram eles e todos esses sentimentos negativos que, de certa forma, estimularam o desenvolvimento da ciência e incentivaram cientistas a pesquisarem e, assim, descobrirem curas e vacinas para muitas doenças existentes e, em alguns casos, até a erradicação delas.
Pensando na história, certamente ocorreram várias epidemias que acabaram com populações, mas uma das mais antigas e marcantes documentada foi a peste bulbônica, também conhecida como peste negra. Ocorreu no século 14, aproximadamente entre os anos de 1346 à 1352, principalmente na Europa e Ásia, sendo, nessa época, considerada por muitos um castigo divino devido aos pecados da sociedade, ou seja, não tinham noção do que realmente causava e de como se transmitia. Porém, na realidade, o verdadeiro responsável era a bactéria Yersinia pestis que era transmitida aos humanos por meio da pulga encontrada em roedores como o rato, o qual era muito comum, já que o lixo e o esgoto corriam a céu aberto, ou pelas vias aéreas, devido muitos aglomerados urbanos. A doença causa inflamação dos gânglios linfáticos, tremedeiras, dores localizadas e febre alta, podendo também causar problemas respiratórios. Ela deixou muitos mortos, cerca de 50 milhões, e os que sobreviveram a e esse processo de seleção natural, começaram a pensar em formas de evitar a sua proliferação, como a quarentena e impedindo a entrada de navios nas cidades. Entretanto, só em 1894 que foi descoberta a bactéria responsável pela peste e que deveria ser tratada com antibióticos, logo, ela foi sendo combatida à medida que se melhorou a higiene e o saneamento das cidades e diminuindo a população de ratos urbanos.
Outra epidemia que matou mais de 20 milhões de pessoas foi a gripe espanhola, que ocorreu devido a uma mutação do vírus da gripe, o influenza, no mundo todo durante a primeira Guerra Mundial, de 1917 até 1919. Após seu desaparecimento por volta de 1919, não foi mais registrado casos da doença, mesmo que não tivesse cura para ela. A doença era transmitida pelo ar, por meio de gotículas de saliva e espirros, causando dores de cabeça e no corpo, febre alta, dificuldades em respirar, tosse com sangue e sangramentos no nariz e ouvidos.
O horror causado pela doença, no entanto, alertou para a necessidade de ação coletiva contra epidemias e deixou lições importantes para o mundo. Devido a ela, a Conferência de Paz de Paris em 1919, discutiu não somente sobre a reconstrução e manutenção da paz do mundo pós guerra, mas falou-se também dos esforços internacionais no combate a epidemias e surgiram as bases para o sistema atual de controle global de saúde. Depois disso, nos anos 20, a Liga das Nações, atuou em campanhas de prevenção e educação de doenças. Apesar de só existir um trabalho mais sério pós Gripe Espanhola, ele foi crucial para lidar de maneira apropriada com outras epidemias que vieram em seguida, como a de tifo que assolou a Europa. Por causa de tudo isso, foram criados sistemas de alerta para monitorar doenças infecciosas mais comuns e se difundia mais as informações. Além disso, a Liga das Nações também investiu em pesquisa, promoveu a padronização de vacinas e campanhas de vacinação ao redor do mundo e incentivou o treinamento de profissionais de saúde, e foi apartir dai, que surgiu a ideia de que a saúde global só poderia ser protegida com cooperação internacional.
Pensando na atualidade, ainda existem doenças epidêmicas, como é o caso da Malária. Essa enfermidade é comumente encontrada no continente africano, sobretudo na região subsaariana, na Floresta Amazônica e também ao sul da China. Ela é causada por um protozoário chamado Plasmodium e sua forma de infecção é por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles contaminado. Com relação a sua prevenção, é recomendado a utilização de mosquiteiros, aplicação de repelentes e também combate ao estado larval desse inseto, já para sua cura é necessário a ingestão de medicamentos, sendo mais comum o Artemisinina. 
	Porém, na África, onde a insidência da doença é muito elevada, as condições de vida são precárias e não há acesso aos medicamentos, acredita-se que ocorreu um processo de seleção natural na população. Muitos moradores dessas regiões apresentam uma outra doença, chamada de anemia falciforme, a qual é genética e, por isso, hereditária. Ela deixa as hemácias do paciente com um formato anormal, o de foice, o que dificulta a captação de gases pela célula. Contudo, ela não é muito letal e faz com que seja muito difícil que se adquira malária, pois o Plasmodium se aloja nas hemácias do hospedeiro, local o qual ocorre a reprodução assexuada do protozoário, mas no caso da anemia falciforme branda, esse alojamento é muito difícil de ocorrer devido a deformação da hemácia e, dessa forma, as pessoas com essa anemia, não possuem malária. Sendo assim, os que possuem essa alteração genética tendem a sobreviver e se reproduzir mais dos que não a possuem, já que eles estão mais adaptados aquele meio.
	Outra doença que é considerada como uma epidemia pela OMS, Organização Mundial de Saúde, é a Sindrome da Imunodeficiência Adquirida, a qual há pouco mais de 40 milhões de infectados e, aproximadamente, 38 milhões de mortes. Ela surgiu como epidemia por volta de 1980 atingindo majoritariamente a população masculina, tendo como formas de contágio o contato com sangue, sémen, lubrificação vaginal, fluido pré-ejaculatório ou leite materno infectados. Como medidas preventivas é aconselhado o uso de preservativos durante o sexo, o uso de remédio pelos infectados para diminuir a carga viral e diminuir a probabilidade de contágio, evitar o aleitamento, caso a mãe seja portadora e promover a cesárea. É uma enfermidade que destrói o sistema imunológico e deixa o organismo frágil e suscetível a doenças causadas por outros agentes patogênicos. Devido a ausência de cura, os soropositivos são tratados com coquetéis de drogas que inibem a multiplicação do vírus, mas não o eliminam do organismo, sendo, atualmente, uma das poucas doenças que o homem não conseguiu vencer o vírus, devido a grande capacidade mutagênica dele e seu sistema de ataque ao corpo, o qual envolvem a destruição das células CD4. Todavia, há hipóteses do surgimento de um grupo na África resistente ao HIV por conter alterações nos receptores CD4 e, portanto, apresentarem dificuldade ou diferenciação na interação com o HIV.
	Contudo, uma doença atual que aterrorisou o mundo foi a ebola, a qual o nome é uma referência ao rio o qual em suas redondezas tiveram seus primeiros casos confirmados no final da década de 1970, porém, o grande surto desse vírus aconteceu em 2014, sobretudo em países africanos, como Serra Leoa, Guiné e República Democrática do Congo. Apesar de existir 5 tipos de vírus, o mais comum é o Zaire. Sua transmição não ocorre pelo ar, ela passa de um homem para outro por meio de fluidos, isto é, suor, sangue e outros tipos de secreções. Por causa disto, os profissionais de saúde utilizam luvas, máscaras de proteção e macacão, para tentar evitar o contágio. Tem como sintomas febre repentina, fraqueza, dor muscular, dores na cabeça, deficiência das funções renais e hepáticas, sangramentos tanto internos quanto externos e entre outros, os quais aparecem pela primeira vez de 2 a 21 dias depois da infecção.A ebola é uma enfermidade que ainda não possui cura, logo, sua prevenção se torna ainda mais essencial. Ela inclui o não contato direto com as secreções dos pacientes, pela utilização de vestimentas adequadas e, quando o indivíduo infectado falece, é de suma relevância a utilização de caixões de chumbo, visto que, por meio destes, a liberação de fluidos para o solo e o contato, mesmo que não diretamente, são inibidos. Para o tratamento, é recomendado terapias de apoio, as quais hidratam o paciente, mantém os níveis de oxigênio e pressão sanguínea constantes.
	Já no Brasil, a epidemia em destaque é a Zica, causada por um vírus, encontrado originalmente na África, tendo os primeiros casos brasileiros notificados nos estados do Rio Grande do Norte e Bahia no início de 2015. Devido ao fato de aproximadamente 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas, muitos adquirem a doença e nunca sabem. Entretanto naqueles que há manifestação os sintomas são bastante semelhantes aos da Dengue, como febre, dor no corpo e dores nas articulações. 
	Contudo, o vírus pode causar grandes problemas ao feto, pois dados indicam que recém-nascidos de mães contaminadas durante a gestação correm o risco de apresentarem microcefalia, condição neurológica em que a cabeça e o cérebro da criança são significativamente menores do que os de outras da mesma idade. Em 20 de Janeiro de 2016, cientistas do estado do Paraná, Brasil, descobriram que o vírus é capaz de penetrar a placenta durante a gravidez. Além da Microcefalia, o Zica vírus também foi relacionado, pelo Ministério da Saúde à casos da Síndrome de Guillan-Barré, doença autoimune em que o sistema imunológico ataca o sistema nervoso por engano, que o causa uma inflamação nos nervos e fraqueza muscular. Não há tratamento específico para a doença, logo os medicamentos são apenas para o alívio dos sintomas.
	Portanto, pode-se perceber que as epidemias afetaram muito a humanidade, levando muitas pessoas à morte. Contudo, o avanço da ciência fez com que esses efeitos fossem diminuindo ao longo do tempo e alguns cientistas consideram que atualmente o ser humano não sofre mais com o processo de seleção natural, já que vacinas, meios de prevenção e medicamentos, fazem com que pessoas sobrevivam mesmo sem serem resistentes a uma doença, logo, a verdadeira seleção ocorre devido suas condições financeiras, se você tem ou não acesso a uma boa saúde e remédios.
Bibliografia:
http://super.abril.com.br/ciencia/as-grandes-epidemias-ao-longo-da-historia
http://www.medicinaintensiva.com.br/peste-negra.htm
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Peste Negra"; Brasil Escola
http://www.tuasaude.com/gripe-espanhola/
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/10/141013_gripe_espanhola_licoes_ebola_fd
http://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/malaria
aids.gov.br
unaids.org.br
www.rcsb.org
http://www.msf.org.br/o-que-fazemos/atividades-medicas/ebola
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2014/10/141020_ebola_carne_fd
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2237-96222015000400785&lang=pt
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/22308-oms-reconhece-que-o-brasil-esta-preparado-para-enfrentar-o-virus-zika

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