Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
134 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III Unidade III 7 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Se você retomar os objetivos específicos desta disciplina, verá que são: capacitá-lo a classificar os custos de acordo com o seu comportamento, apurar o custo de produção pelos principais sistemas de custeio e identificar o sistema de custeio que melhor se adapte às estratégias operacionais e administrativas da organização; e capacitá-lo a estabelecer o preço de venda sob diferentes situações competitivas e de percepção de valor pelos clientes, bem como considerando os custos do produto ou serviço. Neste capítulo será abordada a especificação do preço de venda tendo em conta o ciclo de vida organizacional da empresa. Esta é uma abordagem teórico-empírica muito útil, pois simplifica a determinação da estratégia de precificação a adotar; com efeito, Goulart Júnior (2000) fez um estudo de casos múltiplos em cinco empresas, demonstrando que há uma associação entre o estágio da instituição e o tipo de preço que praticam. Tal estudo confirmou que “o domínio dos processos de custeio e precificação e a oportunidade de seu uso é condizente com a estrutura interna dessas organizações e determinante para a estratégia dos negócios” (GOULART JÚNIOR, 2000, p. 10). O autor do estudo com isto quer dizer que o estabelecimento do preço depende fundamentalmente de duas coisas: • dos tipos de custeio utilizados pelas empresas (basicamente: custeio por absorção com rateio simples e por meio de departamentalização; custeio baseado em atividades, conhecido também como ABC; e custeio variável, denominado também custeio direto; e • da estrutura organizacional da empresa, isto é, pelo modo como a autoridade é distribuída. A estrutura organizacional, de acordo com Sobral e Peci (2013, p. 53), é o resultado final do processo de organização. Refere-se ao modo como as atividades de uma companhia são ordenadas para possibilitar o alcance dos objetivos. Essa estrutura especifica os papéis, as relações e os procedimentos organizacionais que proporcionam uma ação coordenada de seus membros. Notar que a representação gráfica da estrutura de uma organização, de acordo com esses autores (p. 254), é o organograma que mostra as funções, os departamentos e os cargos da empresa, especificando também como eles se relacionam. Cada retângulo de um organograma representa a forma de dividir o trabalho e os critérios de departamentalização usados pela organização. Esses retângulos são dispostos em níveis e representam a hierarquia da organização. As linhas que ligam os retângulos referem-se à distribuição da autoridade ou à cadeia de comando, indicando quem está subordinado a quem (SOBRAL; PECI, 2013, p. 254). 135 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS O modelo de Goulart Júnior (2000) chama a atenção para o seguinte fato: com a globalização dos mercados, as empresas passaram a sofrer maior concorrência e, para enfrentá-la, tiveram que melhorar seus produtos, diminuindo os custos e buscando adotar processos mais velozes e de melhor qualidade. Observação Processo é um conjunto repetitivo de atividades logicamente ordenadas para que um dado objetivo ou resultado seja alcançado, já projeto é o inverso, um conjunto não repetitivo de atividades logicamente ordenadas. Por exemplo, emitir o balancete da empresa mensalmente é um processo; implantar o sistema de custeio ABC é um projeto. Goulart Júnior (2000, p. 12) continua sua argumentação afirmando que as mudanças pelo aumento da concorrência forçaram as empresas a controlar os custos, para tal diminuindo as perdas e os desperdícios. Isto fez com que elas passassem a ter um conhecimento mais preciso dos custos realmente embutidos em cada produto. Conhecer os custos que verdadeiramente constituem cada produto só é possível pela implantação de sistemas de custeio adequados. Isto conduz a empresa a adotar métodos de precificação, isto é, formas para estabelecer preços, que levam em conta as necessidades do mercado. • Processo de custeio: formas, sistemas e métodos de custeio utilizados pelas empresas como fatores-chave de sucesso no seu ciclo de vida. • Processo de precificação: métodos e políticas para especificação dos preços dos produtos ou serviços utilizados pelas empresas como fatores-chave de sucesso no ciclo de vida. • Fatores críticos de sucesso: poucas, mas relevantes propriedades, que são obrigatórias para o sucesso de uma atividade. Por exemplo, para um professor, didática e conhecimento são fatores críticos de sucesso. Ainda o autor pondera que o conhecimento do estágio de cada empresa no ciclo de vida das organizações é um fator importante para que elas consigam aprimorar seus processos de gestão. Goulart Júnior (2000, p. 13) afirma que se a empresa conhece a sua posição no ciclo de vida organizacional, sabe assim quais as suas metas e fatores-chave de sucesso necessários para destacar-se no mercado. Observação Ciclo de vida organizacional é uma metáfora, uma imagem, que se utiliza para auxiliar no conhecimento dos processos de mudanças vivenciados pelas organizações ao longo de sua trajetória. 136 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III Considera-se que uma empresa tem uma história de vida semelhante a um ser vivo, que nasce, cresce, alcança a maturidade, fica estável por um certo período e envelhece. Há inúmeros modelos de ciclo de vida organizacional, os mais utilizados são: Victor e Boynton (1998), Scott e Bruce (1987), Miller e Friesen (1984) e Lester, Parnell e Carraher (2003). O modelo de Greiner (1972), embora não incluído entre os mais utilizados, é famoso. Goulart Júnior (2000, p. 21) aborda, entretanto, outros modelos: o de Adizes (1990), que considera que para cada fase são definidas metas, comportamentos, lideranças e funções específicas (cinco fases de crescimento e cinco de envelhecimento); e o de Kaufmann (1990), que considera quatro fases com base na cultura corporativa: poder e liderança; autoridade e delegação; mudanças culturais; e planejamento e qualidade dos recursos humanos. Goulart Júnior (200, p. 31) optou por propor um ciclo de vida organizacional que resume as fases de cada um dos modelos que abordou para compor um quadro de referência, o qual veremos a seguir. Aumento de produção Crescimento das vendas Retorno sobre investimento Fluxo de caixa Aumento do lucro FlexibilidadeAumento do lucro Crescimento das vendas Nascimento Envelhecimento Crescimento EstabilidadeMaturidade Figura 28 – Síntese do ciclo de vida organizacional proposto por Goulart Júnior Conforme o modelo proposto pelo autor (2000, p. 34): • Na fase de nascimento o poder é centralizado, as formas de controle são precárias e o planejamento é de curtíssimo prazo: observa-se o aumento da produção e o crescimento das vendas. • Na fase de crescimento as tarefas se tornam mais complexas, os funcionários mais especializados e surgem as necessidades de informação e controle formal. Os lucros tendem a aumentar. • Na fase de maturidade tanto as vendas como os lucros são metas de desempenho, pois além do domínio total dos processos de produção que geram maior flexibilidade e resultados financeiros e operacionais, a estrutura da empresa está sendo adequada ao volume de vendas e à fatia do mercado. Nesta etapa observam-se o aumento do lucro e o crescimento das vendas. • Na fase de estabilidade a empresa apresenta-se institucionalizada e profissionalizada, com bons sistemas de controle. Ela possui domínio da fatia de mercado, os lucros são altos, comvendas acima da média do setor, o controle do negócio é descentralizado com a delegação das decisões. 137 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS • Na fase de envelhecimento a empresa apresenta cultura própria, mas começam a ocorrer exageros nas atividades burocráticas. Ela começa a perder a sua flexibilidade e o desempenho passa a ser medido pelo retorno sobre os investimentos e pelo fluxo de caixa. Os resultados da pesquisa de Goulart Júnior (2000) estão resumidos a seguir. Quadro 16 – Síntese das características encontradas nas empresas em cada fase: Cíclica Ciclo Custo Preço Lucro Nascimento (P=C+L) Aum. da produção Cresc. das vendas Baseado em volume por recursos variável ou integral Preço de mercado Política de seguir preços Diferença entre os preços e os custos Crescimento (P=C+L) Aumento do lucro Baseado em volume por centros de custos Absorção integral Por mark-up Política de aumento da qualidade Margem fixa acrescida ao preço de aquisição Maturidade (L=P-C) Aum. do lucro Cresc. das vendas Base vol. ou ativid. por centros de resp. Absorção integral Valor percebido Política de reduzir preços Alcançado pelo controle dos custos Estabilidade (L=P-C) Flexibilidade Status quo Baseado em atividade por centros de resp. por atividade Preço de valor Política de aumento da quali. e preço Define o status quo da empresa Envelhecimento (C=P+L) Retorno do investim. Fluxo de caixa Baseado em atividade por atividade Retorno-alvo Política de inovações Resultado de melhorias no processo Fonte: Goulart Júnior (2000, p. 71). 7.1 Modelo de precificação ou de formação do preço de venda Goulart Júnior (2000) fez uma pesquisa empírica e concluiu que, conforme o ciclo de vida da empresa há a utilização de sistemas de custeio e de precificação condizentes com a estrutura interna da organização. Isto quer dizer que a evolução do processo de custeio e de precificação está fortemente associado às fases do ciclo de vida que a empresa vive. Por isso, basta conhecer em qual estágio se encontra a companhia dentro do seu ciclo de vida organizacional para que se possa especificar a forma mais apropriada de controlar os custos, definir os preços e a estratégia para obter o lucro. 138 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III 7.1.1 Custos, preços e lucros na fase de nascimento Na fase de nascimento, de acordo com Goulart Júnior (2000, p. 34): A empresa começa perseguindo o aumento de produção e o crescimento das vendas como forma de conquistar uma demanda cativa e sua fixação no mercado. Na fase de crescimento as tarefas se tornam mais complexas, os funcionários mais especializados e surgem as necessidades de informação e controle formal. Ocorrem definições das responsabilidades, autoridade e especificações de cargos. A meta de desempenho perseguida é o aumento no lucro, pois a empresa conhece sua posição no mercado e passa a dominar seu processo produtivo, alterando os seus valores anteriores e direcionando-se para os aspectos qualitativos de seus produtos com maior grau de apropriação. Nesta fase apenas demonstrativos financeiros exigidos pelo fisco são produzidos. Neste contexto a fórmula básica que orienta a estratégia custos versus preços, o sistema de custeio, o modo de precificação e a origem do lucro são: • Fórmula básica: P= C + L. O preço é uma função do custo; ele depende do custo. Neste caso, corresponde ao custo mais uma parcela de lucro. • Sistema de custeio: na fase de nascimento, começa a ser definida a estrutura para o controle. As comunicações são informais, a empresa procura assimilar as necessidades da demanda tentando se firmar no mercado. As metas de desempenho são o aumento da produção e o crescimento das vendas. O poder está centralizado e a empresa não apresenta departamentos. Ainda nesta etapa, algumas instituições passam a adotar o método de custeio variável para controlar os custos fixos e variáveis que são identificados no plano de contas, e quando apresentam maior número de produtos, aplica-se o rateio dos custos fixos indiretos, determinando o custo do produto pelo método por absorção integral. Porém, enquanto o domínio do processo produtivo não é alcançado, elas apenas analisam seus custos, não podendo alterá-los. • Modo de precificação: a precificação por preço de mercado junto ao custeamento por recursos determina algumas alternativas à empresa. Algumas delas, no desejo de crescimento de suas vendas, estabelecem o preço abaixo do mercado acreditando em lucros maiores em longo prazo. Contudo, a maioria segue o preço de mercado que supre a falta de conhecimento técnico dos próprios custos como base de precificação. • Origem do lucro: é obtido pela diferença entre o preço de mercado e os custos. Lembrete A evolução do processo de custeio e de precificação está fortemente associado às fases do ciclo de vida que a empresa vive. 139 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS 7.1.2 Custos, preços e lucros na fase de crescimento Na fase de crescimento, as tarefas se tornam mais complexas, com funcionários mais especializados e surgem outras necessidades formais de informação e controle. Ocorrem definições das responsabilidades, autoridades e especificações de cargos. A meta de desempenho é o aumento do lucro. A empresa começa a buscar maior grau de apropriação de capital do seu processo produtivo. Para Goulart Júnior (2000, p. 69): Esta fase frequentemente é marcada pela divisão da empresa em centros de custos. As empresas estabelecem preços que maximizem seu faturamento visando aumentar os lucros no longo prazo, ocorrendo crescimento na participação de mercado. Neste contexto, a fórmula básica que orienta a estratégia custos versus preços, o sistema de custeio, o modo de precificação e a origem do lucro são: • Fórmula básica: P= C + L. • Sistema de custeio: a forma de custeamento por centros de custos implantada segue o método de custeio por absorção que contribui para a distribuição dos recursos aos centros de custo através dos rateios de custos indiretos fixos e determinação dos custos diretos aos produtos. • Modo de precificação: o preço ainda é defenido pelo mercado, podendo o lucro ser obtido como margem fixa acrescida ao preço de aquisição ou custos de produção. • Origem do lucro: com a precificação por mark-up, os preços praticados no mercado conduzem a empresa a determinar uma margem fixa que cubra os lucros desejados. 7.1.3 Custos, preços e lucros na fase de maturidade Para Goulart Júnior (2000, p. 69), na fase de maturidade a estrutura hierárquica é bem definida: As responsabilidades e autoridades estão definidas, ocorrendo necessidade de delegação das decisões. A empresa está burocratizada, com comunicação formalizada e controle estruturado. As metas de desempenho da empresa são o aumento do lucro e o crescimento das vendas. Neste contexto, a fórmula básica que orienta a estratégia custos versus preços, o sistema de custeio, o modo de precificação e a origem do lucro são: • Fórmula básica: L= P - C. Note que embora a equação L= P - C matematicamente implique L + C= P, de modo operacional é lida com outro sentido: o lucro é o que sobra quando do preço (dado pelo mercado) se diminui o valor dos custos. 140 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III • Sistema de custeio: a necessidadede apuração acurada dos custos de produção induz à utilização do método de custeio por absorção em um sistema baseado em atividades. Assim, nos processos produtivos limitados aos centros de responsabilidades, são direcionados os recursos por atividade. • Modo de precificação: nesta fase o controle dos custos deixa a empresa em condições de estabelecer seu preço, buscando maiores lucros e com maior qualidade dos produtos. • Origem do lucro: a precificação por valor recebido fixa preços onde os atributos valorizados pelos clientes no produto são destacados, podendo a empresa aumentar seus preços agregando o valor da qualidade e com isso elevar seus lucros. 7.1.4 Custos, preços e lucros na fase de estabilidade Na fase de estabilidade, afirma Goulart Júnior (2000, p. 69): A empresa está institucionalizada, profissionalizada e com bons sistemas de controle. Nesta fase a coordenação é enfatizada. A empresa tem o domínio do processo. A empresa passa a explorar novos produtos, novos mercados, diversificando produtos. A descentralização do controle faz com que a tomada de decisões seja canalizada aos diretores e gerentes. A competição no mercado aumenta e a empresa necessita gerenciar melhor os seus custos. Neste contexto, a fórmula básica que orienta a estratégia custos versus preços, o sistema de custeio, o modo de precificação e a origem do lucro são: • Fórmula básica: L= P - C. • Sistema de custeio: a empresa define o seu status quo com a capacidade de realizar gestão dos custos e dos preços. O método por preço de valor representa a forma de competir no mercado com custos mais baixos pela melhoria dos processos, mantendo a qualidade dos produtos para conquistar novos segmentos sensíveis a preço. • Modo de precificação: o custeamento por atividades generaliza a análise das atividades em todo o processo produtivo, determinando a cadeia de valor e melhorias contínuas. Neste método as atividades são agrupadas em direcionadores comuns, que, além de direcionar recursos, fazem-no para as atividades necessárias ao processo. • Origem do lucro: a precificação pode estabelecer preços mais baixos sem perda nos resultados, pois seus custos foram reduzidos sem depreciar sua qualidade. 141 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS 7.1.5 Custos, preços e lucros na fase de envelhecimento Na fase de envelhecimento, afirma Goulart Júnior (2000, p. 70): A empresa apresenta cultura própria e começa a ocorrer um exagero nas atividades burocráticas. Aparecem o controle sobre as inovações e o conservadorismo sobre o risco, focalizando a meta de desempenho como a rentabilidade sobre os investimentos. Nesta fase o fluxo de caixa da empresa se torna importante para determinar a regularidade da organização e suas interações com o ambiente. O controle é diluído para cada responsável administrativo, deixando a alta administração com menos poder na tomada de decisões. Neste contexto, a fórmula básica que orienta a estratégia custos versus preços, o sistema de custeio, o modo de precificação e a origem do lucro são: • Fórmula básica: C= P - L. • Sistema de custeio: o conhecimento das atividades e objetos de custos é essencial, pois o mercado determina a tecnologia pelo custo. O custeio por atividades é intensificado, proporcionando o conhecimento correto dos custos, melhorando a gestão deles, da qualidade e do tempo, agregando apenas o que representa valor aos olhos dos clientes. • Modo de precificação: nesta fase a cooperação torna-se necessária. O modelo dos processos identifica maior qualidade e produtividade. O mercado indica os custos mais competitivos, sendo o lucro resultado de melhorias no processo. • Origem do lucro: uma precificação por retorno-alvo assegura a taxa-alvo de retorno sobre os investimentos perseguida como meta da empresa com volume de equilíbrio reduzido. A análise do custo-alvo serve como base para a melhoria contínua e gerenciamento dos custos executados com o conhecimento das economias de escala e o escopo da empresa, adequando o preço aos custos. Saiba mais Para informações adicionais a respeito do tema aqui tratado, leia GOULART JÚNIOR, R. Custeio e precificação no ciclo de vida das empresas. 2000. Florianópolis: UFSC, 2000. Dissertação (Mestrado em Engenharia). Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Santa Catarina, 2000. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/79373/171261. pdf?sequence=1>. Acesso em: 5 jun. 2018. 142 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III 8 PRECIFICAÇÃO PELO MARK-UP E PRECIFICAÇÃO MAXIMIZANTE Neste capítulo ensinaremos como estabelecer o preço utilizando o conceito de mark-up e também como determinar o preço de um produto que maximiza o lucro ou maximiza a receita. 8.1 Precificação pelo mark-up O mark-up é um valor aplicado sobre o custo de um produto ou serviço com vistas a estabelecer o preço de venda. Este conceito é baseado na ideia de cost plus pricing ou preço margem, que consiste em adicionar-se ao custo unitário do produto ou do serviço uma margem segura que cubra impostos, comissões, despesas e o lucro bruto desejado para formar o preço de venda. Este modelo é muito utilizado, especialmente nos casos de empresas dos ramos de comércio que compram e revendem produtos. Neste caso o preço de venda é estabelecido considerando o custo do produto, que é multiplicado por um valor denominado mark-up: Preço de venda= Custo (mark-up) Por exemplo, se um produto é comprado por $ 50,00 e o mark-up= 3, então: Preço de venda= $ 50 (2,5)= $ 125. É importante ter em mente que o valor do mark-up é calculado com base no produto e nas características próprias da organização. Muitas empresas “adotam” o mark-up utilizado pelo “setor” e podem estar elaborando graves erros. O mark-up é, de forma geral, um valor multiplicador como no exemplo anterior (= 2,5), mas é sempre possível estabelecer um mark-up divisor, pelo simples fato de que multiplicar um valor por 2,5 é o mesmo que dividi-lo por 1/2,5 — ou seja, por 0,40: Preço de venda= $ 50/0,40= $ 125. Seu cálculo é relativamente simples, desde que sejam conhecidos os valores relacionados aos impostos incidentes sobre o produto e o porcentual que as despesas representam das vendas. Exemplo: Suponha uma empresa comercial que possua receita bruta da ordem de $ 2.000.000, com despesas gerais correspondentes a cerca de $ 200.000, que compra um produto por $ 7,00 a unidade. Ela considera 17% de ICMS, 3,65% de PIS/Cofins e deseja obter lucro antes do imposto de renda e contribuição social na ordem de 20%. Qual o valor do mark-up que deve ser utilizado? Qual o preço de venda do produto? A tabela a seguir resume as informações necessárias consideradas ao referido cálculo. Note que os valores são incidentes sobre o preço de venda final. Para calcular o mark-up, é necessário fazer a soma dos porcentuais. No caso, a soma dá 45,65%. 143 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS Tabela 90 ICMS da venda 17,00% PIS/Cofins 3,65% Despesas 10,00% Lucro antes dos tributos 15,00% Total 45,65% • O mark-up divisor será: 100% - 45,65%= 54,35% ou 0,5435. • O mark-up multiplicador será: 1/0.5435= 1,8399264= 1,84. O preço de venda pode ser calculado de dois modos: • Preço de venda = Custo (mark-up)= $ 7/0,5435= $ 12,88. • Preço de venda = Custo (mark-up)= $ 7 (1,84)= $ 12,88. A tabela a seguir mostra a destinação dos valores recebidos pela venda do produto ao preço de $ 12,88: $ 2,19 para ICMS, $ 0,47 para PIS/Cofins, $ 1,29 suportaas despesas, $ 1,93 para lucro e $ 7,00 paga a compra do produto. Tabela 91 Venda= 12,88 ICMS da venda 17,00% 2,19 PIS/Cofins 3,65% 0,47 Despesas 10,00% 1,29 Lucro antes dos tributos 15,00% 1,93 Custo= 7,00 8.2 Função demanda Neste item serão apresentadas as técnicas que podem ser adotadas para se estabelecer um preço que maximize a receita. Em primeiro lugar, aprendemos a calcular uma função demanda de diversos modos: usando softwares estatísticos; manualmente, pelo sistema de mínimos quadrados e utilizando o Excel. Na sequência se define o processo para estabelecer o preço que maximiza a receita e, depois, aquele que maximiza o lucro. 144 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III A precificação para maximizar a receita pressupõe que se saiba estabelecer a curva da demanda em razão do preço do produto. Ou seja, é preciso conhecer quantos produtos são vendidos a um determinado preço. Geralmente a empresa “testa” o mercado buscando entender como funciona a relação preço demanda. Por exemplo, uma companhia fabrica um determinado produto XPT e observou o seguinte comportamento de demanda: Tabela 92 Preço unitário $ Demanda (mil) 100 250 150 230 200 190 210 150 Com estas informações é possível estabelecer a equação de demanda do tipo: Q= a + bp Onde: • Q é a quantidade demandada • p é o preço unitário • a e b são fatores Como quanto maior for o preço menor será a demanda, a equação de demanda tem a forma geral: Q= a - bp 8.2.1 Função de demanda por meio de softwares estatísticos No presente caso, a equação de demanda é dada por: Q= 340,0 - 0,82 p. Por esta equação, fica-se sabendo que quando o preço é igual a 180 $, serão vendidas: Q= 340,0 - 0,82 (180)= 192,4. Ao preço unitário de 180 $, tem de ser vendidas 192,4 mil unidades do produto XPT. Uma solução feita no software Minitab é a apresentada a seguir. 145 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS 100 120 140 160 180 200 220 250 225 200 175 150 De m an da Preço Gráfico de associação Preço x Demanda Demanda = 340,0 - 0,8182 Preço S 19.3061 R-Sq 87,4% R-Sq(adj) 81,0% Figura 29 – Equação da reta no Minitab Saiba mais Para realizar cálculos, é possível utilizar o software estatístico Bioestat. Ele possui licença free e pode ser encontrado no site: MAMIRAUA. Downloads. Bioestat – versão 5.3. [on-line]. Disponível em: <https://www.mamiraua.org.br/pt-br/downloads/programas/bioestat- versao-53/>. Acesso em: 30 maio 2018. Coloque os valores na planilha do Bioestat: Tabela 93 250 100 230 150 190 200 150 210 Selecione: Estatísticas Regressão Linear simples: Selecione as duas colunas e clique em Excetuar estatística. Surgirá o seguinte resultado: 146 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III Figura 30 – Output do teste de regressão linear no BioEstat Clique em Gráfico para visualizar o resultado a seguir. 100 100 150 200 250 300 150 X Y 200 250 Teste de regressão linear Figura 31 – Gráfico da regressão linear no BioEstat 8.2.2 Função demanda calculada manualmente pelo método dos mínimos quadrados Outra forma de calcular, manualmente, é pelo produto de matrizes. A função demanda na forma geral y= a + bx é calculada pelo seguinte produto de matrizes: n x x x a b y xy � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � �2 Admitam-se os mesmos pares de valores de vendas do produto XPT. Para facilitar o trabalho manual, eles foram divididos por 10. 147 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS Tabela 94 25 10 23 15 19 20 15 21 O primeiro passo é preencher as matrizes. Repare que temos os valores x e y e, desta forma, podemos calcular suas somatórias e substituí-los nas matrizes. Observe que n= 4, pois são 4 pares de valores. Os valores a e b são as incógnitas que queremos conhecer na função y= a + bx. Tabela 95 Preço unitário $ Demanda (mil) 10 25 15 23 20 19 21 15 Somatórias= 66 82 n x x x a b y xy x a b � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � � 2 2 4 66 66 �� � � � � � � � �� 82 xy Para termos o valor de x2∑ , precisamos levar em conta que x x x xn2 12 22 2� � � � �... e que isto é bem diferente de x�� �2. Devemos calcular os valores de x2 e de x.y: Tabela 96 x Preço unitário $ y Demanda (mil) x*x x*y 10 25 100 250 15 23 225 345 20 19 400 380 21 15 441 315 Somatórias= 66 82 1166 1290 148 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III Conhecidas as somatórias, substituímos nas matrizes: 4 66 66 1166 82 1290 � � � � � � � � � � � � � � � � � � � a b Para resolver este sistema de matrizes, é necessário saber que se multiplica cada linha da primeira matriz pela coluna da segunda, gerando um sistema de equações: 4 66 82 66 1166 1290 a b a b � � � � � � � � � Podemos multiplicar a primeira linha de tal forma que tenhamos valores complementares em a ou b. 66 4 16 5= , Vamos multiplicar toda a primeira linha por -16,5: 4 66 82 16 5 66 1166 1290 66 1089 1353 66 116 a b a b a b a � � � � � � � � � � � � � � � ( , ) 66 1290b � � � � � � Somamos as duas equações: Oa + 77b = -63 Ou: 77 63 63 77 0 8182 b b � � � � � � , 149 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS Substituindo b em alguma das equações do sistema, temos: 4 66 82 4 66 0 8182 82 4 54 82 4 82 54 4 136 136 4 34 a b a a a a a � � � � � � � � � � � � ( , ) ,000 Logo, a equação de demanda na forma y= a + bx para o caso estudado é: y= 34 - 0,8182x Observe que a equação de demanda na forma y= a + bx para facilitar os cálculos teve os valores divididos por 10. No presente caso, fica: y= 340 - 0,8182x O valor de b, que é a inclinação da curva, não é multiplicado por 10. O entendimento dos valores a e b é dado na figura a seguir. O valor a indica a altura na qual o eixo y é cortado (x=0). O valor b indica a inclinação da reta. No caso -0,8182 quer dizer que a curva decresce 0,8182 unidades no eixo y para cada unidade que avança no eixo x. 1000 120 140 340 -0,8182 1,0 160 180 200 220 250 225 200 175 150 De m an da Preço Fitted line plot Qmil = 340,0 - 0,8182 Preço S 19.3061 R-Sq 87,4% R-Sq(adj) 81,0% Figura 32 – Construção da linha de regressão linear 150 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III Resolvido o mesmo problema pelo Excel, temos: Tabela 97 A B x Preço unitário $ y Demanda (mil) 10 25 15 23 20 19 21 15 intercepção 34 inclinação -0.8182 previsão x= 18 19.2727 8.2.3 Função demanda usando a calculadora financeira HP-12C Uma outra possibilidade é fazeruso da máquina de calcular. Qualquer calculadora financeira tem funções estatísticas. No presente caso, utilizamos a HP-12C. Quando se trabalha com a HP em funções estatísticas, é necessário colocar os dados na ordem em que eles são introduzidos: Y e X. • Passo 1: colocar os valores a serem utilizados na ordem requerida pela calculadora para evitar erros de introdução Tabela 98 y x Demanda (mil) Preço unitário $ 250 100 230 150 190 200 150 210 • Passo 2: limpar os registradores de cálculos estatísticos — Ligue a calculadora (pressione On). — Limpe os registradores estatísticos: f REG= f CLx. • Passo 3: introduzir os pares de valores disponíveis 151 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS Para introduzir o primeiro par (250; 100), faça o seguinte: 250 enter 100 �� visor= 1 O visor indica que foi introduzido o primeiro par de valores. Faça o mesmo para os demais valores: 230 enter 150 �� visor= 2 190 enter 200 �� visor= 3 150 enter 210 �� visor= 4 Olhe a parte de trás da calculadora, pois lá constará: • Registrador R1: contém o valor de n. • Registrador R2: contém x∑ etc. Para ter esses valores visíveis do visor, basta usar a função Recall: Por exemplo, para ver a somatória de x, basta teclar RCL 2 visor= 660 • Passo 4: para obter o valor de a que ocorre quando x=0 Digite 0 g ˆ ,y r visor= 340 Observe que é o mesmo que teclar 0 g 2 • Passo 5: para obter o valor de b — Armazene o valor a na memória 0 — Portanto, com o resultado do passo 4: STO 0 visor= 340 152 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III • Para obter o valor de x que ocorre quando y = 0 Digite 0 g ˆ ,x r visor= 415,5556 Ou seja, a reta da função corta o eixo dos x em 415,5556 Recupere o valor (340) armazenado em 0: RCL 0 visor=340 Divida visor=1,2222 Observe que este é o resultado da divisão de 415,5556 por 340 A inclinação é o oposto. Tecle 1x visor=0,8182 8.3 Noções de função derivada Para operar com funções não lineares (funções que não são expressas por linhas retas), como é o caso daquelas que expressam RT ou LT, é necessário levar em conta as derivadas de tais funções. Seja y= f(x) a função que está representada no gráfico, e sejam x0 e x0 + ∆x dois valores de seu domínio. y xx0 f(x0 + ∆x) x0 + ∆x Figura 33 – Incremento de uma função A razão incremental é dada por: � � � � y x f x x f x x � � �( ) ( ) Denomina-se função derivada o limite de ∆ ∆ y x quando ∆x tende a zero (assume valores muito pequenos). 153 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS E indica-se por: f x y x f x f x x f x xx x ´ lim ´( ) lim ( ) ( )� � � � � � � � �� � � � � �0 0 A função derivada também pode ser indicada por: • y´ (lê-se derivada de y); • dy dx (lê- se derivada de y em relação a x). 1000 120 140 340 -0,8182 1,0 160 180 200 220 250 225 200 175 150 De m an da Preço 415,5556 Fitted line plot Qmil = 340,0 - 0,8182 Preço S 19.3061 R-Sq 87,4% R-Sq(adj) 81,0% Figura 34 – Construção da linha de regressão linear com a HP12-C 8.4 Equação da demanda por meio da reta de regressão usando o Excel As funções estatísticas que correspondem aos conceitos de reta de regressão são: Intercepção, Inclinação, Previsão e Tendência. • Intercepção (série y; série x): dá como resultado o valor do coeficiente de regressão “a”, denominado intercepto da reta de regressão linear, ou seja, de quando X= 0. • Inclinação (série y; série x): dá como resultado o valor do coeficiente “b” da reta de regressão linear. • Previsão (x; série y; série x): dá como resultado o valor projetado da reta de regressão linear simples para um único valor X. Deve-se ter o cuidado de escolher valores de X na faixa de valores observados da variável independente. • Tendência (série y; série x; novo x; constante): retorna o valor y correspondente ao x em uma tendência linear. A constante é opcional, trata-se de um valor lógico que especifica se a constante 154 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III b será ou não forçada a se igualar a 0. Se o resultado do teste lógico for verdadeiro ou omitido, b será calculado normalmente. Tabela 99 B C x Preço unitário $ y Demanda (mil) 100 250 150 230 200 190 210 150 intercepção 340 =INTERCEPÇÃO(c4:c7;b4:b7) inclinação -0.8182 =INCLINAÇÃO(c4:c7;b4:b7) provisão x=18 192.73 =PREVISÃO.LINEAR(18;c4:c7;b4:b7) Exemplo: Dada a função f(x)= 3x², definida em R, calcule a função derivada f(x). f x x x x x x x x x x xx x ’( ) lim ( ) lim | ( ) | � � � � � � � � � �� � � � � � �0 2 2 0 2 2 23 3 3 2 3 llim ( ) lim ( ) ’( ) � � � � � � � � x x x x x x x x x x x x x f x � � � � � � � � � 0 2 2 2 0 3 6 3 3 6 3 6 �� 6x 8.5 Algumas regras fundamentais de derivação Derivada da função constante: f(x)= k; k∈R é nula, isto é: f x k f x( ) ’( )� � � 0 Derivada da função identidade: f x x( ) = é 1, ou seja: f x x f x( ) ’( )� � �1 Derivada da função potência: f x x n f x nxn n( ) ( *) ’( )� � � � �� 1 Exemplos: • 1. f x x f x x f x x( ) ’( ) ’( )� � � � ��3 3 1 23 3 • 2. f x x f x x f x x( ) ’( ) ’( )� � � � � ��4 2 4 82 2 1 • 3. f x x f x x f x x f x x ( ) ’( ) ’( ) ’( )� � � � � � � � � �� � � �5 5 1 6 6 5 5 5 Derivada da função seno: f x x f x x( ) sen ’( ) cos� � � Derivada da função cosseno: f x x f x x( ) cos ’( ) sen� � � � Derivada da função exponencial: f x a a e a f x a lnax x( ) ( ) ‘ ( )� � � � �0 1 155 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS Exemplo: f x f x lnx x( ) ’( )� � �5 5 5 Derivada da função logarítmica neperiana: f x lnx f x x ( ) ’( )� � � 1 8.6 Cálculo de preços maximizantes da receita A receita da empresa é dada por PQ, isto é, pelo produto do preço P pela quantidade Q vendida: R = PQ R = P[340 - 0,8182P] R = 340P - 0,8182P2 Se considerarmos a variação do preço P na faixa de 80 a 340, veremos que existe um preço no qual ocorre a receita máxima. 100 150 200 250 300 350 36000 34000 32000 30000 28000 26000 24000 22000 20000 Re ce ita Preço Fitted line plot Receita = 0,000153 + 340.0 Preço - 0,8182 Preço**2 S 0.0029848 R-Sq 100.0% R-Sq(adj) 100.0% Figura 35 – Receita segundo o preço O valor máximo acontece um pouco acima de 200: Tabela 100 Preço Receita 205 35315.15 206 35318.86 207 35320.95 208 35321.40 209 35320.21 210 35317.38 211 35312.92 212 35306.82 156 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III No ponto máximo, a derivada da função é igual a zero. A função receita é dada por: R = 340P - 0,8182P2 A derivada R’ da função é: R’ = 340 - 1,6364P Fazendo R’=0 0 340 16364 16364 340 340 16364 207 77 � � � � � , , , , P P P Veja a figura a seguir: 100 150 200 250 300 350 36000 34000 32000 30000 28000 26000 24000 22000 20000 Re ce ita 207,77 Fitted line plot Receita = 0,000153 + 340.0 Preço - 0,8182Preço**2 S 0.0029848 R-Sq 100.0% R-Sq(adj) 100.0% Figura 36 – O preço que maximiza a receita; neste exemplo é 207,77 8.7 Preço de venda que maximiza o lucro Cabe observar que o preço de venda que maximiza o lucro nem sempre faz o mesmo com a receita. Consideremos o exemplo anterior que tem a função demanda: Q = 340 - 0,8182P Para sabermos o preço que maximiza o lucro, necessitamos conhecer a “estrutura de custos”. Admita- se que a estrutura de custos unitários do produto seja CUP= 3 + 0.5P, isto é, o CUP corresponde a uma parte constante, no caso 3,00 e a uma parte variável segundo o preço P (neste exemplo: 0,5P). 157 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS Sabe-se que Lucro= Receita - Custos totais L R C R PQ L PQ C T T � � � � � Os custos totais são iguais aos unitários multiplicados pela quantidade vendida: C Q C C Q P C Q PQ T UP T T � � � � � * * ( . ) , 3 0 5 3 0 5 Retomamos: L PQ C L PQ Q PQ L PQ Q PQ L PQ Q PQ L PQ Q T� � � � � � � � � � � � � [ , ] , , , 3 0 5 3 0 5 3 0 5 0 5 3 Coloca-se Q em evidência: L PQ Q L Q P � � � � 0 5 3 0 5 3 , ( , ) Todavia, Q P L Q P L P P L P � � � � � � � � � 340 0 8182 0 5 3 340 0 8182 0 5 3 170 1020 , ( , ) [ , ]( , ) �� � � � � 0 4091 2 4545 172 4545 1020 0 4091 2 2 , , , , P P L P P 158 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III L é uma função quadrática na medida em que tem um elemento elevado ao quadrado. Como o sinal desse elemento é negativo (-0,4091P2), é uma função maximizante (tem um ponto máximo). O ponto máximo ocorre quando a derivada da tangente nesse ponto é zero. Calcula-se a derivada de L: L P P L P � � � � � 172 4545 1020 0 4091 172 4545 0 8182 2, , ’ , , Fazendo a derivada= 0 L P P P P ’ , , , , , , � � � � � � 172 4545 0 8182 0 172 4545 0 8182 0 8182 172 4245 172,, , , , 4245 0 8182 210 77 211 00� � O gráfico referente ao lucro será mostrado na figura a seguir. Observe que o lucro máximo ocorre quando P é igual a 211,00. Tabela 101 Preço Lucro 208 17151.23 209 17153.09 210 17154.14 211 17154.36 212 17153.76 213 17152.35 214 17150.12 215 17147.07 159 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS 100 150 200 250 300 350 18000 17000 16000 15000 14000 13000 12000 11000 10000 L P Fitted line plot L = 1020 +172.5 Preço - 0.4091 P**2 S 0 R-Sq 100.0% R-Sq(adj) 100.0% Figura 37 – Preço que maximiza o lucro No item anterior observamos que o preço que maximiza a receita é 208,00; aqui vimos que o valor que maximiza o lucro é 211,00. Exemplo: Admita-se que um produto tem custos de mão de obra direta (MOD) e matéria-prima= $ 3,00 e despesas na ordem de 50% do preço de venda (referentes a despesas gerais, impostos, comissões). Isto é, ovos de chocolate são fabricados pela Chocolatix Ltda. e os custos diretos de fabricar cada um deles são no valor de $ 3,00, correspondentes à mão de obra e matéria-prima. Há outras despesas, tais como: despesas gerais, impostos e comissões e a soma delas (DGIC) corresponde a 50% do preço de venda (P). Como 50% é o mesmo que 50/100= 0,5, pode-se escrever que DGIC= 0,5*P. Isto quer dizer que o custo unitário dos ovos é dado por: Cup= 3 + 0.5 P (CUP é o custo unitário do produto) A Chocolatix tem vendido ovos e pesquisas mostraram que a demanda (procura) é uma função do preço, ou seja: Qvendida= f(preço) Pelos registros da empresa, sabe-se que as vendas foram as seguintes, considerando alguns preços praticados: 160 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III Tabela 102 Preço QVendida 7 8012 8 7035 9 6043 10 4996 11 4015 12 3018 Foi feita uma análise tendo-se obtido o resultado expresso na figura a seguir: 7 8 9 10 11 12 8000 7000 6000 5000 4000 3000 QV en di da Preço Gráfico de associação Preço x Demanda QVendida = 15041 - 1002 Preço S 18.2903 R-Sq 100.0% R-Sq(adj) 100.0% Figura 38 – Análise da quantidade vendida segundo o preço Quanto maior o preço, menor o número de unidades vendidas. Por exemplo, quando o preço do ovo é colocado a $ 8,00, são vendidas cerca de 7.000 unidades; entretanto, quando o valor é $12,00, as vendas são de cerca de 3.000 itens. A função observada foi: QVendida= 15.041 - 1.002 P Foi adotada a seguinte função que expressa a demanda dos clientes: Q= 15.000 - 1.000 P O que os administradores da Chocolatix querem saber é o seguinte: Qual o preço de venda que, neste caso, maximiza os lucros da empresa? Resolução: Estrutura de CUP CUP= 3 + 0,5 P 161 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS Equação da demanda: Q= 15.000 - 1.000 P Queremos encontrar o preço que maximiza o lucro. • Passo 1 Sabe-se que Lucro= Receita - Custos totais (L= R - CT) A receita R é igual à quantidade vendida Q vezes o preço P (2) R= PQ Logo: (3) L= PQ - CT • Passo 2 Os custos totais são iguais ao custo unitário multiplicado pela quantidade vendida (4) CT= Q* CUP Todavia, (5) CUP= 3 + 0,5 P Logo: CT= Q (3 + 0,5 P) (6) CT= 3Q+ 0,5 PQ (7) • Passo 3 L= PQ - CT (1) Substituindo a equação (7) na equação (1): L= PQ - [3Q+ 0,5 PQ] (8) L= PQ - 3Q - 0,5 PQ (9) 162 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III A equação 9 pode ser escrita na forma: L= 1,0 PQ - 3Q - 0,5PQ (10) L= 1,0 PQ - 0,5PQ - 3Q (11) L= 0,5 PQ - 3Q • Passo 4 Coloca-se Q em evidência L= Q [0,5 P - 3] (12) Todavia, Q= 15.000 - 1.000 P (13) Substitui-se a equação (13) na equação (12) L= [15.000 - 1.000 P] [0,5P - 3] (14) Faz-se a fatoração: A equação (14) é do tipo X= (a-b)(c-d), ficando assim: x= ac-ad-bc+bd L= 15.000* 0,5P - 15.000*3 - 1.000 P* 0,5 P + 1.000 P*3 (15) L= 7500 P - 45.000 - 500 P2 + 3.000 P (16) L= 10.500 P - 500 P2 - 45.000 (17) A equação (17) mostra que o lucro (L) é uma função do preço (P). O gráfico desta função é exibido a seguir, à esquerda (eixo y) temos o lucro; o eixo x expressa o preço P. A curva exibe o lucro para um dado preço P. O lucro é máximo no topo (u) da curva, e a esse ponto corresponde ao preço Pmax, que maximiza o lucro. Este preço está entre $ 10 e $ 11. 163 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS 10000 8000 6000 4000 2000 8 10 12 14v u sr L P t Pmax Figura 39 – O preço Pmax é o que maximiza o lucro • Passo 5 Como se vê, L é uma função quadrática, já que tem um elemento elevado ao quadrado; como o sinal dele é negativo (-500P2), trata-se de uma função maximizante: tem topo e boca para baixo. O ponto máximo ocorre quando a derivada da tangente r-s é zero. Sobre derivadas, devemos saber que: • a derivada de 45.000=0, já que a derivada de uma constante é zero. • a derivada de 5x3=15x3-1= 15x2, pois multiplica-se o expoente 3 pelo coeficiente 5 e reduz-se uma unidade do expoente.• a derivada de 2x4= 8x4-1=8x3. • a derivada de 2x= 2 pois equivale a 2x1=2x0=2. • a derivada de y é indicada por y’. • o lucro é dado pela função quadrática 17: — L=10.500 P - 500 P2 - 45.000 (17) • o valor máximo ocorre quando a tangente r-s à curva tem valor nulo, ou seja, quando a inclinação da reta r-s=0. Sabe-se que a derivada de uma função y= f(x) em um ponto x= x0, é igual ao valor da tangente trigonométrica do ângulo formado pela tangente geométrica à curva. No ponto u, a reta r-s tem inclinação nula. Nele ocorre o lucro máximo. 164 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III A função L = 10500 P - 500 P2 - 45.000 (17) pode ser escrita como: L=10500 P1 - 500 P2 - 45.000 P0 (18), já que P0= 1. A derivada de (18) é dada por L’= (1*10500) P1-1- (2*500) P2-1- (0*45000) P0-1 (19) L’= 1*10500 P0 - 1000 P1 - 0 (20), ou seja: L’= 10500 - 1000 P (21) No ponto máximo, a inclinação da curva é 0. Fazendo a derivada L’= 0: 10.500 - 1.000 P= 0 (22) - 1.000 P= - 10.500 (23) P � � � � 10500 1000 10 5$ , Resposta: o preço que maximiza o lucro é $ 10,5 Pmáx= $10,50 Lembrete A derivada de uma função y= f(x) em um ponto x= x0 , é igual ao valor da tangente trigonométrica do ângulo formado pela tangente geométrica à curva. Exercício: preço que maximiza o lucro Qual o preço de venda que maximiza o lucro? Sendo a quantidade Q e o preço P, a função demanda para um produto de uma empresa é dada por Q = 340 - 0,8182P Considere que o Cup em razão do preço de venda é dado por Cup= 40+0.5P 165 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS Ora, o lucro L é igual à receita total (RT), menos o custo total (CT). L = RT - CT A RT = quantidade vendida *preço: RT = Q*P O CT = quantidade vendida *Cup QT = Q*Cup Substituindo em L: L = Q*P - Q *Cup Colocando Q em evidência: L = Q (P-Cup) Tabela 103 P L 200 10581,60 208 10868,12 220 11199,72 240 11490,56 245 11512,13 247 11515,03 247,77 11515,28 248 11515,26 250 11513,26 270 11313,17 290 10785,81 Ora, Cup = 40 + 0.5P L = Q (P-[40+0.5P]) L = Q (P-40-0.5P) L = Q (0.5P-40) Ora, Q = 340-0.8182P L= (340-0.8182P) (0.5P-40) 166 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III Multiplicando: 340 - 0.8182P 0.5P - 40 L= 170P - 0,4091P2 - 13.600 + 32,728P L= 202,728P - 0,4091P2 - 13.600 Derivada de L: L’=202,728 - 0,8182P Iguala-se a derivada L’ a zero e calcula-se P: 0= 202,728 - 08182P 0,8182P= 202,728 P= 202,728/0,8182 P= 247,77 Confirmação do resultado: A função L= 202,728P - 0,4091P2 - 13.600 Pode-se observar pela tabela anterior que efetivamente o preço de $ 247,77 maximiza o lucro. Colocados em um gráfico, os pares da tabela são como mostra a figura a seguir. 11500 11250 11100 10750 10500 L P Fitted line plot L = 13600 +202.7 P - 0.4091 P**2 S 0 R-Sq 100.0% R-Sq(adj) 100.0% 200 210 220 230 240 250 260 270 280 290 Figura 40 – Se a empresa deseja maximizar o lucro, deve colocar o preço de $ 247,77 167 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 CUSTOS E PREÇOS Resumo Neste capítulo vimos que o conceito de mark-up é muito utilizado pelas empresas dos ramos de comércio que compram e revendem produtos. Elas estabelecem o preço de venda multiplicando o custo do produto por um valor denominado mark-up, cobrindo ICMS, PIS/Cofins, despesas sobre as vendas, comissões sobre vendas e o lucro antes dos tributos. Na medida em que matematicamente multiplicar um número por x é o mesmo que dividi-lo por 1/x, pode-se utilizar indistintamente o mark-up multiplicador ou mark-up divisor. Foi chamada a atenção para o fato de muitas companhias utilizarem mark-ups aplicados por outras, sem se atentarem que se trata de algo específico. Para que uma empresa possa adotar preços que sejam capazes de maximizar o lucro ou a receita oriundos de um dado produto, é necessário que ela consiga obter de modo prévio a função demanda do produto, que geralmente está na forma Q=a-bP, onde Q é a quantidade demandada ao preço P; P é o preço unitário do produto e a e b são fatores. Foram abordadas maneiras de se realizar tal cálculo por meio de pacotes estatísticos como o Minitab, o BioEstat, por meio da calculadora HP-12C ou da planilha do Excel. Por ser requerida a função derivada na determinação do preço que maximiza o lucro ou a receita, este item foi abordado. Os exemplos de precificação abordam funções quadráticas (parábolas) de máximo, geralmente na forma L= aP - bP2 -c cuja derivada é L’=Pa -2bP. Uma vez calculada a derivada, ela é igualada a zero para se obter o valor P. Dependendo da estratégia que deseja adotar, a empresa pode definir o preço que maximiza a receita, isto é, o faturamento ou o preço que aumenta o lucro. Neste caso, ela precisa saber qual o custo unitário do produto considerando o preço de venda, geralmente na forma Cup=d+rP, onde r é um decimal. Exercícios Questão 1. Sobre a formação do preço de venda (mark-up) ao consumidor, considere as afirmativas a seguir: I – Indica o quanto do preço de um produto está acima do imposto pago pelo produto. II – Representa a diferença entre o custo de um bem ou serviço e seu preço de venda. III – Pode ser expresso como uma quantia fixada ou como percentual. 168 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Unidade III Sobre precificação e mark-up, podemos afirmar que: A) As afirmativas I e II estão corretas. B) Todas as afirmativas estão corretas. C) As afirmativas I e III estão corretas. D) As afirmativas II e III estão corretas. E) Nenhuma das afirmativas está correta. Resposta correta: alternativa D. Análise das afirmativas I – Afirmativa incorreta. Justificativa: a formação do preço de venda de um bem considera não apenas os tributos que foram pagos, mas outros gastos que compõem o custo de comercialização do produto. II – Afirmativa correta. Justificativa: a formação do preço de venda de um produto é baseada na diferença entre o custo de um bem ou serviço e seu preço de venda. III – Afirmativa correta. Justificativa: o cálculo de formação do preço de venda de um bem pode ser feito por meio de uma quantia fixada ou de um cálculo percentual. Questão 2. A teoria do ciclo de vida organizacional parte do pressuposto que as organizações se desenvolvem por meio de fases distintas e que utilizam um conjunto de práticas de gestão compatíveis e adequadas a cada fase. Sobre os ciclos de vida organizacional, assinale a alternativa INCORRETA. A) Maturidade. B) Crescimento. C) Fusão. D) Estabilidade. E) Envelhecimento. Resolução desta questão na plataforma. 169 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 3 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 4 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 5 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 6 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 7 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 8 MARTINS, E. Contabilidade de custos. SãoPaulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 9 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 10 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 11 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 12 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. 170 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Figura 13 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. p. 255. Figura 14 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. p. 258. Figura 15 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 16 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 17 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 18 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 19 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 20 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 21 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 22 MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 23 MORANTE, A. S.; JORGE, F. T. Formação de preços de venda: preços e custos, preços e composto de marketing, preços e concorrência, preços e clientes. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. 171 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 Figura 24 MORANTE, A. S.; JORGE, F. T. Formação de preços de venda: preços e custos, preços e composto de marketing, preços e concorrência, preços e clientes. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 25 MORANTE, A. S.; JORGE, F. T. Formação de preços de venda: preços e custos, preços e composto de marketing, preços e concorrência, preços e clientes. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 26 MORANTE, A. S.; JORGE, F. T. Formação de preços de venda: preços e custos, preços e composto de marketing, preços e concorrência, preços e clientes. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 27 MORANTE, A. S.; JORGE, F. T. Formação de preços de venda: preços e custos, preços e composto de marketing, preços e concorrência, preços e clientes. São Paulo: Atlas, 2009. Adaptada. Figura 28 GOULART JÚNIOR, R. Custeio e precificação no ciclo de vida das empresas. 2000. Florianópolis: UFSC, 2000. Dissertação (Mestrado em Engenharia). Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Santa Catarina, 2000. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/79373/171261. pdf?sequence=1>. Acesso em: 5 jun. 2018. p. 34. REFERÊNCIAS Textuais ADIZES, I. Os ciclos de vida das organizações. São Paulo: Pioneira, 1990. ALMEIDA, M. C. Curso de contabilidade avançada em IFRS e CPC. Atende à programação do 4º ano do curso de ciências contábeis. São Paulo: Atlas, 2014. ___. Curso de contabilidade intermediária em IFRS e CPC. Atende à programação do 2º ano dos cursos de ciências contábeis e administração de empresas. São Paulo: Atlas, 2014. ___. Curso de contabilidade intermediária superior em IFRS e CPC. Atende à programação do 3º ano do curso de ciências contábeis. São Paulo: Atlas, 2014. ___. Curso de contabilidade introdutória em IFRS e CPC. Atende à programação do 1º ano dos cursos de ciências contábeis, administração de empresas e economia. São Paulo: Atlas, 2014. 172 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 ___. Manual prático de interpretação contábil da lei societária. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2010. ASSEF, R. Gerência de preços: como ferramenta de marketing. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. BERTI, A. Contabilidade e análise de custos. Curitiba: Juruá, 2006. BEULKE, R. B. Precificação. Sinergia do marketing + finanças. São Paulo: Saraiva, 2009. BEUREN, I. M.; ROEDEL, A. O uso do custeio baseado em atividades – ABC (Activity Based Costing) nas maiores empresas de Santa Catarina. Rev. Contab. Finanç., São Paulo, v. 13, n. 30., set./dez. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-70772002000300001&ln g=pt&tlng=pt>. Acesso em: 30 maio 2018. BEUREN, I. M.; SCHLINDWEIN, N. F. Uso do Custeio por Absorção e do Sistema RKW para gerar informações gerenciais: um estudo de caso em hospital. ABCustos (Associação Brasileira de Custos), São Leopoldo, v. 3, n. 2, p. 27-53, 2008. Disponível em: <https://abcustos.emnuvens.com.br/abcustos/article/view/41/336>. Acesso em: 22 maio 2018. BOMFIM, E. D.; PASSARELLI, J. Custos e formação de preço de venda. 5. ed. São Paulo: IOB, 2008. BONACIM, C. A. et al. Ferramenta de análise custo-volume-lucro em ambientes de incerteza como instrumento de apoio na gestão de projetos de investimento. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO (Enegep), 26, 2006, Fortaleza. Encontro... Fortaleza: 2006. Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/266034170_Ferramenta_de_analise_custo-volume- lucro_em_ambientes_de_incerteza_como_instrumento_de_apoio_na_gestao_de_projetos_de_ investimento>. Acesso em: 28 maio 2018. BRAGA, H. R.; ALMEIDA, M. C. Mudanças contábeis na lei societária: Lei nº 11.638, de 28-12-2007. São Paulo: Atlas, 2008. BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Decreto nº 3.000, de 26 de março de 1999. Regulamenta a tributação, fiscalização, arrecadação e administração do Imposto sobre a Renda e Proventos de Qualquer Natureza. Brasília: DF, 1999. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3000.htm>. Acesso em: 22 maio 2018. BRIMSON, J. A. Contabilidade por atividades: uma abordagem de custeio baseado em atividades. São Paulo: Atlas, 1996. BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de custos e formação de preços: com aplicações na calculadora HP 12C e Excel. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004. COGAN, S. Custos e preços: formação e análise. São Paulo: Pioneira, 2002. 173 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS. Pronunciamento Técnico CPC 16 – Estoques. Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 2 (IASB). [on-line]: [s.d.]. Disponível em: <http:// static.cpc.aatb.com.br/Documentos/243_CPC_16_R1_rev%2012.pdf>. Acesso em: 19 jun. 2018. CREPALDI, S. A. Contabilidade gerencial. Teoria e prática. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2004. ___. Curso básico de contabilidade de custos. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009. DALMONECH, L. F. et al. Limitações da análise tradicional de custo-volume-lucro. Repensando as hipóteses simplificadoras do modelo. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 10., 2003, Espírito Santo. Anais... Espírito Santo: CBC, 2003, p. 1-10. Disponível em: <https://anaiscbc.emnuvens.com.br/ anais/article/view/2504/2504>. Acesso em: 12 jun. 2018. DUBOIS, A.; KULPA, L.; SOUZA, L. E. Gestão de custos e formação de preços: conceitos, modelos e instrumentos: abordagem do capital de giro e da margem de competitividade. São Paulo: Atlas, 2006. DUTRA, R. G. Custos: uma abordagem prática. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003. FABRETTI, L. C. Direito de empresa no novo código civil. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2004. GARRISON, R. H.; NOREEN, E. W. Contabilidade gerencial. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2001. GITMAN, L. J. Princípios da administração financeira. 3. ed. São Paulo: Harbra, 1984. GOULART JÚNIOR, R. Custeio e precificação no ciclo de vida das empresas. 2000. Florianópolis: UFSC, 2000. Dissertação (Mestrado em Engenharia). Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), SantaCatarina, 2000. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/79373/171261.pdf?sequence=1>. Acesso em: 5 jun. 2018. GREINER, L. E. Evolution and revolution as organizations grow. Harvard Business Review, California, v. 4, n. 50, p. 37-46, 1972. GRIFFIN, M. P. Contabilidade e finanças. São Paulo: Saraiva, 2012. HANSEN, D. R.; MOWEN, M. M. Gestão de custos: contabilidade e controle. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. HIGUCHI, H.; HIGUCHI, F. H. Imposto de renda das empresas: interpretação e prática. Atualizado até a Lei nº 9.532/97. 23. ed. São Paulo: Atlas, 1998. HOJI, M. Administração financeira: uma abordagem prática: matemática financeira aplicada, estratégias financeiras, análise, planejamento e controle financeiro. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2004. HORNGREN, C. T.; FOSTER, G.; DATAR, S. M. Contabilidade de custos. São Paulo: Pearson-Prentice Hall, 2004. 174 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 IUDÍCIBUS, S. Introdução à teoria da contabilidade para o nível de graduação. Com alterações da Lei nº 11.638/2007. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009. IUDÍCIBUS, S.; MARION, J. C. Contabilidade comercial. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. IUDÍCIBUS, S.; MARTINS, E.; KANITZ, S. C. Contabilidade introdutória. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2010. KAUFMANN, L. Passaporte para o ano 2000: como desenvolver e explorar a capacidade empreendedora para crescer com sucesso até o ano 2000. São Paulo: Makron/McGraw-Hill, 1990. LEONE, G. S. G. Custos – Planejamento: implantação e controle. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. LESTER, D. L.; PARNELL, J. A.; CARRAHER, S. Organizational life cycle: a five-stage empirical scale. The International Journal of Organizational Analysis, v. 11, n. 4, 2003. MAMIRAUA. Downloads. Bioestat – versão 5.3. [on-line]. Disponível em: <https://www.mamiraua.org. br/pt-br/downloads/programas/bioestat-versao-53/>. Acesso em: 30 maio 2018. MARION, J. C. Contabilidade empresarial. 15. ed. São Paulo: Atlas, 2009. MARTINS, E. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2003. ___. Contabilidade de custos. São Paulo: Atlas, 2009. MARTINS, E. et al. Manual de contabilidade societária. Aplicável a todas as sociedades de acordo com as normas internacionais e do CPC. São Paulo: Atlas, 2010. MEGLIORINI, E. Custos: análise e gestão. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. ___. Custos: análise e gestão. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. MILLER, D.; FRIESEN, P. H. A longitudinal study of the corporate life cycle. Management Science Journal, [s.l.], v. 30, n. 10, p. 1161-1183, 1984. MONDEN, Y. Sistemas de redução de custos: custo-alvo e custo kaizen. Porto Alegre: Bookman, 1999. MORANTE, A. S.; JORGE, F. T. Formação de preços de venda: preços e custos, preços e composto de marketing, preços e concorrência, preços e clientes. São Paulo: Atlas, 2009. MOURA, H. S. O custeio por absorção e o custeio variável: Qual seria o melhor método a ser adotado pela empresa? Sitientibus, Feira de Santana, n. 32, p. 129-142, jan./jun. 2005. Disponível em: <http:// www2.uefs.br/sitientibus/pdf/32/o_custeio_por_absorcao_e_o_custeio_variavel.pdf>. Acesso em: 23 maio 2018. 175 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 MÜLLER, A. N. Contabilidade básica. São Paulo: Pearson, 2010. NAGLE, T. T.; HOGAN, J. E. Estratégias e táticas de preços: um guia para crescer com lucratividade. São Paulo: Pearson, 2007. NEVES, S. Contabilidade básica: atualizado pela convergência internacional às normas de contabilidade no Brasil através das Leis nº 11.638/2007 e 11.941/2009 e seus reflexos tributários. 14. ed. São Paulo: Frase, 2009. OLIVEIRA, A. Manual de prática trabalhista. 44. ed. São Paulo: Atlas, 2010. OLIVEIRA, R. A.; CAIXETA FILHO, J. V. Análise da maximização do lucro e minimização do custo no processo de conversão do café convencional para o orgânico: um estudo de caso. RESR, Piracicaba, v. 51, n. 3, p. 535- 554, jul./set. 2013. Disponível em: <http://esalqlog.esalq.usp.br/upload/kceditor/files/2015/08/analise-da- maximizacao-dos-lucros.pdf>. Acesso em: 5 jun. 2018. RIBEIRO, M. S. O custeio por atividades aplicado ao tratamento contábil dos gastos de natureza ambiental. Caderno de Estudos, São Paulo, v. 10, n. 19, set./dez. 1998. Disponível em: <http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-92511998000300007>. Acesso em: 24 maio 2018. RIBEIRO, O. M. Contabilidade de custos fácil. 7. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. ___. Contabilidade intermediária. São Paulo: Saraiva, 2005. RUSSO, F.; OLIVEIRA, N. Manual prático de constituição de empresas. 11. ed. São Paulo: Atlas, 2004. SANTOS, J. L. Contabilidade societária. Atualizada pela Lei nº 11.638/2007, Medida Provisória nº 449/2008 e Deliberação CVM nº 565/2008. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. SARTORI, E. Gestão de preços. São Paulo: Atlas, 2004. SCHIER, C. U. Gestão de custos. São Paulo: Pearson, 2006. SCOTT, M.; BRUCE, R. Five Stages of Growth in Small Business. Long Range Planning, Cape Town, v. 20, n. 3, p. 45-52, 1987. Disponível em: <http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/download?doi=10.1.1.462.40 83&rep=rep1&type=pdf>. Acesso em: 5 jun. 2018. SILVA, R. N. S.; LINS, L. S. Gestão de custos – contabilidade, controle e análise. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2017. SLOMSKI, V.; BATISTA, I. V. C.; CARVALHO, E. M. Os métodos de custeio variável e por absorção e o inconsciente coletivo na contabilidade de custos. Revista de Contabilidade do Mestrado de Ciências Contábeis da UERJ, Rio de Janeiro, v. 8, n. 1, 2003. Disponível em: <http://www.e-publicacoes.uerj.br/ index.php/rcmccuerj/article/view/5606/4090>. Acesso em: 22 maio 2018. 176 AD M - R ev isã o: K le be r - D ia gr am aç ão : F ab io - 2 7/ 06 /2 01 8 SOBRAL, F.; PECI, A. Administração: teoria e prática no contexto brasileiro. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2013. SZUSTER, F. R. Contabilidade geral. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2010. VALE. Demonstrações financeiras. [on-line]. Disponível em: <http://www.vale.com/brasil/PT/investors/ information-market/financial-statements/Paginas/default.aspx>. Acesso em: 14 jun. 2018. VICENTE, E. F. R. O uso do custeio direto como decisão de ponto de equilíbrio. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 6., 1999, São Paulo. Anais... São Paulo: CBC, 1999. Disponível em: <https://anaiscbc.emnuvens. com.br/anais/article/view/3154/3154>. Acesso em: 29 maio 2018. VICTOR, B.; BOYNTON, A. C. Invented here: maximizing your organization’s internal growth and profitability. Harvard Business School Press, Boston, 1998. WERNKE, R. Gestão de custos: uma abordagem prática. São Paulo: Atlas, 2001. Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000
Compartilhar