Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
15/03/2015 1 Curso de Nutrição Faculdade de Ciências da Saúde UFGD Profª Drª Silvia Aparecida Oesterreich FISIOLOGIA HUMANA II Cronograma 26/02 Introdução sistema cardiovascular: coração e vasos sanguíneos 05/03 Propriedades elétricas do coração 12/03 Débito cardíaco/ Hemodinâmica 19/03 Regulação da Pressão Arterial no curto e longo prazo 26/03 Introdução sistema respiratório /Mecânica respiratória; 02/04 Troca gasosa e transporte de gases 09/04 Regulação da Respiração/ 16/04 PROVA 1 Cronograma 23/04- Introdução à Endócrino/ Eixo hipófise-hipotálamo 30/04 - Endócrino do aparelho reprodutor 07/05 - Introdução à renal 14/05- Filtração glomerular/ Mecanismos tubulares 21/05 - Equilíbrio ácido básico; hormônios 28/05 - Concentração urinária; regulação do volume extracelular 11/06- PROVA 2 18/06 - SUB 25/06 - Exame Avaliação Entregar estudo dirigido toda semana, referente a aula anterior Peso = 1,0 ponto. Obs: Se não entregar 1 dos estudos a nota cai para 0.5 ponto, se entregar menos da metade a nota será zero no trabalho. Portanto, cada prova valerá 9,0 pontos. SISTEMA CARDIOVASCULAR E PROPRIEDADES ELÉTRICAS DO CORAÇÃO Fisiologia Cardiovascular Principal função: entrega de sangue aos tecidos, fornecendo nutrientes essenciais às células para o seu metabolismo e removendo os dejetos metabólicos das células até os órgãos excretores. Este sistema também possui algumas funções homeostáticas: Participa da regulação da pressão sanguínea arterial Transporte de hormônios reguladores de diversas glândulas endócrinas para os tecidos-alvo Participa da regulação da temperatura corporal Ajustes homeostáticos em estados fisiológicos alterados (hemorragia, exercício, variações posturais) Equilíbrio hidrossalino Sistema cardiovascular: Coração + vasos sanguíneos Sistema fechado: o sangue não sai dos vasos Sistema completo: o sangue arterial e venoso circulam pelo corpo sem se misturar 15/03/2015 2 Coração Funciona como uma bomba. Dividido funcionalmente em 2 corações distintos: Coração esquerdo e Coração direito que funcionam em série (sangue é bombeado em sequência): CIRCULAÇÃO FUNÇÕES DA CIRCULAÇÃO Movimento de fluidos Prover transporte rápido de substâncias Alcançar lugares onde a difusão é inadequada Transporte de gases Transporte de calor Transmissão de força Movimento de todos os animais Movimentos de todos os órgãos Pressão para ultrafiltração renal Homeostase Hemostasia Paredes capilares Veia Capilares Artéria Coração Veias pulmonares Artérias pulmonares Traquéia Saída de CO2 Entrada de O2 Alvéolos Tecido celular Brônquios Pulmões 15/03/2015 3 V. Bicúspide (Mitral) AVE V. Semilunar Pulmonar V. Semilunar Aórtica V. Tricúspide AVD Estrutura das fibras cardíacas Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn A fibra muscular cardíaca Desmossomo Junção aberta Túbulos T Retículo sarcoplasmático Discos intercalares Miofibrila cardíaca 15/03/2015 4 Comunicação entre células vizinhas SINALIZAÇÃO CONTATO-DEPENDENTE Junções abertas (gap junction) Acoplamento elétrico Troca de metabólicos Diminui a resistência elétrica O sistema de condução intrínseco Nodo SA Feixe interatrial anterior Nodo AV Feixe de His Ramos do feixe de His Fibras de Purkinje Características do nodo SA Automaticidade sem aferência neural; Potencial de repouso instável; Não tem platô mantido. Despolarização: aumento gCa++ (canais T - transitórios) Períodos refratários curtos. Fase 4 = responsável pela automaticidade. Marcapassos latentes O marcapasso com velocidade mais rápida de despolarização na fase 4 controla a FC. Marcapassos ectópicos ou focos ectópicos: destruição do nodo SA por drogas; aumento estimulação vagal; velocidade de marcapassos ectópicos maiores do que nodo SA; bloqueio de condução a partir do nodo SA. O potencial de ação no coração 15/03/2015 5 ECG Intervalo e segmento= condução nodo SA Condução sistema His-Purkinje Platô no potencial de ação ventricular FC= número de QRS; Duração do ciclo= intervalo R-R. 15/03/2015 6 Velocidade de condução do potencial de ação dentro do coração Nodo AV: condução lenta. Feixe de His-Purkinje e ventrículos: rápida Retardo AV Fibras miocárdicas X fibras condutoras Célula autorítmica Célula contrátil Célula contrátil Miofibrilas cardíacas Junções abertas Potencial de ação nas fibras condutoras Canal de Na+ Canal de K+ Canal rápido de Ca++ LEC Membrana plasmática Junção aberta LIC Potencial de ação nas fibras miocárdicas Junção aberta Canal rápido Na+ Canal de K+ Canal lento Ca++ miofilamentos Retículo sarcoplasmático Canal de Ca++ no RS Registro do potencial de ação Fase 0, curso ascendente= rápida despolarização; corrente de entrada de Na+ Fase 1, repolarização inicial= corrente resultante de saída de K+ Fase 2, platô= potencial de membrana despolarizado relativamente estável; Corrente de entrada lenta de Ca++ (canais L); corrente de saída de K+. Fase 3, repolarização= corrente de saída de K+. Fase 4, potencial de repouso da membrana= repolarização completa (-85mV) Potencial de ação dos ventrículos, dos átrios e do sistema de Purkinje 250ms 150ms 150ms 15/03/2015 7 Correntes responsáveis pelo potencial de ação ventricular Etapas do potencial de ação nas fibras contráteis Potencial de ação no nodo SA Fase 0, curso ascendente= corrente de entrada de Ca++ (canais do tipo T “transitório˝) Fase 1 e 2 = ausentes. Fase 3, repolarização= corrente de saída de K+ Fase 4, despolarização espontânea ou potencial marcapasso= abertura dos canais de Na+ (If: diferente da corrente rápida de Na+ responsável pelo curso ascendente nas células ventriculares.) A velocidade de despolarização na fase 4 regula a frequência cardíaca. Potencial de ação nas fibras condutoras Taxa do curso ascendente Normal (repouso) Normal (repouso) Na+ Na+ - - - - - - - - - - - - - - - - 90 mV - 60 mV Responsividade ao Na+ maior (abrem-se mais canais de Na+) V/T I Na+ rápido (potencial mais hiperpolarizado) Responsividade ao Na+ menor (abrem-se menos canais de Na+) INa+ lento (potencial mais despolarizado) Tamanho da corrente de entrada de Na+ Relação de responsividade= Mecanismos que produzem alterações no potencial de membrana cardíaco Hipercalemia: há redução no potencial de repouso da membrana celular (a voltagem fica menos negativa) e aumenta a excitabilidade dos neurônios e das células cardíacas. Quando a hipercalemia é rápida e grave pode ocasionar parada cardíaca. 15/03/2015 8 Mecanismos que produzem alterações no potencial de membrana cardíaco Hipocalemia: aumenta o potencial de repouso (há hiperpolarização) e cai a excitabilidade dos neurônios e das fibras musculares cardíacas. A hipocalemia pode levar a paralisia, arritmia cardíaca e alterações no equilíbrio ácido-básico. Normal Hipercalemia Hipocalemia K+ K+ - - - - - - - - K+ K+ - - - - K+ K+ - - - - - - - - - - - - - 85 mV Menos negativo (despolarizado) excitabilidade Mais negativo (hiperpolarizado) excitabilidade Importante!! Contração cardíaca Tropomiosina: bloqueia o local de ligação entre a actina e a miosina; Liberação de Ca++ induzida por Ca++: Ca++ que penetrou no LIC durante o platô = cálcio disparador. Aumento de Ca++ ligado à troponina = aumento de pontes cruzadas e aumento de tensão (contração). Contração cardíaca Ca++ retorna ao LEC por contratransporte de Na +/Ca+ = relaxamento. Fosfolambana= proteína que controla a Ca++ ATPase. Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn 15/03/2015 9 Fisiologia Humana – Dee Unglaub Silverthorn Efeitos autonômicos sobre a FC Parassimpático = Efeitos cronotrópicos negativos: FC ACh ativa receptores M2 no nodo SA produz If Hip FC Efeitos parassimpáticos (ACh) Diminui a corrente de entrada de Ca++ durante o platô; Aumenta a IK-ACh (aumenta saída de K+ = hiperpolarização) encurtando a duração do PA e diminui a entrada de Ca++ Diminui a quantidade de Ca++ disparador Diminui a quantidade de Ca++ armazenada no RS Diminui a contratilidade Efeito inotrópico Negativo!! Efeitos autonômicos sobre a FC Simpático = Efeitos cronotrópicos positivos: FC NE ativa receptores Β1 no nodo SA produz If despolarização fase 4 FC β1 acoplados à adenilato ciclase através de Gs Produção de cAMP. Efeitos simpáticos (NE) Aumenta quantidade da proteína fosfolambana Aumenta Ca++ ATPase Aumenta quantidade de Ca++ armazenada no RS Aumenta contratilidade Efeito inotrópico Positivo!! 15/03/2015 10 Efeito do SNA sobre o potencial de ação do nodo SA Efeitos autonômicos sobre a velocidade de condução Velocidade de condução no nodo SA = efeito dromotópico + ( Simpático) Velocidade de condução no nodo SA = efeito dromotrópico – (Parassimpático) Efeito da frequência cardíaca sobre a contratilidade (A)Quando a FC dobra, a tensão desenvolvida em cada batimento aumenta por etapas até o valor máximo. Esse aumento na tensão ocorre porque há mais PA por unidade de tempo, mais Ca++ total penetrando na célula durante a fase de platô e mais Ca++ para se acumular no RS. (B) Potencialização pós-extra-sistólica: quando ocorre uma extra-sístole a tensão desenvolvida no batimento seguinte é maior do que o normal. Uma quantidade inesperada ou extra de Ca++ entrou e foi acumulada pelo RS. Escadaria de Bowditch Aumento na FC produz aumento na contratilidade. Mecanismo do efeito inotrópico positivo dos glicosídeos cardíacos (digoxina) para tratamento de falências cardíacas congestivas contratilidade
Compartilhar