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DIREITO PENAL I
Daniela Duque-Estrada
Aula 9. Ilicitude. Causas Excludentes.
Aula 9. Ilicitude. Causas Excludentes.
EMENTA. 
 Ilicitude. Conceito. Espécies.
Causas de Justificação. 
. Discriminantes legais, supralegais e putativas. 
. O consentimento do ofendido.
. As Causas de Justificação Legais.
OBJETIVOS
Identificar as Teorias acerca da Ilicitude.
Reconhecer, diante das situações fáticas apresentadas, a existência de causas justificadoras das condutas típicas.
Analisar as causas excludentes de ilicitude, suas espécies e requisitos.
	
Aula 9. Ilicitude. Causas Excludentes.
 
Aula 9. Ilicitude. Causas Excludentes.
 ILICITUDE.
Conceito.
 Relação de contrariedade entre a conduta e o ordenamento jurídico.
 
 
 Exclusão de ilicitude
Art. 23, CP. Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
 
 
Aula 9. Ilicitude. Causas Excludentes.
 CAUSAS DE JUSTIFICAÇÃO. 
 
DISCRIMINANTES LEGAIS, SUPRALEGAIS E PUTATIVAS – DISTINÇÃO.
 
 Art. 23 e Art. 20, §1º, ambos do Código Penal.
 ► As causas legais constituem um rol exemplificativo ou taxativo? 
 ► As causas supralegais colidem com o princípio da legalidade? 
 ► Qual a natureza jurídica das descriminantes putativas?
	
Art. 20, CP. - O erro sobre elemento constitutivo do tipo legal de crime exclui o dolo, mas permite a punição por crime culposo, se previsto em lei. 
Descriminantes putativas
§ 1º - É isento de pena quem, por erro plenamente justificado pelas circunstâncias, supõe situação de fato que, se existisse, tornaria a ação legítima. Não há isenção de pena quando o erro deriva de culpa e o fato é punível como crime culposo.
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O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO.
 Aquiescência do titular do bem jurídico, que dele pode dispor.
 
 ► objetivos
 a) capacidade de consentir ; 
 Requisitos b) anterioridade do consentimento;
 c) atuação nos limites do consentido;
 
 ► subjetivos
 - ciência do consenso e vontade de 
 atuar
(PRADO, Luiz Regis. Curso de Direito Penal. V.1, pp 361) 
 
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CONTROVÉRSIAS – NATUREZA JURÍDICA
Excludente de tipicidade Causa de justificação
 Art. 150, CP Art. 163, CP
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 CAUSAS LEGAIS DE JUSTIFICAÇÃO .
 
ESTADO DE NECESSIDADE . 
 Art.24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo
 atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
 alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias não era razoável exigir-se.
Teorias
 Unitária – ponderação de interesses;
 Diferenciadora objetiva – ponderação de bens. 
Aula 9. Ilicitude. Causas Excludentes.
OBS. A Teoria Unitária e o Art.24,§2º, do CP.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser reduzida de um a dois terços.
 Requisitos.
 A) Objetivos 
 B) Subjetivos
 Os requisitos objetivos e a inexistência do dever de 
 enfrentar o perigo – Art. 24§1º, CP
 
 Art. 24§1º, CP. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
 Art.13§2º, CP. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
 a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância;
 
Aula 9. Ilicitude. Causas Excludentes.
Art. 24§1º, CP. Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o perigo.
 
Art.13§2º, CP. A omissão é penalmente relevante quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem:
 a) tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou 
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 Espécies
 
 
 
 Excesso punível
Art. 23, parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo excesso doloso ou culposo.
 
 
 
Próprio 
 de Terceiro
Justificante 
 Exculpante
Real 
 Putativo
Doloso
Culposo 
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QUESTÃO. Analise o caso a seguir. Ao passar próximo ao estoque de uma loja de roupas, um dos vendedores viu que havia ali um incêndio de grandes proporções. Naquela situação, correu em direção à porta do estabelecimento que, por ser estreita, estava totalmente obstruída por um cliente que entrava no local. Desconhecendo o incêndio e achando que estava sofrendo uma agressão, o cliente reagiu empurrando o vendedor, que lhe desferiu um soco. Os empurrões do cliente, assim como a agressão do vendedor produziram recíprocas lesões corporais de natureza leve. Na hipótese, é CORRETO afirmar. (Ano: 2014 - Banca: FUNDEP - Órgão: DPE-MG - Prova: Defensor Público). 
	a) que o vendedor agiu em estado de necessidade e o cliente, em legítima defesa putativa.
	b) que o vendedor agiu em estado de necessidade putativo e o cliente, em legítima defesa.
	c) que o vendedor agiu em legítima defesa e o cliente, em estado de necessidade.
	d) que o vendedor agiu em legítima defesa putativa e o cliente, em estado de necessidade putativo.
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Conceito.
Art. 25, CP- Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.
Requisitos. Objetivos
 Subjetivos
LEGÍTIMA DEFESA
Aula 9. Ilicitude. Causas Excludentes.
 
 ESTRITO CUMPRIMENTO DE DEVER LEGAL E EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO.
Art. 23, CP. Não há crime quando o agente pratica o fato
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Aula 9. Ilicitude. Causas Excludentes.
QUESTÃO. Mévio e Tício, ambos com 22 anos, estavam treinando para o campeonato brasileiro de Jiu-jitsu. Durante o treino, por orientação do treinador, Tício desferiu um golpe que causou ofensa à integridade física do Mévio. Considerando que a conduta causadora do dano está regulamentada nas normas da modalidade esportiva referida, marque a resposta correta:
	Tício deverá responder pelo delito de lesão corporal porque praticou fato típico, ilícito e culpável.
	Tício deverá responder pela contravenção penal de vias de fato porque praticou fato típico, ilícito e culpável.
	Tício não deverá ser responsabilizado criminalmente porque agiu no exercício regular de direito.
	Tício não deverá ser responsabilizado criminalmente porque agiu no estrito cumprimento do dever legal.
	Tício não deverá ser responsabilizado criminalmente porque agiu sob obediência hierárquica.
Leia o Capítulo VII constante no seu Livro didático: pp. 76 a 88.Aula 9. Ilicitude. Causas Excludentes.

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