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CMPA Terapêutica do Sistema Digestório

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Terapêutica do Sistema Digestório
Terapia de problemas que tem causa direta no Sistema Digestório ou que possuem causas secundárias;
Fluidoterapia é uma das bases de qualquer terapia, seja ela para o sistema digestório ou não;
Sinais clínicos e seus tratamentos;
Tipos de terapia:
Terapias de suporte – correção do desiquilíbrio + repouso do Trato Gastrointestinal (TGI)
Repouso do TGI para terapia garantir que haja sua recuperação completa e total; (Por exemplo: A diarréia acabou nas últimas 24h e o animal não quer comer, pois precisa 
Terapia sintomática – antieméticos, antidiarreicos, antifiséticos etc.;
Antidiarreicos no caso de aumento de peristaltismo do TGI; Antifiséticos servem no alívio de gases acumulados no TGI;
Terapia específica – antibióticos, endoparasiticidas, antiácidos...;
	Tratamento de infecções, parasitoses e outros agentes etiológicos;
Terapia dietética – alimentos leves, baixo teor de gordura;
Dieta é uma das maiores causas dos distúrbios TGI; Alimentos gordurosos causam diarreias; Avaliação da dieta do animal;
Terapia Hídrica
Choque, desidratação, desequilíbrios eletrolíticos e ácidos-básicos;
Taquicardia, TPC elevada, extremidades frias, taquipneia = CHOQUE – 80 a 90mL/kg/h de soluções cristaloides, isotônicas;
	Transfusão sanguínea → geralmente toma tempo para que se aconteça;
Tipos de fluidos:
	Cristaloides – ringer c/ou sem lactato, sol. de NaCl, glicose – soluções eletrolíticas;
Ringer c/ lactato não devem ser administrados para pacientes com neoplasias (não há consenso na comunidade científica);
	Ringer → composição extensa eletrólitos;
	Soro glicosado → não faz grande diferença em pacientes com vômitos ou diarreias, visto que esses precisão de reposição de ácidos ou bases/eletrólitos (depende da
Colóides – plasma, dextram – alto peso molecular;
Outros – sangue e seus derivados
	Grau
	Perda de água (aprox.)
	Sinais clínicos
	Não aparente
Leve
	<5%
5 a 7%
	Indetectável ↓ turgor cutâneo, mucosas secas
	Moderada
Grave
	8 a 9%
10 a 12%
	↑ TPC, enoftalmia, ↓↓↓ turgor, pele não retorna, ↑↑↑ TPC, sinais de CHOQUE?
	Choque
	12 a 15%
	Choque hipovolêmico;
Exame físico: avaliação do TPC, turgor cutâneo, coloração das mucosas, passar o dedo na mucosa oral e observar se elas se apresentam secas; verificar presença de febre no dorso das patinhas;
Observação;
Não aparente: Avaliar necessidade da fluidoterapia (pacientes com <5% de desidratação)
	Animal ativo e que rejeita a fluidoterapia intravenosa;
	Nesses casos pode-se fazer de forma oral;
Leve: Animais magros fazem dobras cutâneas com mais facilidade;
Animais obesos tendem a apresentar essas dobras com mais dificuldade;
	
Moderada: Reidratação obrigatória (calcular);
Enoftalmia - retração ocular (desidratação dos músculos → queda na elasticidade e consequente retração);
Sempre lembrar das características de raças → por exemplo o pinscher possui o globo ocular naturalmente protuso;
Grave: Emergência → “dissecação” da pele com o bisel da agulha para o acesso venoso no caso de não conseguir fazer o acesso de forma normal (Retirar o proprietário da sala)
Desidratação em animais jovens é extremamente perigosa devido a sua maior necessidade de água e maior quantidade de água corporal;
Vias de administração
	Oral → Soro caseiro é uma forma;
Intravenosa – complicações: trombose, flebite, infecções, embolismo e hiper-hidratação;
	Hiperhidratação - CUIDADO!!! → Pode causar edema pulmonar;
Intramedular (intraóssea) – tuberosidade da tíbia, fossa trocantérica, asa do íleo;
Intraperitoneal (necessita de conhecimento da técnica; mais preferível a subcutânea pela sua absorção mais rápida) e subcutânea (absorção muito lenta, não deve ser usada em situações graves devido essa ação lenta; é mais recomendada para situações onde não há tanta desidratação como no caso de problemas de estomatite;
Administração de fluidos via intraóssea 
Animais em estado grave ou de choque; é último recurso a ser utilizado; utilizada em animais jovens, com epífise não fusionada;
A água absorvida é regulada pelo próprio espaço intramedular;
Uso de cateteres e escalpes;
	20 a 24G – gatos e cães com menos de 5Kg
	18 a 22G – cães com 5 a 15Kg
	18 a 20G – Cães com mais de 15 kg
Ficar atento para o cateter para que seja dada a terapia na velocidade adequada, principalmente em situações graves, nessas situações, com animais grandes, PODE-SE fazer dois acessos;
Velocidade de administração
Quantos mais rápidas e graves forem as perdas, mais rápido o déficit deverá ser reposto;
Choque hipovolêmico: cão – 80 mL/kg/h; gato – 55mL/Kg/h
Controlar com equipos e bombas de infusão;
Equipo macrogotas – 0,07 a 0,1 mL-gota (10 a 15 gotas/mL) → mais recomendadas para animais de grande porte;
Equipo microgotas – 0,017 a 0,02mL/gota (50 a 60 gotas/mL) → recomendado para animais de pequeno porte;
Calculando total de fluidos em 24h
Necessidades de manutenção:
	Cão de grande porte – 40mL/kg/dia
	Cão de pequeno porte e gato – 60mL/kg/dia;
Quantidade de fluido = Peso x % desidratação + 5% manutenção (multiplica 5x peso do animal) + perdas extras (estimado);
Transformar kg em g → multiplica pela % desidratação (corta dois zeros no resultado) → 
Pacientes c/ desidratação grave, mas sem choque = 30 a 100% do déficit estimado nas primeiras 3 a 6hrs e voltar a velocidade normal;
Após essa administração inicial, é mais recomendado reavaliar o animal; URINA CLARA (DILUIDA)
Pacientes c/ desidratação grave – leve administrar em 24h
	Síndrome de dilatação vólvulo gástrica → fluidoterapia
Paciente em choque se administra o soro na dose de 80 a 90ml/kg/h e após essa administração, se reavalia o paciente e a quantidade de soro que se necessita;
Oligosúrico → redução da frequência;
Oligúria → redução do volume;
Polaciúria → aumento da frequência;
Antieméticos
Os de ação central inibem a zona de disparo dos quimiorreceptores dopaminérgicos na medula;
Metocloramida (procinético → relaxa o estômago e o esfíncter piloroduodenal) = 0,5 a 1 mg/kg
	Via oral – Via parenteral (infusão contínua)
Via oral → paciente que já apresenta vômito não adianta de muita sua administração visto que o medicamento será expelido no vômito;
Derivados das fenotiazinas: clorpromazina
		Uso em situações mais graves;
Medicamento baixa a pressão arterial (não se fazer uso em pacientes que já estão com hipotensão)
	Ondansetrona → agonista da serotonina, promove esvaziamento gástrico;
Citrato de Marropitant (Cerenia) → caro;
Vomiting is caused when impulses from the chemoreceptor trigger zone (CRTZ) in the brain are sent to the vomiting center in the medulla. Motion sickness specifically occurs when signals to the CRTZ originate from the inner ear: motion is sensed by the fluid of the semicircular canals, which causes overstimulation. The signal travels to the brain's vestibular nuclei, then to the CRTZ, and finally to the vomiting center.[20]
Maropitant has a similar structure to substance P, the key neurotransmitter in causing vomiting, which allows it to act as an antagonist and bind to the substance P receptor neurokinin 1 (NK1)[3][21]. It is highly selective for NK1 over NK2 and NK3.[6][16] Maropitant binds to the neurokinin receptors in the vagus nerves leaving the GI tract, as well as to receptors in the CRTZ and the vomiting center.[13][20] By virtue of working at the last step in triggering vomiting, it can prevent a broader range of stimuli than most antiemetics can.[21] It is effective against emetogens that act at the central nervous system (such as apomorphine in dogs and xylazine in cats), those that act in the periphery (e.g. syrup of ipecac), and those that act in both (e.g. cisplatin).[7]
Antiácidos
Indicados para diminuir a acidez gástrica
Devem ser administrados a cada 4 a 6h, VO.
Ação por titulação da acidez gástrica
Hidróxido de magnésio, hidróxido de alumínio 5 a 10ml VO.
	Aumentam o pH do estômago aliviando a acidez gástrica;
		(O corpo reavalia a altado pH 
Antagonistas de H2
Agem evitando que a histamina estimule as células gástricas parietais a produzirem mais ácido.
	Cimetidina TID
	Ranitidina BID
	Famotidina BID
	
	Inibidor da Bomba de Prótons
		Bloqueia a secreção de ácido gástrico;
		São os antiácidos mais eficientes;
		Omeprazol SID (cães)
	Protetores de mucosas
		Fármacos e adsorventes inertes que recobrem a mucosa
		Sucralfato: sacarose sulfatada – ulceração, esofagite
			0,5 a 1g (cão)
			0,25g (gato) VO.TID
		“Curativo de úlceras”
	
Modificadores da motilidade;
Fármacos que prolongam o tempo de trânsito intestinal:
	Tratamento sintomático da diarréia;
		Excesso de gordura;
	CUIDADO!
		Aumentam proliferação bacteriana;
Elas permanecem por mais tempo pela permanência destas no TGI;
	Loperamida VO BID (cães)
	Paregórico VO BID (cães)
Fármacos que diminuem o tempo de trânsito intestinal:
	Esvaziam o estômago e diminuem o tempo de trânsito instestinal;
	Metoclopramida (mais no estômago e duodeno);
Cisaprida? (megaesôfago, constipação) -2,5 – 10mg/kg – depende do porte do animal
Domperidona (motilium) – antagonista de receptores dopaminérgicos (refluxo gástrico)
Antibacterianos
	Indicados em casos de infecção no TGI
Devem ser para anaeróbicos (amoxicilina, sulfas, metronidazol) VO, infecção local;
Infecção sistêmica cefalosporinas, enrofloxacina, ampilicina;
Antihelmínticos
	Praziquantel (Vermes achatados)
		5 mg/kg (Droncid)
	Pamoato de pirantel (Vermes redondos)
		5 mg/kg
	Associações
Laxantes
	Cuidados! Não pode haver obstrução.
	Laxantes irritantes: bisacodil (Dulcolax), supositório de glicerina
Laxantes osmóticos: lactulose, sorvete, leite. Promovem retenção fecal de água.
	Fibra: aumenta o volume fecal, puxa água.

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