Buscar

rotinas adm s03

Prévia do material em texto

SEMANA 03
2
Sumário
Departamento financeiro – Conceitos e funções .....................................3
Estrutura do departamento financeiro ......................................................6
Principais termos da área financeira ...................................................... 11
Dúvidas frequentes ................................................................................14
3
Departamento financeiro – Conceitos e funções
O departamento financeiro é responsável pela administração dos recursos financeiros da empresa. 
Isso significa que assessora a empresa como um todo, no sentido de fazer com que os ganhos por 
ela obtidos sejam suficientes não só para cobrir todos os gastos do dia a dia, mas também para 
garantir o seu desenvolvimento no futuro. Por isso, trata-se de um setor fundamental para qualquer 
empresa, seja ela grande ou pequena, pública ou privada, com fins lucrativos ou não.
O trabalho na área financeira exige alguma habilidade com a matemática, além de raciocínio lógico 
e concentração. Afinal, esse é um setor que lida com registro e movimentação de valores, paga-
mentos, cálculos variados, e não é preciso dizer que qualquer erro pode representar um prejuízo 
para a empresa. Imagine um funcionário que se distrai com facilidade trabalhando numa sala com 
várias outras pessoas. Um colega ao lado comenta o resultado do campeonato de futebol, e o 
cheque previsto para ser depositado no dia 1 de março acaba sendo descontado no dia 15 de fe-
vereiro. Concentração e disciplina são requisitos importantes para qualquer trabalho administrativo, 
mas, na área financeira, a dose de atenção e de responsabilidade deve ser ainda maior.
Nosso estudo vai tomar por base o departamento financeiro de uma empresa privada que tenha 
fins lucrativos.
Funções do departamento financeiro
Para que uma empresa continue a se desenvolver e a crescer, é fundamental que aplique o di-
nheiro de forma eficiente, distribuindo-o por todos os setores e departamentos. Cabe ao departa-
mento financeiro lidar com os recursos da empresa. Observe que utilizamos a palavra “recursos” 
em vez da palavra “dinheiro”, pois nem sempre os negócios movimentam dinheiro em espécie. 
Muitos bens (máquinas, imóveis, veículos) e alguns outros papéis (ações, debêntures) também 
podem fazer parte de negociações e permutas, pois têm um valor monetário que representa um 
montante em dinheiro.
Quanto às funções do departamento financeiro, geralmente se dividem em:
4
 ● planejamento financeiro;
 ● aquisição e controle de recursos; e
 ● distribuição de recursos.
Planejamento financeiro: tem como objetivo, de modo geral, fazer com que as metas estabele-
cidas pela direção de uma empresa sejam alcançadas. Para que isso aconteça, é preciso definir:
 ● como realizar as ações necessárias;
 ● quando elas precisarão ser executadas;
 ● por quem serão feitas;
 ● quanto vão custar.
Quanto ao último item, cabe ao departamento financeiro analisar as várias alternativas de inves-
timento, observando qual delas é a menos onerosa e estabelecendo o montante de recursos que 
será investido. Em síntese, o planejamento financeiro precisa apresentar a fonte dos recursos, 
ou seja, de onde sairá o dinheiro necessário para se realizar o que foi planejado. Algumas pos-
sibilidades seriam:
 ● Utilizar uma parte dos lucros da empresa. Neste caso, em vez de distri-
buir o lucro aos acionistas ou sócios, guarda-se esse dinheiro para ser 
aplicá-lo no investimento.
 ● Efetuar um empréstimo bancário. Esta, muitas vezes, pode não ser uma 
boa opção, em função das taxas e dos juros cobrados.
 ● Dispor de mais dinheiro, por parte dos sócios ou acionistas. Dependen-
do de sua importância para o crescimento do negócio, seria possível que 
os sócios se interessassem em empregar nele mais dinheiro.
 ● Vender algum bem de seu patrimônio. Neste caso, seria importante ana-
lisar se essa venda não iria trazer algum prejuízo à realização das ati-
vidades da empresa. Não seria interessante, por exemplo, a empresa 
vender o automóvel com que faz a entrega dos produtos nos domicílios 
dos clientes se não tiver outro veículo para realizar o trabalho.
Cabe também ao departamento financeiro analisar a viabilidade de um projeto ou de um inves-
timento específico. Isso porque, às vezes, tem-se a intenção de se realizar uma atividade e, 
após estudos e análise, verifica-se que é impossível executá-la por muitas razões, dentre elas, 
a questão financeira. Um projeto pode ser muito bom, mas, se o montante de recursos neces-
sários ao seu empreendimento for superior à capacidade financeira da empresa, ele deverá ser 
descartado.
5
É função do departamento financeiro 
apresentar alternativas à proposta do 
projeto em discussão. Muitas vezes, não 
há dinheiro para que se construa uma 
nova fábrica, mas, com menos recursos, 
podem-se ampliar as instalações da fábri-
ca atual. Talvez não haja condições finan-
ceiras para adquirir máquinas novas, no 
entanto, podem-se obter recursos para 
consertar o maquinário existente. Essas 
são alternativas a uma proposta original, 
e cabe ao departamento financeiro, após 
uma análise da situação, apresentá-las.
Aquisição e controle de recursos: qualquer empresa, seja ela grande, com muitas filiais, seja 
uma unidade de menor porte, realiza rotineiramente operações que visam a manter o seu negó-
cio em dia. São pagamentos de contas e de impostos, compras de mercadorias e de produtos, 
etc., ou seja, para um negócio funcionar, precisa despender somas diariamente. Já pensou se 
uma empresa comercial não puder realizar as vendas de suas mercadorias porque não tem mais 
o produto em estoque? Ou ainda se não puder abrir a loja porque está tudo às escuras, pois al-
guém se esqueceu de pagar a conta de energia elétrica?
Fica claro, portanto, que a empresa precisa de dinheiro no seu dia a dia e que muitos gastos 
são necessários. Cabe à administração financeira não deixar que faltem recursos para as ati-
vidades rotineiras. Mas uma organização também não pode se contentar em pensar somente 
no momento presente. Ela precisa ter uma visão também de longo prazo. Portanto, o processo 
de aquisição e de controle de recursos deve considerar a questão do tempo. Se uma empresa 
pretende ampliar suas instalações, ela precisa destinar parte dos seus recursos do dia a dia para 
viabilizar essa intenção.
Distribuição de recursos: existe uma palavra muito utilizada na área financeira, qual seja, oti-
mizar. Esse termo significa “tornar ótimo”. Otimizar os recursos financeiros consiste em aplicá-
-los de modo eficaz. Todos os departamentos de uma empresa necessitam de recursos. Sendo 
assim, para que algo esteja no estoque, é preciso comprá-lo. E, para que as compras sejam 
efetuadas, é preciso pagar por elas. Além disso, não se pode esquecer que, em cada departa-
mento da empresa, há pessoas que precisam fazer o seu trabalho direito, da maneira correta e 
obedecendo aos prazos estabelecidos. Se isso não ocorrer, podem surgir prejuízos. Nesse caso, 
muitas vezes é preciso realizar treinamentos e elaborar regras claras para que não haja confusão 
entre os setores ou departamentos sobre a responsabilidade de cada um.
6
Estrutura do departamento financeiro
Por lidar com dinheiro, o departamento financeiro é sempre visto 
com respeito. Em uma empresa de pequeno porte, geralmen-
te quem controla o dinheiro é o dono do negócio. Em uma or-
ganização de grande porte, a direção financeira é responsável 
pela política financeira e, portanto, fica diretamente vinculada à 
direção-geral. Em uma empresa de maior porte, o departamen-
to financeiro costuma ter uma divisão interna, criada em função 
da variedade dos serviços que precisa realizar. Logicamente, há 
variações de estrutura de uma empresa para outra. Mas, de modo geral, as atividades são pra-
ticamente as mesmas, pois todas precisammovimentar dinheiro, controlar entradas e saídas, 
cobrar de quem está devendo e pagar suas obrigações. A seguir, veremos cada uma das divisões 
internas de um departamento financeiro.
a) Controladoria 
Como o próprio nome sugere, a controladoria executa o trabalho de supervisão e de controle das 
questões financeiras. Por conta disso, ela precisa estar envolvida com todos os demais setores 
da empresa. Entre as principais atribuições da controladoria, podemos citar:
 ● estabelecimento e manutenção de relações internas com todas as áreas da 
empresa, inspecionando e prestando orientação em assuntos financeiros;
 ● análise da situação econômica e financeira da empresa, por meio da busca 
de formas eficazes de investimento;
 ● planejamento e controle do orçamento da empresa;
 ● acompanhamento e fiscalização dos registros efetuados pela contabilidade.
b) Tesouraria
É o setor responsável pela administração do caixa da empre-
sa. Qualquer pagamento ou recebimento realizado deve passar 
pelo seu controle. Na tesouraria, as saídas e as entradas de di-
nheiro da empresa são controladas e registradas diariamente. 
Esse registro é chamado de movimento diário de caixa. A tesou-
raria controla ainda os saldos bancários das contas-correntes 
da empresa, visto que muitos pagamentos podem ser feitos por 
meios eletrônicos e não por dinheiro vivo.
 
7
c) Contabilidade
Cabe à contabilidade controlar todas as operações realizadas pela 
empresa através do registro dos diversos fatos contábeis realizados, 
como compras, vendas, consumo de materiais, apuração e recolhi-
mento de impostos, conciliações contábeis, entre outros.
Por essa razão, para se realizar uma boa administração financeira, é 
fundamental conhecer a estrutura do sistema contábil. As informações 
e os dados fornecidos servirão de base para a análise das futuras de-
cisões da administração financeira.
À contabilidade cabe ainda lidar com a conferência de documentos e com o seu arquivamento, 
acompanhar os valores a pagar (guias de pagamentos, faturas, pagamentos a fornecedores, reco-
lhimento de impostos), além do controlar as contas a receber (relatórios de cobrança, depósitos e 
pagamentos de clientes), etc.
Hoje, quase todas as empresas estão informatizadas. Por isso, é necessário conhecer os principais 
programas de computação usados por elas e, especificamente, pelo setor contábil. Entretanto, 
apesar do avanço da tecnologia, os principais documentos contábeis são ainda identificados como 
livros. Isso ocorre porque, após um período de registros, é necessário imprimir e encadernar essas 
folhas em forma de livro, identificando claramente o nome da empresa, o tipo de registro e o perí-
odo a que se refere.
Tarefas realizadas pelo setor de contabilidade
Se a tesouraria é responsável pelo caixa, a contabilidade responde pelo controle do patrimônio da 
empresa, isto é, por todos os bens, direitos e obrigações, que são organizados em ativo (todos os 
bens e direitos da empresa) e em passivo (as obrigações e os deveres). Vamos analisar com mais 
detalhes cada um dos componentes do patrimônio:
 ● Bens: são os valores materiais pertencentes à empresa e que estão em 
seu poder. Ao adquirir móveis, mercadorias e equipamentos, a empresa está 
adquirindo bens para o seu patrimônio, os quais são registrados no balanço 
anual, que é feito pela contabilidade.
 ● Direitos: são valores materiais pertencentes a terceiros e que estão em po-
der de terceiros. Por exemplo, o dinheiro depositado no banco, os valores a 
receber por serviços prestados ou pela venda de mercadorias ou, ainda, por 
contratos de locação de seus bens imóveis.
 ● Obrigações: são valores materiais pertencentes a terceiros, mas que estão 
em poder da empresa. Empréstimos por ela contraídos e valores que tem a 
pagar por compras efetuadas a prazo são alguns exemplos de obrigações.
8
A contabilização do patrimônio obedece a uma equação bastante simples, expressando que o 
total do ativo deve ser sempre igual ao total do passivo. Qualquer diferença existente entre eles 
corresponderá ao lucro ou ao prejuízo da empresa. Através dessa contabilização é que se verifi-
ca a situação líquida (ou financeira) da empresa, que pode ser nula, quando o total do ativo (bens 
+ direitos) é igual ao total do passivo (obrigações); ou negativa, quando o total do ativo (bens + 
direitos) é menor do que o total do passivo (obrigações).
O controle do ativo e do passivo começa com a escrituração, que é o registro de todas as ocor-
rências econômico-financeiras da empresa. Esse registro é chamado de lançamento.
Os registros, ou lançamentos, são feitos em livros contábeis ou fiscais, ou em formulários eletrô-
nicos do sistema de informática adotado pela empresa. Os livros comuns a todas as empresas 
são:
 ● o diário, no qual são feitos os lançamentos do dia;
 ● o razão, que identifica o saldo de cada conta.
As contas são reunidas em dois grandes grupos:
 ● contas patrimoniais, que representam os bens, os direitos e as obrigações 
da empresa;
 ● contas de resultado, que representam as despesas e as receitas da empresa.
Qualquer registro contábil tem necessariamente um valor e deve ser sempre feito pela data do 
evento, em rigorosa ordem cronológica.
Documentação contábil
 ● Livro diário: é usado na escrituração contábil para registrar, em ordem 
cronológica, todos os eventos e ações realizados pela empresa e que 
modificaram a composição de seu patrimônio.
 ● Livro-razão: tem por objetivo registrar, individualmente, a movimenta-
ção ocorrida em cada conta, buscando com isso apresentar seu saldo. 
Por exemplo: se a empresa quiser saber quanto pagou de energia elétri-
ca durante o ano, deverá verificar a conta individual.
 ● Livro-caixa: utilizado no registro de entradas e de saídas de dinheiro, a 
fim de apresentar instantaneamente o saldo.
 ● Livros fiscais: são livros de escrituração contábil nos quais são regis-
trados fatos sujeitos à fiscalização tributária. Existem vários tipos de li-
vros fiscais.
9
 ● Balancete de verificação: demonstrativo que levanta os saldos deve-
dores e credores das contas, devidamente registrados no livro diário e 
no livro-razão.
O controle do movimento diário de caixa não substitui o balanço contábil dos pagamentos e re-
cebimentos. Tesouraria é uma coisa, contabilidade é outra.
d) Crédito e cobrança
Vamos analisar inicialmente a questão do crédito (contas a re-
ceber). Cada empresa tem a sua política de crédito. Ou seja, 
além da possibilidade de vender à vista, que é sempre a melhor 
opção para a empresa, é costume que permita que a comercia-
lização ocorra de outras formas, com prazos posteriores de pa-
gamento. Isso pode aumentar substancialmente o volume das 
vendas, visto que, muitas vezes, o cliente não está disposto a 
pagar à vista, mas sente-se tentado a realizar a compra diante da possibilidade de levar o pro-
duto naquele momento para pagar depois em duas, três ou mais vezes. Em muitos casos, essa 
possibilidade funciona como um atrativo para finalizar o negócio.
A concessão do crédito é uma atividade muito importante da administração financeira. Se for 
mal estruturada, pode trazer enormes prejuízos à empresa. Por outro lado, não conceder crédito 
(possibilidade de se comprar a prazo) pode reduzir a entrada de recursos em função de uma pro-
vável diminuição de vendas. Dessa forma, a controladoria do setor estabelecerá as possibilida-
des de pagamento nas vendas realizadas pela empresa e definirá, inclusive, se serão cobrados 
juros e que taxa deverá ser aplicada.
Há também a possibilidade de uma venda ser realizada a prazo, com data fixa para o recebi-
mento das parcelas. No planejamento financeiro da empresa, aquele valor será previsto como 
entrada de dinheiro naquela data. Se um cliente não fizer o pagamento dentro do período esta-
belecido, é necessário que se ocobre dele o valor correspondente. 
A política de cobrança também varia de uma empresa para outra. Porém, 
o setor de cobrança, ao verificar o não pagamento de uma parcela, geral-
mente procura entrar em contato com o cliente por telefone ou por carta. 
Seja como for, a mensagem a ser repassada é a de que não houve rece-
bimento do valor da prestação até a data de emissão da correspondência. 
Caso esse primeiro comunicado não resolva a questão do pagamento, 
uma nova correspondência pode ser emitida, até que, finalmente, opte-se 
pela via judicial para tentar receber o valor.
Como se pode observar, o departamento financeiro responde por tudo o 
que é preciso pagar e receber. Em uma empresa pequena, em geral, uma 
só pessoa cuida de tudo, de preferência com a ajuda de um auxiliar administrativo.
10
No setor de contas a receber, o trabalho consiste em verificar as datas de vencimento dos títulos, 
conferindo os recebimentos à medida que vão acontecendo. Quem informa a entrada do dinheiro 
é o banco ou a tesouraria da empresa. Quando ocorrem atrasos ou diferenças no pagamento, aí, 
sim, será preciso encaminhar o caso ao setor de cobrança, que entrará em contato com o cliente.
Já o objetivo do setor de contas a pagar é controlar o vencimento das despesas e dos compro-
missos financeiros da empresa. Em geral, quem processa o pagamento é a tesouraria. Classi-
ficar as contas pela data de vencimento é uma tarefa muito importante e deve ser feita com a 
máxima atenção para evitar atrasos e multas.
e) Integração com os demais setores
A divisão de uma empresa em departamentos tem por finalidade racionalizar o trabalho e facilitar 
a organização das atividades. Por essa razão, todos se inter-relacionam, e o trabalho perfeito de 
um depende da realização eficaz da atividade do outro.
Imagine, por exemplo, a seguinte situação:
 ● Está faltando uma mercadoria no estoque. O departamento 
de materiais e de patrimônio solicita a compra do material. O 
departamento comercial (compras) faz a análise dos preços 
do produto no cadastro e efetua a compra. O departamento 
financeiro dos fornecedores autoriza o pagamento.
 ● O departamento de material e de patrimônio recebe o ma-
terial e confere as especificações. Se estiver tudo certo, ele 
envia as mercadorias para o estoque e, a nota de compras, 
para a contabilidade (departamento financeiro).
 ● As mercadorias, ao chegarem ao estoque, são armazenadas 
até que o departamento comercial (vendas) faça a solicitação 
do produto para colocá-lo nas prateleiras.
 ● Quando o produto é vendido, a nota da venda é enviada para a contabi-
lidade, e, se tiver sido efetuada à vista, o dinheiro vai para a tesouraria.
 ● Se a venda tiver sido feita a prazo, cabe ao setor de crédito e de cobran-
ça verificar as datas dos futuros pagamentos e, se não forem recebidos 
no prazo, cobrá-los.
Na contratação de um empregado, essa interação entre os departamentos também é visí-
vel. Vejamos de que modo:
 ● Um determinado setor necessita de um novo funcionário. Vamos imaginar, 
por exemplo, que o setor de vendas necessite contratar mais vendedores.
11
 ● Dessa forma, deve haver uma solicitação formal de pedido de contratação 
do departamento comercial encaminhada ao setor de recursos humanos. 
Nesse pedido, já deve constar um detalhamento do perfil do profissional 
que o setor deseja.
O departamento de recursos humanos faz a seleção, e o profissional é contratado.
Principais termos da área financeira
Todos sabem que enfrentar fila em banco é tarefa das mais 
desagradáveis. Graças à internet, esse problema já está 
diminuindo e tende a acabar. Hoje, muitas pessoas e em-
presas já movimentam suas contas bancárias – fazendo 
transferências, pagamentos e demais operações – usando 
o computador.
Atualmente, boa parte dos impostos, contas de consumo e 
boletos de cobrança já pode ser paga dessa maneira. Basta 
acessar a home page do banco em que a pessoa física (o cliente comum) ou a pessoa jurídica 
(empresa) tem conta-corrente, digitar os números da agência e da conta e a senha para fazer os 
pagamentos tranquilamente, na hora que quiser.
De qualquer modo, é importante o funcionário do apoio administrativo ter uma ideia de quais são os 
principais documentos bancários, para que servem e como se lida com eles. Assim, quando o chefe 
lhe mandar ao banco para “fazer um DOC” ou para “tirar o extrato”, você saberá do que se trata. 
Vamos estudar agora os principais termos financeiros da rotina administrativa de uma empresa:
 ● Saldo – Quantia disponível em conta-corrente ou em poupança.
 ● Saque – Ato de retirar dinheiro de uma conta-corrente ou da poupança.
 ● Extrato – Histórico da movimentação de uma conta-corrente, ou seja, 
o registro de todos os saques, depósitos, transferências, DOCs, tarifas 
cobradas pelo banco, etc.
 ● Depósito – Serve para acrescentar uma quantia a uma conta-corrente, 
a uma poupança ou a um investimento. Pode ser feito tanto na “boca do 
caixa” quanto no caixa eletrônico, já que o tempo de compensação é o 
mesmo.
 ● DOC (documento de crédito) – Serve para transferir quantias direta-
mente de um banco para outro, sem necessidade de usar cheque ou 
de fazer depósito. O DOC pode ser emitido por telefone, internet ou no 
12
próprio banco. O valor é creditado no mesmo dia na conta do favorecido, 
mas o dinheiro só se torna disponível no dia seguinte.
 ● TED (Transferência Eletrônica Disponível) – É semelhante ao DOC, 
porém, não exige tempo de compensação, já que é feito online e somente 
sobre o saldo disponível. Serve para transferência de recursos de um ban-
co para outro, e o valor creditado na conta do favorecido torna-se disponí-
vel imediatamente (assim que o banco destinatário recebe a mensagem 
da transferência). Só se pode usar TED para transferir quantias mínimas 
de R$ 750,00 (abaixo desse valor, é obrigatório usar DOC). No entanto, a 
tendência é de que o DOC deixe de existir e que o valor mínimo da TED 
vá baixando até substituí-lo, bem como aos cheques também. A TED só 
pode ser feita até as 16h, inclusive pela internet. Alguns bancos ampliam 
um pouco esse horário.
 ● Cheque – Funciona como uma ordem de 
pagamento à vista. Para que a quantia seja 
retirada em dinheiro, é indispensável que o 
saque seja feito na agência em que o emi-
tente tem conta. O depósito em outra conta-
-corrente pode ser efetuado em qualquer 
agência, mas demora alguns dias até que o 
valor do cheque esteja disponível em dinheiro. Esse período de carência 
chama-se “compensação” e varia em função do valor e da cidade (pra-
ça) de emissão do cheque. Cheques com valores a partir de R$ 300,00 
são compensados com rapidez. Demora mais tempo para que os de 
valor igual ou inferior a R$ 299,99 entrem na conta do depositante. O 
prazo de apresentação é de 30 dias, a contar da data de emissão, para 
os cheques emitidos na mesma praça (cidade) do banco; e de 60 dias 
para os cheques emitidos em outra praça. Depois de seis meses corri-
dos do término do prazo de apresentação, o cheque perde sua validade, 
ou seja, prescreve.
 ● Cheque devolvido – São cheques que foram depositados em uma 
conta, mas que não puderam ser descontados. Os motivos são vários: 
prescrição (todo cheque deve ser depositado no prazo máximo de três 
meses após a emissão, senão perde a validade), falta de fundos, proble-
mas na assinatura, erros de preenchimento. Esses cheques são levados 
de volta para a empresa, que irá decidir se vale a pena reapresentá-los 
(tentar fazer o depósito novamente) ou se irá procurar outros meios de 
fazer a cobrança, como, por exemplo, por meio de processo judicial.
 ● Cheque pré-datado – É preenchido com data futura. Deve ser guarda-
do para ser descontado ou depositado na data marcada. É mais seguro 
13
guardar esses cheques no banco do que na empresa, por perigo de rou-
bo ou de assalto.Os cheques pré-datados guardados no banco ganham 
o nome de “cheques de custódia”.
 ● Cheque administrativo – É o cheque emitido pelo próprio banco como 
uma garantia de fundos. O cliente pode comprá-lo para fazer pagamen-
tos que requeiram maior confiabilidade. Alguns serviços de cartório, por 
exemplo, só podem ser pagos com cheque administrativo. Quem o rece-
be pode descontá-lo em qualquer agência do banco que o emitiu.
 ● Cheque nominal – Leva o nome do favorecido, que pode ser uma pes-
soa física ou jurídica. Só pode ser retirado por ele.
 ● Cheque ao portador – Não tem o nome do beneficiário. Pode ser trans-
ferido para outra pessoa.
 ● Talão de cheque – O cheque funciona como uma ordem de pagamento 
à vista. Normalmente, a quantia nele registrada só pode ser sacada em 
dinheiro na agência à qual pertence a conta. Se for depositado em ou-
tra conta-corrente, leva alguns dias até que o valor fique disponível em 
dinheiro. Esse período de carência – que varia em função do local de 
origem da conta – chama-se “compensação”. Sempre que receber um 
talão de cheques, confira o nome do correntista e a numeração das folhas.
 ● Cobrança – É a lista dos recebimentos de uma empresa. Por exem-
plo, uma administradora de imóveis pede ao banco que emita boletos 
de cobrança para os inquilinos pagarem o aluguel no prazo combinado. 
Os pagamentos são feitos, e a quantia total entra em dinheiro na conta 
da empresa. Ao fim do período, o banco mandará uma relação desses 
pagamentos: quem pagou, quanto e quando pagou. Essa relação se 
chama “cobrança”.
 ● Folha de pagamento – Relação de funcionários de uma empresa e de 
seus salários. O banco faz o depósito na conta de cada um e subtrai o 
valor total da conta da empresa.
 ● Contas de consumo – São as contas emitidas pelas empresas que 
fornecem água, luz, gás, telefone. Podem ser pagas no banco, mas a 
maioria das pessoas já faz esse pagamento pela internet.
 ● Tributos – São as cobranças públicas pagas pelas empresas, como os 
impostos e as taxas.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) dá os seguintes conselhos aos usuários de cheques:
14
 ● Não assinar cheques em branco.
 ● Habituar-se a preencher o nome do favorecido.
 ● Habituar-se a cruzar os cheques emitidos.
 ● Não utilizar canetas que possam ter a tinta facilmente removida.
 ● Evitar o uso de canetas cedidas por desconhecidos.
 ● Não deixar espaços em branco no cheque, para evitar inserções indevi-
das de palavras e de números.
 ● Em caso de perda, de roubo ou de furto, comunicar imediatamente o fato 
ao banco. Ações e debêntures
 ● Ação representa a menor fração em que se divide um capital. Esse do-
cumento indica que seu possuidor detém uma parcela de participação 
em uma determinada empresa. Exemplo: o capital de uma empresa é de 
R$ 100.000,00, dividido em 1.000 ações. Logo, cada ação equivale a R$ 
100,00.
Debêntures são títulos mobiliários que garantem ao seu possuidor um rendimento fixo após um 
período. Exemplo: uma empresa pode emitir títulos e vendê-los no mercado com prazo de um 
ano. Qualquer pessoa poderá comprá-los e, após um ano, receberá o dinheiro de volta, além dos 
juros contratados. Sendo assim, quem tem ações é proprietário da empresa; quem tem debên-
tures é um investidor.
Dúvidas frequentes
 ● O que fazer em caso de perda ou de roubo de cheques?
A primeira coisa que se deve fazer em casos como esse é comunicar ime-
diatamente o fato ao banco, pedindo que suste (não desconte) o cheque 
roubado. Se o roubo ou a perda tiver acontecido fora do horário do expe-
diente bancário, o cliente poderá comunicar-se com o banco por telefone, 
pela internet ou por meio dos terminais de autoatendimento. O cliente deve 
também procurar uma delegacia e registrar uma ocorrência, a qual deverá 
ser apresentada em seguida ao banco.
15
 ● Qual é a diferença entre cartão de crédito e cartão de débito?
Cartão de crédito envolve um serviço que, mediante o pagamento de uma taxa, financia as com-
pras do cliente, que só vai pagá-las (totalmente ou em parcelas) em determinado dia do mês. Já 
o cartão de débito é usado para saques em terminais eletrônicos e também para o pagamento de 
compras em geral, e os valores são retirados da conta do cliente no ato da compra.
 ● Que documentos são necessários para se abrir uma conta-corrente?
Devem ser apresentados os originais e as cópias dos seguintes documentos: carteira de iden-
tidade (RG) ou carteira profissional (desde que com fotografia e assinatura), CPF (exceto se o 
número constar no documento de identidade) e comprovante de residência (conta de luz, de gás, 
de telefone).
Certificado original
No início de 2003, os jornais noticiaram a prisão de um jovem de 
18 anos em Goiânia (GO) que passava o seu tempo clonando 
home pages de bancos na internet a fim de capturar as senhas 
dos clientes e fazer transferências em dinheiro para benefício 
próprio, o que causou um prejuízo de milhões de reais. De fato, 
ainda existe certo risco em se movimentar dinheiro por meio da 
rede mundial de computadores.
Esse risco, porém, tende a diminuir com o advento dos certificados digitais.
Trata-se de um programa pessoal e intransferível colocado no computador do cliente e que serve 
como uma “carteira de identidade virtual”. O certificado é gerado pelo próprio banco na primeira 
vez que o cliente acessa sua conta via internet. A partir daí, funciona vinculado à senha. O banco 
só obedece às ordens de movimentação da conta se a senha e os demais dados entrarem no 
seu sistema acompanhados desse certificado. É uma maneira de barrar a ação dos hackers, 
especialmente de programas de computador que procuram fraudar home pages e penetrar no 
sistema de instituições ao redor do mundo.

Continue navegando