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Resumo histologia Sistema Urinário

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Sistema Urinário
1 FUNÇÕES 
O sistema urinário retira do organismo, através da urina, as substâncias em excesso e os produtos residuais do metabolismo, contribuindo para a manutenção da homeostase, ou seja, da composição química do meio interno.
2 CONSTITUINTES 
É composto por 2 rins, 2 ureteres, 1 vesícula urinária e 1 uretra. A urina é produzida nos rins, passa pelos ureteres até a bexiga, onde é armazenada, e é lançada ao exterior por meio da uretra.
2.1 Rins
Os rins são envolvidos por tecido adiposo, o qual confere proteção contra choques. Possuem uma cápsula de tecido conjuntivo denso, com muitos miofibroblastos na porção interna. Exibem uma borda lateral convexa e uma borda medial côncava, na qual se situa o hilo. Neste entram e saem os vasos sanguíneos e linfáticos e os nervos e emerge a pelve renal, a parte superior e expandida do ureter.
Os rins podem ser divididos em: córtex e medula. O córtex (Zona Cortical) possui estruturas vasculares, os corpúsculos renais (ou de Malpighi), onde o sangue é filtrado. O fluido formado percorre um sistema tubular nas regiões cortical e medular, onde sofre modificações e torna-se a urina. 
A zona medular é formada por 10 a 18 pirâmides medulares (de Malpighi), cujos vértices provocam saliência nos cálices renais. Essas saliências são as papilas, sendo cada uma delas perfurada por 10 a 25 orifícios (área crivosa). Da base de cada pirâmide partem os raios medulares, que penetram a cortical. A base da pirâmide medular situa-se no limite corticomedular, e o ápice (papila) é voltado para o hilo. Uma pirâmide medular e o tecido cortical adjacente constituem um lobo renal. Os ductos coletores da urina abrem-se na extremidade da papila, formando a área crivosa. Cada papila projeta-se em um cálice menor. Os cálices menores unem-se em dois a quatro cálices maiores, que, por sua vez, desembocam na pelve renal e o tubo coletor.
Cada lobo renal é formado por uma pirâmide e pelo tecido cortical que recobre sua base e seus lados. Um lóbulo é constituído por um raio medular e pelo tecido cortical que fica ao seu redor, delimitado pelas artérias interlobulares. Cada túbulo urinífero do rim é composto por duas porções funcionais e embriologicamente distintas, o néfron e o túbulo coletor.
A unidade funcional dos rins é o túbulo urinífero, composto pelo néfron e pelo tubo coletor, de origens embriológicas diferentes.
O néfron é constituído por: corpúsculo renal (ou de Malpighi), túbulo proximal, alça de Henle (ou túbulo intermediário) e túbulo distal. Vários néfrons desembocam em um tubo coletor. O lóbulo renal é a parte do órgão em que os néfrons drenam para o mesmo tubo coletor. 
O corpúsculo renal (ou de Malpighi) mede 150 a 250µm de diâmetro. Ele consiste no glomérulo, um enovelamento de capilares, e na cápsula de Bowman, que possui dois folhetos: um externo, o folheto parietal, de epitélio simples pavimentoso, e outro interno, junto aos capilares glomerulares, o folheto visceral, formado por células epiteliais modificadas, os podócitos. Os podócitos contém actina, apresentam mobilidade e localizam-se sobre uma membrana basal.
Entre os dois folhetos, há o espaço capsular, que recebe o líquido filtrado através da parede dos capilares e do folheto visceral. O corpúsculo renal apresenta um polo vascular, pelo qual entra a arteríola aferente, que origina os capilares do glomérulo, e sai a arteríola eferente, resultante desses capilares, e um polo urinário, por onde sai o filtrado.
Os capilares glomerulares são do tipo frenestrado, sem diafragma nos poros das células endoteliais. Há uma membrana basal entre as células endoteliais e os podócitos. Essa espessa membrana basal (fusão das membranas basais do endotélio e dos podócitos) é a barreira de filtração glomerular.
O filtrado glomerular tem concentrações de cloreto, glicose, ureia e fosfato semelhantes à do plasma sanguíneo, porém quase não contém proteínas, pois as macromoléculas não atravessam a barreira de filtração glomerular.
Células mesangiais: Além das células endoteliais e dos podócitos, os glomérulos contêm, entre os capilares, há as células mesangiais e a sua matriz extracelular, constituindo o mesângio. Há pontos em que a lâmina basal não envolve toda a circunferência de um só capilar, constituindo uma membrana comum a duas ou mais alças capilares. É principalmente nesse espaço entre os capilares que se localizam as células mesangiais. Essas células podem também ser encontradas na parede dos capilares glomerulares, entre as células endoteliais e a lâmina basal. As células mesangiais são contráteis e têm receptores para angiotensina II. A ativação desses receptores reduz o fluxo sanguíneo glomerular. Contêm ainda receptores para o hormônio ou fator natriurético produzido pelas células musculares do átrio do coração. Esse hormônio é um vasodilatador e relaxa as células mesangiais, aumentando o volume de sangue nos capilares e a área disponível para filtração. As células mesangiais têm ainda outras funções: garantem suporte estrutural ao glomérulo, sintetizam a matriz extracelular, fagocitam e digerem substâncias normais e patológicas (complexos de antígenos com anticorpos, por exemplo) retidas pela barreira de filtração e produzem moléculas biologicamente ativas, como prostaglandinas e endotelinas. As endotelinas causam contração da musculatura lisa das arteríolas aferentes e eferentes do glomérulo.
Túbulo contorcido proximal
O filtrado passa do espaço capsular para o túbulo proximal. Ele é a porção mais longa do néfron. É inicialmente tortuoso e é denominado túbulo contorcido proximal. Assim como o corpúsculo renal, com quem se comunica, situa-se no córtex. Ao tornar-se retilíneo, é chamado túbulo reto proximal e localiza-se na medula externa. O túbulo proximal é formado por epitélio simples cúbico com microvilos. 
Alça de Henle
O túbulo reto proximal penetra na zona medular e continua com a alça de Henle. Como o epitélio é baixo (epitélio simples pavimentoso), tem-se a parte delgada da alça de Henle (ou túbulo intermediário). Na zona medular externa, ou seja, na região da zona medular próxima à cortical, o epitélio é um pouco mais alto (epitélio simples cúbico baixo), portanto, é a parte espessa ascendente da alça de Henle (ou túbulo reto distal).
A alça de Henle é uma estrutura em forma de U que consiste em um segmento delgado interposto a dois segmentos espessos. Os segmentos espessos têm estrutura muito semelhante à do túbulo contorcido distal. Aproximadamente um sétimo dos corpúsculos localiza-se próximo à junção corticomedular, fazendo parte dos néfrons justamedulares. Os outros são chamados néfrons corticais. Todos os néfrons participam dos processos de filtração, absorção e secreção. 
Os néfrons justamedulares têm alças de Henle muito longas, estendendo-se até a profundidade da medula renal. Essas alças têm segmentos espessos curtos, e segmento delgado longo, tanto descendente quanto ascendente. Por outro lado, os néfrons corticais têm alças de segmento delgado descendente muito curto, sem segmento delgado ascendente. A alça de Henle participa da retenção de água; apenas os animais com essas alças são capazes de produzir urina hipertônica, e assim poupar a água do corpo, conservando-a conforme as necessidades. A alça de Henle cria um gradiente de hipertonicidade no interstício medular que influencia a concentração da urina, à medida que ela passa pelos duetos coletores. Embora o segmento delgado descendente da alça de Henle seja completamente permeável à água, o segmento ascendente inteiro é impermeável à água. No segmento espesso ascendente, o cloreto de sódio é transportado ativamente para fora da alça, para estabelecer o gradiente medular já mencionado e que é necessário para concentrar a urina. A osmolaridade do interstício renal nas extremidades das pirâmides (medula renal) é aproximadamente quatro vezes maior do que a do sangue.
Na zona cortical, o túbulo distal é tortuoso e é designado túbulo contorcido distal. Nos cortes histológicos, a distinção entre os túbulos contorcidosdistais e os proximais, o tubo contorcido distal é formado por epitélio simples cúbico, mas não tem microvilos. Semelhante à parte espessa da alça de Henle (ou túbulo reto distal), o túbulo contorcido distal é impermeável à água e à ureia e é capaz de realizar o transporte de íons. Por causa do transporte ativo, há profundas pregas basolaterais e muitas mitocôndrias.
Túbulos e duetos coletores 
A urina passa dos túbulos contorcidos distais para os túbulos coletores, que desembocam em tubos mais calibrosos, os duetos coletores, que se dirigem para as papilas. Tanto os túbulos como os duetos coletores seguem em trajeto retilíneo. Os túbulos coletores mais delgados são revestidos por epitélio cúbico e têm um diâmetro de aproximadamente. A medida que se fundem e se aproximam das papilas, suas células tornam-se mais altas, até se transformarem em cilíndricas.
Aparelho justaglomerular 
Próximo ao corpúsculo renal, a arteríola aferente (às vezes também a eferente) não tem membrana elástica interna e suas células musculares apresentam-se modificadas. Essas células são chamadas justaglomerulares, são células musculares lisas modificadas da túnica média da arteríola aferente (às vezes, também a eferente), próximas ao corpúsculo renal e têm núcleos esféricos e citoplasma carregado de grânulos de secreção. A secreção desses grânulos participa da regulação da pressão do sangue.
A mácula densa, as células justaglomerulares e as células mesangiais extraglomerulares constituem o aparelho justaglomerular.
Circulação sanguínea 
Cada rim recebe sangue por uma artéria renal, que, antes de penetrar o órgão, divide-se geralmente em dois ramos. Um ramo irriga a parte anterior (ventral) e o outro a parte posterior (dorsal) do rim. Ainda no hilo, esses ramos dão origem às artérias interlobares que seguem entre as pirântides renais. Na altura da junção corticomedular (base das pirâmides), as artérias interlobares formam as arciformes, que seguem um trajeto paralelo à cápsula do órgão, percorrendo o limite entre medular e cortical. Das arciformes partem as artérias interlobulares, de curso perpendicular à cápsula do rim. As artérias interlobulares situam-se entre os raios medulares que, com a cortical adjacente, formam os lóbulos do rim. Das artérias interlobulares originam-se as arteríolas aferentes dos glomérulos que levam sangue para os capilares glomerulares. Destes capilares, o sangue passa para as arteríolas eferentes, que se ramificam novamente para formar a rede capilar peritubular, responsável pela nutrição e oxigenação da cortical, e pela remoção dos refugos do metabolismo. As arteríolas eferentes dos glomérulos situados próximo da medular (glomérulos justamedulares) formam também vasos longos e retilíneos que se dirigem no sentido da medular, onde se dobram e retornam para a cortical. Essas alças capilares constituem os vasos retos. O endotélio do ramo descendente é do tipo contínuo; porém, as células do ramo ascendente são fenestradas. O sangue dos vasos retos, já filtrado pelos glomérulos, fornece nutrientes e oxigênio à medular do rim. Em virtude de sua disposição em alça, os vasos retos não alteram o gradiente de hipertonicidade da medular.
Os capilares da parte superficial da cortical reúnem-se para formar as veias estreladas, assim chamadas por seu aspecto quando observadas na superfície do rim. As veias estreladas se unem às interlobulares e estas vão formar as veias arciformes, que dão origem às veias interlobares. As veias interlobares convergem para formar a veia renal, pela qual o sangue sai de cada um dos rins.
Interstício renal: O espaço entre os néfrons e os vasos sanguíneos e linfáticos se chama interstício renal.
2.2 Bexiga e vias urinárias 
A bexiga e as vias urinárias armazenam a urina formada pelos rins por algum tempo e a conduzem para o exterior. A urina sai dos rins pelos cálices menores e pelos cálices maiores, os quais se unem na pelve renal, a parte superior e expandida do ureter. Os ureteres são tubos fibromusculares que conduzem a urina através de contrações peristálticas para a bexiga, onde é armazenada. Durante a micção, a urina sai da bexiga para o exterior pela uretra.
Os cálices, a pelve renal, os ureteres e a bexiga são revestidos pelo epitélio de transição (ou urotélio). A variação na forma das células de globosas ou poliédricas para pavimentosas permite a distensão do tecido e assim a acomodação do órgão às mudanças no volume de urina. As placas de membrana na superfície apical das células contribuem para aumentar a superfície luminal do órgão. A composição diferenciada da membrana, com elevada concentração de esfingolipídios e a presença das proteínas uroplaquinas, e a abundância de junções de oclusão tornam o tecido praticamente impermeável e resistente à osmolaridade da urina.
O ureter atravessa a parede da bexiga obliquamente, de modo que se forma uma válvula que impede o refluxo de urina. A parte do ureter colocada na parede da bexiga mostra apenas músculo longitudinal, cuja contração abre a válvula e facilita a passagem de urina do ureter para a bexiga. As vias urinárias são envolvidas externamente por uma membrana adventícia, exceto a parte superior da bexiga, que é coberta por membrana serosa (peritônio).
Uretra 
É um tubo que transporta a urina da bexiga para o exterior no ato da micção. No sexo masculino, a uretra dá passagem ao esperma durante a ejaculação. No sexo feminino, é um órgão exclusivamente do aparelho urinário.
A uretra masculina é formada pelas porções: (1) prostática, (2) membranosa e (3) cavernosa ou peniana. A prostática situa-se muito próximo à bexiga e no interior da próstata. Os duetos que transportam a secreção da próstata abrem-se na uretra prostática. Na parte dorsal da uretra prostática há uma elevação que provoca saliência para o interior da uretra, o verumontanum. A uretra prostática é revestida por epitélio de transição. A uretra membranosa tem apenas 1 cm de extensão e é revestida por epitélio pseudoestratificado colunar. A uretra cavernosa localiza-se no corpo cavernoso do pênis. O epitélio da uretra cavernosa é pseudoestratificado colunar, com áreas de epitélio estratificado pavimentoso. As glândulas de Littré são do tipo mucoso e se encontram em toda a extensão da uretra, porém predominam na uretra peniana. Algumas dessas glândulas têm suas porções secretoras diretamente ligadas ao epitélio de revestimento da uretra, enquanto outras contêm duetos excretores. 
Na uretra feminina, conforme a sua proximidade com a bexiga ou com o exterior, o epitélio pode ser de transição, pseudoestratificado colunar, estratificado colunar ou estratificado pavimentoso, sendo este último o tecido predominante. Possuem também as glândulas de Littré. A mucosa é circundada por uma camada muscular, de músculo liso, sendo a subcamada interna longitudinal e a subcamada externa circular.83 Na porção média da uretra, há um esfíncter de músculo estriado esquelético, o esfíncter externo, responsável pelo controle voluntário da micção.
Exercícios
-discorra sobre néfron
-discorra sobre corpúsculo renal
-discorra sobre aparelho justaglomerular (mácula densa, sistema renina-angiotencina1...)
-discorra sobre os folículos ovarianos (geralmente pede pra desenhar o folículo de Graaf )
-fale sobre célula de Sertolli
-desenhar epidídimo
1) Descreva a formação da urina, relacionando com a morfologia das estruturas responsáveis. 
2) Onde são encontradas as células mesangiais e quais são suas funções? 
3) Quais são os constituintes do aparelho justaglomerular e qual é a sua importância? 
4) Como a quantidade de água (em excesso ou deficiente) é regulada pelo organismo? 
5) Qual é o epitélio do ureter, da bexiga e da uretra?
6) Discorra sobra a circulação sanguínea dos rins.

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