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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Campus Poços de Caldas Engenharia Civil / Elétrica – 2º Período Noturno Laboratório de Física Geral ATIVIDADE Nº12: ESTÁTICA DE CORPOS RÍGIDOS ALEX REIS CARVALHO AMANDA LEME DA COSTA LEONARDO OLIVEIRA FURTADO LEONARDO VITOR MARTINS ESTEVAM VINÍCIUS TRANCHE PEREIRA Prof. João Sérgio Fossa Poços de Caldas – MG 20 de novembro de 2018 2 Objetivo Estudar as condições de equilíbrio de um corpo rígido. Introdução A estática é uma parte da Física que estuda os corpos de um sistema que não estão em movimento. As causas para um corpo se manter estático estão relacionadas com o equilíbrio das forças que agem sobre corpo, ou seja, a resultante das forças que agem sobre o corpo deve ser igual à zero, somente com essa condição é suficiente para definir se um corpo está estático se caso ele for classificado como um ponto material, onde seu tamanho é desprezível. Quando um corpo é classificado como rígido (ou extenso) ele é capaz de se mover e também girar, portanto a resultante das forças deve ser igual à zero para o corpo não se mover e, além disso, a resultante dos torques deve ser nula para não ocorrer rotação. (ANJOS, 2018). Revisão Teórica 3.1. Torque Torque é uma grandeza proporcional a força e a distância da aplicação em relação ao ponto de giro, ou seja: 𝜏 = 𝐹 . 𝑏 . 𝑠𝑒𝑛𝛼 (1) Em que: • 𝜏 é o módulo do torque; • F é o módulo da força aplicada; • b é a distancia entre o local de aplicação da força em relação ao ponto de giro; 𝛼 é o menor ângulo formado entre os dois vetores. (ANJOS, 2018). 3.2. Estática A Estática é uma área da física que estuda os corpos que não se movem, ou seja, estáticos. Para que um corpo esteja nesse estado é necessário que todas as forças que atuam sobre um corpo se equilibrem, portanto é preciso que a soma vetorial de todas as forças que agem sobre o corpo resulte em zero, ou melhor, seja nula. Lembrando que existe dois tipos de movimentos, a rotação que é o movimento que um corpo faz ao rodar em torno de si mesmo, e translação que é o movimento que o corpo faz em relação a um ponto referencial fixo. Para que um corpo rígido entre em equilíbrio estático é necessário que a força resultante que a atua sobre o corpo seja nula e que o torque resultante que atua sobre o corpo também seja nulo. (ANJOS, 2018). Materiais • Haste metálica homogênea e graduada; 3 • Conjunto com suporte e massas aferidas; • Suporte metálico para fixação do conjunto; • Dinamômetro; • Microcomputador com software Scidavis. Procedimento experimental Primeiramente, montou-se o experimento de acordo com a figura 1 Figura 1 Aparato experimental para estudo da estática por resultante dos torques Fonte: Arquivo pessoal Em seguida, adicionou-se uma certa quantidade de massas aferidas na haste metálica graduada. Com a régua estável em posição horizontal, variou-se a posição do suporte com massas aferidas, encontrando oito posições diferentes medidas em metros. Com o dinamômetro, mensurou-se a força em Newtons das massas aferidas e da massa da haste metálica graduada, calculando posteriormente, o torque dinamômetro (N.m). Os dados foram registrados em uma tabela. Em seguida, com o auxílio do software Scidavis, construiu-se o gráfico do torque da força aplicada pelo dinamômetro em função da posição do suporte e massas aferidas. Anotou-se a equação obtida, os parâmetros encontrados e seus respectivos erros. Por fim, realizou-se uma análise acerca dos dados obtidos anteriormente, com isso determinou-se o peso da régua e do suporte com massas aferidas, comparando-o com o valor esperado. Resultados Após a execução dos procedimentos acima, anotou-se as distancias do suporte de massas em relação ao eixo fixo da haste graduada e as respectivas forças aferidas pelo dinamômetro. Com os dados obtidos e sabendo-se que a haste tinha o comprimento de 0,40m, calculou-se o torque aplicado no dinamômetro, sendo que para esse cálculo, utilizou-se a equação (1). Os resultados obtidos foram inseridos na tabela 1 abaixo: 4 Tabela 1 - Dados Obtidos Experimentalmente Posição do suporte com massas aferidas B (m) Força do Dinamômetro (N) Torque Dinamômetro (N.m) 0,40 1,64 0,656 0,35 1,52 0,608 0,30 1,40 0,560 0,25 1,28 0,512 0,20 1,14 0,456 0,15 1,04 0,416 0,10 0,90 0,360 0,05 0,78 0,312 Fonte: Arquivo Pessoal Com o auxílio do software SciDavis®, foi construído o gráfico da figura 1 abaixo, que relaciona o torque da força aplicada no dinamômetro com a posição das massas na haste. Ajustou-se os pontos do gráfico por uma reta, obtendo-se os parâmetros descritos na figura 2 na sequência: Figura 1 – Gráfico Torque X Posição Fonte: Arquivo Pessoal Figura 2 – Parâmetros do Gráfico Torque X Posição Fonte: Arquivo Pessoal 5 Sendo o torque da força sobre o dinamômetro (𝜏𝑓𝑑) igual a somatória de todos os torques aplicados na haste, nesse caso, o torque do peso da haste (𝜏𝑝) e o torque das massas (𝜏𝑚), tem-se a seguinte equação: 𝜏𝑓𝑑 = 𝜏𝑝 + 𝜏𝑚 Considerando-se que os torques das massas variam conforme a distância das massas em relação a haste de sustentação (vertical), e que a haste horizontal forma um ângulo de 90° com a haste de sustentação, tem-se que o torque da massa aplicada sobre a haste horizontal é equivalente ao peso da massa (𝑃𝑚) multiplicado pela distância da massa à haste de sustentação (𝑏), conforme a relação abaixo: 𝜏𝑚 = 𝐹 . 𝑏 . 𝑠𝑒𝑛 90° 𝜏𝑚 = 𝑃𝑚 . 𝑏 . 1 Substituindo-se na relação anterior, tem-se: 𝜏𝑓𝑑 = 𝜏𝑝 + 𝜏𝑚 𝜏𝑓𝑑 = 𝜏𝑝 + 𝑃𝑚 . 𝑏 Ao se relacionar a equação obtida com os parâmetros disponíveis na figura 2, tem-se a seguinte relação: 𝑌 = 𝐴𝑥 + 𝐵 𝜏𝑓𝑑 = 𝑃𝑚 . 𝑏 + 𝜏𝑝 𝜏𝑓𝑑 = (0,985 ± 0,009)𝑏 + (0,263 ± 0,002) Portanto, 𝐴 = 𝑃𝑚 = (0,985 ± 0,009)𝑁 e 𝐵 = 𝜏𝑝 = (0,263 ± 0,002)𝑁. 𝑚. Baseando-se nesses dados, pode-se encontrar o peso da haste (𝑃ℎ) horizontal através dos cálculos abaixo, considerando-se que o centro de massa se encontra na metade do comprimento da haste (𝑏), que é de 0,20m. 𝜏𝑝 = 𝑃ℎ . 𝑏 (0,263 ± 0,002) = 𝑃ℎ . 0,20 𝑃ℎ = 0,263 ± 0,002 0,20 𝑃ℎ = (1,32 ± 0,01) 𝑁 A fim de que se possa comparar os resultados obtidos, aferiu-se o peso da haste horizontal (𝑃ℎ) e do conjunto massa-gancho (𝑃𝑚), obtendo-se os dados descritos na tabela 2 abaixo: Tabela 2 - Comparação dos Valores Experimentais e Teóricos Valor Teórico (N) Valor Experimental (N) Erro Absoluto Erro Percentual Peso da Haste (Ph) 1,315 1,31 0,0038 0,38% Peso massa - gancho (Pm) 0,985 1,00 0,0152 1,52% Fonte: Arquivo Pessoal 6 Com base nos valores do erro absoluto e no valor teórico calculado anteriormente, pode-se afirmar que, em relação ao peso calculado para a haste, o valor encontrado foi exato, uma vez que, ao se fazer uso da precisão do valor teórico, o resultado experimental se encontra dentro do intervalo calculado. Em relação ao conjunto massa-gancho, o resultado não foi exato, já que o valor experimental não se encontra dentro do intervalo aceito para o valor teórico. Contudo, por ter sido um valor muito próximo, pode-se afirmar que essa discrepânciase deu em virtude de um erro de paralaxe ou de descalibração do aparelho. Fundamentando-se no experimento e nas observações realizadas, pode-se ressaltar a necessidade da montagem correta e precisa do sistema, já que, caso a haste vertical / dinamômetro e a haste horizontal não estiverem perpendiculares umas às outras, o ângulo formado entre elas será diferente de 90° e, por consequência, afetará todo o experimento, já que o cálculo dos torques é influenciado diretamente pelo ângulo formado entre o braço e a força aplicada. Utilizando-se como exemplo o cálculo final da massa da régua, caso o ângulo formado entre a haste horizontal e vertical fosse 60°, tem-se os seguintes cálculos: 𝜏𝑝 = 𝑃ℎ . 𝑏 . 𝑠𝑒𝑛 60° (0,263 ± 0,002) = 𝑃ℎ . 0,20 . 0,87 𝑃ℎ = 0,263 ± 0,002 0,17 𝑃ℎ = (1,55 ± 0,012) 𝑁 Em relação ao valor correto, o valor encontrado apresentaria um erro percentual de aproximadamente 17,4% sendo um valor muito discrepante do real. Conclusões Por meio do experimento realizado, foi possível analisar como a distância do braço interfere diretamente no torque, uma vez que foi verificado durante o experimento que quanto menor o braço, menor é o torque exercido. Além disso, foi possível calcular o peso das massas aferidas e o peso da haste, sendo eles 𝑃𝑚 = (0,985 ± 0,009)𝑁 e 𝑃ℎ = (1,32 ± 0,01) 𝑁 respectivamente. Com esses valores, foi calculado o erro percentual de cada medida em relação ao peso aferido diretamente com o dinamômetro, sendo o erro do peso da haste de 0,38% e das massas aferidas de 1,52%, tais dados permitem afirmar que o experimento foi satisfatório, estando bem próximo ao esperado. Sobretudo, foi possível verificar como o ângulo formado entre o braço e a força aplicada interfere diretamente no experimento realizado, pois, se esse ângulo fosse de 60°, o peso da haste apresentaria um erro percentual de aproximadamente 17,4% em relação a realidade. Referências Bibliográficas • ANJOS, Talita Alves dos. "Corpos Rígidos"; Brasil Escola. Disponível em <https://brasilescola.uol.com.br/fisica/corpos-rigidos.htm>. Acesso em 18 de novembro de 2018.
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