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SEGUROS DE PROPRIEDADES -Seguro Incêndio Tradicional. -Seguros Compreensivos. -Riscos Nomeados. -Riscos Operacionais. -Gerenciamento de Riscos. 1 - SEGURO INCÊNDIO (Tradicional) CONCEITOS BÁSICOS Embora o mercado segurador esteja utilizando outras formas para contratação de seguro para o risco incêndio, como as Apólices Multirriscos e outras, a única tarifa existente no mercado é a Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil, a qual analisaremos nesta unidade, pois será a nossa base para o seguro de Riscos Nomeados e Riscos Operacionais. O Seguro Incêndio tem por objetivo garantir, até o limite da importância segurada o pagamento de indenização por prejuízos consequentes dos riscos cobertos, causados aos bens garantidos pela apólice que integram o patrimônio do segurado, em um determinado endereço. Nesta modalidade de seguro, deve-se estipular importância segurada para cada cobertura pretendida, distinta para cada prédio que integra um risco isolado, bem como para seus respectivos conteúdos (máquinas, móveis e utensílios e mercadorias e matérias primas). As importâncias seguradas dos bens discriminados na apólice são fixadas pelo segurado, estabelecendo o limite máximo indenizável, sem, contudo, representar uma prévia determinação do valor deste bem. 1- Cobertura Básica A cobertura Básica do Seguro Incêndio é concedida a risco total, abrangendo perdas e danos materiais diretamente causados por: -Incêndio. -Queda de raio, dentro da área ou terreno ou edifício. -Explosão de gás de uso doméstico, dentro do terreno ou edifício. 2- Bens Cobertos As condições gerais do seguro Incêndio definem que os bens amparados por este seguro são: -Edifícios. -Máquinas, Móveis e Utensílios (MMU). -Mercadorias, Matérias-Primas (MMP). -Instalações. -Benfeitorias. 3- Caracterização e Taxação dos Riscos A determinação do prêmio se dá com base na caracterização do risco. Para tanto, é necessária a realização de vistoria prévia, denominada Inspeção de riscos, que consiste em examinar o local, anotando características que tenham interesse para fins de seguro. Essas características são apresentadas sob a forma de relatório pelo inspetor de riscos. O relatório da Inspeção de risco é, portanto, o instrumento utilizado para buscar os dados necessários para caracterização do risco e, por consequência, para a determinação das taxas. Palavra INCÊNDIO Latim INCENDIU ATO OU EFEITO DA PROPAGAÇÃO DE FOGO QUE LAVRA COM INTENSIDADE, DESTRUINDO E CAUSANDO PREJUÍZOS (DANOS). A caracterização do risco se dá com base nos fatores abaixo informados, pois exercem influência direta e são determinantes para o estabelecimento da taxa: -Localização do risco ( L ) -Natureza das ocupações existentes ( O ). -Características das construções ( C ) O L.O.C. é a base de taxação do risco incêndio e cada um de seus componentes é determinado separadamente. LOCALIZAÇÃO A Localização (L) representa a classificação da cidade onde está situado o risco. As cidades brasileiras são classificadas em 4(quatro) classes: 1, 2, 3 e 4, em função das seguintes características: -sistema de comunicação. -condições de acesso. -largura das ruas. -Variações topográficas. -existência e eficiência de corpo de bombeiros. -abastecimento d’água. -existência de hidrantes públicos. Portanto quanto maior a classe de localização da cidade, pior as características da cidade e seus recursos de combate a incêndio. OCUPAÇÃO O ITEM Ocupação ( O ) é indicativo da periculosidade do risco incêndio e compreende 13 (treze) classes ( de 01 a 13). As classes de ocupação estão discriminadas na TSIB e, em função da atividade, materiais e processamentos utilizados, adota-se a classificação adequada. CONSTRUÇÃO (C) A classificação dos prédios é feita em função do seu grau de vulnerabilidade ao fogo, o que depende de suas características arquitetônicas e dos diversos tipos de materiais utilizados em sua edificação. São 4 (quatro) classes de construção e somente elas possuem nomes próprios, ou seja, cada classe de construção tem designação própria como segue: -superior (1). -sólida (2). -Mista (3). -Inferior (4). Quanto maior o número da classificação, mais elevada é a vulnerabilidade da construção ao fogo. 4- Taxação de riscos Para se taxar um risco de Incêndio é preciso identificar o L.O.C. desse risco. Feito isto teremos condições de encontrar a taxa que será utilizada para o risco analisado. Essas taxas são agrupadas em tabelas específicas. Existem 4 (quatro) tabelas, uma para cada classe de localização do risco. As taxas constantes das tabelas, válidas para o prazo de um ano, são percentagem aplicáveis sobre as importâncias seguradas escolhidas para prédio e conteúdo. Classe 1 de Localização Classe 2 de Localização Ocupação Construção 1 2 3 4 P C P C P/C P/C 01 0,10 0,12 0,12 0,15 0,45 0,60 02 0,10 0,20 0,20 0,25 0,50 0,65 03 0,15 0,25 0,25 0,35 0,65 0,80 04 0,20 0,40 0,35 0,50 0,80 1,00 05 0,25 0,55 0,50 0,65 1,00 1,30 06 0,35 0,70 0,65 0,80 1,20 1,60 07 0,35 0,90 0,80 1,00 1,50 1,90 08 0,35 1,10 1,00 1,20 1,80 2,20 09 0,35 1,20 1,20 1,50 2,20 2,60 10 0,50 1,50 1,50 1,80 2,60 3,00 11 0,50 1,80 1,80 2,10 3,00 3,50 12 0,50 2,10 2,10 2,50 3,50 4,00 13 0,65 2,50 2,50 3,00 4,00 4,50 Exemplo; 1- quais são as taxas de prédio e conteúdo para os seguintes LOC’s? L.O.C. Taxa Prédio Taxa Conteúdo 2.02.1 0,10% 0,20% 1.07.2 0,80% 1,00% 1.03,3 0,65% 0,65% 5 - Prejuízos Indenizáveis. A cobertura do Seguro Incêndio garante, além dos prejuízos materiais ocasionados diretamente pelos riscos cobertos, as perdas e danos materiais causados aos bens segurados, em consequência direta desses riscos, indenizáveis até o limite máximo da importância segurada. Dentre os prejuízos causados em consequência direta dos riscos cobertos, incluem-se os seguintes: Os decorrentes de explosões causadas pelos riscos cobertos, desde que ocorridas no interior do estabelecimento segurado (edifícios ou áreas de terrenos); Desmoronamento diretamente resultante dos riscos cobertos; Ocupação Construção 1 2 3 4 P C P C P/C P/C 01 0,10 0,12 0,12 0,15 0,50 0,70 02 0,10 0,20 0,20 0,30 0,55 0,75 03 0,15 0,30 0,30 0,40 070 0,90 04 0,20 0,45 0,40 0,55 0,90 1,10 05 0,25 0,60 0,55 0,70 1,10 1,40 06 0,35 0,80 0,70 0,90 1,40 1,70 07 0,35 1,00 0,90 1,10 1,70 2,00 08 0,35 1,20 1,10 1,40 2,00 2,50 09 0,35 1,40 1,40 1,70 2,40 3,00 10 0,50 1,70 1,70 2,00 2,80 3,50 11 0,50 2,00 2,00 2,30 3,30 4,00 12 0,50 2,30 2,30 2,80 3,80 4,50 13 0,65 2,80 2,80 3,30 4,50 5,00 Impossibilidade de remoção ou proteção dos salvados; e Deterioração de bens guardados em ambientes especiais, devido à paralisação dos equipamentos, desde que diretamente resultante dos riscos cobertos. Algumas despesas efetuadas pelo segurado também são indenizadas, como: Providências tomadas para o combate ao incêndio, evitando-se ou atenuando-se a propagação do fogo, como a recarga de extintores; Salvamento e proteção dos salvados, com o objetivo de minorar os prejuízos; e desentulho do local após a ocorrência do sinistro. 6 - Prejuízos Não Indenizáveis Estão excluídos do Seguro Incêndio os seguintes prejuízos causados aos bens segurados e decorrentes de: Extravio, roubo ou furto, mesmo consequentes dos riscos cobertos; Fermentaçãoprópria ou combustão espontânea. Caso tais fenômenos originem um incêndio, os Prejuízos daí resultantes estarão cobertos; Submissão de bens a quaisquer processos de tratamento, aquecimento ou enxugo; Destruição por ordem de autoridade pública, salvo se para evitar a propagação do fogo; Convulsões da natureza, erupção vulcânica, inundação, terremoto, exceto o vendaval, furacão, ciclone, tornado e granizo; Fenômenos de natureza social, como insurreições, rebeliões, atos de hostilidade ou de guerra, revoluções, greves, tumultos, motins, arruaças e outros atos semelhantes, confisco, nacionalização, requisição, destruição decorrente de quaisquer atos de autoridades, de fato ou de direito, civil ou militar; Queimadas em zonas rurais, quer tenha sido por causa fortuita, ou ateada para limpeza do terreno; Radiações ionizantes decorrentes de combustível nuclear ou resíduo nuclear, combustão de material nuclear ou para as quais tenham contribuído materiais de armas nucleares. Entende-se que combustão abrange qualquer processo auto-sustentador de fissão nuclear; e Danos elétricos, salvo se consequentes de queda de raio. 7 - Bens Cobertos As condições gerais do Seguro Incêndio definem que os bens amparados por esse seguro são: Edifícios; Maquinismos, Móveis e Utensílios (MMU); Mercadorias, Matérias-Primas (MMP); Instalações; e Benfeitorias. 8 - Bens Não Compreendidos. Mesmo que sofram perdas e danos consequentes dos eventos previstos na cobertura do seguro, os seguintes bens são considerados como não abrangidos pelo Seguro Incêndio: papéis de crédito, metais preciosos ou pedras preciosas, obrigações em geral. Títulos, selos, moeda cunhada, papel moeda, cheques, letras, livros de contabilidade, quaisquer outros livros comerciais; bens de terceiros recebidos em depósito, consignação ou garantia; peças de arte, jóias e quaisquer objetos de valor estimativo, raridades, livros, no que exceder a R$ 600,00, por unidade atingida pelo sinistro; manuscritos, plantas, projetos, modelos, debuxos e moldes; e bens ou coisas, quando em tráfego ou viagem e, assim como os meios de transporte, em idênticas condições. 9 - Rateio e Critérios de Indenização. É facultado à seguradora o direito de indenizar o segurado com pagamento em dinheiro ou com a reparação ou substituição dos bens sinistrados, a fim de repô-los no estado em que se achavam imediatamente antes do acidente. Nas coberturas concedidas a risco total (proporcionais), as importâncias seguradas devem representar os valores em risco (valores reais dos bens segurados). Caso não representem, o segurado será considerado responsável pela diferença e estará sujeito ao mesmo risco que a seguradora, na proporção da responsabilidade que lhe couber em rateio. INDENIZAÇÃO = PREJUÍZO X ( IMP. SEG. / VALOR EM RISCO APURADO) ATENÇÃO: Para efeito do cálculo da indenização, os bens segurados são divididos em dois tipos: bens de consumo e bens de uso. Para cada um deles há critérios próprios para a apuração dos prejuízos e dos valores em risco. Assim, vejamos: Bens de consumo – Mercadorias e Matérias-Primas (MMP). Apura-se o prejuízo e o valor em risco pelo custo de reposição, no dia e local do sinistro, tendo em vista o gênero de negócio do segurado, limitado ao valor de venda, se este for menor. Traduzindo: valor de custo ou de venda – o menor Não se pode esquecer que qualquer indenização terá uma limitação, e esta é sempre a importância segurada. Bens de uso – Edifícios, benfeitorias, maquinismos, instalações, móveis e utensílios. Apura-se o prejuízo e o valor em risco pelo Valor Atual, isto é, pelo valor dos bens novos (valor de novo) menos a depreciação pela idade, uso e conservação destes. 10 - Rescisão e Reintegração A apólice do Seguro Incêndio poderá ser rescindida total ou parcialmente, a qualquer tempo, mediante acordo entre as partes contratantes ou em caso de sinistro, observados os seguintes critérios: Em caso de rescisão através de acordo entre as partes contratantes, a seguradora reterá o prêmio recebido, da seguinte forma: Se o segurado solicita a rescisão: a seguradora retém o prêmio recebido com base na tabela de prazo curto; Se a seguradora solicita a rescisão: a seguradora retém o prêmio recebido proporcional ao tempo decorrido (pro rata). 11 - Coberturas Adicionais. Explosão Perdas e danos materiais causados aos bens segurados por explosão de caldeiras ou aparelhos de ar comprimido, vapor, óleo ou gás de qualquer natureza, desde que o gás não tenha sido gerado no prédio segurado e que este não faça parte de qualquer fábrica de gás, onde quer que o evento tenha se originado. Incêndio Resultante de Queimadas em Zonas Rurais. Perdas e danos ocorridos em zonas rurais e ocasionados por incêndio decorrente de queimadas em florestas, matas, prados, pampas, juncais ou plantações. Danos Elétricos Perdas ou danos causados a fios, enrolamentos, lâmpadas, válvulas, chaves, circuitos e aparelhos elétricos, pelo calor gerado acidentalmente por eletricidade. Vendaval, Furacão, Ciclone, Tornado, Granizo, Queda de Aeronaves ou Quaisquer Outros Engenhos Aéreos ou Espaciais, Impacto de Veículos Terrestres e Fumaça. Para efeito dessa cobertura: Entende-se por “vendaval” os ventos de velocidade igual ou superior a 15 metros por segundo; Consideram-se também como “aeronave ou quaisquer engenhos aéreos ou espaciais”, os objetos que sejam parte integrante deles ou por eles conduzidos; Considera-se “veículo terrestre” aquele que possa não dispor de tração própria; e Entende-se por “fumaça” unicamente a fumaça que provenha de um desarranjo imprevisível, repentino e extraordinário no funcionamento de qualquer aparelho, somente quando tal se encontrar conectado a uma chaminé por cano condutor de fumo. Exclui-se a fumaça proveniente de fornos ou aparelhos industriais. Cobertura Especial de Aluguel. Garante ao segurado, quando proprietário do prédio e das máquinas ou equipamentos: valor do aluguel que o prédio deixar de render, no caso de sinistro pelos eventos cobertos (Cláusula 216); valor dos aluguéis mensais que tiver que pagar a terceiros: O pagamento cessa quando a reposição ou reparo do bem for concluído ou quando se esgotar o Período Indenitário fixado, mesmo que a reparação/reposição não tenha sido concluída, o que ocorrer primeiro. Entende-se por Período Indenitário, o período de tempo necessário, estipulado pelo segurado, para o prédio voltar a ser habitado ou para repor a máquina, iniciando-se a partir da data do sinistro. Esse período deverá constar na apólice. Cobertura Especial de Desistência de Sub-rogação dos Direitos. A seguradora abre mão do direito de sub-rogação, com relação ao segurado, na qualidade de inquilino do prédio alugado e coberto pela apólice, salvo nos casos de culpa grave, dolo ou má-fé. Cobertura Especial de Extravasamento ou Derrame de Materiais em Estado de Fusão. Perdas e danos materiais causados, acidentalmente, por extravasamento ou derrame de materiais em estado de fusão de seus normais contenedores ou calhas de corrimento, incluindo o próprio material, ainda que não tenha ocorrido incêndio. Cobertura Especial de Rateio Parcial. Todo e qualquer sinistro coberto será indenizado sem aplicação de rateio, desde que a importância segurada seja igual ao percentual do valor em risco declarado na apólice. Caso contrário, osegurado será considerado responsável pela diferença e estará sujeito ao mesmo risco da seguradora, proporcionalmente, à responsabilidade que lhe couber em rateio. Indenização = Prejuízo x Importância Segurada K% x Valor em Risco Cobertura Especial de Perda de Prêmio. Garante a perda de prêmio e emolumentos (IOF = 7,38%), resultantes do cancelamento total ou parcial da apólice, em consequência de sinistro. 12 - Modalidades de seguro Incêndio. Seguro Fixo O Seguro Fixo é aquele em que o valor segurado e o prêmio devido são fixos, ou seja, não se ajustam ao longo da vigência da apólice. Esse tipo de seguro é adequado àqueles bens que não sofrem, normalmente, variações quantitativas. Exemplos: seguro de uma residência, seguro dos bens que compõem o ativo fixo de uma empresa, seguro de um escritório de advocacia, seguro de uma loja de roupas (não considerando seus estoques de mercadorias). Ajustável Algumas atividades, devido às suas peculiaridades, possuem grande e imprevisível oscilação de seus estoques, cujos armazéns podem, em determinados dias estar lotados e em outros, praticamente vazios. Se determinar a importância segurada pela capacidade total de armazenamento, o segurado estará pagando prêmio desnecessário quando o armazém estiver vazio. Se fizer seguro pela média, poderá entrar em rateio, caso ocorra sinistro, estando esse armazém com sua capacidade máxima de armazenamento. Podemos citar como exemplo o armazém de uma empresa transportadora. Nesse caso, emite-se uma apólice, tomando-se por base a capacidade total de armazenamento. Porém, o segurado paga apenas um depósito inicial, fazendo-se o ajustamento do prêmio por ocasião de seu vencimento. Obriga-se o seu contratante a fornecer declarações periódicas, informando o valor exato de seus estoques. O Seguro Ajustável possui regras bem específicas, de forma que não é qualquer risco que pode ser segurado nessa modalidade, a qual possui clausulado próprio. Características do risco para contratação de apólice ajustável: • grande variabilidade do valor do estoque; • imprevisibilidade das oscilações; • perfeita organização contábil, de forma a poder comprovar a qualquer momento a quantidade e o valor do estoque; e • declarar periodicamente o valor de seus estoques. 2 - SEGUROS COMPREENSIVOS 1 - INTRODUÇÃO Com a modernização do mercado de seguros no Brasil, na década de 90 o Governo Federal lançou o Plano Diretor do Sistema de Seguros, sob o enfoque do consumidor, ou seja, o sujeito-fim dos serviços prestados pelo sistema segurador. Estas mudanças no sistema visavam transformar a realidade que até então regulamentava o mercado de seguros. Na época, os segurados deviam contratar diversos seguros para se prevenir das perdas que pudesse sofrer o seu patrimônio e sofriam em consequência a burocracia de tal circunstancia. Os Seguros Compreensivos constituem uma nova modalidade de Seguros Patrimoniais, pois estes vêm sofrendo processo de evolução visando facilitar a sua contratação de modo flexível e dinâmico. O seguro compreensivo adota soluções eficientes e torna o seguro mais acessível, de melhor qualidade e com possível redução dos custos finais. Com os planos de seguros compreensivos, que antigamente não constituíam um ramo ou modalidade de seguro gerou-se uma forma de contratação onde se conjugam vários ramos ou modalidades numa mesma apólice. Assim o seguro Compreensivo permite que o segurado escolha, entre todas as opções, as mais adequadas às suas necessidades, o que resulta em um tipo de seguro personalizado. Os produtos Compreensivos se dividem em: -Residencial. -Condomínio (residencial e comercial) -Empresarial, englobando os setores de serviços, comercio e indústria. Exemplo Um condomínio que desejasse contratar seguro para garantir os riscos de incêndio (cobertura do Ramo Incêndio), alagamento e desmoronamento (modalidades de cobertura do Ramo Riscos Diversos), acidentes pessoais dos empregados (cobertos pelo Ramo Acidentes Pessoais), responsabilidade civil do condomínio (coberta pelo Ramo Responsabilidade Civil), roubo de bens (coberto pelo Ramo Roubo), tumultos e atos de vandalismo (cobertos pelo Ramo Tumultos) e quebra de vidros (coberta pelo Ramo Vidros) precisaria contratar sete apólices de seguro distintas, cada qual com seu custo de apólice e respectivo IOF, o que onerava bastante a cota condominial. Além disso, deve ser considerado o controle rígido necessário para não se perder a data de renovação de cada uma das apólices de seguro contratadas. Com base no Ramo de Seguro Riscos Diversos com a criação das modalidades de Seguro Edifícios em Condomínio e Seguros Compreensivos de Imóveis Diversos – Residenciais ou Comerciais, respectivamente nos anos de 1975 e 1978, possibilitou a criação dos atuais planos de Seguros Compreensivos. - Apólices As apólices dos seguros Compreensivos são sempre consideradas “contratos de adesão”, por serem predefinidas pela seguradora. As condições contêm todas as características da apólice, tais como: -Bens e riscos cobertos. -Participações, procedimentos em caso de sinistro e, destacadamente, os riscos não cobertos. -As obrigações do segurado e as situações em que o segurado perde o direito às coberturas. -As condições sempre devem estar disponíveis para o segurado no momento da contratação. 2 - SEGUROS COMPREENSIVOS. No seguro tradicional de incêndio, em que a cobertura básica era exclusivamente para garantir os riscos de incêndio, queda de raio na área do terreno ou edifício segurado e explosão de gás de uso doméstico dentro da área do terreno ou edifício segurado, a SUSEP deixa a critério de cada seguradora escolher os riscos que estarão cobertos pela cobertura básica dos produtos Compreensivos Não Padronizados por ela criados. Objetivo do Seguro O objetivo do seguro Compreensivo é garantir ao segurado até o limite das importâncias seguradas em cada uma das garantias contratadas, e de acordo com as condições do contrato, o pagamento de indenização por prejuízos, devidamente comprovados, diretamente decorrente de perdas e danos aos bens segurados, ocorrido no local segurado, em consequência de risco coberto. Riscos Cobertos São os riscos previstos e descritos em cada uma das coberturas (básica e adicionais), contratadas na apólice. Devem ser especificadas as garantias de cada cobertura, os riscos cobertos e excluídos, e os bens não compreendidos no seguro. BENS segurados Como bens segurados entendem-se todas as edificações e seus respectivos conteúdos, existentes no mesmo endereço segurado: -Prédio, instalações hidráulicas, elétricas e sanitárias. -Conteúdo tais como máquinas, móveis, utensílios, mercadorias e matérias primas. -Bens de terceiros, existente no endereço indicado na apólice, e pelos quais o segurado seja responsável. Prejuízos indenizáveis -Danos materiais resultantes dos riscos cobertos. -Despesas decorrentes de providências tomadas para combater a propagação dos riscos cobertos e para salvamento e proteção dos bens segurados. -Despesas com desentulho do local. -Danos materiais decorrentes da impossibilidade de remoção ou proteção dos salvados, por motivo de força maior. Bens não compreendidos no seguro -Fundações e alicerces. -Jóias, pedras e metais preciosos. -Edificações em construção ou reconstrução. -Objetos de arte, raridades, coleções filatélicas, numismáticas ou outras de natureza similar. Riscos Excluídos Não abrange as ocorrências de caráter catastrófico, intencionais ou que se afastemfundamentalmente do caráter básico das coberturas: -Radiações ionizantes ou de contaminação por radioatividade de qualquer combustível nuclear ou de resíduo nuclear. -Perdas ou danos causados por guerra, invasão, ato de inimigo estrangeiro, hostilidade ou operações bélicas, guerra civil, insurreição, rebelião, revolução, conspiração ou ato de autoridade militar, confisco ou outros atos relacionados ou decorrentes desses eventos, incluindo o saque e pilhagem. -Desgaste pelo uso, deterioração, vicio próprio e defeito latente. Franquias As franquias são elementos contratuais que estabelecem faixa mínima de prejuízo pelo qual o segurador não responde. As franquias podem ser fixadas em valor absoluto ou como percentual da IS ou dos prejuízos indenizáveis. Serão sempre dedutíveis. Nos produtos não padronizados, os “Seguros Compreensivos” apresentam como características principais: • contratação do seguro a Primeiro Risco Absoluto, ou seja, sem a aplicação da cláusula de rateio, para quaisquer das coberturas denominadas pelas seguradoras de coberturas adicionais contratadas; • segmentação pela ocupação e valores dos riscos, visando homogeneizar as carteiras. Os locais dos riscos são segmentados pela ocupação e tamanho, o que permite a contratação de produtos simples e ajustados às necessidades de cada cliente; 3 - CARACTERÍSTICAS DOS SEGUROS COMPREENSIVOS. • redução das taxas em relação aos chamados seguros convencionais, em especial quanto à cobertura de Incêndio, com construção de critérios tarifários contemplando novos elementos na taxação; • conjugação de várias coberturas em uma só apólice, com cláusulas menos restritivas e de mais fácil compreensão pelos segurados; e • estruturação modular com uma ampla gama de coberturas e garantias acessórias, permitindo ao segurado a escolha das mais adequadas às suas necessidades, o que resulta na montagem de um seguro “personalizado”. Seguros Compreensivos ou Multirriscos são, fundamentalmente, uma forma de contratação, e não apenas uma junção de diferentes seguros em um só contrato. Cada seguradora, autorizada pela SUSEP, pode elaborar seus próprios produtos, e podem ocorrer diferenças significativas entre eles, principalmente em relação às taxas, franquias e condições, exigindo atenção do Corretor de Seguros ao oferecê-los a seus segurados. Seguros Não Padronizados Neste caso, a seguradora criará seu produto, devendo observar os critérios mínimos, previstos na regulamentação específica, para a estruturação das condições contratuais e notas técnicas atuariais de um ramo ou plano de seguro. No que se refere à comercialização, cada seguradora elaborará o clausulado do seu produto e, após a aprovação da SUSEP, poderá comercializá-lo. Exemplo: Seguros Compreensivos Residenciais, Seguros Compreensivos Condominiais e Seguros Compreensivos Empresariais; e 4 - OBJETIVO DOS SEGUROS COMPREENSIVOS. O objetivo dos Seguros Compreensivos ou Multirriscos é garantir ao segurado, até o valor do LMI – Limite Máximo de Indenização – em cada uma das garantias contratadas, o pagamento de indenização por prejuízos decorrentes de perdas e danos aos bens segurados, ocorridos no local segurado, em consequência de risco coberto, e, para que se concretize uma indenização pelos Seguros Compreensivos, devem ser atendidos os seguintes requisitos: • os prejuízos devem ser devidamente comprovados; • as perdas e danos devem ter ocorrido no endereço segurado, já que nos Seguros Compreensivos a unidade de risco é o local ou endereço segurado; • os riscos devem estar previstos no contrato de seguro para serem cobertos; • todas as condições contratuais, inclusive as relativas a prazos, devem ter sido respeitadas; e • para o pagamento das indenizações, será respeitada a importância segurada de cada cobertura e a indenização total não poderá exceder à importância segurada total da apólice. 5- SERVIÇOS DE ASSISTÊNCIA DOS SEGUROS COMPREENSIVOS. A Circular SUSEP 310 foi expedida, visando justamente regulamentar a oferta, pelas seguradoras, de serviços de assistência, caracterizados como atividades complementares aos contratos de seguros, e estabelecer a diferenciação entre esses serviços e as garantias similares oferecidas em contratos de seguro. De acordo com a SUSEP, as sociedades seguradoras deverão assumir responsabilidade subsidiária perante o segurado, pela prestação dos serviços de assistência, na hipótese de eles não serem oferecidos como garantias de contratos de seguro. Tais serviços de assistência não poderão ser prestados diretamente pelas seguradoras e deverão ter seus regulamentos previstos em documento próprio, apartado das condições contratuais do seguro, não sendo necessário que sejam submetidos à SUSEP. Na hipótese de tais serviços serem cobrados do segurado, o seu pagamento poderá ser realizado no mesmo documento de cobrança do prêmio comercial ou prêmio líquido, desde que esteja devidamente discriminado. O regulamento da prestação de tais serviços, que será anexado às apólices, não poderá prever pagamento em espécie ou reembolso ao segurado. Quando os custos desses serviços forem suportados diretamente pelas sociedades seguradoras, deverão ser contabilizados na conta Serviços de Assistência, dentro do subgrupo de sinistros retidos. A SUSEP estabelece, ainda, que as seguradoras que comercializarem garantias similares em contratos de seguros devem atender, obrigatoriamente, às seguintes disposições: • as coberturas devem ter caráter prioritariamente indenitário, baseadas no pagamento de indenização ou no reembolso ao segurado ou beneficiário de despesas incorridas, conforme os valores e limites máximos de indenização discriminados por cobertura e fixados na apólice ou certificado individual; • deverá ser prevista a possibilidade de substituição da indenização ou reembolso pela prestação de serviços, mediante acordo entre as partes; • o valor do reembolso ou da indenização deverá ser compatível com aqueles praticados pelo mercado de prestação de serviços; • deverá ser prevista a livre escolha do prestador de serviço, na hipótese de o segurado ou beneficiário optar pela prestação do serviço; e • as coberturas devem estar diretamente relacionadas ao objeto segurado. 6 – CLÁUSULAS DE DEFINIÇÕES. Visam explicitar as seguintes definições para os termos técnicos utilizados no contrato de Seguro Compreensivo (Glossário): • agravação do risco – circunstâncias que aumentam a intensidade ou a probabilidade da ocorrência do risco assumido pela seguradora, independentemente ou não da vontade do segurado; • ato doloso – ato intencional praticado no intuito de prejudicar a outrem; • ato ilícito – toda ação ou omissão voluntária, negligência, imperícia ou imprudência que viole direito alheio ou cause prejuízo a outrem; • boa-fé – no contrato de seguro, é o procedimento absolutamente honesto que têm o segurado e a seguradora, agindo ambos com total transparência, isentos de vícios e convictos de que agem em conformidade com a lei; • cobertura – garantia de compensação ao segurado, pelos prejuízos decorrentes da efetivação do sinistro previsto no contrato de seguro; • emolumentos – conjunto de despesas adicionais que a seguradora cobra do segurado, correspondente às parcelas de impostos e outros encargos a que está sujeito o seguro; • evento – toda e qualquer ocorrência ou acontecimento, decorrente de uma mesma causa, passível de ser garantido por uma apólice de seguro; • furto qualificado – subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, mediante destruição ou rompimento de obstáculo à subtração dos bens segurados, desde que tenha deixadovestígios materiais inequívocos ou tenha sido constatada por inquérito policial; • furto simples – subtrair para si ou para outrem, coisa alheia móvel, sem vestígios materiais de sua ocorrência; • força maior – acontecimento inevitável e irresistível, ou seja, evento que poderia ser previsto, porém não controlado ou evitado; • greve – ajuntamento de mais de três pessoas da mesma categoria ocupacional que se recusam a trabalhar ou a comparecer onde as chama o dever; • indenização – valor devido por força de sinistro coberto, não podendo ultrapassar, em hipótese alguma, o limite máximo de indenização da cobertura contratada e o limite máximo de garantia da apólice; • lockout – cessação da atividade por ato ou fato do empregador; • objeto do seguro – designação genérica de qualquer interesse segurado, sejam coisas, pessoas, bens, responsabilidades, obrigações, direitos ou garantias; • roubo – subtração, para si ou para outrem, de coisa alheia móvel, mediante grave ameaça ou emprego de violência contra pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência, quer pela ação física, quer pela aplicação de narcóticos ou assalto à mão armada; e • tumulto – ação de pessoas, com características de aglomeração, que perturbe a ordem pública através da prática de atos predatórios, para cuja repressão não haja necessidade de intervenção das Forças Armadas. 7 - SEGURO COMPREENSIVO RESIDENCIAL. Este seguro é destinado a residências individuais, casas e apartamentos, habituais ou de veraneios, amparando prédios e conteúdos existentes no local indicado na apólice. Em regra não abrangem os imóveis desocupados e os imóveis em construção, reconstrução ou reforma, mesmo que iniciada durante a vigência do seguro, o que poderá determinar a interrupção das coberturas. Nos seguros residenciais, todas as coberturas são concedidas a primeiro risco absoluto. Dados Estatísticos Entre as coberturas oferecidas, destacamos aquelas que podem ser consideradas as mais usuais de contratação e que estão contidas em praticamente qualquer produto disponível no mercado: • Cobertura Básica A sua maioria é oferecida englobando os eventos de incêndio, queda de raio e explosão de qualquer natureza. Coberturas Adicionais – são várias e dizem respeito às necessidades do segurado. As principais e contidas em quase todos os produtos são: 8 - SEGURO COMPREENSIVO CONDOMÍNIO. Este seguro é destinado a condomínios verticais e horizontais. A sua contratação é obrigatória, devendo amparar todos os danos materiais e tendo como bens seguráveis a estrutura do edifício, partes, instalações elétricas e hidráulicas, e partes comuns, bem como as áreas privativas (exceto fundações, alicerces e o terreno). Dados Estatísticos Por definição, condomínio é uma edificação destinada a fins residenciais ou não residenciais, onde existe um domínio de mais de uma pessoa simultaneamente, cabendo a cada uma delas igual direito sobre partes comuns ou privativas. É representado por edificação de um ou mais pavimentos construídos sob a forma de unidades autônomas, proprietárias de uma fração do terreno e coisas comuns, em que cada uma delas, para efeitos de identificação, é assinalada por designação especial numérica ou alfabética. Para quem possui o Seguro do Sistema Financeiro de Habitação (SFH), a Resolução CNSP no 218, de 6 de dezembro de 2010, estabeleceu, no artigo 8o, que o Seguro Condomínio será considerado a 2o Risco Absoluto, enquanto perdurar o contrato de financiamento concedido, e desde que o referido contrato esteja amparado por seguro compulsório, dando cobertura contra incêndio e outros riscos que possam causar a destruição total ou parcial do imóvel, garantindo a sua reposição integral. A cobertura a 2o Risco Absoluto refere-se apenas ao imóvel do mutuário, não se aplicando às partes comuns do condomínio. Os conteúdos de propriedade dos respectivos condôminos e/ou moradores das unidades autônomas não são amparados neste seguro. Algumas seguradoras oferecem a garantia para os conteúdos das unidades autônomas sob forma de cobertura adicional. Em função da sua ocupação, os condomínios se classificam em: • Condomínios Residenciais – aqueles compostos exclusivamente por residências; • Condomínios de Escritórios e Consultórios – aqueles ocupados exclusivamente por escritórios e/ou consultórios; • Condomínios Mistos – aqueles ocupados por estabelecimentos comerciais e residenciais; • Condomínios Comerciais – aqueles nos quais prevalecem os estabelecimentos comerciais; • Flats e apart-hotéis – aqueles cujas unidades autônomas se encontram em regime de locação temporária sob administração de empresa constituída para tal atividade, como as atividades de bares, restaurantes, áreas de lazer e garagens; e • Shopping Center – aqueles ocupados por estabelecimentos comerciais e identificados como shopping center nos cadastros dos órgãos públicos competentes. Exclusões para o enquadramento do edifício no Seguro Condomínio, para as quais o seguro mais indicado seria o Empresarial. • edifícios que não se caracterizem como condomínios por pertencerem a um único proprietário, ou seja, aqueles cuja propriedade não seja conjuntamente exercida com outros; • edifícios-garagem; e • edifícios que possuem as atividades comerciais com periculosidade do risco incêndio elevada. No Seguro Condominial, a contratação será a 1o Risco Absoluto, e a Cobertura Básica é dividida em duas modalidades: • Cobertura Básica Simples – com as coberturas de incêndio, queda de raio dentro do terreno segurado e explosão de qualquer natureza; e • Cobertura Básica Ampla – com coberturas para quaisquer eventos que possam causar danos materiais ao imóvel segurado, exceto os expressamente excluídos. Se o condomínio contratar a Cobertura Básica Simples, deverá estabelecer uma Importância Segurada única para os riscos de incêndio, raio e explosão, e poderá incluir outras coberturas como adicionais com os limites que considerar adequados, denominados como sublimites. Entretanto, se o condomínio optar pela contratação da Cobertura Básica Ampla, a Importância Segurada escolhida será única para todos os riscos que vierem a compor a citada Cobertura Básica, além dos riscos de incêndio, raio e explosão. Estes riscos serão definidos pelas respectivas seguradoras ao submeterem seus Planos de Seguro à SUSEP para a aprovação. Poderão ser oferecidas, entre outras, as seguintes coberturas adicionais: No Seguro Condominial, o segurado poderá contar com os serviços de assistência,tais como: • encanador ou bombeiro hidráulico; • chaveiro; • eletricista; • indicação de assessoramento jurídico emergencial; • limpeza; • reparo de antenas; • segurança e vigilância; • transmissão de mensagens urgentes; • transporte e guarda de móveis; e • zelador substituto. 9 - SEGURO COMPREENSIVO EMPRESARIAL. Este seguro é destinado a pessoas jurídicas ou pessoas físicas que tenham suas atividades nas áreas de prestação de serviços, comércio varejista ou atacado, oficina, depósito e indústria. No Seguro Empresarial, as coberturas adicionais são concedidas a 1o Risco Absoluto. Já a cobertura básica poderá ser concedida de acordo com os seguintes critérios: • valor em risco igual ou inferior a um determinado valor , a cobertura é concedida a 1o Risco Absoluto; e • valor em risco superior a um determinado valor, a cobertura é concedida a 1o Risco Relativo. Dados Estatísticos Entre as coberturas, relacionamos aquelas que podem ser consideradaspossíveis para contratação em qualquer produto disponível no mercado: • Cobertura Básica . – Na maior parte das vezes, é oferecida englobando os eventos: incêndio, queda de raio e explosão de qualquer natureza; • Coberturas Adicionais. 3 - PRODUTOS E COBERTURAS. 1 – INCÊNDIO São formadas a partir das coberturas básicas, adicionais ou acessórias, do Ramo Incêndio Tradicional, com a inclusão ou a exclusão de um ou mais riscos previstos nas coberturas originais. 01.01 – Incêndio Similar à cobertura básica dos Seguros Incêndio Tradicional, ou seja, abrange as perdas e danos materiais decorrentes de: a) incêndio; b) queda de raio ocorrido dentro da área do terreno ou edifício onde estiverem localizados os bens segurados; c) explosão de gás empregado em aparelhos de uso doméstico, desde que ocorrido dentro da área do terreno ou edifício onde estiverem localizados os bens segurados, contanto que o gás não tenha sido gerado no(s) local(is) segurado(s) ou que este(s) não faça(m) parte de qualquer fábrica de gás; d) desmoronamento diretamente resultante de riscos cobertos; e) impossibilidade de remoção ou proteção dos salvados por motivos de força maior; f) providências tomadas para o combate à propagação dos riscos cobertos; e g) deterioração dos bens segurados guardados em ambientes refrigerados, resultante exclusivamente de paralisação do aparelhamento de refrigeração, em decorrência dos riscos cobertos e ocorridos dentro da área do estabelecimento segurado. Os principais riscos excluídos são: a) incêndio decorrente de tumultos, greves e lockout ou de queimadas em zonas rurais; b) extravio, roubo ou furto, ainda que, direta ou indiretamente, tenham concorrido para tais perdas quaisquer dos riscos cobertos por essa cobertura; c) fermentação ou combustão espontânea; d) terremoto, erupção vulcânica, alagamento, inundação ou qualquer outra convulsão da natureza, exceto os prejuízos decorrentes de incêndio ou explosão de gás empregado em uso doméstico (definida na alínea “c” do item 1 desta cobertura), desde que causados por vendaval, furacão, ciclone, tornado ou granizo; e) explosão ou implosão de qualquer causa, exceto a explosão de gás empregado em uso doméstico (definida na alínea “c” do item 1 dessa cobertura); f) danos elétricos; e g) queda de aeronaves e/ou outros engenhos aéreos ou espaciais, bem como quaisquer objetos integrantes deles ou por eles transportados. 01.02 – Incêndio e Explosão de Qualquer Natureza Garante e exclui os mesmos riscos citados na Cobertura 01.01, mas o risco, até então excluídas “explosão ou implosão de qualquer causa”, passa a ser risco coberto. 01.03 – Incêndio (Inclusive Decorrente de Tumultos) Garante e exclui os mesmos riscos citados na Cobertura 01.01, mas o risco, até então excluído “incêndio decorrente de tumultos, greves e lockout”, passa a ser risco coberto. 01.04 – Incêndio (Inclusive Decorrente de Tumultos) e Explosão de Qualquer Natureza Garante os mesmos riscos citados na Cobertura 01.03 e altera alguns riscos excluídos, criando a fusão da Cobertura 01.02, dando origem ao também risco coberto “Incêndio (Inclusive Decorrente de Tumultos) e Explosão de Qualquer Natureza”. Cobertura 01.05 – Incêndio (Inclusive Decorrente de Tumultos), Explosão de Qualquer Natureza e Queda de Aeronaves Garante os mesmos riscos citados na Cobertura 01.04 e altera alguns riscos excluídos, dando origem ao também risco coberto “Incêndio (Inclusive Decorrente de Tumultos) e Explosão de Qualquer Natureza e Queda de Aeronave”. 01.06 – Incêndio (Inclusive Decorrente de Tumultos), Explosão de Qualquer Natureza, Queda de Aeronaves e Fumaça Garante os mesmos riscos citados na Cobertura 01.05 e altera alguns riscos excluídos, dando origem ao também risco coberto “Incêndio (Inclusive Decorrente de Tumultos) e Explosão de Qualquer Natureza e Queda de Aeronave e Fumaça”. 01.07 – Incêndio (Inclusive Decorrente de Tumultos e de Queimadas em Zonas Rurais), Explosão de Qualquer Natureza, Queda de Aeronaves e Fumaça Garante os mesmos riscos citados na Cobertura 01.06 e altera alguns riscos excluídos, dando origem ao também risco coberto “Incêndio (Inclusive Decorrente de Tumultos e Queimadas em Zonas Rurais) e Explosão de Qualquer Natureza e Queda de Aeronave e Fumaça”. 01.08 – Incêndio (Inclusive Decorrente de Tumultos), Explosão de Qualquer Natureza e Fumaça Garante os mesmos riscos citados na Cobertura 01.04, alterando alguns riscos excluídos, tornando-os riscos cobertos: a) explosão ou implosão de qualquer natureza, onde quer que tenha se originado; b) fumaça proveniente, exclusivamente, de desarranjo imprevisível, repentino e extraordinário no funcionamento de qualquer aparelho, máquina, câmara ou forno existentes no edifício segurado, desde que estejam conectados a uma chaminé por um cano condutor de fumo; 01.09 – Incêndio, Explosão de Qualquer Natureza e Queda de Aeronaves. Garante os mesmos riscos citados na Cobertura 01.02, alterando alguns riscos excluídos, tornando-os riscos cobertos: a) explosão ou implosão de qualquer natureza, onde quer que tenha se originado; b) queda de aeronaves e/ou outros engenhos aéreos ou espaciais, bem como quaisquer objetos integrantes deles ou por eles transportados; 01.10 – Incêndio (Inclusive Decorrente de Tumultos e de Queimadas em Zonas Rurais) e Explosão de Qualquer Natureza. Garante os mesmos riscos citados na Cobertura 01.07, excluindo a cobertura para “Queda de Aeronaves”, e altera alguns riscos excluídos, tornando-os riscos cobertos: a) incêndio, inclusive aqueles decorrentes de tumultos, greves e lockout ou de queimadas em zonas rurais; b) explosão ou implosão de qualquer natureza onde quer que se tenha originado; 01.11 – Incêndio Resultante de Queimadas em Zonas Rurais. Garante e exclui os mesmos riscos citados na Cobertura 01.01, mas “as perdas e/ou danos materiais causados aos bens descritos na apólice diretamente causados por incêndio em florestas, matas, prados, pampas, juncais ou semelhantes, quer a queima tenha sido fortuita, quer tenha sido ateada para limpeza por fogo”, passam a ser risco coberto. 2 – EQUIPAMENTOS Assemelham-se às modalidades de seguro dos Ramos Riscos Diversos e Riscos de Engenharia. 02.01 – Equipamentos Eletrônicos e/ou de Baixa Voltagem. Garante as perdas e/ou danos materiais causados aos equipamentos eletrônicos e/ou de baixa voltagem, decorrentes de eventos de origem externa, caracterizados por: a) danos durante o translado no interior do estabelecimento, montagem ou desmontagem para fins de limpeza e/ou revisão; b) despesas extraordinárias comprovadas, inclusive locação, em caso de impossibilidade de reposição imediata dos equipamentos danificados em decorrência de um evento coberto por essa garantia. No caso de locação para reposição temporária, tais equipamentos não constituirão objeto da referida garantia; c) impossibilidade de remoção ou proteção dos salvados por motivos de força maior; e d) providências tomadas para o combate à propagação dos riscos cobertos. 02.01 – Equipamentos Eletrônicos e/ou de Baixa Voltagem Para efeito dessa cobertura, entendem-se por equipamentos eletrônicos: Aqueles que sejam conectados à rede elétrica (110V ou 220V), capazes de transformar energia em sinais, instruções e comandos. Os principais riscos excluídos e bens não compreendidos são: a) cabos de alimentação de energia elétrica que não façam parte integrante do equipamento segurado; b) cabos externos de transmissão de dados entre equipamentos instalados em prédios distintos; c) quaisquer dispositivos ou equipamentos auxiliares quenão estejam conectados aos bens segurados; d) materiais auxiliares e peças consumíveis, exceto quando façam parte integrante de um equipamento que sofra danos cobertos por essa garantia; e) operações de transporte e/ou transladação dos equipamentos fora do endereço especificado como local de risco; f) deficiência ou interrupção de serviços de suprimento de gás, água, eletricidade e ar condicionado; g) danos originados pelo desligamento ou religamento abrupto, bem como utilização inadequada, forçada ou fora das condições e padrões recomendados pelo fabricante; h) equipamentos que componham o estoque e sejam enquadrados como mercadorias; i) perda de dados e gravações armazenados ou processados ou em processamento; e j) softwares de qualquer natureza. 02.02 – Equipamentos Portáteis. Garante as perdas e/ou danos materiais, decorrentes de quaisquer eventos de origem externa, inclusive explosão, roubo e furto qualificado, bem como os danos decorrentes de operações de transporte dos equipamentos portáteis de propriedade do segurado fora dos locais segurados, quando conduzidos por prepostos ou empregados do segurado, fora dos locais citados na apólice e em território nacional. Além disso, estarão cobertas as perdas e danos decorrentes: a) da impossibilidade de remoção ou proteção dos salvados por motivos de força maior; e b) das providências tomadas para o combate à propagação dos riscos cobertos. Para efeito dessa cobertura, entendem-se por equipamentos portáteis: Caixas de ferramentas, equipamentos para testes e outros semelhantes, necessários à execução de serviços externos de reparo ou manutenção pelos prepostos ou empregados do segurado e exclusivamente enquanto de posse desses equipamentos. Os principais riscos excluídos e bens não compreendidos são: a) movimentação ou transporte do equipamento segurado como carga, por empresa transportadora; b) danos elétricos, salvo se ocorrer incêndio, caso em que serão indenizáveis somente os prejuízos causados pelo incêndio consequente; c) roubo e furto dos equipamentos do interior de veículo, salvo se o próprio veículo for roubado; d) operações dos equipamentos segurados em obras subterrâneas ou escavações de túneis; e) operações dos equipamentos segurados sobre cais, docas, pontes, comportas, píeres, balsas, pontões, embarcações, plataformas (flutuantes ou fixas) e estaqueamentos sobre água ou em praias, margens de rios, represas, canais, lagos e lagoas; f) transladação dos equipamentos segurados entre locais de operação por helicópteros; g) equipamentos que se caracterizem como mercadoria do segurado; e h) operações de içamentos dos equipamentos segurados ainda que dentro dos locais de operação. 02-3 – Equipamentos Arrendados ou Cedidos a Terceiros. Além dos prejuízos decorrentes da impossibilidade de remoção ou proteção dos salvados, por motivos de força maior e das providências tomadas para o combate à propagação dos riscos cobertos, esta cobertura garante as perdas e/ou danos materiais de origem súbita e imprevista causados aos equipamentos de propriedade do segurado descritos na apólice, quando arrendados e/ou cedidos a terceiros, por quaisquer acidentes decorrentes de causa externa, inclusive incêndio, raio e explosão de qualquer natureza, roubo e furto qualificado. Esta cobertura abrange os equipamentos segurados quando nos locais de operação ou de guarda, assim como a sua transladação fora do(s) local(is) segurado(s), por qualquer meio de transporte adequado (exceto danos aos veículos transportadores). 02.04 – Equipamentos Cinematográficos, Fotográficos e de Televisão Operados Exclusivamente em Estúdio e Laboratórios ou Depositados em Local Determinado. É semelhante à cobertura restrita para equipamentos cinematográficos, fotográficos e de televisão do Ramo Riscos Diversos, e garante os prejuízos decorrentes da impossibilidade de remoção ou proteção dos salvados por motivos de força maior, as providências tomadas para o combate à propagação dos riscos cobertos e as perdas e/ou danos materiais aos bens segurados, de causa externa, que ocorrerem dentro das dependências do estúdio, laboratório ou depósito, local que deverá estar expressamente declarado na apólice. 02.05 – Equipamentos Cinematográficos, Fotográficos e de Televisão Operados Exclusivamente em Estúdio, Laboratórios ou Reportagens Externas. É semelhante à cobertura ampla para equipamentos cinematográficos, fotográficos e de televisão do Ramo Riscos Diversos e garante os prejuízos decorrentes da impossibilidade de remoção ou proteção dos salvados por motivos de força maior, as providências tomadas para o combate à propagação dos riscos cobertos e as perdas e/ou danos materiais aos bens segurados, de causa externa, que ocorrerem dentro das dependências do estúdio, laboratório ou depósito, indicados na apólice ou em reportagens externas. 02.06 – Equipamentos Móveis. A exemplo da modalidade de Seguro Equipamentos Móveis, do Ramo Riscos Diversos, esta cobertura garante as perdas e/ou danos materiais causados aos equipamentos móveis descritos na apólice, por quaisquer acidentes decorrentes de causa externa, enquanto estiverem nos canteiros de obras ou locais de trabalho, considerando-se, também, como tais, propriedades agrícolas e/ou locais de guarda, assim como sua transladação fora desses lugares, por autopropulsão ou qualquer meio de transporte adequado. Para efeito dessa cobertura, consideram-se equipamentos móveis: equipamentos de nivelamento, escavação, compactação de terra, concretagem e asfaltamento, estaqueamento, britagem, solda, sucção e recalque, compressores, geradores, guinchos, guindastes, empilhadeiras e outros de características semelhantes. 02.07 – Equipamentos Móveis – Viagens de Entrega. Os riscos cobertos e excluídos são semelhantes aos da Cobertura de Equipamentos Móveis e sua garantia refere-se exclusivamente aos danos ocorridos no equipamento, em uma única viagem, a de entrega, do local de origem ao destino, e desde que o traslado do equipamento ocorra por transporte adequado. 02.08 – Equipamentos em Exposição – Excluído Risco de Transporte. Garante as perdas e/ou danos materiais, causados aos equipamentos durante o período de permanência no recinto da exposição, diretamente causados por: a) incêndio, raio ou explosão, desde que ocorrido dentro da área da exposição; b) roubo parcial ou total dos bens segurados, mediante o emprego de quaisquer formas de violência, bem como os danos decorrentes da tentativa do delito, devidamente caracterizada; c) enchentes, inundações e alagamentos; terremotos ou tremores de terra; vendaval, furacão, ciclone, tornado e granizo; queda de aeronaves ou objetos que formem parte integrante delas ou sejam por elas conduzidos; impacto de veículos, máquinas ou qualquer outro equipamento utilizado na área da exposição; 02.09 – Equipamentos em Exposição – Incluído Risco de Transporte. Garante os mesmos riscos citados na Cobertura 02.08 adicionando-se a ela os riscos de transporte dos equipamentos segurados para o recinto da exposição e transporte de retorno ao local de origem, desde que utilizados meios de transporte pertencentes a linhas regulares de navegação marítima ou aérea, vagões ferroviários ou veículos devidamente licenciados, unicamente no território nacional. 02.10 – Equipamentos Estacionários. Garante as perdas e/ou danos materiais causados aos equipamentos estacionários descritos na apólice, por quaisquer acidentes decorrentes de causa externa. Para efeito dessa cobertura, consideram-se equipamentos estacionários: máquinas e/ou equipamentos industriaise comerciais de “tipo fixo”, quando instalados para operação permanente em local determinado, de propriedade do segurado ou sob seu controle, compreendendo os seguintes equipamentos: a) de contabilidade, processamento de dados, trabalhos normais de escritório, xerografia, fotocópia, transmissão e recepção de radiofrequência e telefonia (excluídos postes, mastros, linhas de transmissão e antenas ao ar livre), telex, raio X de uso médico e odontológico; e b) máquinas e equipamentos industriais, comerciais e agrícolas para uso em ferramentaria, serralheria, carpintaria ou marcenaria, fiação, tecelagem, tipografia, clicheria, motores, compressores, geradores, alternadores, transformadores, misturadores, debulhadeiras, enfardadeiras, ensacadeiras, picadeiras e outros equipamentos para preparo e embalagem de rações, cereais, conservas e bebidas. Os principais riscos excluídos são: a) incêndio, raio e explosão de qualquer natureza e suas consequências; e b) alagamento e inundação. 02.11 – Equipamentos em Operações sobre Água. Garante as perdas e/ou danos materiais causados aos equipamentos descritos na apólice, em operações sobre água, por quaisquer acidentes decorrentes de causa externa. Para efeito dessa cobertura, consideram-se equipamentos sobre água: a) equipamentos de pesquisa submersa, como: registradores de ondas, correntes, temperatura e salinidade; b) equipamentos de varredura fixados à embarcação e com partes submersas como: ecobatímetros, sonares e similares; c) equipamentos de pesquisa, registro e comunicação como: teodolitos, telurômetros, goniômetros, transceptores, trisponders e similares; e d) equipamentos de trabalho como: guindastes, geradores, compressores, equipamentos de soldas e outros. Fica entendido e acordado que a presente cobertura abrange os equipamentos segurados nos locais de operações e de guarda, assim como sua transladação para fora de tais locais por autopropulsão ou por qualquer meio de transporte adequado. Os principais riscos excluídos são: a) quaisquer operações de içamento dos equipamentos segurados, ainda que dentro do canteiro de obras ou local de guarda; b) sobrecarga, isto é, por carga cujo peso exceda a capacidade normal de operação dos equipamentos segurados; c) estouros, cortes e outros danos causados a pneumáticos ou câmaras de ar, bem como arranhões em superfícies polidas ou pintadas, salvo se resultarem de evento garantido por essa cobertura; d) danos elétricos; e) transladação dos equipamentos segurados entre áreas de operação ou locais de guarda, por helicópteros; e f) operação dos equipamentos segurados em obras subterrâneas ou escavações de túneis. 02.12 – Equipamentos de Som e Instrumentos Musicais, Garante as perdas e/ou danos materiais causados aos equipamentos de som e instrumentos musicais descritos na apólice, por quaisquer acidentes decorrentes de causa externa. Esta cobertura estende a garantia do seguro aos bens segurados quando em depósito, em uso ou em trânsito no território brasileiro. Os principais riscos excluídos são: a) acondicionamento inadequado dos aparelhos segurados durante depósito ou transporte; b) utilização inadequada dos aparelhos segurados, seja por funcionamento em condições impróprias, seja por uso excessivo em relação à sua capacidade normal de trabalho; e c) curto-circuito, sobrecarga, fusão ou outros distúrbios elétricos causados aos dínamos, alternadores, motores, transformadores, condutores, chaves e demais acessórios elétricos, salvo se ocorrer incêndio, caso em que serão indenizáveis somente os prejuízos causados pelo incêndio consequente. 3 – DANOS ELÉTRICOS Esta cobertura tem sua origem no Ramo Incêndio Tradicional e garante as perdas e/ou danos físicos diretamente causados a quaisquer máquinas, equipamentos ou instalações eletrônicas ou elétricas devido a variações anormais de tensão, curto-circuito, arco voltaico, calor gerado acidentalmente por eletricidade, descargas elétricas, eletricidade estática ou qualquer efeito ou fenômeno de natureza elétrica, inclusive a queda de raio ocorrida fora do local segurado. Os principais riscos excluídos são: a) danos elétricos decorrentes de causa mecânica; b) perda de dados, instruções eletrônicas ou software de sistemas computacionais; c) danos em consequência de curtos-circuitos causados por água de chuva ou de vazamento da rede hidráulica ou de esgoto originados no local do risco, alagamento, inundação, ressaca ou maremoto; d) sobrecarga, isto é, por carga ou operação que exceda a capacidade normal de operação dos bens segurados, exceto por variação anormal de tensão; e) inadequação ou insuficiência de demanda de energia elétrica instalada no local do risco; f) desligamento intencional de dispositivo de segurança ou de controles automáticos; g) danos decorrentes da interrupção/falha no fornecimento de energia por parte da geradora ou distribuidora do serviço, mesmo que a interrupção/falha seja programada; e h) danos a mercadorias e matérias-primas, inclusive acondicionadas em ambientes frigorificados. 4 – VENDAVAL/QUEDA DE AERONAVE/IMPACTO DE VEÍCULO / GRANIZO / FUMAÇA. Conforme cobertura adicional adotada no Seguro Incêndio Tradicional, visa garantir as perdas e danos causados aos bens segurados diretamente por vendaval, furacão, ciclone, tornado, granizo, queda de aeronave ou quaisquer engenhos aéreos ou espaciais, impacto de veículos terrestres e fumaça. Para efeito dessa cobertura: • entendem-se por “vendaval” os ventos de velocidade igual ou superior a 15 metros por segundo ou 54 km/h (quilômetros por hora); • consideram-se, também, como “aeronave ou quaisquer engenhos aéreos ou espaciais” os objetos que sejam parte integrante deles ou por eles conduzidos; e • considera-se “veículo terrestre” aquele que possa não dispor de tração própria. 5 – ALAGAMENTO E INUNDAÇÃO A origem desta cobertura é uma fusão das modalidades “Alagamento” e “Inundação” do Ramo Riscos Diversos e visa garantir as perdas e/ou danos materiais causados aos bens descritos na apólice por: a) entrada de água no local segurado proveniente de aguaceiro, tromba d’água ou chuva, seja ou não consequente da obstrução ou insuficiência de esgotos, galerias pluviais, desaguadouros e similares; b) enchentes; c) inundação resultante, exclusivamente, do aumento do volume de água de rios e de canais alimentados naturalmente por esses rios, lagos, lagoas e represas; d) água proveniente da ruptura ou transbordamento de reservatórios, adutoras, encanamentos e canalizações, desde que não pertencentes ou localizados no prédio objeto da cobertura da apólice; e) impossibilidade de remoção ou proteção dos salvados por motivos de força maior; f) providências tomadas para o combate à propagação dos riscos cobertos; e g) deterioração de bens garantidos, guardados em ambientes frigorificados, em virtude de paralisação do respectivo sistema de refrigeração, desde que tal paralisação seja resultante direta e exclusivamente de alagamento ou inundação na área onde estiverem os bens segurados. Para fins dessa cobertura, compreende-se como um mesmo evento a manifestação dos fenômenos cobertos, ainda que de forma não contínua, durante um período de 72 horas, inclusive para aplicação da franquia prevista na apólice. Os principais riscos excluídos são: a) água de chuva quando penetrando diretamente no interior do prédio através de portas, janelas, vitrinas, claraboias, respiradouros ou ventiladores abertos ou defeituosos; b) ressaca e maremoto; c) água de torneira ou registro, ainda que deixados abertos involuntariamente;d) desmoronamento, salvo se diretamente resultante de risco coberto; e) incêndio e explosão, mesmo quando resultante de risco coberto; f) vendaval, furacão, ciclone, tornado, granizo; g) roubo ou furto, verificado durante ou depois da ocorrência de um dos riscos cobertos; h) umidade e maresia; i) água ou outra substância líquida qualquer proveniente de chuveiro automático (sprinkler) do imóvel segurado ou do edifício do qual seja o imóvel parte integrante, seja o vazamento acidental ou não; e j) infiltração de água, ou outra substância líquida qualquer, através de pisos, paredes e tetos, salvo quando consequente de risco coberto 6 – ROUBO DE VALORES. As coberturas que compõem este grupo, assemelham-se às Coberturas de Valores no Interior do Estabelecimento do Segurado e Valores em Trânsito em Mãos de Portadores, da modalidade de Seguro Valores, do Ramo Riscos Diversos. São valores nesta cobertura: • dinheiro em espécie; • cheques em moeda corrente; • vale-refeição; • vale-alimentação; • vale-transporte; • vale-combustível; e • outras formas de títulos ou certificados que representem dinheiro. Estes itens não podem ser mercadorias inerentes ao ramo de negócio do segurado. 06.01 – Seguro de Roubo de Valores no Interior das Dependências do Segurado. Visa garantir ao segurado os prejuízos decorrentes de: a) roubo ou furto qualificado de valores de propriedade do segurado, conforme definido no inciso I do artigo 155 do Código Penal, quando ocorridos no interior do estabelecimento segurado; b) destruição ou perecimento dos valores em consequência de ou decorrente da simples tentativa de roubo ou furto qualificado; e c) extorsão de acordo com a definição do artigo 158 do Código Penal. Para efeito dessa cobertura, define-se: a) caixa-forte – compartimento de concreto, à prova de fogo e roubo, provido de porta de aço, com chave e segredo, permitindo-se abertura suficiente apenas para ventilação, em perfeitas condições de segurança e funcionamento; b) cofre-forte – compartimento de aço, à prova de fogo e roubo, fixo ou móvel, este último com peso igual ou superior a 50 quilos, provido de porta com chave e segredo, em perfeitas condições de segurança e funcionamento; c) extorsão – constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, com o intuito de obter, para si ou para outrem, indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça ou deixar de fazer alguma coisa (artigo 158 do Código Penal); d) furto qualificado – subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel, mediante destruição ou rompimento de obstáculo à subtração dos bens segurados, desde que deixados vestígios materiais inequívocos ou tenha sido constatada por inquérito policial; e) roubo – subtração, para si ou para outrem, de coisa alheia móvel, mediante grave ameaça ou emprego de violência contra a pessoa, ou depois de havêla, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência, quer pela ação física, quer pela aplicação de narcóticos ou assalto à mão armada; e f) valores – dinheiro em espécie, cheques em moeda corrente, vale-refeição, vale- alimentação, vale-transporte, vale-combustível e outras formas de títulos ou certificados que representem dinheiro, desde que não sejam mercadorias inerentes ao ramo de negócio do segurado. Os principais riscos excluídos são: a) apropriação indébita, nos termos do artigo 168 do Código Penal: “Apropriar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção”; b) furto simples: “Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel”; c) furto qualificado, definido como tal nos incisos II, III e IV, do parágrafo 4o do artigo 155 do Código Penal, e sem que tenha havido destruição ou rompimento do obstáculo à subtração da coisa, sendo: “II – com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza; III – com emprego de chave falsa; IV – mediante concurso de duas ou mais pessoas;” d) estelionato, na forma definida pelo artigo 171 do Código Penal: “Obter para si ou para outrem vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo alguém em erro, mediante artifício, ardil ou qualquer outro meio fraudulento”; e) extorsão mediante sequestro, nos termos do artigo 159 do Código Penal: “Sequestrar pessoa com o fi m de obter, para si ou para outrem, qualquer vantagem, como condição ou preço do resgate”; e f) infidelidade, cumplicidade, dolo ou culpa grave de diretores, sócios, empregados ou prepostos do segurado. 06.02 – Seguro de Roubo de Valores em Trânsito em Mãos de Portadores. De forma similar à cobertura de mesmo nome da modalidade Valores, do Ramo Riscos Diversos, visa garantir ao segurado os prejuízos decorrentes de: a) roubo ou furto qualificado de valores de propriedade do segurado, conforme definido no inciso I do artigo 155 do Código Penal, quando em trânsito em mãos de portadores; b) destruição ou perecimento dos valores em consequência ou decorrente da simples tentativa de roubo; c) extorsão de acordo com a definição do artigo 158 do Código Penal; e d) os eventos previstos nas alíneas “a” e “b” estarão cobertos quando decorrentes de acidentes ou mal súbito sofrido pelos portadores. As definições dos termos utilizados nessa cobertura e os principais riscos excluídos são semelhantes aos da Cobertura 06.01. 06.03 – Seguro de Roubo de Valores em Trânsito em Mãos de Portadores – Pagamento de Folha Salarial. Garante os mesmos riscos citados nas alíneas “b” a “d” da cobertura anterior, 06.02, e mais os prejuízos decorrentes de roubo ou furto qualificado de valores de propriedade do segurado, conforme definido no inciso I do artigo 155 do Código Penal, destinados ao pagamento de folha salarial, quando em trânsito em mãos de portadores. As definições dos termos utilizados nessa cobertura e os principais riscos excluídos são também semelhantes aos da cobertura Cobertura 06.01. 7 – ROUBO DE BENS. As coberturas deste grupo foram criadas com base nas modalidades de cobertura do Ramo Roubo e os termos nelas adotados e os principais riscos excluídos são semelhantes aos da Cobertura 06.01. 07.01 – Seguro de Roubo ou Furto Qualificado de Bens (Comerciais e Industriais). Garante as perdas e/ou danos materiais causados aos bens de propriedade do segurado descritos na apólice por: a) roubo ou furto qualificado, conforme definido no inciso I do artigo 155 do Código Penal; b) extorsão, de acordo com a definição do artigo 158 do Código Penal; e c) danos causados a portas e janelas, bem como danos às fechaduras e outras partes do local segurado ou onde os bens cobertos se encontram localizados, quer o furto qualificado tenha se consumado, ou não, ou tenha se caracterizado como simples tentativa. As definições dos termos utilizados nessa cobertura e os principais riscos excluídos são semelhantes aos da Cobertura 06.01. Salvo estipulação expressa na apólice, não estarão abrangidos por essa cobertura quando contratados: a) aeronaves, embarcações, automóveis, motocicletas, motonetas e similares do segurado ou de terceiros, bem como componentes, peças, acessórios e mercadorias no interior de quaisquer veículos, salvo quando se tratar de mercadorias inerentes ao ramo de negócio do segurado; b) bens ao ar livre, em varandas, garagens, terraços, edificações abertas ou semiabertas, como galpões, alpendres, barracões e semelhantes; c) objetos de arte ou de valor estimativo, objetos raros, joias, metais preciosos ou pedras preciosas e valores em geral, como: papéis de crédito, obrigações em geral, títulos ou documentos de qualquer espécie, selos, moedas cunhadas, papel-moeda, cheques, bilhetes de loteria, bônus, livros de contabilidadee quaisquer outros livros comerciais; e d) bens existentes em vitrines, mostruários ou em outros locais protegidos apenas por vidraças. 07.02 – Seguro de Roubo ou Furto Qualificado de Bens do Condomínio. Os riscos cobertos, os riscos excluídos e os bens não compreendidos no seguro são semelhantes aos citados na Cobertura 07.01. Acrescentamos, apenas, na relação dos bens não compreendidos no seguro, os quais para serem cobertos dependerão da especificação expressa na apólice, os seguintes bens do condomínio: a) objetos de uso pessoal de funcionários, síndicos, condôminos e de seus familiares e empregados; e b) bens de terceiros em poder do segurado. As Coberturas 07.03, 07.04 e 07.05, a seguir citadas, também têm as cláusulas de riscos cobertos, riscos excluídos e bens não compreendidos no seguro semelhantes aos citados na Cobertura 07.02. Essas coberturas são: • 07.03 – Seguro de Roubo ou Furto Qualificado de Bens dos Condôminos (exclusivamente para Condomínios Residenciais); • 07.04 – Seguro de Roubo ou Furto Qualificado de Bens – Residências Habituais; e • 07.05 – Seguro de Roubo ou Furto Qualificado de Bens – Residências de Veraneio. 8 – RESPONSABILIDADE CIVIL. As coberturas incluídas neste grupo pela SUSEP se baseiam em algumas das principais modalidades de seguro do Ramo de Seguro Responsabilidade Civil Tradicional e algumas delas são muito procuradas para a contratação nos Seguros Compreensivos, em especial nos casos de Seguros de Condomínio. A inovação trazida pela SUSEP é a exigência da contratação de uma Cobertura do Grupo 01 – Incêndio, para a contratação de uma ou mais entre as coberturas de Responsabilidade Civil a seguir relacionadas. 08.01 – Responsabilidade Civil Condomínios Residenciais. Estabelece que a seguradora responderá, até o limite máximo de indenização expressamente fixado pelo segurado para a presente cobertura, pelo reembolso ao segurado das quantias pelas quais vier a ser responsável civilmente, em sentença judicial transitada em julgado ou em acordo autorizado de modo expresso pela seguradora, pelos danos materiais e/ou corporais causados involuntariamente a terceiros, ocorridos na vigência deste contrato e decorrentes de acidentes relacionados à existência, conservação e ao uso do condomínio especificado na apólice. Essa cobertura abrange também: a) despesas emergenciais realizadas pelo segurado para evitar e/ou minorar os danos descritos no parágrafo anterior; e b) quando contratada, dentro do limite máximo previsto no contrato de seguro, a seguradora responderá, também, pelas custas judiciais do foro civil e pelos honorários de advogados nomeados de acordo com ela. É importante esclarecer que, atendidas as disposições das cláusulas do contrato de seguro, o segurado terá direito à garantia, ainda que os danos decorram de: a) atos ilícitos, culposos ou dolosos, praticados por empregados do segurado, ou, ainda, por pessoas a eles assemelhadas; e b) atos ilícitos culposos, praticados pelos sócios controladores, dirigentes, administradores, beneficiários e respectivos representantes, exceto no caso de culpa grave equiparável a atos ilícitos dolosos. Alguns esclarecimentos se fazem necessários em relação aos termos utilizados nessa cobertura, a saber: a) segurado – pessoa jurídica constituída, por força de lei, para administrar o condomínio e representada por síndico legalmente eleito; b) condomínio – a expressão “condomínio especificado na apólice” abrange as partes comuns do imóvel que abriga o condomínio, máquinas, aparelhos, equipamentos e instalações localizadas nas partes comuns, os locais reservados à administração do condomínio, as vias de circulação de veículos e de pedestres, inclusive aquelas exteriores ao imóvel, mas localizadas no perímetro interior da propriedade em que se situa o condomínio, as habitações dos empregados, quando cedidas em comodato; e c) terceiros – trata-se do prejudicado por ato ou fato cuja responsabilidade é atribuída ao segurado. Nessa cobertura, os condôminos são equiparados a terceiros. Os principais riscos excluídos e bens não compreendidos são: a) danos a bens de terceiros em poder do segurado; b) responsabilidades assumidas pelo segurado por contratos ou convenções, que não sejam decorrentes de obrigações civis legais; c) danos causados pela ação paulatina de temperatura, umidade, infiltração e vibração, bem como por poluição, contaminação e vazamento ou despejo de produtos; vazamentos e infiltrações, decorrentes de má conservação das instalações de água e esgoto, sistema de refrigeração, transbordo ou extravasamento dos sistemas de captação de águas pluviais (calhas) e demais sistemas de escoamento; d) danos materiais e/ou corporais sofridos pelos empregados ou prepostos do segurado quando comprovadamente a seu serviço; e) danos causados a veículos e/ou acessórios, quando em locais de propriedade, alugados ou controlados pelo segurado, inclusive pelos portões automáticos ou não, existentes no imóvel segurado; bem como danos relacionados à existência, ao uso e à conservação de aeronaves e embarcações; f) roubo, furto ou extravio; g) multas impostas ao segurado, bem como as despesas de qualquer natureza, relativas a ações ou processos criminais; h) danos ao próprio imóvel e ao seu conteúdo, decorrentes de incêndio ou explosão; i) danos causados por construção, demolição, reconstrução ou alteração estrutural do imóvel, bem como qualquer tipo de obra, inclusive instalações e montagens, exceto os danos decorrentes de acidentes relacionados a pequenos trabalhos de reparos destinados à manutenção do imóvel, que estarão cobertos; j) ações ou omissões inerentes ao exercício da atividade de síndico do condomínio, eleito em assembleia devidamente registrada em ata, decorrente de falhas ou acidentes relacionados a erros e omissões; k) danos provenientes de operações industriais, comerciais e/ou profissionais, realizadas pelos condôminos em qualquer parte do condomínio especificado na apólice; l) danos resultantes de dolo ou culpa grave equiparável a dolo do segurado, bem como aos atos praticados pelos sócios controladores, dirigentes, administradores, beneficiários e respectivos representantes; e m) reclamações por descumprimento das obrigações trabalhistas, sejam contratuais ou legais, referentes à seguridade social, seguro obrigatório de acidentes do trabalho, pagamento de salários e similares, bem como em relação a qualquer tipo de ação de regresso contra o segurado, promovida pelo Instituto Nacional de Seguro Social e outros. 08.02 – Responsabilidade Civil Guarda de Veículos de Terceiros Compreensiva. Estabelece que a seguradora responderá, até o limite máximo de indenização expressamente fixado pelo segurado para a presente cobertura, pelo reembolso ao segurado das quantias pelas quais vier a ser responsável civilmente, em sentença judicial transitada em julgado ou em acordo autorizado de modo expresso pela seguradora, relativas a reparações por danos materiais ocorridos no interior dos estabelecimentos especificados na apólice e durante a vigência do contrato, causados exclusivamente a veículos de terceiros sob a guarda ou custódia do segurado, decorrentes de: a) incêndio e/ou explosão; roubo ou furto qualificado total; colisão de veículos contra obstáculos; colisão entre veículos; e b) acidentes relacionados à existência, conservação e ao uso do local do risco indicado na apólice. Estarão cobertas, se especificadas na apólice, as despesas emergenciais realizadas pelo segurado para evitar e/ou minorar os danos descritos nas alíneas “a” e “b” anteriores, e as custasjudiciais do foro civil e pelos honorários de advogados nomeados de acordo com a seguradora. Nas garantias dessa cobertura prevalecerão, ainda, que os danos decorram de: a) atos ilícitos, culposos ou dolosos, praticados por empregados do segurado, ou, ainda, por pessoas a eles assemelhadas; e b) atos ilícitos culposos, praticados pelos sócios controladores, dirigentes, administradores, beneficiários e respectivos representantes, exceto no caso de culpa grave equiparável a atos ilícitos dolosos. São disposições específicas desta cobertura: • a expressão “interior dos estabelecimentos especificados na apólice” abrange, também, o perímetro interno da propriedade em que se localizam os estabelecimentos, se esta pertencer ao segurado ou for por ele administrada, alugada ou arrendada; • no caso de guarda de veículos em condomínios residenciais, os condôminos se equiparam a terceiros; • para o risco de colisão, será obrigatório que os veículos sejam manobrados por empregado, quando couber, com o necessário vínculo junto ao segurado e devidamente habilitado; • em relação ao risco de “colisão de veículos contra obstáculos”, a garantia não prevalecerá se o motorista, por ocasião da colisão, for o próprio usuário do veículo ou não estiver legalmente habilitado; • em relação ao risco de “colisão entre veículos”, a garantia não prevalecerá se os motoristas, por ocasião da colisão, forem os próprios usuários dos veículos; e • terceiros – trata-se do prejudicado por ato ou fato cuja responsabilidade é atribuída ao segurado. Os principais riscos excluídos e bens não compreendidos são: a) danos a bens de terceiros não classificáveis como veículos terrestres; b) roubo, furto, perda ou extravio de quaisquer peças, ferramentas, acessórios ou sobressalentes do veículo sob a guarda ou custódia do segurado; c) danos materiais e/ou corporais sofridos pelos empregados ou prepostos do segurado quando comprovadamente a seu serviço; d) danos causados aos segurados, seus ascendentes, descendentes e cônjuge, bem como a quaisquer parentes que com ele residam ou dele dependam economicamente, e ainda causados a sócios, diretores e administradores; e) danos a veículos sob guarda do segurado, decorrentes de inundação ou alagamento e qualquer convulsão da natureza; e f) estouros, cortes e outros danos causados a pneumáticos ou câmaras de ar, bem como arranhões em superfícies polidas ou pintadas. 08.03 – Responsabilidade Civil Guarda de Veículos de Terceiros Restrita “A” – Incêndio, Roubo e Furto Qualificado. As disposições citadas para a Cobertura 08.02 precedente aplicam-se a esta cobertura, diferindo da anterior no tocante aos riscos cobertos, que ficam restritos aos riscos de incêndio e/ou explosão; roubo ou furto qualificado total; e acidentes relacionados à existência, conservação e ao uso do local do risco indicado na apólice. Cobertura 08.04 – Responsabilidade Civil Familiar. Estabelece que a seguradora responderá, até o limite máximo de indenização expressamente fixado pelo segurado para a presente cobertura, pelo reembolso ao segurado das quantias pelas quais vier a ser responsável civilmente, em sentença judicial transitada em julgado ou em acordo autorizado de modo expresso pela seguradora, pelos danos corporais e/ou materiais causados a terceiros, desde que os danos tenham ocorrido durante a vigência da apólice, e que decorram exclusivamente dos seguintes riscos: Cobertura 08.05 – Responsabilidade Civil Guarda de Veículos de Terceiros Restrita “B” – Colisão. De forma similar à Cobertura 08.03, as disposições citadas para a Cobertura 08.02 aplicam-se a esta cobertura, diferindo, entretanto, das anteriores no tocante aos riscos cobertos, que ficam restritos aos riscos de colisão de veículos contra obstáculos; colisão entre veículos; e acidentes relacionados à existência, conservação e uso do local do risco indicado na apólice. a) queda de objetos ou seu lançamento em local indevido; b) ações ou omissões do próprio segurado, de seu cônjuge, de seus filhos menores que estiverem sob a sua autoridade e em sua companhia e/ou de empregados domésticos no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão deles, ainda que ocorridas no exterior do imóvel residencial do segurado; c) danos causados por animais domésticos pelos quais é o segurado responsável, ainda que ocorridos no exterior do imóvel residencial do segurado; e d) existência, uso e conservação do imóvel ocupado pelo segurado. Essa cobertura garante, também, as despesas emergenciais realizadas pelo segurado para evitar e/ou minorar os danos cobertos, e, quando contratados, as custas judiciais do foro civil e os honorários de advogados nomeados de acordo com a seguradora. Os principais riscos excluídos e bens não compreendidos são: a) causados por quaisquer veículos terrestres motorizados, bem como aeronaves de qualquer tipo/modelo; b) causados por qualquer tipo de embarcação, exceção feita a barcos e canoas a remo, e veleiros de até 7 metros de comprimento; c) causados pelo exercício ou pela prática dos seguintes esportes, salvo estipulação em contrário expressa na apólice: – caça (inclusive submarina); tiro ao alvo; equitação; esqui aquático; surf; voo livre, em todas as suas modalidades; pesca; windsurf; canoagem; esgrima em suas várias modalidades e estilos; boxe e artes marciais; e outros esportes assemelhados; – danos causados por construção, demolição, reconstrução ou alteração estrutural do imóvel, bem como qualquer tipo de obra, inclusive instalações e montagens, exceto os danos decorrentes de acidentes relacionados a pequenos trabalhos de reparos destinados à manutenção do imóvel, que estarão cobertos; d) no exercício de qualquer atividade profissional; e e) de acidentes sofridos pelos empregados domésticos. 08.06 – Responsabilidade Civil Estabelecimentos Comerciais ou Industriais. Garante danos causados a terceiros, painéis, letreiros, eventos e mercadoria transportada pelo segurado ou a seu mando. Os principais riscos cobertos são: a) existência, uso e conservação do imóvel especificado no contrato; b) operações comerciais e/ou industriais, inclusive operações de carga e descarga em local de terceiros; c) existência e conservação de painéis de propaganda, letreiros e anúncios pertencentes ao segurado; d) eventos programados sem cobrança de ingressos, limitados aos seus empregados, familiares e pessoas comprovadamente convidadas; e e) danos causados por mercadorias transportadas pelo segurado, ou a seu mando, em local de terceiros ou em via pública, excluídos, no entanto, os danos decorrentes de acidente com o veículo transportador. Os principais riscos excluídos são: a) danos causados por construção, demolição, reconstrução ou alteração da estrutura do imóvel, bem como qualquer tipo de obra, inclusive instalações e montagens, admitidos, porém, pequenos trabalhos de reparos destinados à manutenção; b) danos causados a/ou por embarcações de qualquer espécie; c) competições e jogos de qualquer natureza, salvo convenção em contrário; e d) instalações e montagens, bem como qualquer prestação de serviço em locais ou recinto de propriedade de terceiros ou por estes controlados ou utilizados. 9 – TUMULTOS As coberturas de Greves e Lockout, disponíveis dentro desse grupo de Tumultos, foram criadas com base na modalidade de Seguro Tumultos, do Ramo Riscos Diversos, podendo envolver os danos causados por Incêndio, Atos Dolosos e Saques, desde que decorrentes dos eventos cobertos, cujas definições apresentamos abaixo: • tumulto – ação de pessoas, com características de aglomeração,que perturbe a ordem pública através da prática de atos predatórios, para cuja repressão não haja necessidade de intervenção das Forças Armadas; • greve – ajuntamento de mais de três pessoas da mesma categoria ocupacional que se recusam a trabalhar ou a comparecer onde as chama o dever; e • lockout – cessação da atividade por ato ou fato do empregador. Também como previsto na modalidade tradicional Tumultos, as coberturas desse grupo (Tumultos, Greves e Lockout) indenizam as perdas e/ou danos materiais decorrentes de: a) impossibilidade de remoção ou proteção dos salvados por motivos de força maior; e b) providências tomadas para o combate à propagação dos riscos cobertos. 09.01 – Tumultos – Inclusive Saque, Incêndio e Atos Dolosos Decorrentes dos Riscos Cobertos. Estabelece que a seguradora responderá, até o limite máximo de indenização, expressamente fixado pelo segurado para a presente cobertura, pelas perdas e/ou danos materiais causados, direta e exclusivamente, aos bens segurados, por saques, incêndio e atos dolosos, em decorrência de tumultos, greve e lockout, conforme definidos anteriormente. 09.02 – Tumultos – Inclusive Incêndio e Atos Dolosos Decorrentes dos Riscos Cobertos. É semelhante à Cobertura 09.01 e difere dela por não cobrir as perdas e/ou danos materiais causados, direta e exclusivamente, aos bens segurados, pelos saques desses bens, em decorrência de tumultos, greve e lockout, sendo, portanto, mais restrita. 09.03 – Tumultos – Inclusive Incêndio Decorrente dos Riscos Cobertos. É semelhante à Cobertura 09.01 e difere dela por não cobrir as perdas e/ou danos materiais causados, direta e exclusivamente, aos bens segurados, por atos dolosos e pelos saques desses bens, em decorrência de tumultos, greve e lockout, sendo, portanto, mais restrita. 09.04 – Tumultos Garante somente as perdas e/ou danos materiais causados, direta e exclusivamente, aos bens segurados, por tumultos, greve e lockout, excluindo-se os atos dolosos, o incêndio e os saques dos bens segurados, decorrentes de tais eventos. 10 – DERRAME/VAZAMENTOS. 10.01 – Derrame ou Vazamento de Chuveiros Automáticos (Sprinklers). Semelhante à modalidade de Seguro Derrame de Água ou Outra Substância Líquida de Chuveiros Automáticos (Sprinklers), do Ramo Riscos Diversos, e garante as perdas e/ou danos materiais causados, direta e exclusivamente, aos bens segurados, decorrentes de infiltração, derrame de água ou outra substância líquida contida em instalações de chuveiros automáticos (sprinklers). Para efeito desse seguro, a expressão “instalação de chuveiros automáticos (sprinklers)” abrange, exclusivamente, cabeças de chuveiros automáticos, encanamentos, válvulas, acessórios, tanques, bombas dos chuveiros automáticos e toda a canalização da instalação particular de proteção contra incêndio, inerente e formando parte das instalações de chuveiros automáticos (sprinklers), ficando excluídos de tais instalações os hidrantes, as bocas de incêndio e qualquer outra instalação de saída de água conectada ao sistema, salvo se tais instalações se encontrarem especificamente incluídas no seguro, mediante estipulação expressa na apólice. Os principais riscos excluídos são: a) infiltração ou derrame decorrente de qualquer causa não acidental; b) infiltração ou derrame através das paredes de edifícios, alicerces ou tubulações de iluminação que não provenham de instalações de chuveiros automáticos (sprinklers); c) explosão ou ruptura de caldeira a vapor ou de volantes, descarga de dinamite ou de outros explosivos; d) danos às próprias instalações, ainda que em consequência dos riscos cobertos, salvo se contratada a respectiva cobertura para esses bens; e) inundação, transbordamento ou retrocesso de água de esgotos ou de desaguadouros, ou pela influência de marés ou qualquer outra fonte que não seja proveniente das instalações de chuveiros automáticos (sprinklers); f) desmoronamento ou destruição de tanques, suas partes componentes ou seus suportes; e g) se, após a contratação do seguro, as instalações tiverem sofrido reparação, conserto, alteração, ampliação ou paralisação, decorrentes ou não de ampliação ou modificação na estrutura do local segurado, a menos quando efetuadas por firma especializada em instalação de chuveiros automáticos (sprinklers). 10.02 – Vazamento de Tubulações e Tanques. Garante que a seguradora responderá, até o limite máximo de indenização expressamente fixado pelo segurado para a presente cobertura, pelas perdas e/ou danos materiais de origem súbita e imprevista sofridos por tanques fixos de depósitos e/ou seus respectivos conteúdos, ou tubulações existentes no local segurado, diretamente causados por acidentes de causa externa, exceto por impacto de veículos. Os principais riscos excluídos são: a) perdas para as quais tenha contribuído a má conservação das tubulações e/ou tanques; b) desmoronamento, recalque ou movimentação. 11 – QUEBRA DE VIDROS/ANÚNCIOS LUMINOSOS. As coberturas deste grupo foram estruturadas a partir das modalidades “Quebra de Vidros” e “Anúncios Luminosos” do Ramo Riscos Diversos. 11.01 – Anúncios Luminosos Garante que a seguradora responderá, até o limite máximo de indenização expressamente fixado pelo segurado, pelas perdas e/ou danos materiais causados aos letreiros, anúncios luminosos e painéis, inclusive às respectivas estruturas e bases, decorrentes de quaisquer acidentes de causa externa, salvo os expressamente excluídos. Os principais riscos excluídos são: a) sobrecarga, isto é, por carga cujo peso exceda a capacidade normal da estrutura do suporte; b) danos elétricos; c) queda, quebra, amassamento ou arranhadura, salvo se decorrentes de acidente coberto por esta apólice; e d) operações de reparos, ajustamentos, serviços de manutenção em geral. 11.02 – Quebra de Vidros. Semelhante à modalidade Vidros, do Ramo de Seguro Riscos Diversos, garante que a seguradora responderá, até o limite máximo de indenização expressamente fixado pelo segurado, pelas perdas e/ou danos materiais sofridos por vidros regularmente existentes e instalados em portas, janelas, vitrinas, balcões e mesas de escritório no(s) local(is) segurado(s) descrito(s) na apólice, em consequência de: a) quebra de vidros, causada por imprudência ou culpa de terceiros, ou por ato involuntário do segurado, de membros de sua família ou de seus empregados e prepostos; e b) quebra de vidros resultante da ação de calor artificial ou de chuva de granizo. E mais as despesas decorrentes das seguintes medidas: a) reparo ou reposição dos encaixes dos vidros, quando atingidos pelo sinistro, ou remoção, reposição ou substituição de obstruções. Mesmo quando necessário ao serviço de reparo ou substituição dos vidros danificados, não estarão cobertas a remoção, a reposição ou a substituição de obstruções quando se tratar de janelas, paredes e aparelhos; e b) instalação provisória de vidros ou vedação nas aberturas que contenham os vidros danificados durante o tempo necessário ao seu reparo ou à substituição. Salvo estipulação expressa na apólice, esta cobertura não abrange: a) vidros e espelhos não fixados permanentemente em portas e janelas, mármores, azulejos e ladrilhos; b) tijolos de vidro colocados em paredes estruturais ou não; c) vidros utilizados em aquecedores solares; d) molduras, letreiros, decorações, pinturas, gravações, inscrições e todo e qualquer trabalho artístico de modelagem dos vidros; e) vidros rachados, defeituosos ou necessitando de reparos; f) vidros em padarias ou restaurantes, quando estiverem a uma distânciainferior a 1,30 m do fogão ou forno; g) vidros localizados em claraboias e telhados; h) vidros curvos; i) anúncios e cartazes envidraçados em teatros e cinemas; e j) vidros localizados em salas e salões de jogos de bilhar ou em áreas e recintos para jogos de bola. Os principais riscos excluídos são: a) danos materiais diretos causados por incêndio, raio, explosão, ocorridos no local onde se acham instalados os bens segurados; b) quebra direta ou indiretamente ocasionada por vendaval, furacão, ciclone, maremotos, terremotos, erupção vulcânica ou quaisquer outras convulsões da natureza; c) arranhaduras ou lascas; d) danos sobrevindos dos trabalhos de colocação, substituição ou remoção dos vidros segurados, ou resultantes de desmoronamento total ou parcial do edifício; e e) quebra direta ou indiretamente causada por tumultos, greve e lockout. 11.03 – Quebra de Vidros, Espelhos, Mármores, Azulejos e Ladrilhos. Os riscos cobertos e os riscos excluídos por esta cobertura são os mesmos citados para a cobertura 11.02 precedente. A diferença desta cobertura para a anterior é que, além das perdas e/ou danos materiais sofridos por vidros, incluem-se os espelhos, mármores, azulejos e ladrilhos regularmente existentes e instalados em portas, janelas, vitrinas, balcões e mesas de escritório no(s) local(is) segurado(s) descrito(s) na apólice. Salvo estipulação expressa na apólice, essa cobertura não abrange: a) vidros, espelhos, mármores, azulejos e ladrilhos não fixados permanentemente em portas e janelas; b) tijolos de vidro colocados em paredes estruturais ou não; c) vidros utilizados em aquecedores solares; d) molduras, letreiros, decorações, pinturas, gravações, inscrições e todo e qualquer trabalho artístico de modelagem dos vidros; e) vidros rachados, defeituosos ou necessitando de reparos; f) vidros em padarias ou restaurantes, quando estiverem a uma distância inferior a 1,30 m do fogão ou forno; g) vidros localizados em claraboias e telhados; h) vidros curvos; i) anúncios e cartazes envidraçados em teatros e cinemas; e j) vidros localizados em salas e salões de jogos de bilhar ou em áreas e recintos para jogos de bola. 12 – DESENTULHO/ DESMORONAMENTO. Neste grupo, está incluída a Cobertura de Desmoronamento, que se assemelha a uma modalidade de mesmo nome do Ramo Riscos Diversos. A disponibilização de uma cobertura específica para Desentulho e Demolição é uma inovação nos Seguros Compreensivos. 12.01 – Desmoronamento. Garante que a seguradora responderá, até o limite máximo de indenização expressamente fixado pelo segurado, pelas perdas e/ou danos materiais decorrentes de desmoronamento parcial ou total de edifícios/prédios e/ou residências existentes no local segurado, decorrente de qualquer causa, inclusive por convulsões da natureza, como tufão, furacão, erupção vulcânica, inundação e terremoto ou qualquer outra convulsão da natureza. Para efeito dessa cobertura, entende-se por “desmoronamento parcial”: o desmoronamento de paredes ou de qualquer elemento estrutural (coluna, viga, laje de piso ou de teto), excetuando-se o simples desabamento de revestimentos, marquises, beirais, acabamentos, efeitos arquitetônicos, telhas e similares, os quais somente estarão cobertos se os danos sofridos por tais elementos forem consequentes de desmoronamento de parede ou de qualquer elemento estrutural citado. Essa cobertura garante também: a) danos materiais decorrentes da impossibilidade de remoção ou proteção de salvados por motivo de força maior; b) despesas de salvamento e proteção dos bens segurados diante da iminência de desmoronamento, devidamente caracterizadas por laudo técnico e comprovadamente efetuadas pelo segurado e/ou aquelas incorridas após a ocorrência de um sinistro; e c) deterioração de bens garantidos, guardados em ambientes frigorificados, em virtude de paralisação do respectivo sistema de refrigeração, desde que tal paralisação seja resultante direta e exclusivamente de desmoronamento na área ou edifício onde estiverem localizados os bens segurados. Os riscos excluídos são: a) danos decorrentes de vícios de construção; b) despesas com laudos técnicos; c) danos decorrentes de desgaste, fadiga de material, erro de projeto, vício próprio ou falta de manutenção do imóvel segurado, como trinca e rachadura em parede, laje, estuque e forro e introdução de sobrecarga; d) danos a muros construídos sem alicerces (vigas e colunas); e) desprendimento de materiais de acabamento como azulejos, reboco, emboço, lustres e/ou suportes; f) danos decorrentes de reformas, construção ou reconstrução causando desmoronamento; g) queda de aeronaves ou impacto de veículos; e h) danos causados às fundações, aos alicerces e ao terreno. 12.02 – Desentulho e Demolição. Garante que a seguradora responderá, até o limite máximo de indenização expressamente fixado pelo segurado, pelas despesas de desentulho e demolição originadas por riscos cobertos pela apólice. Para fins dessa cobertura, considera-se entulho: a acumulação de escombros resultantes de partes danificadas do objeto segurado, ou de material estranho a este, como, por exemplo: aluviões de terra, rocha, lama, árvores, plantas e outros detritos. Despesas de desentulho serão despesas necessárias à remoção do entulho, incluindo carregamento, transporte e descarregamento em local adequado. Essa remoção pode estar representada por bombeamentos, escavações, desmontagens, desmantelamentos, raspagem, escoramento e até simples limpeza. 4 - Riscos Nomeados (subscrição). 1- INTRODUÇÃO Decorrente da necessidade de atender ao mercado consumidor de seguros, buscava-se um modelo de seguro capaz de oferecer uma cobertura na medida exata das perdas efetivamente possíveis de ocorrerem em certos riscos. As apólices de danos materiais, com algumas exceções, operavam suas garantias com contratos que incluíam a cláusula de rateio, obrigando portanto a sua formalização tendo como base, que os capitais segurados deveriam representar 100% do valor em risco. Tal condição sempre foi motivo de discussão pelo segurado, que se via prejudicado, uma vez que a probabilidade de perda total dos bens era reduzida, os custos finais levando-se em conta as taxas reconhecidamente altas, inviabilizava a contratação de seguros eficientes, e ainda o processo inflacionário do país tornava extremamente difícil a manutenção dos valores inicialmente contratados. Para compensar as perdas sofridas pelo seu patrimônio, face à diversidade de riscos existentes, o segurado era obrigado a contratar diversos seguros, tais como incêndio, alagamento, roubo, desmoronamento, etc. A multiplicidade de apólices e consequentemente de condições, tornava difícil saber se um evento estava coberto e qual apólice garantia este evento. Este fato era gerador de insegurança e desconfiança em relação ao mercado segurador. O mercado segurador vivia sob total rigidez tarifária, não tendo como disponibilizar produtos que oferecessem real proteção e fácil entendimento. Na década de 90 o Governo Federal lançou mão do Plano Diretor de Seguros, visando a desregulamentação e o desenvolvimento do mercado segurador. As tarifas passam a ser apenas um referencial para o mercado segurador, as seguradoras desenvolveram suas próprias tarifas, após prévia aprovação junto a Susep. Surgiu então o seguro de Riscos Nomeados, decorrente sobretudo da necessidade de adaptar a contratação de apólices de seguros às evoluçõesconstantes das indústrias, tanto de grande como as de médio porte. 2- RISCOS NOMEADOS -Necessidade de adaptar as apólices às evoluções das indústrias. -Simplificação operacional na contratação dos seguros. -Possibilidade de englobar diversas coberturas em uma única apólice. LIMITES Riscos Operacionais Riscos Nomeados Seguros Multiriscos R$ 3- DEFINIÇÕES Riscos Nomeados: No Seguro de RN, o segurado escolhe (nomeia) as coberturas que deseja segurar, com ampla liberdade, a seguradora analisa caso a caso e submete à apreciação do ressegurador (sempre que tiver necessidade de suporte de resseguro acima do contrato), que estabelece as normas e condições para a aceitação do risco. A SUSEP, através da Circular 415/2010, define que somente poderão ser enquadrados no Ramo Riscos Nomeados e Operacionais os planos de seguros que possuam riscos desta natureza e estabeleçam um Limite Máximo de Garantia (LMG) Único para grupos de coberturas contratadas, podendo, ainda, garantir, por meio de um LMG Único Combinado, danos materiais e perdas financeiras decorrentes desses eventos. Criado para atender empresas com elevado valor em risco. Dá cobertura para os riscos nomeados na apólice. É facultada a cobertura para perdas financeiras (Lucros Cessantes) decorrentes de riscos cobertos. Deverá abranger toda a Planta/Risco contida em um único endereço. Cobertura básica a 1º risco relativo ou a 1º risco absoluto. Cobertura de Lucros Cessantes a 1º risco relativo Demais coberturas adicionais a 1º risco absoluto. Fixação de franquias por cobertura. Limite Máximo de indenização (LMI) O Limite Máximo de Indenização representa o limite de responsabilidade do segurador pelo pagamento de indenizações por prejuízos consequentes dos riscos cobertos. Normalmente, cada uma das coberturas está associada ao seu respectivo Limite Máximo de Indenização, mas é permitida a adoção de um Limite Máximo de Indenização Único para algumas ou todas as coberturas, e abrangendo, também vários seguros diretos. A indenização ficará limitada, também, ao valor em risco declarado em cada endereço. 4- INFORMAÇÕES BÁSICAS O conjunto de dados abaixo deve ser apurado, para deliberação das condições e taxas a serem praticadas: a- Qualificação do risco, no que se refere às suas características ocupacionais, construtivas e de proteção, bem como quanto a política prevencionista do parque industrial, relativamente à conservação de seu patrimônio. b- Identificação e valorização dos bens. c- Identificação, qualificação e valorização dos riscos. 5- INSPEÇÃO DE RISCO Riscos Nomeados é um seguro feito sob medida (Tailor Made), com base na análise dos riscos, portanto a inspeção de risco é de fundamental importância. 6- INSPETOR DE RISCO Deve estar familiarizado com o processo industrial alvo de análise. Ter formação acadêmica. Apto a manipular informações de praticamente todas as áreas de operação da indústria. 7- ROTEIRO DE VISITA Representante da empresa. -Organização da visita. -Apoio nas questões pendentes. -Contatos com os departamentos. Gerência de produção -Demandas de produção. -Processamento industrial. -Fluxograma industrial. -Equipamentos críticos na produção. Gerência de Manutenção -Plano de manutenção. -Estado geral das máquinas. -Situações atípicas. -Relatórios de manutenção. -Lista de equipamentos Departamento de Segurança -Descrição dos sistemas existentes. -Quadro pessoal da segurança. -Planos de contingência. -Treinamento e manutenção dos sistemas. -Trabalhos perigosos. -Experiências com sinistro. Gerência Financeira / Contábil -VR para edificações, máquinas e estoques. -Lista de equipamentos. -Plano de investimentos para o período. -Vendas, despesas, faturamento, projeções. 8- ROTEIRO DE INFORMAÇÕES BÁSICAS 1- Proposta de Seguro Contendo: -Nome do segurado. -Endereço do local do risco. -Atividade básica. -Principais produtos. -Data de construção, reforma e expansão da fábrica, se ocorridas. -Área do terreno e área construída. -Valor em risco do local. -Perda normal esperada por local e por cobertura. -Dano máximo provável, por local e por cobertura. -Limite máximo de indenização, por local e por cobertura. -Relação dos eventos ocorridos nos últimos cinco anos, com as respectivas causas. -Modelo de condições de seguro pretendida. -Cópias de apólices em vigor. 2- Relatório de inspeção de risco contendo: -Todos os riscos que as diversas áreas da empresa estão sujeitos, fixando PNE, PMP e DMP. -Esquema de prevenção de perdas adotadas pela empresa. 3- Plantas Atualizadas dos Riscos 4- Diversos -Relatório de inspeções de riscos, se houver. -Resumo dos descontos existentes por sistemas de prevenção e proteção. 9- AVALIAÇÃO DO POTENCIAL DE PERDAS O inspetor de risco deverá estimar as proporções em que cada um dos eventos poderá atingir as diversas áreas do local a ser segurado. Tais estimativas ou Avaliações do Potencial de Perdas fornecem, os seguintes elementos: -Fixação dos valores a serem segurados. -Estabelecimento de franquias -Fixação do prêmio. -Retenção da seguradora. -Constituição de reservas de sinistros. Perda Normal Esperada (PNE) São acidentes que apresentam uma frequência relativamente elevada e são rapidamente reparados pela equipe de manutenção, ou seja, dizem respeito a danos materiais corriqueiros, previsíveis ou não, porém sem maiores consequências e raramente interrompem a produção. Este parâmetro deve balizar a expectativa de despesas normais de manutenção, tendo influência, portanto, na fixação das franquias. Dano Máximo Provável São acidentes que apresentam uma frequência mediana e se caracterizam por perdas graves. Atingem áreas ou equipamentos importantes, causando sérios danos materiais, mas sem afetar a área como um todo. A paralisação da produção, que poderia eventualmente acarretar, seria por pouco tempo. Esse dano ou perda pode ser definido como a máxima perda que se possa estimar em decorrência de um evento provável, levando-se em consideração as características do risco e as medidas preventivas adotadas. Assim, se pensarmos em um incêndio, teria que ser levadas em consideração as características construtivas e de ocupação do risco, assim como as condições de vigilância e dos meios de combate ao fogo. Este parâmetro deve servir de base para análise da potencialidade do risco e é considerado pelos subscritores como estando dentro das probabilidades normais de ocorrência. Deve balisar as prováveis despesas de recuperação ou reposição e influenciar a capacidade de transferência de perdas, bem como a fixação de “prêmios” para garantir tal responsabilidade, pois se refere aos danos materiais mais importantes, com ou sem interrupção de produção. Perda Máxima Possível (PMP) São acidentes de reduzida frequência, caracterizados por perdas catastróficas. Pode ser definida como a máxima perda que pode ocorrer quando as circunstâncias mais desfavoráveis estão excepcionalmente combinadas, sem que os mecanismos de prevenção entrem em funcionamento ou surtam efeitos nessas circunstâncias, o evento cessa por auto-extinção ou pela presença de obstáculos intransponíveis. Assim se pensarmos em um incêndio, por exemplo, seria o caso de inexistência ou deficiência de funcionamento do sistema de combate afogo, de modo que as chamas só seriam bloqueadas por obstáculos intransponíveis ou por falta do que queimar. Esse parâmetro de avaliação deve balizar as graves perdas de substituição e reparos, além de influenciar a fixação de Importâncias seguradas, Limites Máximos de Indenização ( LMI ) e as franquias em tempo, pois além de danos materiais de vulto, sempre está relacionada a interrupção de produção. Níveis de Perdas em Estabelecimentos Industriais:Danos Frequência PMP DMP PNE “Perdas - Não é adivinhação, muito menos uma ciência exata.” PNE - Perda Normal Esperada Franquia DMP - Dano Máximo Provável Prêmio PMP - Perda Máxima Possível L.M.I. 10- CRITÉRIOS DE TAXAÇÃO - Incêndio, Raio e Explosão de Qualquer Natureza. Não existe uma regra plena e definitiva como as encontradas nas tarifas tradicionais e sim critério de cálculo, o qual o ressegurador monopolista (IRB) passou a adotar e repassar para o mercado segurador brasileiro. Base técnica 1- L.O.C. 2- Benefícios tarifários, sistemas de prevenção e combate a incêndio, Tarifações Especiais 3- Agravação por análise de risco e sinistralidade. 4- Análise de perdas (PMP, PNE e DMP) Cálculo do Prêmio 1- Enquadra-se o seguro pela atividade principal desenvolvida no local, utilizando- se o LOC conforme a Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil (TSIB). 2- Transformam-se as taxas encontradas de prédio e conteúdo em taxa única. 3- Corte linear de 40% face ao carregamento comercial existente nas taxas tarifárias, transformando-as em taxa net. Exemplo: LOC : 1 – 05 – 1 TSIB Taxa Prédio = 0,25% Taxa Conteúdo = 0,55% Taxa Riscos Nomeados = [(0,25% . 40%) + (0,55% . 60%)] . 0,6 = 0,258 % 4- Outros Benefícios -Aplicação de desconto por tarifação TIB ou TID. -Desconto por sistema de prevenção a incêndio: 5% por sistema de extintores Taxa Única = 40% Taxa Prédio + 60% Taxa Conteúdo 30% pela conjugação de aparelhagem sob comando e instalação de sistema de detecção e alarme. 50% pela conjugação de aparelhagem sob comando, instalação de sistema de detecção e alarme e sprinklers. 10% por análise de risco. 5- Agravação por análise de riscos devido a sinistralidade. 6- Devido a cobertura ser concedida a primeiro risco relativo, as taxas de danos materiais serão corrigidas pelo fator de desconto obtido da tabela abaixo: DMP/VR (%) LMI / VR Total do Endereço (%) 100 90 80 70 60 50 40 100 1,00 0,983 0,965 0,947 0,928 0,908 0,887 90 0,963 0,947 0,930 0,912 0,894 0,875 0,854 80 0,925 0,90 0,893 0,876 0,859 0,840 0,821 70 0,886 0,871 0,856 0,840 0,823 0,805 0,786 60 0,846 0,832 0,817 0,802 0,786 0,769 0,751 50 0,804 0,791 0,777 0,762 0,747 0,731 0,714 40 0,760 0,748 0,734 0,720 0,706 0,691 0,675 30 0,713 0,701 0,689 0,676 0,662 0,648 0,633 20 0,660 0,649 0,638 0,626 0,613 0,600 0,586 10 0,595 0,585 0,575 0,564 0,552 0,541 0,528 -LMI/VR Refere-se à totalidade do seguro direto. -DMP/VR refere-se ao maior risco isolado dentre todos os riscos isolados que compõem o seguro direto. 7- No caso do segurado optar pela adoção de franquia, aplica-se um desconto no prêmio. 8 - Prêmio 11 - Demais coberturas de danos materiais Por serem concedidas a 1º risco absoluto, não há redução com base nas relações LMI / VR e DMP / VR. Prêmio = VR do seguro direto x taxa de danos materiais x fator de desconto (LMI/VR e DMP/VR x desconto pela adoção de franquia. Sobre as taxas básicas de cada cobertura, pode-se aplicar um corte linear de no máximo 20%. As taxas básicas podem ser agravadas pela sinistralidade ou análise de risco. No caso de se optar por adoção de franquia superior ao mínimo estipulado normalmente para cada cobertura, poderá ser aplicado um desconto no prêmio, desconto este que pode alcançar o patamar máximo de 10%. Para todas as coberturas que possuem suas taxas básicas individualizadas para prédio e conteúdo, se faz necessário transforma-las em taxa única; o critério adotado pelo mercado é a ponderação entre as taxas utilizando-se 40% para prédio e 60% para conteúdo. 5 - Riscos Operacionais Seguro de Riscos Operacionais foi introduzido no Brasil na segunda metade da década de 80, com base em condições praticadas pelos mercados europeu e norte-americano. Da mesma forma que nos Riscos Nomeados, as seguradoras negociam sua cobertura de resseguro na forma facultativa, sempre que tiver necessidade de suporte de resseguro acima do contrato. O Seguro de Riscos Operacionais destina-se, essencialmente, a complexos industriais de grande porte. O Seguro de Riscos Operacionais se caracteriza por sua cobertura do tipo all risks, isto é, por uma cobertura que abrange todas as perdas ou danos materiais causados aos bens segurados. Exceto os formalmente considerados excluídos em suas condições. Nesse seguro, também pode ser concedida a cobertura de Interrupção de Negócios Consequente de Danos Materiais – perda de receita bruta ou de lucros cessantes decorrentes dos danos materiais ou a cobertura conjugada de danos materiais com a de interrupção de negócio consequente de danos materiais – perda de receita bruta ou de lucros cessantes decorrentes dos danos materiais. É possível, ainda, a concessão de cobertura abrangendo vários seguros diretos de uma mesma empresa em uma única apólice. OBS.: A contratação do Seguro de Riscos Operacionais para indústrias com perfil de risco bem definido e limitado não é recomendável, uma vez que, em alguns casos, o custo torna-se elevado. Nesses casos, é mais aconselhável a contratação do Seguro do tipo Riscos Nomeados. 1 - Determinação Potencial de Perdas A inspeção prévia do complexo industrial é de suma importância, uma vez que fornece ao segurado subsídios para a escolha do tratamento a ser dado aos riscos a que sua empresa está exposta. Permite, também, que o segurador avalie, adequadamente, a exposição e qualidade dos riscos assumidos, que são fatores relevantes no custo final do seguro. 2 - Cobertura Os riscos de incêndio, raios e a cobertura de Interrupção de Negócios Consequente de Danos Materiais – perda de receita bruta ou de lucros cessantes decorrentes dos danos materiais são normalmente concedidos a primeiro risco relativo. Podem, também, ser segurados a primeiro risco absoluto. Os demais riscos são concedidos a primeiro risco absoluto. 3 - Cálculo de Indenização: Indenização = P × VRD 80% × VRA Sendo: P: Prejuízos Indenizáveis. VRD: Valor em Risco Declarado. VRA: Valor em Risco Apurado no dia do sinistro. 4 - CONDIÇÕES APLICÁVEIS AO SEGURO DE RO. Tendo em vista que o Seguro de Riscos Operacionais possibilita ao segurado a contratação de diversos tipos de coberturas de danos materiais, bem como os respectivos lucros cessantes, as condições aplicáveis a esse seguro são divididas nas seguintes partes: • Condições e disposições de caráter geral – são aquelas aplicáveis a todos os tipos de coberturas amparadas pelo Seguro de Riscos Operacionais. • Condições aplicáveis especificamente às coberturas de Danos Materiais e Condições Particulares aplicáveis quando contratada a cobertura de Quebra da Máquina. • Condições aplicáveis especificamente às coberturas de Lucros Cessantes e de Interrupção de Negócios Consequentes de Danos Materiais – Perda de Receita Bruta (quando contratada). • Cláusulas Adicionais (quando contratada) – aplicáveisàs coberturas de Danos Materiais e de Lucros Cessantes/Perda de Receita Bruta. 5 - Inspeção de Riscos Fica a cargo da seguradora ou de seu ressegurador, a realização de inspeção periódica para fins de conhecimento e controle do risco e de prevenção de sinistros, devendo ser fornecido ao segurado o relatório da referida inspeção. 6 - Suspensão da Cobertura Em consequência da inspeção do risco, fica reservado à seguradora o direito de, a qualquer momento da vigência da apólice, suspender a cobertura mediante notificação prévia, no caso de ser constatada qualquer situação grave ou de iminente perigo ou que não tenham sido tomadas pelo segurado, após sua constatação, as providências cabíveis ou recomendáveis para sanar tal situação. 6 - GERENCIAMENTO DE RISCOS 1 - O QUE É GERENCIAMENTO DE RISCOS? Gerência de Riscos é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar os recursos humanos e materiais de uma organização, no sentido de minimizar os efeitos dos riscos sobre essa organização ao mínimo possível. É um conjunto de técnicas que visa reduzir ao mínimo os efeitos das perdas acidentais, enfocando o tratamento aos riscos que possam causar danos materiais, pessoais, ao meio ambiente e à imagem da empresa. É, portanto, um processo de assessoria que visa garantir a continuidade de um negócio, atividade ou projeto, baseado na MAXIMIZAÇÃO de sua utilidade e na MINIMIZAÇÃO da probabilidade da ocorrência de eventos indesejados e da magnitude de seus efeitos. 2 - RISCO Uma ou mais condições de uma variável com o potencial necessário para causar danos. Esses danos podem ser entendidos como lesões a pessoas, danos a equipamentos e instalações, danos ao meio ambiente, perda de material em processo ou redução da capacidade de produção. Havendo um risco, persistem as possibilidades de efeitos adversos. 3 - RISCO PODE SIGNIFICAR AINDA: -incerteza quanto á ocorrência de um determinado evento (acidente) -chance de perda que uma empresa pode sofrer por causa de um acidente ou série de acidentes. R = f (Frequência, Consequência); R = Probabilidade x Severidade; R = Ameaça x Vulnerabilidade Risco = PERIGO C MEDIDAS DE SEGURANÇA REDUÇÃO DA PROBABILIDADE RISCO REDUÇÃO DA CONSEQUÊNCIA PREVENÇÃO PROTEÇÃO GERENCIAMENTO ANÁLISE E AVALIAÇÃO DOS RISCOS PLANO DE CONTIGÊNCIA 4 - AVALIAÇÃO DOS RISCOS. P R O B A B ILID A D E ALTA CONTROLAR ELIMINAR BAIXA ASSUMIR CONTROLAR /TRANSFERIR BAIXA ALTA CONSEQUÊNCIA 5 - Maneiras de Gerenciar os Riscos. Vamos ser sinceros, você está confiante e acredita que seu projeto será um sucesso, mas… Sempre existe a possibilidade que algo possa dar errado. Essas coisas que podem dar errado, em projetos, são chamadas de riscos. Um gerente de projetos experiente costuma identificá-los no início do projeto para que tenha a chance de poder fazer alguma coisa por eles. Evidentemente, a gestão de riscos não é uma atividade restrita ao planejamento, ela é contínua ao longo do controle de todo o projeto, sendo prudente o monitoramento da lista, com a identificação e registro de novos riscos quando eles surgirem. Criar uma lista de riscos é um bom ponto de partida, mas somente isso não é suficiente. A preparação de um plano de ação por risco é extremamente útil (e necessário), pois sem isso a capacidade de gerenciá-los de maneira eficaz será muito limitada. Considerando as principais, temos 5 maneiras para gerenciar riscos: aceitar, evitar, transferir, mitigar (atenuar) ou explorar. A seguir uma visão detalhada de cada uma. 6 - Aceitar o Risco. Aceitar o risco significa que enquanto você o tiver identificado e registrado no seu plano de gerenciamento de riscos, você não vai tomar nenhuma ação. Simplesmente você aceita que ele possa acontecer e decidirá como lidar com ele caso ocorra. Esta é uma boa estratégia para usar com riscos muito pequenos. Aqueles que não tenham muito impacto sobre seu projeto e caso aconteçam, podem ser facilmente tratados quando surgirem. Você poderia consumir muito tempo para preparar uma estratégia de gerenciamento desses riscos ou tomar ações de alto custo para lidar com eles, por isso, às vezes para uma melhor utilização dos seus recursos é melhor não fazer nada para pequenos riscos. 7 - Evitar o Risco. Você pode modificar completamente as ações planejadas para evitar o risco. Esta é uma boa estratégia quando um risco é potencialmente de grande impacto em seu projeto. Exemplo, normalmente em Janeiro a equipe de Finanças de sua empresa está ocupado realizando apuração de contas corporativas. Planejar a homologação do novo Módulo Financeiro, na qual serão necessários membros dessa equipe em Janeiro, que precisarão aprender um novo processo, provavelmente não vai ser uma ótima ideia. Há um risco de que a apuração de contas não seja realizada. Porém, é mais provável, que exista um grande risco de você não conseguir preparar a equipe de Finanças para usar o novo processo, nem poder utilizá-la na homologação, uma vez que todos estarão muito ocupados em Janeiro. Em vez disso, seria melhor evitar o mês de Janeiro completamente, alterando o plano e o calendário do projeto agendando o treinamento e homologação do Módulo Financeiro a partir de Fevereiro, quando o grosso do trabalho de contabilidade já terá terminado. 8 - Transferir o Risco. Transferência é uma estratégia de gerenciamento de risco que não é utilizada muito frequentemente, e tende a ser mais comum em projetos onde há várias partes. Basicamente, você transfere o impacto e gestão do risco para outra pessoa. Exemplo, você tem um terceiro contratado para escrever o seu código de software, pode então transferir o risco de possíveis erros no código para o terceiros. Ele será responsável por gerenciar esse risco. Normalmente as transferências são formalizadas em contratos de projetos. Seguro é outro bom exemplo. Caso transporte de equipamentos seja parte de seu projeto e o veículo foi envolvido em um acidente, a companhia de seguros será responsável por fornecer equipamentos novos para substituir qualquer um danificado. A equipe do projeto reconhece que o acidente pode acontecer, mas não será responsável por lidar com kits de substituição, ou pagar pelos danos, pois agora é responsabilidade da companhia de seguros. 9 - Mitigar o Risco. Mitigar um risco é provavelmente a técnica gerenciamento de riscos mais utilizada. Também é a mais fácil de compreender e de implementar. Mitigar significa que você pode limitar o impacto de um risco, de modo que mesmo que ele ocorra, o problema gerado é menor e mais fácil de corrigir. Exemplo, a empresa lança um produto novo e a equipe de vendas precisa demonstrar para os clientes. Há um risco que a equipe de vendas não conheça o produto e não consigo dar boas demonstrações. Como resultado, vão fazer menos vendas e haverá menos receita para a empresa. Uma estratégia de mitigação para esta situação seria fornecer umbom treinamento para a equipe de vendas. Pode ainda ocorrer que alguns membros da equipe não aproveitem bem, ou que percam a sessão de treinamento, ou eles simplesmente não são especialistas naquele tipo de produto e nunca conhecerão o produto a fundo, mas o impacto do risco será muito reduzido, uma vez que a maioria da equipe será capaz de demonstrá-lo com eficiência. Como neste exemplo, você pode atenuar o impacto, mas você também tem a chance de atenuar a probabilidade de o risco acontecer. Em geral as ações serão as mesmas, mas às vezes, você terá algumas tarefas para reduzir a chance de o risco acontecer e algumas tarefas separadas para fazer o impacto do risco menor, caso ele aconteça. 10 - Explorar o Risco. Aceitar, evitar, transferir e mitigar são estratégias excelentes para usar quando o risco tem um impacto negativo sobre o projeto. Mas, o que acontece se o risco tem um impacto positivo? Exemplo, o risco de que o novo produto seja tão popular que a empresa não tem pessoal suficiente na equipe de vendas para fazer as demonstrações? Esse é um risco positiva – algo que seria vantajoso para o projeto e consequentemente para a empresa se ele acontecer. Nesses casos, queremos maximizar a chance do risco acontecer, de não parar de acontecer ou de transferir o benefício conseguido para alguém! A estratégia de gestão de risco para usar nestas situações é explorar. Procure maneiras de fazer o risco acontecer ou formas de aumentar o impacto se ele ocorrer. Podemos treinar algumas pessoas juniores da equipe de administração para realizar também as demonstrações do produto e realizar mais campanhas de marketing, para aumentar o interesse no novo produto, e deixar as pessoas preparadas para demonstrações se necessário. Essas são as 5 estratégias de gestão de risco que podem ser usadas para gerenciar riscos em qualquer projeto. Você provavelmente vai usar uma combinação de técnicas, escolher as estratégias que melhor se adaptam aos riscos no seu projeto e às competências de sua equipe. Embora seja você que decida qual a abordagem para o risco, certifique-se de que você faça o registro no plano de ação para o risco e o mantenha atualizado com o objetivo de gerenciar seus riscos. 11 - ELEMENTOS BÁSICOS DO GERENCIAMENTO DE RISCOS: - Controle do RISCO, que se constitui em um programa de prevenção de perdas, reduzindo tanto a frequência como a severidade dos acidentes; - O financiamento, que significa a gestão dos riscos remanescentes, retendo-os na empresa ou transferindo-os total ou parcialmente para as seguradoras. 12 - IMPORTÃNCIA E SUCESSO DO GERENCIAMENTO DE RISCOS: Atualmente, nos países desenvolvidos, todas as grandes empresas e muitas pequenas e médias se utilizam, com êxito, da Gerência de Riscos, pois ele proporciona uma correta proteção dos ativos e do patrimônio dos acionistas, eliminando ou reduzindo, efetivamente, a maioria dos riscos acidentais. 12 - CONTROLE DOS RISCOS Melhoria das instalações, Capacitação, Programa de Gerenciamento de Riscos. 13 - GERENCIAMENTO DE RISCOS 14 - GESTÃO DE CRISE CRISE: QUANDO O COMANDO E A ORGANIZAÇÃO NÃO EXISTEM, A EMERGÊNCIA ASSUME COMANDO. 15 -PRINCIPAIS BENEFICIOS DA GERÊNCIA DE RISCOS: -Seguros adequados -Redução de riscos com consequência redução de prêmios -Retenções conscientes de riscos -Bens e vidas humanas preservadas -Manutenção do fluxo produtivo e permanência da empresa no mercado -Funcionários motivados -Aumento da produção e competitividade IDENTIFICAR AVALIAR DECIDIR ELIMINAR CONTROLAR TRANSFERIR MEDIR 16 - PLANO DE CONTINUIDADE DE NEGÓCIOS – PCN O PCN é composto por um conjunto de procedimentos, previamente definidos e testados, para garantir a continuidade dos processos e serviços vitais de uma organização, ainda que sob o impacto de uma crise. É estabelecido pela norma ABNT NBR 15999 Parte 1. O Plano de Continuidade de Negócios tem por objetivo principal ser um documento que auxilia a organização no tratamento de desastres, tentando diminuir perdas, oferecendo mais disponibilidade, segurança e confiabilidade na TI para que suporte com valor e qualidade o negócio da organização. O Plano de Continuidade de Negócios é constituído pelos seguintes planos: • Plano de Contingência, • Plano de Administração de Crises (PAC), • Plano de Recuperação de Desastres (PRD) e • Plano de Continuidade Operacional (PCO). Todos estes planos têm como objetivo principal a formalização de ações a serem tomadas para que, em momentos de crise, a recuperação, a continuidade e a retomada possam ser efetivas, evitando que os processos críticos de negócio da organização sejam afetados, o que pode acarretar em perdas financeiras. 17 - ELABORAÇÃO –PCN Avaliação dos riscos aos quais a organização está exposta, identificando e priorizando os processos críticos do processo; Entendimento dos impactos que as interrupções terão sobre o negócio; Contratação de seguros (transferência dos riscos) compatíveis e dimensionados como partes integrantes do processo de continuidade; Definição, implantação e testes periódicos do PCN, nos diferentes níveis de participação. 18 - IDENTIFICAÇÃO E ANALISE DE RISCOS. De modo geral, a Análise de riscos tem por objetivo responder a uma, ou mais de uma, das seguintes perguntas relativas a uma determinada instalação: -Quais os riscos presentes na planta e o que pode acontecer de errado? -Qual a probabilidade de ocorrência de acidentes devido aos riscos presentes? -Quais os efeitos e as consequências destes acidentes? -Como poderiam ser eliminados ou reduzidos estes riscos? Portanto, analisar um risco é identificar, discutir, e avaliar as possibilidades de ocorrência de acidentes, na tentativa de se evitar que estes aconteçam e, caso ocorram, identificar as alternativas que tornam mínimos os danos subsequentes a estes acontecimentos. 19 - TÉCNICAS DE ANALISE DE RISCOS. A análise de riscos consiste num exame sistemático de uma instalação para identificar os riscos presentes e formar uma opinião sobre ocorrências potencialmente perigosas e suas possíveis consequências As metodologias são oriundas de duas grandes áreas: Engenharia de segurança e engenharia de processos. Possuem generalidades e abrangência, podendo ser aplicadas a quaisquer situações produtivas. As técnicas de Analises de Riscos mais utilizadas são: -Analise Preliminar de Riscos (APR). -Checklist. -Técnica de incidentes Críticos (TIC). -Analise de Modos de falha e efeitos (AMFE). -Analise e árvore de falhas (AAF). -Analise de árvore de Eventos ( AAE). - Estudo de Operabilidade e Riscos- Hazard and Operability Studies (HazOp). 1- A Análise Preliminar de Risco – APR consiste em um estudo antecipado e detalhado de todas as fazes do trabalho a fim de detectar os possíveis problemas que poderão acontecer durante a execução. 2- Checklist - Utilizado para a identificação de risco podem ser desenvolvidos baseados em informações de um histórico e no conhecimento que foi acumulado por projetos anteriores similares e por outras fontes de informação. Uma vantagem do uso de um checklist é que a identificação do risco é rápida e simples. Uma desvantagem é que é impossível construir um checklist de riscos aprofundado, e o usuário pode ficar efetivamente limitado as categorias da lista. 3- Técnica de incidentes Críticos (TIC) - É uma análise operacional, qualitativa, deaplicação na fase operacional de sistemas, cujos procedimentos envolvem o fator humano em qualquer grau. É um método para identificar erros e condições inseguras que contribuem para a ocorrência de acidentes com leões reais e potenciais, onde se utiliza uma amostra estratificada de observadores participantes, selecionados dentro de uma população. 4- Analise de Modos de falha e efeitos (AMFE) - é uma técnica analítica concebida para, através da identificação dos potenciais modos de falha e correspondentes causas associadas existentes no processo de fabrico de determinado produto, atuar preventivamente na melhoria da eficiência dos processos e produtos. 5- Analise e árvore de falhas (AAF) – É um método excelente para o estudo dos fatores que poderiam causar um evento indesejável (falha) e encontra sua melhor aplicação no estudo de situações complexas. Ela determina as frequências de eventos indesejáveis (topo) a partir da combinação lógica das falhas dos diversos componentes do sistema. 6- Analise de árvore de Eventos ( AAE) - Técnica para análise de eventos indesejados, gerados por falhas em equipamentos, erros operacionais em determinadas atividades ou problemas em um sistema. 7- Estudo de Operabilidade e Riscos- Hazard and Operability Studies (HazOp) - O HAZOP - estudos de perigos e operabilidade - é um procedimento formal e efetivo para a identificação de perigos em unidades industriais, a técnica visa identificar os perigos e os problemas de operabilidade de uma instalação de processo, sendo mundialmente o mais utilizado, e consta das seguintes etapas: Identificação dos desvios de processo; Determinação das causas básicas possíveis dos desvios; Determinação dos efeitos (consequências) potenciais dos desvios; Identificação dos modos de detecção dos desvios existentes; Identificação das proteções para evitar a ocorrência dos desvios; Avaliação dos riscos dos cenários acidentais; Definição de recomendações (medidas mitigadoras) visando reduzir os riscos a níveis aceitáveis; Relatório. O objetivo de um HAZOP é investigar de forma minuciosa e metódica cada segmento de um processo, visando descobrir os possíveis desvios das condições normais de operação, identificando as causas responsáveis por tais anormalidades e as respectivas consequências, em diferentes pontos do sistema (nós de estudo). Desta forma, procura propor medidas para eliminar ou controlar o perigo destes pontos. O enfoque está tanto para as questões de segurança, identificando os perigos que possam colocar em risco os operadores e os equipamentos, bem como os problemas da operabilidade, que podem afetar a eficiência do processo produtivo, o meio ambiente e a qualidade do produto. 20 - RISCOS FINANCEIROS Os riscos financeiros de uma instituição são: Risco de mercado, Risco de crédito Risco de liquidez Risco operacional Risco legal Risco do fator humano Risco de mercado: é o risco de que mudanças nos preços e nas taxas no mercado financeiro reduzam o valor das posições de um título ou de uma carteira. Risco de crédito: é o "risco de que uma mudança na quantidade do crédito de uma contraparte possa afetar o valor da posição de um banco. Neste tipo de risco, a contraparte não quer ou não pode cumprir com suas obrigações contratuais e, eventualmente, sofre rebaixamento por parte de uma agência classificadora de risco. Risco de liquidez: compreende tanto o risco de financiamento de liquidez quanto o risco de liquidez relacionado às negociações. Risco de financiamento de liquidez se relaciona à capacidade de uma instituição financeira de levantar o caixa necessário para rolar sua dívida, para atender exigências de caixa, margem e garantias das contrapartes e (no caso de fundos) de satisfazer retiradas de capital. O risco de liquidez relacionado a negociações, é o risco de que uma instituição não seja capaz de executar uma transação ao preço prevalecente de mercado porque não há, temporariamente, qualquer apetite pelo negócio "do outro lado" do mercado. O risco de financiamento de liquidez e o risco de liquidez relacionado às negociações "definem-se como duas dimensões do risco de liquidez". Quando uma transação não puder ser adiada, sua execução pode levar a uma perda substancial na posição. É um risco difícil de ser quantificado. O risco operacional: se refere às perdas potenciais resultantes de sistemas inadequados, falha da gerência, controles defeituosos, fraude e erro humano. Um negociante pode fazer comprometimentos muito grandes em nome da instituição financeira, gerando exposições futuras enormes, utilizando pequeno volume de dinheiro. O risco jurídico: surge por toda uma série de razões. Por exemplo, uma contraparte pode não ter a autoridade legal ou regulatória para se engajar em uma transação. Riscos Jurídicos geralmente só se tornam aparentes quando uma contraparte, ou investidor, perde dinheiro em uma transação e decide acionar o banco para evitar o descumprimento de suas obrigações. O risco do fator humano: é uma forma especial de risco operacional. Relaciona-se às perdas que podem resultar em erros humanos como apertar o botão errado em um computador, inadvertidamente destruir um arquivo ou inserir um valor errado para um parâmetro de entrada de um modelo.