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Traumas cirúrgicos

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TRAUMA ESPLÊNICO 
 
✔​ Baço é o órgão mais acometido no trauma abd fechado 
✔✔ ​​Sinal de Kehr: ​​dor subescapular a esquerda 
✔​ Preferência pela abordagem conservadora (pelo risco de ​sepse fulminante pós esplenectomia​​) 
✔ Dx é fechado com: 
Se estável​ → ​TC com contraste 
Se instável​ → durante a laparotomia exploratória e LPD + 
✔ ​TC com contraste ​​→ mostra o extravasamento do contraste na fase arterial (pp na porção do hilo) → fonte 
de sangramento; 
→ Delineia a lesão do baço e sua gravidade; 
→ Indica possiveis lesões de outros órgãos intra abd 
✔ ​Blush​​ → coleção hiperdensa que ocorre na fase arterial do contraste no parênquima esplênico e 
indica sangramento persistente 
 
✔ ​Escala de lesão esplênica - AAST 
 
✔ ​OPÇÕES DE ABORDAGEM: 
ESPLENECTOMIA → ​​só em casos extremos 
REPARO ESPLÊNICO → ​​para esplenectomia parcial ou segmentar 
TTO NÃO OPERATÓRIO → ​​taxa de sucesso de 90% 
✔​SEPSE FULMINANTE PÓS ESPLENECTOMIA 
→ Início súbito e evolução rápida (12-18hs) 
→ Sintomas: febre, náusea, vômitos, cefaleia, alt do estado mental 
→ Ag etiológico mais comum: S. pneumoniae (por causa de uso irresponsável de atb e da vacina 
pneumocócica polivalente) 
→ Complicação: choque, DHE, hipoglicemia, CIVD 
→ Profilaxia: imunoprofilaxia, quimioprofilaxia e educação 
→ ​Autotransplante esplênico heterotópico 
# Verificou-se que o risco ajustado de morte em pacientes esplenectomizados é maior do que o da 
população geral, e quando a esplenectomia total é realizada, o autoimplante esplênico é o único método 
capaz de preservar a função esplênica, evitando infecções, principalmente sepse pósesplenectomia. 
Quando, devido à extensão das lesões traumáticas, torna-se necessária a realização de esplenectomia 
total, o autotransplante heterotópico deliberado do tecido esplênico em bolsas de omento pode levar à 
manutenção da função esplênica1 . 
✔ ​CRITÉRIOS PARA TTO CONSERVADOR 
→ Estabilidade hemodinâmica 
→ Exame abd negativo p/ irritação peritoneal 
→ Sem extravasamento de contraste na TC 
→ Sem indicações de laparotomia ou de lesões associadas que requerem cirurgia 
→ Sem condições que aumentem risco de sangramento 
→​ Lesões de Grau I a III 
✔​ ABORDAGEM 
 
 
✔ ​ÁREAS DE CONTROVÉRSIA 
1) DISPONIBILIDADE DE TC NOS SERVIÇOS É MAIOR 
→ Se a lesão for pequena não justifica uso da TC 
→ Faz TC quando há lesões esplênicas sem hemoperitoneo ou sangue na cavidade peritoneal não 
detectável pela USG 
2) TTO NÃO OPERATÓRIO 
→ controvérsia p/ embolização angiográfica 
→ sem consenso no achado de blush 
3) COMO ABORDAR DIFERENTES LESÕES ESPLÊNICAS 
I. Necessidade de tto cirúrgico ​​→ depende da gravidade, choque e lesões associadas 
II. Durante a laparotomia ​​→ avaliar baço durante busca de sangramento ativo → esplenectomia total ou 
preservação do baço 
III. Mobilização cuidadosa ​​→ evitar lesões 
 
I. Hemorragia ativa ​​--> 
A. Esplenectomia total 
B. Esplenectomia parcial 
C. Compressão digital durante a mobilização 
II. ​Esgarçamento capsulares → 
a. compressão 
b. uso de agentes hemostáticos tópicos 
III. ​Lacerações mais profundas → ​​suturas absorvíveis 
IV. ​Lacerações importantes (<50% do parênquima e sem envolver o hilo) → ​​Ressecção esplênica 
segmentar ou parcial ​→ apenas se pct estável e na ausência de outras lesões importantes 
V. ​Lesões mais extensas que envolvem o hilo ou a porção central → 
a. esplenectomia total 
b. autotransplante 
4) TELA DE DEXON OU DE VICRYL PARA ENVOLVER O BAÇO (PROCEDIMENTO ALTERNATIVO) 
5) COAGULADOR DE ARGÔNIO E DE COLA DE FIBRINA (PROCEDIMENTO ALT) 
✔​Complicações 
→ Hemorragia: secundária a hemostasia inadequada, transfusão maciça ou coagulopatia 
→ Trombocitose 
→ Pancreatite 
→ Abscesso intraperitoneal 
→ Síndrome da sepse fulminante pós esplenectomia 
 
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ACESSO VENOSO CENTRAL 
slide mesmo 
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TRAUMATISMO DE PESCOÇO 
 
✔ Região de muitas estruturas vitais, órgãos de múltiplos sistemas contidos numa localização compacta 
✔ O trauma cervical necessita de intervenção rápida, mortalidade 10% 
✔ 5-10% de todos os traumas 
✔ prevalência: homens; adolescentes e adultos jovens 
✔ Principais riscos à vida → hemorragia, oclusão de vias aéreas 
✔ ANATOMIA 
→ ​Limites Trígono anterior​​: borda superior da mandíbula; músculo esternocleidomastoideo; linha 
mediana anterior 
→ ​Limites Trígono posterior​​: face superior da clavícula; músc. esternocleidomastodeo; músc. trapézio 
 
● Zona I → ​​80% dos traumas cervicais; artérias (carótidas comuns cervicais, vertebrais e subclávias); 
veias subclávias e jugulares; traqueia; nervos laríngeo recorrente e vago; esôfago; ducto torácico. 
● Zona II → ​​artérias carótidas; veias jugulares e vertebrais; traqueia proximal; faringe e laringe; medula 
espinhal. 
● Zona III → ​​15% dos traumas cervicais; artérias carótidas; veias jugulares; medula espinhal; nervos 
cranianos IX-XII; tronco simpático 
✔ LESÃO PENETRANTE → ultrapassa o musc. platisma; investigação especial (estruturas neurovasculares e 
do trato aerodigestivo) 
 
✔LESÃO NÃO PENETRANTE → 60%; força não penetrante direta; lesões mais comuns (coluna cervical, 
laringotraqueias, faringoesofâgicas); Estrangulamento. EXs: enforcamento, batida de carro com choque com o 
volante na região. 
✔TIPOS DE LESÃO → ​Aéreas​; ​esofágicas​, ​vasculares​ e​ ​neurológicas 
✔SINAIS E SINTOMAS 
LESÕES DAS VIAS AÉREAS → epistaxe; hemoptise; rouquidão, estridor; enfisema subcutâneo 
LESÕES FARINGO-ESOFÁGICAS → hematêmese; disfagia 
LESÕES VASCULARES → hematoma em expansão ou pulsátil ou hemorragia persistente; 
déficits neurológicos; alteração do pulso (ausência do carotídeo, temporal ou oftálmico); sopros e 
frêmitos; hemianopsia; choque hipovolêmico. 
DÉFICIT POR LESÃO NEUROLÓGICA → Rouquidão; Coma; Hemiplegia; Síndrome de Horner; 
Déficits nos nervos cranianos (desvio da língua, déficit sensorial, queda do canto da boca) 
 
 
✔AVALIAÇÃO CLÍNICA 
→ ABCDE 
→ Anamnese: pelos paramédicos, testemunhas ou o paciente 
● Ver o mecanismo da lesão. Se objeto cortante/perfurante, arma de baixa ou alta energia, possível trajeto 
● Calcular as perdas de sangue no local do acidente 
→ Exame físico 
● Exame de toda cabeça e pescoço (palpação e procurar sopros e atritos na ausculta) 
● Exame neurológico incluindo avaliação do estado mental, nervos cranianos e medula espinhal, reflexos 
patológicos (​Babinski; Oppenheim​​) 
● Examinar o tórax, abd e as extremidades 
 
● Reverificar: região dorsal, lesões por armas brancas e armas de fogo → que não foram suspeitos ainda 
● Inspeção: ​​agitação, cianose, tiragem intercostal, uso da musculatura acessória 
● Ausculta: ​​respiração ruidosa, estertores 
● Palpação: ​​traqueia, fraturas, edema 
● Remoção de imobilizadores cervicais → baseada na avaliação clínica, podendo ser feita diante de: 
1) Ausência de cervicalgia, torcicolo ou sintomas neurológicos 
2) Rx cervicais em 3 incidências de qualidade sem demonstrar lesão 
 
✔AVALIAÇÃO RADIOLÓGICA 
→ Rx da coluna cervical deve ser feita em ​3 incidências (AP, perfil e transoral) ​​, mesmo que exame clínico ok, 
antes da retirada do colar cervical 
→ Rx deve ser sempre feita em: pcts alcoolizados, intoxicados por drogas e com nível de consciência rebaixado 
→ Lesão dos nervos frênicos (Zona II) pode aparecer no Rx tórax por elevação da cúpula diafragmática 
→ ​TC x RX 
● TC → dx melhor de lesões em partes moles (ligamentos, hematomas, herniações); Rx estruturas ósseas 
● Indicações TC: 
1) Rx não indica lesão, em pct com queixa de dor ou edema inexplicável na região cervical 
2) Lesão neurológica 
3) Quaisquer alterações radiológicas nessa porção da coluna 
✔ TRATAMENTO→ ​Abordagem no PS - ABCDE 
A) Reavaliação das VVAA, intubação 
B) Hemotórax? Pneumotórax? 
C) Controle do sangramento 
D) Cuidados com a espinha cervical 
E) Identificação de fatores ameaçadores à vida 
→ ​Exame do pescoço 
● Lesão do m. platisma = chamar cirurgião p/ avaliar 
● NÃO EXPLORAR LESÃO NA SALA DE EMERGÊNCIA 
● Trauma de pescoço evolui p/ PCR = toracotomia de emergência 
● Inserir SNG somente se via aérea já está assegurada 
→ ​ATBterapia profilática 
→ Corticoidoterapia s/n 
 
→ Indicações para exploração cirúrgica: 
● Hemorragias, choque hipovolêmico, déficit de pulso 
● Obstrução de via aérea, traqueia aberta e/ou borbulhagem de ar no local da ferida 
● RNC 
● Hemoptise e/ou hematêmese 
● Aparecimento de novas contusões 
 
 
→ ​Lesões em esôfago e/ou faringe 
● Inverter os bordos da mucosa e encerrar com fios absorvíveis 
● Esofagoscopia 
● Drenagem cervical 
 
→ ​Lesões em VVAA 
● Suspeita de lesão laríngea = fazer laringoscopia 
● Laceração da mucosa = suturar 
● traqueotomia alta = faz-se um anel abaixo da lesão 
 
→ ​Lesões vasculares 
● As v. subclávias e jugulares internas podem ser laqueadas 
● Artérias maiores devem ser reparadas sempre que possível, exceto A. vertebral que pode ser laqueada 
quando lesada 
● Lacerações parciais podem ser encerradas primariamente - “patch” de veia ajudam a prevenir estenoses 
subsequentes 
# O VenoPatch é um patch microporoso, de malha fina utilizado na cirurgia vascular. É caracterizado 
pela sua excelente biocompatibilidade devido à sua composição de poliésteruretano alifático. 
 
● Feridas consequentes a traumas com elevada energia cinética produzem uma área adjacente de 
contusão que pode ser trombogênica e como tal deve ser ressecada 
● Se a área ressecada permitir um encerramento sem tensão, as extremidades podem ser mobilizadas e 
encerradas primariamente 
● Quando existe tensão, devem ser interposto enxertos de veia safena ou jugular interna 
● Se déficits neurológicos centrais: 
> ​​Reparar a artéria com déficit mínimo 
> Artéria deve ser laqueada (uma deterioração do estado neurológico impõe a realização de 
arteriografia e reexploração) 
> ExtraCranial-IntraCranial (EC-IC) by pass pode ser benéfico quando há um déficit neurológico em 
progressão com lesão irreparável da a. carótida interna 
✔ COMPLICAÇÕES 
→ Obstrução de VVAA( edema de laringe e/ou traqueia; estenose) 
→ Paralisia das cordas vocais 
→ Edema pulmonar 
→ Broncopneumonia 
→ Disfagia 
→ Trombose, pseudoaneurisma 
 
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ÓRGÃOS INTRA E EXTRA PERITONEAIS 
slides 
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TRAUMA HEPÁTICO 
 
✔ Lesão envolvendo o fígado através de transferência de energia para a pessoa envolvida e seu interior 
✔ Contuso ou penetrante 
✔ Posição anatômica → ligamentos 
✔ Desaceleração → lacerações / Trauma fechado → arcos costais HTD 
✔ Fígado é o órgão mais afetado no trauma torácico penetrante (40%) e o segundo no trauma abd fechado 
(35-45%) 
✔Causas mais frequentes: 
→ ​Fechado: ​​72% acidentes de aviação; 12% quedas 
→ ​Penetrante: ​​ armas de fogo; armas brancas 
✔Classificação de traumas hepáticos AAST 
 
✔ Dx ​→ Estável e sem sinal de peritonite: ​​avaliação mais detalhada 
→ Instável: ​​determinar rapidamente se existe uma lesão abd 
 
✔✔ Anamnese 
✔✔exame físico → ​​inspeção, ausculta, percussão, palpação 
# ​Nos pcts vítimas de trauma fechado, os órgãos mais frequentemente acometidos são o baço (40-55%), 
o fígado (35-45%) e o intestino delgado (5-10%). 
 
✔ ​Raio x de abd​​ → AP politraumatizados; excluir outras lesões 
✔​TC → ​​hemodinamicamente estáveis/trauma penetrante 
Padrão ouro → ​​busca direta da lesão 
 
 
✔ TTO NÃO OPERATÓRIO 
→ ​TRAUMA HEPÁTICO CONTUSO 
● Estável hemodinamicamente + Ausência de outras lesões que requeiram TO → ​TNO é a abordagem 
de eleição ​​(independente do grau da lesão) → TC c/ contraste 
● TNO de lesões hepáticas moderadas/graves deve ser considerado apenas em ambientes que possuam 
capacidade de monitoramento intensivo, angiografia e sala operatória disponível 24h. Tb angiografia 
com embolização pode ser considerada intervenção de primeira escolha nesses casos. 
● Complicações: necrose, sangramentos, complicações biliares, infecções e síndrome do compartimento 
abd. → Nesses casos, pode-se usar outros ttos 
 
→ TRAUMA HEPÁTICO PENETRANTE 
● Estável hemodinamicamente 
● Ausência de peritonite, presença de ar livre, espessamento localizado na parede intestinal, evisceração 
ou empalamento 
● Conduzir com ​TC com contraste + exames clínicos seriados + angioembolização 
● TNO deve ser apenas considerado em ambiente adequado e tal 
● Nos casos de lesões neurológicas centrais graves associadas ao trauma hepático → sem consenso 
 
 
 
 
 
 
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TRAUMA RENAL 
 
✔ EPIDEMIOLOGIA 
● Trauma fechado → Trauma renal 
● Terceiro órgão mais acometido no trauma abd 
● Comum na infância 
● homens jovens, submetidos a traumas contusos (80% dos casos) 
● Maioria das lesões renais é leve 
✔ MECANISMOS DE TRAUMA 
I. Trauma contuso 
II. Trauma penetrante 
III. Desaceleração em alta velocidade 
● Maioria decorrentes acidentes automobilísticos e quedas 
● Tb destacam-se: acidentes com arma branca, com arma de fogo e com bicicletas 
 
✔ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
● hematúria 
● equimose em flanco 
● fraturas de arcos costais associadas 
● Lesão hepática ou esplênica associada 
 
✔ EXAME FÍSICO 
● Alterações dos sinais vitais 
● Hipersensibilidade à palpação do flanco 
● Massa abd palpável 
 
 
✔TTO NÃO CIRÚRGICO 
● Maioria dos traumas renais 
● Nos traumas contusos → apenas 10% precisam de cirurgia 
● Indicações: 
a. Contusões renais (grau I) → ​​por trauma fechado ou penetrante, com lesão renal isolada e com orifício 
de entrada posterior à linha axilar posterior. 
b. Lacerações renais (graus II, III e IV) → ​​mesmo com grande hematoma perirrenal, desde que 
permaneça estável hemodinamicamente. 
→ TNO: 
● Ht seriado 
● Monitorização intensiva 
● Ansiolíticos 
● TC de acordo com a evolução 
● Evitar exercícios intensos por 6 semanas 
● Transfusão sanguínea s/n 
● Repouso por 7 dias e ATB 
● Exame de imagem 1 mês após 
# ​​Gram - negativos e Estreptococos ​​→ Ampicilina + Cefalosporinas ou Quinolonas 
✔ TRATAMENTO CIRÚRGICO 
● Minoria dos casos 
● AAST → exame radiológico 
● Graus IV* e V e em traumas penetrantes (Estudos apontam que 90% dos traumas grau IV podem ter 
abordagem conservadora) 
● Objetivos → Controle vascular precoce 
→ Reconstrução renal 
● Atendimento priorizado 
 
 
✔ COMPLICAÇÕES 
● Assintomático ​​→ Hidronefrose 
→ Não identificação da junção uretero-vesical 
● Urinoma ​​→ Fragmentos desvitalizados 
→ Coexistência de trauma entérico ou pancreático 
→ Resolução espontânea em 80-90% 
● Hemorragia secundária → ​​Fístula arterio-venosa 
→ Intervalo entre o trauma e a hemorragia: 2 a 36 dias 
→ TTO: 1. Nefrectomia ou N. parcial 
2. Ligadura 
3. Embolização 
● Hipertensão 
→ Grau da lesão 
→ Hipertensão prévia (idade, raça, sexo) 
# Excesso de renina → Trombose da artéria renal; Compressão do parênquima renal; Fístula 
arterio-venosa. 
 
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INCISÕES LAPAROTÔMICAS 
 
✔ ​Laparotomia → ​​“secção do flanco”, mas tem significado de “abertura cirúrgica da cavidade abd” 
✔ Tb conhecida como ​celiotomia 
✔ ETAPAS DA LAPAROTOMIA 
1. Laparotomia: abertura cirúrgica da cavidade abd 
2. Exploração da cavidade abd p/ avaliar a extensão da patologiae p/ identificar outras possíveis 
patologias não Dx previamente 
3. Realização da cirurgia propriamente dita 
4. Inventário ou revisão da cavidade abd p/ que se tenha certeza de que a cirurgia está completa e bem 
feita e para tb verificar se não foram esquecidos corpos estranhos na cavidade 
5. Fechamento da cavidade 
✔ ANATOMIA DA PAREDE ABD 
→ ​A parede é constituída por 9 camadas​​: pele > tec. subcutâneo > fáscia superficial > m. oblíquo 
externo > m. oblíquo interno > m. transverso do abd > fáscia transversallis > tec. adiposo pré-peritoneal > tec. 
areolar > peritônio 
 
 
 
✔ LAPAROTOMIA LONGITUDINAL 
1. Mediana 
I. Supra umbilical 
II. Infra umbilical 
2. Paramediana 
I. Pararretal interna (​Lennander​​) 
a. supra umbilical 
b. paraumbilical 
c. infra umbilical 
d. xifopúbica 
II. Transretal 
III. Pararretal externa 
a. supra umbilical 
b. intra umbilical (​Jalaguier​​) 
✔ INCISÃO MEDIANA 
● Linha do apêndice xifóide > cicatriz umbilical > sínfise púbica 
● Não há secção dos planos musculares 
● “Incisão universal”: permite acesso a qualquer órgão intra abd ou retroperitoneal 
● Acesso mais rápido e menos hemorrágico 
● Menos traumas em partes moles 
● Supraumbilicais são mais sujeitas a eviscerações e eventrações (área sujeita a maiores tensões) 
● As ​incisões supraumbilicais ​​devem ser feitas se for possível proceder a abertura das bainhas dos 
músculos retos e a reconstituição da parede em​ 3 planos​​: 
1. Peritôneo-aponeurótico (peritônio + l. posterior) 
2. Plano muscular 
3. Plano superficial (l. anterior da bainha dos retos) 
✔ INCISÃO PARAMEDIANA 
● 1,5 - 2 cm à direita ou à esquerda da linha mediana 
● O reto abd pode ser deslocado tb medialmente (pararretal externa) 
 
 
 
● Pode ser ampliada rapidamente, pode ser longa inicialmente 
● O acesso é bom e amplo 
● Reconstrução é feita pela sutura de dois planos resistentes interpostos pelo mm. Reto (as aponeuroses 
anterior e posterior) 
● Não secciona músculos, nervos e vasos 
● Pode ser à D ou E, supra ou infraumbilical 
 
● A pararretal externa é limitada por maior risco de lesão dos nervos que penetram o músculo pela borda 
lateral 
→ É executada no espaço infraumbilical quando permite acesso ao ceco, apêndice, anexos 
uterinos, cólon sigmóide. 
→ A incisão transversa no mesmo nível é preferível pois obedece à estética e à anatomia 
funcional 
 
✔ TRANSRETAL 
● É feita sobre o reto anterior do abd que é atravessado, por divulsão, após a abertura da lâmina anterior 
● A lâmina posterior e o peritônio são abertos no mesmo sentido que o músculo 
● Pouco usada 
● Geralmente empregada para confecção de estomias (gastrostomia, jejunostomia e colostomia) 
 
✔ CONSIDERAÇÕES SOBRE AS INCISÕES 
1. INCISÃO LONGITUDINAL 
● Maior risco de deiscência pós op. 
● Mais dolorosa aos mínimos esforços (reflexo de defesa protetor, diminuição da amplitude respiratória, 
ato defensivo de evitar a tosse) 
● Complicações pulmonares 
 
2. INCISÃO TRANSVERSAL 
● Perpendicular ao plano sagital 
● Músculo reto abd é seccionado transversalmente e os músculos oblíquos, externo e interno, 
obliquamente 
● Em pequenas incisões → as camadas musculares podem ser apenas divulsionadas 
 
3. INCISÃO TRANSVERSA PARCIAL 
● No QSD ( ​Sprengel)​​ p/ acesso às vias biliares 
● No QI para realização de apendicectomias 
● As infraumbilicais oferecem excelente acesso à aorta abd e artéria ilíaca 
● São indicadas p/ acesso de cirurgias ginecológicas ( ​Pfannestiel ​​) 
4. INCISÃO AMPLA INFRAUMBILICAL ( GURD) 
● Bom acesso p/ realização de colectomia e pancreatectomia 
 
 
 
4. INCISÕES TRANSVERSAIS 
→ ​​De forma geral: 
● Vantagens sobre as longitudinais devido as linhas de tensão 
● Lesões dos nervos intercostais são mínimas ou nenhuma, devido ao traçado quase paralelo 
● Secção muscular com boa cicatrização 
● As suturas ficam perpendiculares a direção das fibras e prendem melhor as estruturas 
 
 
 
 
 
✔ ESCOLHA DA INCISÃO E REQUISITOS 
● Em princípio, se resume na opção pelas incisões longitudinais, transversais, oblíquas ou combinadas e 
dependem da experiência pessoal do cirurgião. 
● A incisão abd ideal é a que: 
→ Permite o acesso fácil ao órgão visado 
→ Oferece espaço suficiente para as manobras cirúrgicas sejam bem executadas 
✔DEISCÊNCIA DA PAREDE ABD 
● É o afastamento total ou parcial de um ou todos os planos suturados 
● Primeiros dias do pós-op. com visualização ou exteriorização do conteúdo abd → ​EVISCERAÇÃO 
● Pele íntegra e as consequências do afastamento das estruturas aparecem tempo depois → ​FRAQUEZA 
DA PAREDE E HÉRNIA INCISIONAL (OU EVENTRAÇÃO) 
● A deiscência da parede abd representa um insucesso operatório e todas as medidas preventivas 
possíveis devem ser usadas. 
✔ COMPLICAÇÕES 
 
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QUEIMADURAS 
 
SLIDES + TEM DETALHES QUE NÃO SEI PQ SUMIRAM DOS SLIDES 
 
 
 
 
TRATAMENTO MÉDICO 
Queimaduras de primeiro grau 
Nesses casos o atendimento é ambulatorial e consiste apenas em controlar a dor e nos cuidados locais 
da área queimada. A analgesia pode ser feita via oral com cloridrato de tramadol 50mg/dose para adultos e 
2mg/kg/dose para crianças, a cada quatro ou seis horas. Outra alternativa para adultos é o paracetamol/fosfato 
de codeína na dose de 500mg/30mg a cada quatro ou seis horas. Compressas de água fria também auxiliam no 
alívio da dor, podendo ainda ser empregado corticosteróide tópico em loção ou creme, para reduzir a 
inflamação. É importante recomendar a fotoproteção de modo a evitar discromias residuais. 
Queimaduras de segundo e terceiro graus 
 Ao mesmo tempo em que se examina a vítima, colhe-se a história detalhada da queimadura, 
procurando identificar possíveis injúrias concomitantes, inalação de fumaça e tratamento prévio instituído. Se 
possível, uma breve história médica pregressa deve ser tomada, incluindo doenças, medicamentos, alergias e 
vacinações.21 Deve ser mantida a calma durante todo o atendimento ao queimado, sendo importante não se 
deixar impressionar pelo aspecto chocante da queimadura, que pode desviar a atenção do profissional, 
deixando passar despercebidas lesões muitas vezes mais graves, como traumas neurológicos, ortopédicos e 
viscerais. Se a história do acidente sugerir trauma com envolvimento da coluna vertebral, especial cuidado deve 
ser dispensado a sua avaliação e devida estabilização. Sempre que atingem face e pescoço são consideradas 
queimaduras graves, porque podem comprometer a permeabilidade das vias respiratórias. Nos casos de 
queimaduras elétricas deve sempre ser lembrado o risco de parada cardiorrespiratória, devido a arritmias 
cardíacas. Feita a avaliação da queimadura e das condições respiratórias e circulatórias, torna-se imperativa a 
distinção entre uma queimadura benigna e uma queimadura grave. 5 
Queimadura benigna​​ - ausência de insuficiência respiratória instalada - ausência de risco de insuficiência 
respiratória futura (queimaduras de face e pescoço) - queimadura de segundo ou terceiro grau inferior a 10% 
SC (crianças) e 15% SC (adultos) Embora no caso de queimadura benigna o paciente raramente corra risco de 
vida, há situações que indicam sua remoção para atendimento em nível hospitalar, por exigir cuidado 
especializado, como no caso de lesões de terceiro grau superiores a 1% da SC e de lesões de mãos, ou por 
oferecer maior risco devido às condições da vítima, como faixa etária crítica (idosos e crianças) e doenças 
associadas (diabete, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca e insuficiência renal, entre outras). Do contrário, 
o atendimento ambulatorial consiste em analgesia imediata, por via endovenosa, com meperidina na dose de 
100mg diluída em 20ml de água destilada,administrada por 30 minutos, ou cloridrato de tramadol, na dose de 
100mg. Posteriormente o controle da dor pode ser mantido por via oral, na dose de 50mg a cada quatro ou seis 
horas. Controlada a dor pode-se então proceder a excisão das bolhas grandes, deixando intactas as pequenas, 
e o debridamento dos tecidos desvitalizados, realizando uma limpeza profunda da ferida com clorexidina diluída 
ou iodopolivinilpirrolidona (PVPI) e enxaguando-se com água ou solução fisiológica.22,23 A PVPI deve ser 
deixada por cinco minutos para que ocorra a liberação do iodo, que tem propriedade antimicrobiana. Nesse 
caso deve ser evitado o enxágüe com solução fisiológica, que pode inativar parcialmente a PVPI. Em seguida 
faz-se o curativo, aplicando de preferência gaze vaselinada estéril, cobrindo com ataduras de gaze e 
enfaixando-se com bandagem de crepom sem compressão excessiva. A sulfadiazina de prata deve ser evitada 
a princípio, pois pode dificultar a avaliação da área queimada, que pode progredir nas primeiras 48 horas.19 
Não se deve esquecer de verificar o estado da proteção antitetânica. Se seguramente imunizado (no mínimo 
três doses), só há necessidade do reforço se a última dose foi há mais de cinco anos. No caso de imunização 
desconhecida ou incompleta, deve-se fazer reforço com toxóide tetânico e aplicar 250mg de gamaglobulina 
hiperimune para tétano.24 
Queimadura grave​​ - insuficiência respiratória instalada ou potencial (face e pescoço) - queimaduras de 
segundo ou terceiro grau superiores a 10% SC (crianças) e 15% SC (adultos) Nesses casos toda e qualquer 
medicação deverá ser administrada exclusivamente por via endovenosa, exceto o reforço de toxóide tetânico, 
se necessário, que será intramuscular. Deve-se, portanto, providenciar imediatamente um acesso venoso 
superficial com catéter de polietileno agulhado. O atendimento à vítima de queimadura grave obrigatoriamente 
deve ser prestado em ambiente hospitalar e compreende quatro estádios em ordem cronológica:5 1. controle da 
função respiratória (permeabilidade das vias aéreas); 2. reidratação parenteral e vigilância do estado 
hemodinâmico; 3. tratamento analgésico; 4. acondicionamento do queimado para o transporte à Unidade de 
Queimados. 
1. Controle da função respiratória→ ​​ Para a manutenção do controle da função respiratória deve-se instituir 
oxigenioterapia por catéter nasal, administrando-se oxigênio umidificado - de três a cinco litros por minuto. A 
intubação impõe-se em presença de insuficiência respiratória aguda, sendo altamente recomendável em casos 
de inalação de fumaça, queimaduras faciais extensas e em queimaduras circulares do pescoço, situações em 
que pode sobrevir edema tardio com obstrução das vias respiratórias, tornando a intubação difícil e às vezes até 
impossível mais tarde.5,21 
 2. Controle hemodinâmico → ​​ Nos queimados graves há perdas plasmáticas consideráveis, e a demora na 
reposição expõe a vítima a grande risco de desenvolver choque hipovolêmico. Portanto, há urgência na 
reidratação parenteral em queimaduras de segundo e terceiro graus superiores a 10% SC em crianças e a 15% 
SC em adultos, ou seja, maiores do que 10 e 15 palmas da mão da vítima, respectivamente.18 Para facilitar o 
cálculo da reposição hidroeletrolítica utiliza-se a fórmula de Parkland: Volume diário (ml) = 2 a 4 x peso (kg) x 
área queimada (% SC). Como exemplo, um paciente de 50kg com 20% da SC de área queimada deverá 
receber de 2000- 4000ml nas primeiras 24 horas, contadas a partir do momento da queimadura. Essa regra é 
válida para área queimada de até 50% SC, que é o volume máximo permitido. Utiliza-se de preferência o 
ringer-lactato isotônico, reservando-se o hipertônico para casos de choque hipovolêmico e em queimaduras 
superiores a 40% SC. Metade do volume calculado deve ser administrado nas primeiras oito horas, e o restante 
nas 16 horas subseqüentes. A partir daí o volume deve ser orientado pelas variáveis hemodinâmicas. Deve ser 
instalada uma sonda vesical com medição do fluxo urinário, que deve ser mantido num mínimo de 30-50ml/h 
para adultos e 0,5-1ml/kg/h para crianças, embora o ideal seja de 2ml/kg/h para ambos.5 Além disso devem ser 
monitoradas a freqüência cardíaca e a freqüência respiratória, e controlada a pressão arterial. 
3. Controle da dor → ​​ Devem ser empregados os agonistas morfínicos, como a meperidina na dose de 100mg 
para adultos ou 2mg/kg/dose para crianças, via endovenosa, diluída em 20ml de água destilada ou solução 
fisiológica, administrada por 30 minutos. Posteriormente, quando necessário, pode ser mantida, se possível por 
via oral, na dose de 50mg a cada quatro ou seis horas. Nos casos refratários podem ser associados 
benzodiazepínicos.25 
4. Acondicionamento para transporte → ​​ Caso se faça necessário transportar o paciente para uma Unidade 
de Queimados, deve ser instalada uma sonda gástrica e providenciada a proteção da ferida com campo estéril e 
proteção térmica do paciente com cobertores, de modo a evitar a hipotermia. Na Unidade de Queimados o 
cuidado intensivo tem por objetivo primordial limitar a progressão da repercussão sistêmica das queimaduras 
graves, prevenindo o desenvolvimento de falência orgânica, sobretudo respiratória, cardíaca, renal e cerebral. 
Além disso devem ser mantidos o suporte nutricional e o controle de infecção, principal causa de mortalidade, 
uma vez ultrapassado o período de ressuscitação.26 Com a melhora nos índices de sobrevida dos grandes 
queimados, crescentes progressos vêm sendo alcançados no campo da reconstrução das áreas destruídas, da 
reabilitação funcional e psicológica, e da reintegração social das vítimas de queimaduras.27-31 
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HIGHLIGHTS 
Trauma hepático: 
Não se conta o primeiro segmento 
Cada segmento hepatico 14% 
 
 
Trauma renal: 
Classificação (1 a 6) 
Assintomatico 
Nefrectomia quase sempre 
Tentar tto conservador ao maximo 
Trauma esplênico: 
1 em cada 5 traumas: baço 
Sinal de Kehr 
Sintomático quase sempre 
Contraste blush 
Classificação 
Conservadora 
Cuidado com sepse fulminante pós esplenectomia 
 
OIEP: 
Diferença entre homens e mulheres (mulher: peritonite temporária, DIPA, contaminação externa) 
Bexiga é subperitoneal 
Duodeno não é totalmente intraperitoneal: Primeira porção é peritoneal mas 3 e 4 porções são fixas, por ser fixa sofre 
muito trauma retroperitoneal, depois do â de Treitz volta a ser peritoneal 
 
AVC: 
Posição de trem (trendelenburg): Turgência dos vasos 
Subclávia: mulheres obesas pelo peso da mama é problema 
Subclávia não é preferida em obeso (palpacão) 
Obeso: Pescoço 
PICC line: Alternativa à punção central em tudo (menor risco, auxílio do USG sempre, enfermeiro faz usualmente, 
mais SEGURO)- Pode ficar 6 meses 
Cateter central dura 14 dias, 21 no maximo, pois infecta, tem que trocar o sítio!!! 
QT: Port line OU PICC line 
Desamaço 
Contraprovas: Refluxo (SF em nivel abaixo do paciente) + Fluxo laminar 
 
Queimaduras: 
Profundidade (espessura); Parcial: 1 e 2 graus;Total: 3 e 4 graus 
Extensão: Porcentagem - Regra dos 9; Criança: Varia 
Localização anatômica 
Particularidades: Rabdomiólise, arritmias (choque) 
Cobrir com lençóis limpos, quentes e secos 
Lesão por inalação: Rouquidão 
Mais de 20% da SC acometida: 2 AVP 
Etiologia: Térmica, Elétrica e Químicas (álcalis: penetram mais profundamento) 
- Química: Lavagem com água 
- Elétrica: Inspeção incompatível com a gravidade da lesão 
- Térmica: Frio/calor 
Maior etiologia no BRA: Escaldatura (líquido quente) 
Tratamento: ABCDE (vias aéreas: Rouquidão, estridor, edema de orofaringe, face e pescoço acometidos e vibrissas 
nasais queimadas) 
Fórmula de Parkland: 4 x Peso x SC (50% nas 1as 8 horas e 50% nas 16 horasseguintes 
Limpeza, desbridamenro, curativo, analgésicos, ATB) 
Fasciotomia: SC 
Escarotomia (até SC) x Fasciotomia (fasciotomia: lesão elétrica) 
Nutrição 
Complicações: Icterícia não é rara 
Terceira bulha (falência cardíaca): Infecção -> Sepse 
Cirurgia: Oxigenoterapia hiperbárica 
Debridamenfo 
Enxertos de pele parciais e totais 
Sulfadiazina de prata: Previne infecção 
Pele de tilápia 
COMENTÁRIOS: 
Regra dos 9 
Fórmula de Parkland 
Sinais de inalação pra intubar 
Ferida do choque não existe correlação do tamanho da ferida com a gravidade 
 
Traumatismo de pescoço: 
Crico: Mais rápida 
Lembrar do dorso!!! 
Colar cervical: Tirar se não houver suspeita de TRM 
Incisões Laparotômicas: 
Principal complicação das incisões: Deiscência 
Evisceração(primeiros dias pós op) e depois hérnia incisional ou eventração (tempo depois) 
Planejamento da incisão de acordo com o que planejamos encontrar: tempo de e evolução da doença 
Ex: Apendicite vencida ou com colectomia: Incisão mediana

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