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Fármacos Antidepressivos O que é DEPRESSÃO? Distúrbio afetivo mais comum atualmente; Sintomas variam de leves a extremamente incapacitantes; Causa incapacidade e morte prematura por diversas causas; É imprescindível o acompanhamento médico tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento adequado; Causas Alterações químicas no cérebro do indivíduo deprimido, principalmente com relação aos neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e dopamina), substâncias que transmitem impulsos nervosos entre as células; Outros processos que ocorrem dentro das células nervosas também estão envolvidos; Noradrenalina: Neurotransmissor responsável pelo bem- estar físico. A falta da noradrenalina causa fadiga, falta de energia, falta de interesse. Serotonina: A falta desse neurotransmissor é o principal responsável pelo processo depressivo. Os sintomas psíquicos da depressão são atribuídos à queda da serotonina. Sintomas Sintomas Emocionais Infelicidade, apatia, pessimismo Autoestima baixa, sentimentos de culpa Indecisão, perda de motivação Sintomas Biológicos Retardo do pensamento e ação Perda de libido Distúrbios do sono Perda de apetite CRITÉRIOS DE DIAGNÓSTICO SIMPLIFICADO Na depressão maior pelo menos 5 sintomas devem estar presentes por 2 ou mais semanas ou ao menos os dois itens “a” e “b”. Depressão na maior parte do dia Diminuição do interesse ou prazer em todos ou quase todas as atividades diárias Ganho ou perda de peso; aumento ou diminuição do apetite Insônia ou excesso de sono Agitação ou lentidão psicomotora Fadiga ou perda de energia Sentimento de desvalia ou excessiva e inapropriada culpa Concentração mental diminuída Pensamentos recorrentes de morte, ideias suicidas. Classificação Classifica-se em: Depressão Primária: não existem alterações patológicas comprovadas; Depressão Secundária: é possível manifestar outras enfermidades, podendo ser acompanhadas por alterações físicas ou relacionadas com outros transtornos psiquiátricos; Tratamento O tratamento da depressão é essencialmente medicamentoso; A psicoterapia deve ser associada ao tratamento, como coadjuvante, mas não previne novos episódios, nem cura a depressão; Antidepressivos Substância considerada eficaz na remissão de sintomas característicos da síndrome depressiva; Atuam diretamente no cérebro, modificando e corrigindo a transmissão neuro-química em áreas do sistema nervoso que regulam o estado do humor; Os medicamentos devem ser prescritos de 4 à 5 meses com doses completas após a melhora ou remissão total dos sintomas, sempre acompanhado de psicoterapia; Fármacos antidepressivos Inibidores da captura de monoaminas Inibidores não-seletivos: Antidepressivos tricíclicos: eficazes no tratamento da depressão profunda Inibidores seletivos da recaptação da Serotonina (ISCS): eficazes na depressão moderada; Inibidores seletivos da recaptação da Noradrenalina: seu uso está se tornando obsoleto. Fármacos antidepressivos Inibidores da Monoaminooxidase Inibidores irreversíveis não competitivos: Fenelzina (MAO-A e MAO-B) Inibidores Seletivos para MAO-A, reversíveis: Maolobemida Antidepressivos tricíclicos São amplamente utilizados Apresentam diversos efeitos adversos Mecanismo de ação: Bloquear a recaptura das aminas pelas terminações nervosas. Sintomas emocionais: Facilitação da transmissão serotoninérgica Sintomas físicos: Facilitação da transmissão noradrenérgica Atuam nos receptores colinérgicos e histaminérgicos efeitos colaterais Mecanismo de Ação Os tricíclicos impedem a recaptação de alguns neurotransmissores, principalmente a Norepinefrina, a Dopamina e a Serotonina, fazendo com que esses permaneçam por mais tempo na fenda sináptica. Quando esses neurotransmissores ficam por mais tempo na fenda, seus efeitos são potencializados e antagonizam os sintomas da depressão. Antidepressivos tricíclicos Efeitos colaterais Primeiros dias de tratamento: confusão, sedação, falta de coordenação motora Efeitos com dosagens clínicas normais: Boca seca, visão turva, constipação, retenção urinária (amitriptilina) Hipotensão postural, falta de concentração , arritmias ventriculares, aumento do risco de morte súbita por causa cardíaca ANTIDEPRESSIVOS TRICÍCLICOS Interação com outros fármacos Potencializam os efeitos do álcool Potencializam os efeitos de anestésicos Interferência nas ações dos anti-hipertensivos Usados em tentativas de suicídio Excitação e delírio Convulsão Coma Depressão respiratória Arritmias cardíacas Fibrilação ventricular (morte súbita) Toxicidade Aguda Triciclicos Inibidores seletivos da recaptação de serotonina Representantes: Fluoxetina Paroxetina Citalopram Sertralina Grupo de antidepressivos mais prescritos! São mais seguros que os tricíclicos e causam menos efeitos anticolinérgicos Tão eficazes quanto os tricíclicos para tratar quadros de depressão moderada, mas são menos eficazes em quadros graves Inibidores seletivos da recaptação de serotonina EFEITOS ADVERSOS: Náuseas, vômitos, insônia, perda de libido e a capacidade de ter orgasmos Síndrome serotoninérgica: tremor, hipertermia, colapso cardiovascular ( mais comum quando associados aos inibidores da MAO) Inadequado para menores de 18 anos (excitação, insônia, agressividade, aumento da probabilidade de suicídios) Além de antidepressivo: Distúrbios de ansiedade Crises de pânico Distúrbios obsessivos compulsivos Inibidores Seletivos do Transportador da Serotonina INIBIDORES DA mao Principais representantes: Fenelzina Iproniazida Efeitos adversos: Hipotensão Tremores Excitação Insonia Convulsão Aumento de apetite Ganho de peso Fenelzina e iproniazida (hepatotoxicidade grave) MAO-A: preferencia pela serotonina MAO-B: preferencia por feniletilamina A MAO tem função de degradar Monoaminas como a Dopamina, a Norepinefrina e Serotonina. Inibindo essa enzima é possível fazer com que os neurônios armazenem mais neurotransmissores dessa natureza e quando forem liberados na fenda sináptica terão seus efeitos potencializados. Eles agem antagonizando os sintomas da depressão. Estabilizadores do humor Profilaxia da doença maníaco-depressiva; Janela terapêutica estreita Pode atuar como o sódio em células excitaveis Náuseas, vomitos, diarréia Tremores Ganho de peso, aumento do tamanho da tireoide Confusao mental, comprometimento motor Coma Convulsao Morte LÍTIO REFERÊNCIAS Turner EH, Matthews AM, Linardatos E, Tell RA, Rosenthal R. (January 2008). "Selective publication of antidepressant trials and its influence on apparent efficacy". N. Engl. J. Med. 358 (3): 252–60. DOI:10.1056/NEJMsa065779. PMID 18199864. (2004) "Active placebos versus antidepressants for depression". Cochrane database of systematic reviews (Online) (1): CD003012. DOI:10.1002/14651858.CD003012.pub2. PMID 14974002. (1995) "Buprenorphine treatment of refractory depression". Journal of Clinical Psychopharmacology 15 (1): 49–57. PMID 7714228. OBRIGADO!
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