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Apostila Corrente Russa

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1 
 
Corrente Russa 
 
A corrente russa foi desenvolvida na Rússia na década de 70 pelo fisiologista Yadov Kots no 
preparo de atletas para as Olimpíadas de Montreal. Hoje é muito utilizada para os tratamentos de 
estética como flacidez muscular e modelagem corporal. 
É uma corrente de média freqüência (2.500 Hz), alternada simétrica, despolarizada e 
modulada por bursts (rajadas) a cada 10ms para fornecer 50 bursts por segundo. É usada para 
otimizar a contração muscular voluntária máxima, que reconhecidamente leva a bons resultados de 
fortalecimento muscular. 
Correntes alternadas e com freqüência entre 2000Hz e 4000Hz são utilizadas por serem 
relativamente agradáveis, dificilmente ferirem a pele e causarem uma tensão máxima no músculo 
quando usadas com intensidades suficientes.Este tipo de corrente também permite valores de 
corrente (amperagem) mais altos, geralmente acima de 100mA. 
O sucesso nos programas de estimulação depende amplamente da correta programação dos 
parâmetros da estimulação, onde o profissional deve dominar todos os parâmetros e saber quando e 
como adaptá-los a um tratamento do cliente. 
 
Eletroestimulação e contração muscular 
 
A estimulação elétrica é um meio de recrutar de forma potencialmente preferencial as 
unidades motoras mais rápidas, mais do que se poderia usualmente ativar por meio de uma contração 
voluntária. Alguns autores orientam o uso de algum tipo de resistência, como a gravidade ou 
resistência externa, oferecida pela adição de pesos. A estimulação elétrica pode ser utilizada para 
várias finalidades terapêuticas como: fortalecimento muscular em músculos normais ou 
enfraquecidos, facilitação do controle muscular, manutenção da amplitude de movimento articular, 
entre outros. 
Estes benefícios têm levado várias pessoas a buscarem a eletroestimulação com a corrente 
russa para tonificação de músculos, já que não conseguem obter esse efeito através de atividades 
físicas nas academias. 
Em pessoas saudáveis, o aumento de força muscular através de estimulação elétrica é maior 
do que com exercício ativo. 
Na prática clinica verificamos que pessoas que tem se submetido ao trabalho de 
eletroestimulação neuromuscular obtêm excelente resposta quanto ao aumento da tonificação e da 
força muscular. 
 
 
Indicações na área da estética 
 
 Reeducação da ação muscular: o repouso prolongado ou o uso incorreto de uma musculatura 
pode afetar sua funcionalidade 
 Aumento da irrigação sanguínea: a vasodilatação muscular e os reflexos de estimulação 
sensorial promovidos, propiciam uma melhora na irrigação sanguínea local. 
 Aumento do retorno venoso e linfático: ao promover sucessivas contrações e relaxamentos 
musculares e agir sobre os movimentos articulares, favorece o retorno venoso e linfático. 
Esta ação é mais efetiva se a estimulação for realizada com o segmento corpóreo a ser tratado 
na posição de drenagem linfática. 
 Flacidez muscular: a estimulação russa vem ampliando seu espaço nos tratamentos estéticos 
com o objetivo de minimizar a flacidez. O fortalecimento muscular visa o aumento do tônus, 
a melhoria do desempenho muscular e diminuição da flacidez. 
 Ativação de fibras do grupo II que não respondem adequadamente aos estímulos voluntários. 
 
 2 
Contra-indicações da média freqüência 
 
 Encurtamento funcional do músculo 
 Insuficiência ou disritmia cardíaca 
 Portadores de marcapasso: pode haver 
interferências 
 Hipertensão ou hipotensão 
 Afecções em articulações 
 Áreas de infecção ativa 
 Sensibilidade alterada 
 Traumas musculares 
 Fraturas ósseas recentes 
 Próteses metálicas 
 Câncer 
 Gravidez 
 Epilepsia 
 Nervo frênico: controle do diafragma 
 Seio carotídeo: pode exacerbar 
reflexos vago-vagais 
 Pele desvitelizada 
 Insuficiência renal 
 
Cuidados 
 
 Em pacientes que nunca utilizaram a eletroestimulação, a intensidade deve ser elevada 
gradativamente, pois a experiência sensorial nova pode assustá-los. 
 A obesidade pode isolar o nervo ou ponto motor, exigindo altos níveis de intensidade para a 
eletroestimulação conseguir o efeito desejado, além de riscos de diminuição da eficácia do 
tratamento. 
 Pacientes diabéticos ou que apresentem neuropatias periféricas, a eletroestimulação pode não 
ser capaz de provocar a resposta muscular desejada. 
 Não realizar tratamentos crioterápicos antes da eletroestimulação. O resfriamento pode afetar 
a condução nervosa através do nervo periférico, tanto sensitivo quanto motor, bem como a 
transmissão dos impulsos nervosos através da junção mioneural. 
 
Orientações e precauções para aplicação da corrente russa 
 
 Não contrair um músculo em excesso e de forma súbita para evitar uma lesão muscular 
 Acoplar corretamente as placas com gel condutor. A pele deve ser previamente limpa na área 
onde serão colocados os eletrodos. 
 Verificar se as placas estão bem posicionadas e fixadas 
 A colocação das placas deverá ser realizada com o equipamento ligado, mas com as 
intensidades zeradas. Jamais manuseie as placas ou faixas condutoras durante a terapia se 
elas não estiverem com sua intensidade zerada. 
 A escolha indevida do tempo total da terapia pode causar fadiga muscular. Portanto devem-se 
adequar os valores de tempo, de acordo com as características físicas do paciente. 
 Exigir o máximo de contração muscular dentro do limite tolerável pelo paciente. Algumas 
pessoas se assustam facilmente com a possibilidade de receber um estímulo elétrico, mesmo 
que controlado, e solicitam que a intensidade fique sempre em limites muito baixos de 
contração muscular, o que não contribui para o tratamento. 
 Espasmos severos nos músculos da laringe e faringe podem vir a ocorrer se os eletrodos 
forem colocados muito próximos do pescoço. Estas contrações podem gerar dificuldades para 
a respiração 
 A duração do tratamento é de aproximadamente 20 sessões, podendo ser estendido sem 
nenhum problema, pois o mesmo não apresenta efeitos sistêmicos. 
 Normalmente as sessões para cada músculo ou grupo muscular são intervaladas. 
 Não ligue ou desligue totalmente o equipamento com os eletrodos conectados ao paciente 
 Use somente os eletrodos e cabos originais do equipamento. Eles foram testados e aprovados 
para uso. 
 
 3 
Preparação do cliente 
 
Posicionar a (o) cliente no divã, de acordo com a região que vai ser trabalhada. 
Posicione os eletrodos na (o) cliente, utilizando gel sem qualquer princípio ativo, e depois de 
ajustados os parâmetros libere a intensidade nos canais. 
 
 
Técnicas de aplicação da corrente russa 
 
 Existem duas formas para realizar a eletroestimulação: a técnica bipolar e a técnica ponto 
motor, também conhecida como mioenergética. 
 
Técnica Ponto Motor 
 
 O ponto motor é o local onde o nervo penetra no epimísio e ramifica-se dentro do tecido 
conjuntivo, onde cada fibra nervosa pode inervar uma única fibra muscular ou até mais de 150 fibras 
musculares. 
 No local da inervação o nervo perde sua bainha de mielina e forma uma dilatação que se 
insere numa depressão da fibra muscular. Denominamos então, ponto motor ou junção mioneural. O 
local do ponto motor é sempre mais sensível, logo, a estimulação através deles são melhores que em 
outras áreas por possibilitar o recrutamento de um numero maior de fibras musculares. 
 
Localizando o Ponto Motor 
 
1. Envolver a ponta dos eletrodos (se for caneta) em algodão umedecido em água. 
2. Manter um dos eletrodos em uma região próxima da localização. 
3. Com o outro eletrodo, localizar os pontos motores até visualizar a melhor contração. A 
localização correta do ponto motor acontece quando o individuo referir menorsensibilidade e 
a contração for bem visível. 
4. Lembre que um músculo atrofiado apresenta desvio do ponto motor, bem como o excesso de 
camada adiposa pode maquiar o mesmo. 
5. Após a localização, marque os pontos localizados com lápis dermográfico. 
6. Colocar os eletrodos de silicone sobre os pontos marcados, utilizando um gel condutor. 
Prender com as faixas elásticas. 
Como a corrente russa é bifásica, ela permite a colocação de um eletrodo sobre um ponto motor e 
outro sobre outro ponto motor, desde que não seja o antagonista. 
 
Técnica Bipolar 
 
 A técnica bipolar consiste na colocação dos eletrodos nos dois extremos de um músculo, um 
na origem e outro no ventre muscular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
Mapa de Pontos Motores 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 6 
 
 
 
 7 
 
 
Posicionamento dos eletrodos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
 
 
\ 
 
 9 
Parâmetros de modulação 
 
Freqüência Portadora – 2500Hz (4000Hz) – é a corrente de média freqüência que vai gerar a 
corrente de baixa freqüência para estimulação muscular. 
Obs: A corrente com freqüência portadora de 4000Hz é capaz de modificar a composição da fibra 
muscular, ou seja, fibras fásicas podem ser transformadas em fibras tônicas (20Hz) e fibras tônicas 
podem ser transformadas em fásicas (100Hz). 
 
 
 
Freqüência de modulação - Freqüência de bursts (rajadas) por segundo. É a corrente de baixa 
freqüência que será utilizada para a estimulação neuromuscular dos tipos de fibras diferentes. 
Normalmente a modulação da freqüência varia de 0 a 150 Hz. 
 
 
 
Tempo de contração e de repouso (T.ON e T.OFF) - Podemos modular o tempo em que a corrente 
passa para os tecidos, assim como o tempo em que ela cessa sua passagem. ON Time ou Tempo ON 
é o tempo em que um trem de pulsos ou uma série de bursts é fornecido em uma aplicação 
terapêutica, ou seja, quando há a contração muscular. OFF Time ou Tempo OFF é o tempo entre 
trens de pulsos ou uma série de bursts, ou seja, é quando cessa a contração muscular. 
 
Rampa de subida (Rise) e descida (Decay) – Uma outra modulação encontrada mais 
freqüentemente na estimulação elétrica clínica é a modulação de rampa. A rampa determina um 
aumento ou diminuição gradativa da duração de pulso, da amplitude de pulso, ou ambos, dentro de 
um determinado período de tempo, variando normalmente de 1 a 5 segundos, permitindo assim um 
aumento ou diminuição gradual da contração muscular. O aumento progressivo da carga do pulso é 
chamado de rampa de subida ou Rise, e a diminuição gradual da carga até o fim do tempo ON é 
chamada de rampa de descida ou Decay. 
 
 
 
 
Intensidade: Alguns equipamentos apresentam escalas de intensidade que variam de 0 a 200 mA. 
Orienta-se trabalhar a eletroestimulação com a máxima intensidade de corrente tolerada. Entretanto 
devemos primar pela intensidade contrátil gerada pelo músculo e não pela intensidade da corrente 
produzida pelo aparelho. 
 10 
 
Modos de emissão de corrente 
 
Modo de estimulação contínuo – neste modo todos os canais fornecem estimulação ininterrupta 
(sem OFF Time) para todo o período de tratamento. Geralmente é utilizado para protocolos visando 
analgesia. 
Modo sincrônico (sincronizado) – a saída de corrente pode ser ligada e desligada em todos os 
canais ao mesmo tempo. A corrente é emitida pelos canais, durante um período, de acordo com o 
ajuste do tempo ON, e conseqüentemente cessa, em todos os canais, por um período de acordo com 
o ajuste do tempo OFF. É empregado normalmente para estimulação de músculos ou grupamentos 
musculares isolados. 
Modo alternado ou recíproco – atua alternando a saída de corrente entre os primeiros canais e os 
últimos canais (ex: 1-2-3-4-5 com 6-7-8-9-10), ou seja, ora os canais do primeiro grupo atuam, ora 
os canais do segundo grupo atuam. Utilizada em músculos bilaterais para contração alternada ou em 
músculos antagonistas. Neste modo, o OFF time pode ser modulado em 1s, pois enquanto ocorre a 
contração de um membro, o contralateral já está em repouso. 
Modo de estimulação seqüencial – a corrente é emitida num canal, em seguida no canal vizinho 
(após cessar a saída de corrente no canal anterior), a seguir no próximo canal, e assim 
sucessivamente. Indicado para drenagem de líquidos. 
 
 
Resumo dos Parâmetros de Modulação 
 
Tempo de contração e de repouso – ON-OFF: 
 
T. ON T. OFF 
10” 30” 
15” 60” 
6” 6” 
3” 9” 
2” 4” 
9” 9” 
Obs: T. ON deve ser menor ou igual ao T. OFF 
 
Rampa de subida e descida: 
 Rise: 2 à 3” 
 Decay: 2” 
 
Intensidade: O máximo suportado pelo cliente e que provoque uma contração forte e visível 
 
Freqüência: 
 Fibras Vermelhas (tipo I): 20 à 30 Hz 
 Fibras Brancas (tipo II): 50 à 150 Hz 
Obs: Quanto maior a freqüência, maior a acomodação

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