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Puerpério

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05/06/18
Puerpério
Classificação do puerpério
Puerpério imediato – 1° ao 10° dia após o parto
Puerpério tardio – 11° ao 45° dia após o parto
Puerpério remoto – Além dos 45° dia
Ajustes físicos e fisiológicos do puerpério
- Perdas sanguíneas (loquiação), que em condições normais gradativamente vão diminuindo, à medida que a contratilidade e a involução uterina se estabelecem.
- Cicatrização dos tecidos que participam do canal do parto.
- No sistema musculoesquelético a alteração mais comumente observada e importante é a anteversão pélvica, acompanhada ou não de uma hiperlordose lombar, com tendência a horizontalização do osso sacro. Essas alterações determinarão uma mudança do ângulo de inserção dos músculos abdominais e pélvicos,3 resultando em uma distensão muscular excessiva e prejuízo do vetor de força e da contração desses músculos. As mudanças biomecânicas nos músculos abdominais facilitam o aparecimento da diástase dos músculos reto abdominais (DMRA), que pode ser definida como o afastamento entre esses dois músculos.
- O assoalho pélvico (AP) pode permanecer hipotônico e distendido pela ação hormonal, sobrecarga do bebê e possíveis traumas durante o trabalho de parto, podendo ocasionar incontinência urinária (IU) durante a gravidez ou no puerpério.
- A biomecânica diafragmática também pode se alterar devido ao crescimento uterino e à ação da progesterona, refletindo em um padrão respiratório torácico, que pode se manter no puerpério imediato.
- Dor, que nesse período é caracterizada como aguda, causando limitações nas trocas posturais e na deambulação.
- Alteração das AVD’s, AIVD’s
- A constipação e gases intestinais, o que pode ser constatado pelo som timpânico apresentado durante a percussão abdominal. 
- Dores musculares, que podem estar relacionadas com a ansiedade, pois quanto maior a ansiedade, maior o nível de dor relatado pela parturiente
- Cólica, considerando que a maioria das puérperas apresentou involução uterina dentro da normalidade, ou seja, em regiões próximas à cicatriz umbilical. Isso ocorre pois o estímulo da amamentação, provocado pela sucção do bebê, promove liberação de ocitocina, que parece acentuar essa dor por promover contrações uterinas.
- Edema de membros inferiores.
- No puerpério, ao contrário de todo o processo involutivo, as mamas são as únicas estruturas que têm seu apogeu. Inicialmente, é liberado o colostro, rico em fatores 
imunizantes e, durante as 72 horas subseqüentes, ocorre a apojadura. Quando não há um bom posicionamento do bebê para a amamentação, podem surgir fissuras mamilares (lesões que se instalam na base dos mamilos) e isso pode acarretar dor intensa e impedir o aleitamento.
Orientações fisioterapêuticas para o cuidado com o recém nascido
- A melhor posição para o bebê é de barriga para cima
- Reflexo de busca e sucção
- Cuidados com as articulações na hora de vestir o bebê
- Cuidados com a cabeça (as suturas entre os ossos do crânio não estão completamente fechadas) e o pescoço (o bebê possui pouco ou nenhum controle de cervical)
- O bebê deve ser amamentado nunca em posição totalmente horizontal, e seu berço deve ter uma inclinação de 30° para evitar o refluxo. 
Parâmetros para a avaliação da AFU
Preconiza como limite inferior a identificação da parte superior da sínfise púbica e, quanto ao fundo uterino recomenda-se efetuar a percussão, a técnica consiste em fixar a fita métrica no meio da borda superior da sínfise púbica, deslizá-la sobre a superfície mediana da parede abdominal, com a borda cubital da mão, até o encontro do fundo uterino.
Na involução uterina, a altura diminui 1cm (1 dedo) por dia no parto normal e 0,5cm nas cesarianas.
1-2 horas a altura do fundo uterino deve estar na linha média entre a cicatriz umbilical e a sínfise pubiana.
12 horas – deve estar na altura da cicatriz umbilical ou 1 cm acima.
3 dias – aproximadamente 3 cm abaixo da cicatriz umbilical.
10 dias – fundo de útero não palpável acima da sínfise pubiana.
Procedimento:
Lavar as mãos;
Pedir para puépera urinar para que não haja elevação ou desvio da linha média;
Colocar a paciente em decúbito dorsal;
Proteger a paciente com o lençol;
Determinar a relação do fundo uterino com a cicatriz umbilical, uma mão é colocada suavemente no segmento inferior do útero para dar apoio, e os dedos da outra mão são colocados na parte superior (fundo) do útero;
Registrar na evolução a altura por meio dos dedos ou de uma fita métrica, anotando dois dedos ou dois centímetros abaixo da cicatriz umbilical.
Timpanismo – Presença de ar na cavidade abdominal
Inserção do Músculo reto-abdominal
Origem: Da 5ª a 7ª cartilagens costais, processos xifóide e ligamento costoxifoide
Inserção: Púbis e sínfise púbica
Inervação: Sete últimos nervos intercostais
Ação: Flexão do tronco, comprime o abdome e auxilia a expiração forçada
Equimose – Corresponde a um extravasamento de sangue para dentro dos tecidos, em cujas malhas ficam aprisionadas às hemácias, formando uma mancha de coloração inicialmente violácea.
Episiotomia – É a lesão decorrente da ampliação cirúrgica do orifício vaginal, por uma incisão no períneo, durante a última fase do segundo estágio do trabalho te parto ou nascimento, que tem como objetivo prevenir e minimizar lesões dos tecidos do canal do parto, favorecendo a descida e a liberação do feto, evitando assim o sofrimento fetal, e complicações na cicatrização.
Episiorrafia – Consiste na sutura da incisão ou laceração do períneo realizado no momento do parto normal.
Seminário dia 08/06/2017
Benefícios do parto normal 
Entende-se que são inúmeros os benefícios do parto normal tanto para a mãe quanto para o bebê, e vão desde uma melhor e rápida recuperação da mulher e menor risco de aquisição de infecção hospitalar, até uma incidência menor de desconforto respiratório para o bebê. Sendo assim, o parto normal proporciona a mãe uma recuperação pós-parto praticamente imediata, podendo a mesma voltar aos seus afazeres bem mais precocemente, sem a influência da anestesia e sem as dores da incisão cirúrgica, feita na cesariana.
Possíveis consequências do parto normal
 Muitas mulheres ainda sentem medo de parirem por via vaginal, principalmente por temerem as consequências que podem advir desta via de parto, como o desencadeamento de incontinência urinária e fecal, distopias genitais e até lacerações perineais importantes.
colo cervical impérvio, líquido amniótico meconial, duas ou mais cesarianas anteriores, o estresse fetal apareceu como a principal indicação, seguido pela parada de progressão, macrossomia e apresentação pélvica
Indicações do parto cesáreo
A cesárea é um procedimento cirúrgico originalmente desenvolvido para salvar a vida da mãe e/ou da criança, quando ocorrem complicações durante a gravidez ou o parto. É, portanto, um recurso utilizável quando surge algum tipo de risco para a mãe, o bebê ou ambos, durante a evolução da gravidez e/ou do parto.
Algumas décadas atrás, o parto cesáreo era realizado somente em ocasiões excepcionais, ou seja, em situações de risco de vida para a mãe e para o feto, e a quase totalidade das mulheres resistiam a sua realização. Ultimamente, a elevação da incidência de cesarianas é um fenômeno mundial, sendo o Brasil reconhecido como um dos países com maiores índices e tido como um dos exemplos mais claros de realização deste procedimento mesmo sem indicações.
Possíveis consequências do parto cesáreo
Realizar cesariana eletiva pode resultar em prematuridade iatrogênica, prolongar a internação hospitalar e prejudicar a amamentação. A cesariana implica riscos cirúrgicos e anestésicos e pode ter conseqüênciastardias nas gestações subseqüentes, como doenças de grande potencial hemorrágico (inserção baixa de placenta e acretismo placentário) cujas complicações, muitas vezes, ocasionam o óbito da mulher. Com vistas a diminuir esses problemas, esforços têm sido empreendidos para evitar cesarianas primárias ou de repetição. 
REFERÊNCIAS
PARTO NORMAL OU CESARIANA? FATORES QUE INFLUENCIAM NA ESCOLHA DA GESTANTE- UFSM 2014 – Revista de enfermagem
Caracterização das cesarianas em centro de parto normal- Revista saúde pública 2011

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