Buscar

PRATICA V ESTÁCIO WEB AULA

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO 
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA 
 
 
 
Tício, brasileiro, casado, engenheiro, portador do documento de identidade Registro 
Geral- RG. nº…, inscrito no Cadastro de Pessoas Físicas-CPF/MF sob o nº… , residente 
e domiciliado na Rua… , nº… Bairro… Cidade/Estado, por sua advogada inscrita na 
OAB nº… sob nº. que esta subscreve (instrumento de mandato incluso), com endereço 
na Rua…, nº… Bairro… Cidade /Estado, CEP:… , local indicado para receber 
intimações (art.39, do CPC), vem respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, 
com fundamento no art.5º, LXXII, da Constituição Federal de 1988 e Lei 9.507/1997, e 
art.282 e ss. do Código de Processo Civil, impetrar 
 
“HABEAS DATA” 
 
Em face do ato praticado pelo MINISTRO DE ESTADO DE DEFESA, pelos motivos 
de fato e de direito a seguir aduzidos: 
 
I- DO FORO COMPETENTE 
O art.105, I, “b”, da Constituição Federal, bem como o art.20, I, “b”, da Lei 9507/97, 
estabelece que: “Compete ao Superior Tribunal de Justiça,processar e julgar, 
originariamente, os mandados de segurança e os habeas data contra ato de Ministro de 
Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica ou do próprio 
Tribunal”. 
Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e julgamento da 
presente ação direta de inconstitucionalidade é originária do Superior Tribunal de 
Justiça. 
 
II- DO INTERESSE DE AGIR 
Nos termos do art.8º, parágrafo, único da Lei 9507/1997, comprovado o interesse de 
agir di Impetrante, legitimador do presente Habeas Data, pois junta-se cópia do anterior 
indeferimento do pedido à ficha de informações pessoais, no período em que, Tício, foi 
monitorado pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do Estado. 
Como se verifica dos documentos juntados, a atiutde da Autoridade Coatora viola 
flagrantemente, o direito do Impetrante em ter acesso, às suas informações pessoais e, 
portanto, de seu pessoal interesse, que estão nos arquivos públicos do período em que 
foi monitorado e preso para averiguações. 
 
III- DOS FATOS 
O Impetrante na década de setenta, participou de movimentos políticos que faziam 
oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi vigiado pelos 
agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações. Seus movimentos 
foram monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de Segurança do 
Estado, organizados por agentes federais. Após longos anos, no ano de 2010, Tício 
requereu acesso à sua ficha de informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em 
todas as instâncias administrativas. Esse foi o último ato praticado pelo Ministro de 
Estado da Defesa, que lastreou seu ato decisório, na necessidade de preservação do 
sigilo das atividades do Estado, uma vez que os arquivos públicos do período desejado 
estão indisponíveis para todos os cidadãos. 
 
IV- DO DIREITO 
Ocorre que o art. 5º, LXXII, da CF/1988 assim dispõe: conceder-se-á “habeas-data”: a) 
para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público; b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo 
sigiloso, judicial ou administrativo. No mesmo sentido é a redação do art.7º, da Lei 
9507/1997. De outra banda o art.5º, XIV da CF/1988 diz que é assegurado a todos o 
acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício 
profissional. 
Ademais, o Art.37, caput da CF/1988, assenta que administração pública direta e 
indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência. 
Dessa forma, resta claro, que houve desrespeito aos dispositivos constitucionais ora 
elencados, pois ainda que haja ressalva do sigilo imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado, não se pode confundir a preservação das atividades do Estado, 
com o direito, também, constitucional de ter-se acesso, somente, às suas informações 
pessoais, de interesse claramente particular. O sigilo estaria preservado e o respeito à 
Lei também, pois o acesso pretendidoo é somente dos dados pessoais do Impetrante, 
não houve e não há pedido para acesso de dados de terceiras pessoas constante dos 
arquivos públicos do período desejado. 
Resta patente que o ato denegatório no fornecimento de informações do Impetrante, 
inclusive com o esgotamento da via administrativa, se mostra ilegal e abusivo, já que é 
contrário aos dispositivos Constitucionais que garantem o direito de acesso à 
informação de dados do Impetrante. 
 
V- DO PEDIDO 
Face ao exposto, requer o Impetrante que Vossa Excelência se digne: 
i) notificar o coator sobre os fatos narrados a fim de prestar as informações que entender 
necessárias (art.9º, da Lei 9507/1997); 
ii) determinar a oitiva do representante do Ministério Público no prazo de cinco dias 
(art.12 da Lei 9507/1997); 
iii) julgar procedente o pedido, determinando ao Impetrado o fornecimento das 
informações pleiteadas (art.13 da Lei 9507/1997) 
Considerando que o art.5º, LXXVII da CF/1988, afirma que são gratuitas as ações de 
habeas data, e, na forma do Art. 1º, I da Lei 9265/1996 são gratuitos os atos necessários 
ao exercício da cidadania, o Impetrante deixa de atribuir valor a respectiva ação. 
 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Local e Data 
 
Advogado/OAB/… nº….

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Continue navegando