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ARGAMASSA AUTONIVELANTE PARA CONTRAPISO

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1 
ARGAMASSA AUTONIVELANTE PARA CONTRAPISO 
 
Diogo Martins Santos - 31313559; Raquel Souza Silva - 313112934 
diogozenfone2@gmail.com - raquelengmec@gmail.com 
 
 
 
Resumo  O artigo teve como objetivo analisar as características e alguns traços da argamassa 
autonivelante, avaliando se os resultados são satisfatórios para que ela seja utilizada em substituição ao 
processo tradicionalmente realizado no Brasil. Sua principal meta é preencher espaços vazios e se auto-
adensar apenas sob o efeito da gravidade e de sua própria capacidade de fluxo, sem segregação e com 
nivelamento. É um material estrutural inovador. No decorrer do trabalho será realizado um comparativo entre 
a argamassa autonivelante que foi desenvolvida com uso de aditivos para ser bombeado e servir de base para 
execução de pisos e o processo tradicional de argamassa tipo “farofa” e suas características descritas e 
algumas informações sobre custos e aplicações. 
 
Palavras-chaves  Argamassa, contrapiso, autonivelante, autoadensável. 
 
1. INTRODUÇÃO 
O desenvolvimento de novos materiais acompanha a humanidade há milhares de anos. Esse desenvolvimento 
busca sempre melhorar as condições de vida e o trabalho do homem. Especialmente no ramo da construção 
civil, muitas evoluções significativas foram ganhando espaço e sendo incorporados aos costumes. Teve se um 
grande aquecimento na construção civil, mas como descrito na Revista Exame em 2017, a situação não foi 
nada boa para o segmento no Brasil, já que foi o setor que apresentou maior queda de rendimento. Segundo 
dados do Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada (Sinicon) em parceria com a LCA 
Consultores, o PIB do setor caiu 6,6% no primeiro semestre do ano passado, em relação ao mesmo período de 
2016 (DINO, 2018). O cenário de crise no país fez com que o segmento se visse obrigado a reduzir custos e 
melhorar a sua rentabilidade. São nesses momentos que o setor procura, mais do que nunca, soluções técnicas 
que acelerem o processo de construção e utilizem menos mão de obra, insumo cada vez mais escasso. 
 
O contrapiso autonivelante (CPA) chegou ao Brasil como uma técnica alternativa para execução de 
contrapisos ou enchimentos. Já difundido em outros países, no Brasil ainda é usado de forma tímida. Trata-se 
de uma argamassa autoadensável, muito fluida, desenvolvida e dosada especialmente para servir como 
contrapiso. 
 
2 
2. DESCRIÇÃO DO MATERIAL 
Para se ter um melhor entendimento dos materiais e depois obter comparativos e resultados é necessario 
entender alguns conceitos como o que é Contrapiso, Argamassas e Argamassas autoadensáveis. 
 
Na literatura existe, diversos conceitos do que é Contrapiso, mas segundo De Souza (2013) a descrição que 
uni esses vários conceitos é que o contrapiso é uma única camada do subsistema piso, colocada logo acima da 
laje podendo ou não ter uma ponte de aderência entre eles) sobre a qual se assentará um determinado 
acabamento final (madeira, cerâmica, laminado, etc.). O contrapiso tem, entre outras funções, nivelar e 
absorver deformações, servindo também para melhorar a acústica e para embutir instalações. A espessura 
considerada razoável é entre 2 e 6 cm, espaço suficiente para cumprir as funções citadas. Quaisquer variações 
maiores que 6 cm deixam de ser consideradas contrapiso e passam a ser enchimento. 
 
As Argamassas tradicionais são materiais de construção, com propriedades de aderência e endurecimento, 
obtidos a partir da mistura homogênea de um ou mais aglomerantes, agregado miúdo (areia) e água, podendo 
conter ainda aditivos e adições minerais, conforme demonstrado na Figura 2.1. 
 
 
Figura 2.1. Demonstrativo Argamassa Tradicional. FONTE: Adaptado de Ortega, 2003. 
 
A Argamassa autonivelante ou tambem conhecida como autoadensável é uma argamassa com elevada 
fluidez, comparada a argamassa convencional. A aplicação é bombeada por uma mangueira que espalha o 
material de maneira sem precisar da energia de uma pessoa moldar. Ela se molda utilizando seu proprio peso 
e é formada por agregado miúdo e pela pasta cimentícia. Essa pasta cimentícia está representada na Figura 
2.2, que demonstra sua composição. Com relação aos materiais, a argamassa autonivelante não requer 
nenhum tipo de material especial, porém, os materiais devem possuir características específicas e teores na 
mistura que proporcionem a fluidez adequada sem haver segregação da mesma (MARTINS, 2009). 
A fluidez apresentada pela argamassa auto-nivelante decorre pelo elevado afastamento entre partículas 
maiores, diminuindo o contato entre elas. Esse comportamento torna-se possível com a utilização de um 
elevado teor de finos que é utilizado na composição para conseguir tal efeito (PILEGGI, 1996). 
 
3 
 
Figura 2.2. Microestrutura da pasta autonivelante. FONTE: MARTINS, 2009. 
 
3. COMPARATIVO AO MATERIAL TRADICIONAL 
O estudo sobre argamassa autonivelantes é relativamente novo no Brasil, e somente teve estudos à partir de 
1970 e em 1999 começaram os testes em empresas Espanholas sobre metodos e materiais. Com isso, as 
vantagens são muitas, no entanto, a real comparação com o sistema tradicional não foi totalmente 
desenvolvida. 
 
Uma das principais vantagens que a argamassa autonivelante apresenta é a capacidade de se mover no interior 
de fôrmas, ou em uma determinada área por ação do seu peso próprio, ou seja, sem a necessidade de 
aplicação de forças externas para o seu adensamento. Em conseqüência disso, o preenchimento de todos os 
espaços são executados de modo uniforme, fazendo com que a estrutura apresente-se com um grau de 
homogeneidade bastante alta, conseqüentemente sem segregação e/ou exsudação. 
 
Segundo Nakakura (1997) e Tutikian et. al. (2008), abaixo estão relacionadas outras vantagens da argamassa 
autonivelante: 
 O tempo para a execução do piso/contrapiso tem uma redução significativa; 
 Na questão de produtividade, a argamassa autonivelante tem vantagens sobre a argamassa 
convencional, já que o material é considerado fluido e sua aplicação consiste em esguichar esse 
material sobre o substrato ou a lona plástica, sem a necessidade de desempenar, garantindo ainda a 
total horizontalidade do contrapiso; 
 A cura da argamassa autonivelante é extremamente rápida, causada pela combinação de aditivos e 
adições, sendo que depois de decorridas 2 a 3 horas da sua aplicação já é possível pisar em sua 
superfície; 
 A espessura do piso/contrapiso pode ser reduzida para até 5,0 mm, o que significa uma ótima redução 
no peso próprio e no consumo de cimento; 
 A tendência à fissuração também é reduzida praticamente a zero, com o acréscimo de aditivos 
químicos retentores de água e fibras orgânicas. 
4 
 As ondulações ficam restringidas apenas às que podem ocorrer na superfície de um líquido viscoso 
devido à ação da gravidade sobre um líquido, logo, a redução significativa de patologias ficam 
plenamente garantidas; 
 
Analisando os custos entre os materiais é possivel observar vantagem econômica da argamassa autonivelante 
em relação a tradicional. 
A partir dos conceitos e alguns levantamentos segundo Ortega (2003), foi possivel avaliar os custos entre os 
dois tipos de argamassas e verificar que a argamassa autonivelante teve o menor custo, conforme Tabela 3.1. 
 
Tabela 3.1 – Comparativo de custos 
 
FONTE: Adaptado de Ortega, 2003. 
 
Outro ganho importante como custo são as caracteristicas mecânicas , conforme De Souza (2013) quando 
comparada em testes a argamassa autonivelante teve altos valores de resistência, abrasão e aderência.. Outra 
caracteristica observada por De Souza (2013) em suas analises foram as superficies de cada argamassa. A 
argamassa autonivelanteobteve o melhor aspecto para a colagem de piso após secar. 
 
Analisando pelo lado Ergonômico o metódo de executar o contrapiso com a argamassa tradicional é ainda um 
serviço degradante para o trabalhador devido à posição de trabalho – Abaixado com a postura errada. Logo 
essa inovação na construção civil vai de encontro com a produção enxuta e da ergonomia no trabalho. 
 
 
Argamassa 
Tradicional
Argamassa 
Autonivelante
Mão de Obra 16,13 3,00
Argamassa 6,12 16,57
Argamassa Cola 0,39 1,16
Cama de Areia 0,74 0,48
Junta Perimetral 0,39 1,46
Gabaritos 1,78 0,53
Custos Indiretos 2,85 1,87
TOTAL 28,39 25,07
 Descrição
Custos (R$/ m
2 
)
5 
4. APLICAÇÕES 
O Contrapiso Autonivelante conforme dito anteriormente é um elemento do subsistema piso, constituído de 
uma única camada de material, lançado sobre uma base adequadamente preparada, devendo apresentar 
características como fluidez, espessura, resistência mecânica e durabilidade adequadas ao atendimento de 
suas funções principais, que são: 
 Possibilitar o recebimento do revestimento de piso; 
 Transmitir à laje suporte as cargas de utilização; 
O piso serve como nivelador e base para assentamento de inúmeros revestimentos, como piso cerâmico, 
carpete, tábua corrida encaixada, mármore e porcelanato, sem qualquer alteração no acabamento (EGLE, 
2010). Uma das aplicações que influenciou na desenvolvimento do sistema bombeável para o contrapiso foi a 
dificuldade do transporte vertical, que geralmente é feito por elevador de cremalheira. Havia uma grande 
dificuldade em subir todos os materiais e equipamentos. 
A forma de aplicação é parecida com a tradicional: 
 Inicialmente deve-se limpar e delimitar a área a ser trabalhada; 
 Depois deve se colocar juntas de dessolidarização no encontro com a parede. Pode ser usadas placas 
de isopor; 
 A argamassa é lançada em uma bomba acoplada, que a projeta até o pavimento onde será utilizada, 
dentro do limite de alcance da bomba ; 
 É possivel ver com detalhes nas Figuras 4.1 e 4.2 o lançamento do Contrapiso Autonivelante e ele 
pronto, que após 24 h depois da aplicação pode ser liberado para trânsito de pessoas. 
Porém, deve-se alertar que, com o uso de materiais autonivelantes, não é possível fazer caimentos e desníveis 
em banheiros e cozinhas, por exemplo. 
 
Figura 4.1. Lançamento do Contrapiso. Figura 4.2. Contrapiso pronto. 
FONTE: DE SOUZA, 2013. FONTE: DE SOUZA, 2013. 
6 
5. Referências Bibliográficas 
 
CICHINELLI, Gisele. Construção Passo a Passo, 2009. 
 
DE SOUZA, Natalia Cerqueira. Análise de desempenho do contrapiso autonivelante em relação ao 
sistema tradicional. 2013. 
 
DINO, Setor de construção civil deve crescer em 2018. 
Disponível em: https://exame.abril.com.br/negocios/dino/setor-de-construcao-civil-deve-crescer-2-em-2018/ 
Acesso em 26 de Novembro de 2018. 
 
EGLE, TELMA. Contrapiso autonivelante com prazo de execução reduzidos e custos - Téchne ed.164 
Disponível em: http://www.revistatechne.com.br/engenhariacivil/164/contrapiso-autonivelante-com-prazo-
de-execucao-reduzido-e-custos-191782-1.asp. Acesso em 25 de Novembro de 2018. 
 
MARTINS, E. J. Procedimentos para a formulação de pastas para argamassa auto-nivelante. 
Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil) – Programa de Pós-Graduação em Construção Civil, UFPR, 
Curitiba, 2009. 
 
NAKAKURA, ELZA. Execução passo a passo argamassa de regularização - Mãos à Obra pro -
Associação Brasileira de Cimento Portland, 2012. 
Disponível em: http://www.maosaobra.org.br/fasciculos/fasciculo-pisos/base-de-concreto-
econtrapiso/execucao-passo-a-passo-argamassa-de-regularizacao/. Acesso em 25 de Novembro de 2018. 
 
PILEGGI, R. G. Ferramentas para o estudo e desenvolvimento de concretos refratários. São Carlos, 
2001. 187p. Tese de Doutorado em Ciência e Engenharia de Materiais da Universidade Federal de São Carlos 
ORTEGA, A. G. Mortero Autonivelante. III Jornadas Iberoamericano de Materiales de Construcción. 
San Juan, 2003. 
 
RIBEIRO, Carmen Couto. Materiais de construção civil. Editora UFMG, 2002. 
 
TUTIKIAN, B. F.; DAL MOLON, D. C. Concreto Auto-Adensável. São Paulo, PINI, 
2008.

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