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Profa Janaína jordão Jana.jordaosantos@gmail.com O campo da radioterapia começou a crescer no início dos anos 1900, em grande parte devido ao trabalho pioneiro da cientista vencedora do Prêmio Nobel Marie Curie (1867- 1934), que descobriu os elementos radioativos do polônio e do rádio em 1898. 2 Nas décadas de 1920 os perigos da exposição a radiação não eram conhecidos, e pouca proteção era usada. Acreditava-se que o rádio tinha amplos poderes curativos e por isso a radioterapia foi aplicada no tratamento de várias doenças. 3 Os aceleradores de partículas lineares para uso médico, desenvolvidos desde os anos de 1940, começaram a substituir os aparelhos de raio X e as unidades de cobalto nos anos 1980 e essas terapias antigas estão, agora, caindo em desuso. 4 5 6 Os aceleradores lineares podem produzir energias mais altas, possuem feixes mais colimados e não produzem resíduos radioativos com seus problemas de eliminação como as terapias de radioisótopos. 7 8 É um método capaz de destruir células tumorais, empregando feixe de radiações ionizantes. Uma dose pré-calculada de radiação é aplicada, em um determinado tempo, buscando erradicar todas as células tumorais, com o menor dano possível às células normais circunvizinhas. 9 É um tratamento no qual se utilizam radiações para destruir ou impedir que as células de um tumor aumentem. Estas radiações não são vistas e durante a aplicação o paciente não sentirá nada. A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia ou outros recursos usados no tratamento dos tumores. 10 O princípio básico utilizado, maximiza o dano no tumor e minimiza o dano em tecidos vizinhos normais, o que se consegue irradiando o tumor de várias direções. 11 12 As radiações ionizantes são eletromagnéticas ou corpusculares e carregam energia. Ao interagirem com os tecidos, dão origem a elétrons rápidos que ionizam o meio e criam efeitos químicos como a radiólise da água. 13 A morte celular pode ocorrer então por variados mecanismos, desde a inativação de sistemas vitais para a célula até sua incapacidade de reprodução. 14 15 A resposta dos tecidos às radiações depende de diversos fatores, tais como a sensibilidade do tumor à radiação, sua localização e oxigenação, assim como a qualidade e a quantidade da radiação e o tempo total em que ela é administrada. 16 Para que o efeito biológico atinja maior número de células neoplásicas e a tolerância dos tecidos normais seja respeitada, a dose total de radiação a ser administrada é habitualmente fracionada em doses diárias iguais, quando se usa a terapia externa. 17 Normalmente, as células tumorais são mais sensíveis à radiação do que as células sadias, porque se dividem com muita frequência. Porém, como as doses necessárias para erradicar o tumor são muito elevadas (da ordem de 50 a 100 Gy), nem sempre é possível poupar adequadamente os tecidos vizinhos 18 19 Durante a radioterapia o paciente não sentirá nenhuma dor. Mas é possível que a pele apresente vermelhidão, ardor e até mesmo escureça. 20 21 Metade dos pacientes com câncer são tratados com radiações. É cada vez maior o número de pessoas que ficam curadas com este tratamento. Quando não é possível obter a cura, a Radioterapia pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida. 22 As aplicações diminuem o tamanho do tumor, o que alivia a pressão, reduz hemorragias, dores e outros sintomas, proporcionando alívio aos pacientes. 23 A radioterapia é feita de acordo com a localização do tumor. E pode se feita de duas formas: teleterapia e braquiterapia. 24 As radiações interagem através de aparelhos que ficam afastados do paciente. É chamada também de Radioterapia Externa. 25 A radioterapia externa ou teleterapia (o prefixo tele, deriva do grego e significa distante), é um tratamento no qual o paciente recebe a radiação de uma fonte externa situada a uma distância entre 30 a 150 cm. 26 Consiste na irradiação de um determinado tumor com um feixe de radiação externo (a longa distância). Esta é a forma mais utilizada em cânceres do sangue e é a energia de radiação que pode atingir tecidos do corpo mais superficiais ou profundos – seja este câncer na pele ou no tórax, por exemplo. 27 Onde o material radioativo é aplicado por meio de aparelhos que ficam em contato com o organismo do paciente. É chamada também de Radioterapia de Contato. 28 29 Trata com feixes de radiação a curta distância. Neste caso, o material radioativo é colocado próximo à lesão tumoral, por meio de alguns instrumentos específicos, como o implante radioativo. 30 A braquiterapia (o prefixo brachi deriva do grego e significa próximo) é uma forma de radioterapia na qual uma fonte de radiação selada é colocada no interior ou próxima ao corpo do paciente. 31 As fontes de braquiterapia podem ter a forma de sementes ou cápsulas lineares. 32 Essas fontes geralmente contém uma pequena quantidade de material radioativo dentro da cápsula metálica, que possui uma parede de 0,1 a 1 mm de espessura. 33 A cápsula impede que o material radioativo entre em contato com os tecidos ou fluidos do paciente. Ela também impede a contaminação do ambiente durante a manipulação e armazenamento. 34 Um dos radioisótopos mais empregados na braquiterapia é o Irídio-192, na forma de fios finos feitos com uma liga de irídio e platina. O fio é revestido com uma capa de platina ou aço inox, que blinda a radiação beta proveniente do decaimento, e apenas a radiação gama é aproveitada no tratamento. 35 O fio é inserido dentro do tumor e a radiação gama destrói as células tumorais, as células sadias, mais distantes, são preservadas. 36
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