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Aula_6_HPV

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Introdução 
• Vírus circulares, pequenos com DNA de dupla hélice 
 
• Mais de 130 tipos identificados 
 
• Epiteliotrópicos, cada tipo afeta um local diferente (pele ou mucosa) 
 
• Divididos em alto risco e baixo risco para câncer 
HPV 
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• Prêmio Nobel de Medicina de 2008 para Harald zur 
Hausen 
• Lesões benignas (condiloma) ou malignas (câncer de colo de útero, 
vulva, vagina, anal e penis) 
 
 
 
• Definido como “necessary cause” para Câncer de colo de útero – 
Ausência de doença na ausência de infecção 
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Epidemiologia HPV 
• Incidência anual estimada de 6,2 milhões por ano nos 
EUA 
 
 
• Maioria assintomática e transitória 
Thomison III, 2008 
• Subtipos mais encontrados foram 16, 18 e 31 
 
• Mais de 1/3 das infecções causada por 16, 18 ou ambos 
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Epidemiologia HPV 
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Epidemiologia HPV 
 
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Epidemiologia HPV 
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Epidemiologia HPV 
• Estudo realizado no RJ com 5833 mulheres encontrou 
44,99% HPV + (5,1% baixo risco, 25,5% alto risco e 14,3% 
misto) 
Carestiato, 2006 
• CA de colo de útero é o terceiro mais frequente entre mulheres no 
mundo 
 
• INCA estimou 18.680 novos casos no Brasil no ano de 2008 (risco 
estimado de 19 casos para 100.000 mulheres) 
 
 
• Distribuição bifásica: picos entre 35-39 anos e 60-64 anos 
 
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Patogênese 
• Agente infeccioso bem sucedido 
 
• Induz infecção crônica sem sequelas sistêmicas 
 
• Raramente mata o hospedeiro 
 
• Periodicamente libera grande quantidade de vírus 
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Patogênese 
• Vírus divide-se em duas regiões: não-codificadora e 
codificadora 
• Região não-codificadora (LCR) representa 15% do genoma 
– contém a origem da replicação do DNA e elementos 
promotores da transcrição viral 
• Região codificadora produz proteínas virais precoces (E - 
Early) e tardias (L - Late) 
• E1 e E2 participam da 
 replicação do DNA. E2 
 ainda regula transcrição 
 
• L1 e L2 formam o capsídeo viral, 
interagem com receptor da célula 
alvo e facilitam a entrada do DNA 
 
 
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Patogênese 
• E4 facilita liberação da partícula viral 
 
• E5 possui efeito pouco compreendido 
 
 
• E6 e E7 dos HPVs de alto risco bloqueiam proteínas 
oncossupressoras p53 e RB, levando a crescimento 
 desordenado da célula 
 
 
• HPVs de alto risco encontram-se 
integrados ao DNA do 
hospedeiro – evento crítico para 
o desenvolvimento do 
carcinoma. 
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Patogênese 
• Depende de células epidermais ou da mucosa ainda 
capazes de proliferar (Camada basal) 
 
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Patogênese 
• Após a entrada na camada supra-basal, a expressão da 
área genética Late (L) é iniciada; o genoma viral é 
replicado formando proteínas virais 
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Patogênese 
• Nas camadas superiores da epiderme e mucosa, 
partículas virais completas são montadas e liberadas 
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Fatores de Risco 
• Relacionados com o comportamento sexual do 
indivíduo: 
– Atividade Sexual precoce 
– Grande número de parceiros sexuais 
– Contato sexual com indivíduos de alto risco 
– Imunossupressão (HIV, Transplantes) 
 
 
 
Transmissão 
• Contato sexual 
→ mucosa genital 
→ mucosa oral 
 
• Gestantes → feto, na 
gestação ou parto 
 
 
 
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Manifestações Clínicas 
• Expressão clínica mais comum são os condilomas 
anogenitais, 90% deles causados pelos subtipos 6 e 11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Lesões neoplásicas são causadas pp pelos subtipos 16, 18, 
45 e 31 (90% do CA de colo de útero) 
 
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Progressão para neoplasia 
• Persistência de infecção 
 
• Subtipo viral 
 
• Carga Viral (provável) 
 
• HIV, principalmente na fase de imunossupressão 
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Vacina 
• Partículas semelhantes ao esqueleto viral vazio 
• Podem ser bivalentes (16 e 18) – GlaxoSmithKline ® e 
tetravalentes (6,11,16 e 18) – Merck ® 
• Proteção ocorre pela indução de anticorpos 
neutralizadores 
 • Alto grau de eficácia 
• Poucos efeitos colaterais 
• Natureza apenas profilática 
• Prioridade seria vacinação entre 9 e 15 anos 
• Não elimina a necessidade do screening (infecção por 
outro subtipo, paciente não vacinada, portadora prévia 
de HPV) 
Steinbrook, NEJM, 2003 
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Diagnóstico 
• História, colposcopia e pesquisa direta (b.molecular) ou 
indireta do vírus 
 ↓ 
Citologia / Biópsia 
↓ 
• não detecta o vírus mas as alterações que ele pode 
causar nas células. 
 
Citologia (exame de Papanicolaou) 
• ↓ preço 
• eficaz no controle de infecções e lesões pré-cancerosas 
• pouco sensível no diagnóstico de HPV (na ausência de 
coilocitose) 
 
 
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Imagens colposcopia 
Colo normal Ectopia 
 
Schiller + 
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ATIPIAS CELULARES PARA 
DIAGNÓSTICO DE HPV 
1 – COILOCITOSE – Cavidade no citoplasma celular (acúmulo 
de água com destruição das organelas), citoplasma borrado, 
denso, vítreo(gel de proteínas) coloração eosinófila 
(vermelho-laranja) ou anfófila 
2 – BI-MULTINUCLEAÇÃO: resultado da capacidade reduzida 
das células para dobrar o complemento de DNA nuclear 
durante divisão celular (o ácido fólico é necessário para a 
síntese de purina, sua deficiência conduz a uma redução da 
síntese de DNA que se expressa em distúrbios da divisão 
mitótica. Nestas circunstâncias, o crescimento celular fica 
comprometido, culminando com macrocitose (células 
gigantes). 
 
 
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3 – DISCARIOSE 
 
 Distúrbios do núcleo 
 - Aumento de tamanho (aumento da relação 
núcleo/Citoplasma) 
 - Hipercromatismo 
 - Cromatina irregular 
 - Condensação 
4 – ASPECTOS SECUNDÁRIOS 
 
 -Ceratinizações: Hiperceratose 
 
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binucleação 
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binucleações 
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OPÇÕES DE TRATAMENTO 
PARA VERRUGAS GENITAIS 
 
 
A TAXA DE RECORRÊNCIA É ALTA INDEPENDENTE DO MÉTODO 
UTILIZADO. 
 
 
O TIPO DE MÉTODO DEPENDE DO Nº E TAMANHO DAS VERRUGAS. 
 
1. PEQUENAS: Agente tópico. Ex: Podofilina (podofilox que pode ser 
usado pela paciente). Imiquimod: modulador imune topico – 
Aldara (EUA) 
 
2. GRANDES: Laser como terapia primária. 
 
 
 
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TRATAMENTO DAS LESÕES CERVICOVAGINAIS 
 RELACIONADAS À INFECÇÃO POR HPV 
1.INTENSIFICAR A HIGIENE PESSOAL. 
 
2.IDENTIFICAR AS CONDIÇÕES DO(S)PARCEIRO (S). 
3.TRATAR AS INFECÇÕES SECUNDÁRIAS, SOBRETUDO ULCERAS 
Nas lesões puras, não associadas às neoplasias intra-epitelias cervicais. 
4.TRATAMENTO TÓPICO, NAS LESÕES MENORES: 
• Podofilina a 20% em álcool ou óleo - citotóxico (ação cáustica) 
 aplicações 2 a 3 x/semanais - recomendado para lesões 
vulvares e não nas mucosas. 
 
• Ácido tricloro acético - ATA – 10 A 90% 
 Alto grau de difusão aplicações 2 a 3 x/semanais – 
recomendado para lesões cervicais e vaginais. 
 
• Ácido metacresol/sulfônico sob a forma de gel, com aplicações 
 em dias alternados, durante 15 a 20 dias. 
 
 
 
 
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5. LESÕES MAIORES 
• Crioterapia 
• Eletrocauterização 
• Laser 
 
6. Na gravidez: evitar usar tratamentos abrasivos 
 
7. LESÕES ASSOCIADAS à NEOPLASIAS 
• Eletro ou Criocauterização. 
• Cauterização química com ATA a 90% 
• Intervenções cirúrgicas 
• Lesões vaginais: excisão cirúrgica ampla com margem de segurança. 
 
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Prevenir é melhor queremediar

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