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R02. Direito do Trabalho ok

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Assuntos da Rodada 
DIREITO DO TRABALHO: Princípios e fontes do Direito do Trabalho. Hierarquia das 
fontes do Direito do Trabalho. Direitos constitucionais dos trabalhadores (art. 7o da 
CF/1988). Relação de trabalho e relação de emprego: requisitos e distinção; 
relações de trabalho lato sensu. Sujeitos do contrato de trabalho stricto sensu: 
empregado e empregador: conceito e caracterização; poderes do empregador no 
contrato de trabalho. Grupo econômico e sua repercussão nas relações de emprego; 
da sucessão de empregadores: conceito, caracterização e sua implicação ao contrato 
de trabalho; da responsabilidade solidária por créditos trabalhistas; terceirização e 
flexibilização. Contrato individual de trabalho: conceito, classificação, modalidades e 
características. Profissões regulamentadas. Alteração do contrato de trabalho: 
alteração unilateral e bilateral; o jus variandi. Transferência do empregado: conceito, 
limitações e características. Suspensão e interrupção do contrato de trabalho: 
caracterização, distinção e reflexos no contrato de trabalho. Hipóteses de suspensão e 
interrupção do contrato de trabalho. Rescisão do contrato de trabalho. Modalidades 
de rescisão do contrato de trabalho. Aviso prévio: prazo de duração. Estabilidade e 
garantias provisórias de emprego: espécies de estabilidade; despedida e reintegração 
de empregado estável. Duração do trabalho; jornada de trabalho; períodos de 
descanso; intervalo para repouso e alimentação; descanso semanal remunerado: base 
de cálculo; trabalho noturno e trabalho extraordinário; sistema de compensação de 
horas. Turnos ininterruptos de revezamento: conceito e implicações no contrato de 
trabalho. Do teletrabalho (Lei n. 13.467/2017). Do salário mínimo: irredutibilidade e 
garantia. Salário e remuneração: conceito e distinções; composição do salário; 
modalidades de salário; formas e meios de pagamento do salário; adicionais salariais; 
gorjetas: conceito e natureza jurídica; 13o salário. Equiparação salarial: caracterização, 
requisitos, excludentes; princípio da igualdade de salário; desvio e acúmulo de função. 
Férias: direito a férias e duração; período concessivo e período aquisitivo de férias; 
 
Rodada #2 
Direito do Trabalho 
 
Professor Milton Saldanha 
 
 
 
 
 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
2 
remuneração e abono de férias; férias coletivas. Da Prescrição e decadência. 
Segurança e medicina no trabalho: CIPA; atividades insalubres ou perigosas: 
caracterização e remuneração do trabalho insalubre e perigoso; forma de cálculo; 
cumulação de adicionais de insalubridade e periculosidade. Proteção ao trabalho do 
menor; Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei no 8.069/90): do direito da 
profissionalização e à proteção no trabalho. Proteção ao trabalho da mulher; 
estabilidade da gestante; licença maternidade e Lei no 9.029/95. Direito coletivo do 
trabalho: liberdade sindical (Convenção 87 da OIT); organização sindical: conceito de 
categoria; categoria diferenciada; convenções e acordos coletivos de trabalho. Direito 
de greve; dos serviços essenciais; greve do servidor público. Comissões de conciliação 
prévia. Da representação dos empregados. Renúncia e transação. Dano moral nas 
relações de trabalho. FGTS e PIS/PASEP. Súmulas da Jurisprudência uniformizada do 
Tribunal Superior do Trabalho sobre Direito do Trabalho. Súmulas Vinculantes do 
Supremo Tribunal Federal relativas ao Direito do Trabalho. 
 
Recados importantes! 
 Você poderá fazer mais questões destes assuntos no teste semanal, liberado 
ao final da rodada. 
 Tente cumprir as metas na ordem que determinamos. É fundamental para o 
perfeito aproveitamento do treinamento. 
 Qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o WhatsApp oficial 
da Turma Elite (35) 9106 5456. 
 O curso será realizado com a previsão da reforma trabalhista (Lei 13.467/2017), 
conforme item 18.2 do edital do TST. “A legislação com vigência após a data de 
publicação deste Edital, bem como as alterações em dispositivos constitucionais, 
legais e normativos a ela posteriores não serão objeto de avaliação nas provas do 
Concurso. Em matéria de Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho 
será́ observado o texto da Lei no 13.467, de 13/7/2017.” 
 Assim, mesmo antes do início da vigência da lei 13.467/2017 ela poderá ser 
cobrada. 
 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
3 
a. Teoria 
Relação de Trabalho X Relação de Emprego 
 
1. Diferenciação conceitual entre relação de trabalho e relação de 
emprego 
1.1. Relação de trabalho é gênero que engloba os mais diversos tipos de 
labor que podem ser realizados pelo ser humano. A relação de trabalho 
abrange, então, a relação de emprego, a relação de trabalho autônomo, a 
relação de trabalho avulso, eventual, doméstico, rural, além de outros, como 
por exemplo o estágio. Dessa forma, podemos resumir a relação de 
trabalho como qualquer relação de labor humano. 
1.2. Por outro lado, a relação de emprego é uma modalidade do gênero 
relação de trabalho, não se confundindo com ela. Podemos falar que toda 
relação de emprego corresponde a uma relação de trabalho, mas nem toda 
relação de trabalho corresponde a uma relação de emprego. 
1.3. A relação de emprego tem algumas peculiaridades, configura-se por 
meio de um contrato, denominado contrato de trabalho, tendo como 
sujeitos, de um lado, o empregador, pessoa física ou jurídica, para quem o 
serviço será prestado de forma habitual, subordinada e mediante salário, e 
de outro lado, o empregado (pessoa natural), que irá prestar os serviços. 
 
2. Critérios de Caracterização da Relação de Emprego 
A relação de emprego será configurada quando estiverem presentes seus 
requisitos (elementos fático-jurídicos), quais sejam: pessoa física, 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
4 
pessoalidade, subordinação, onerosidade, não eventualidade e que o 
empregado não corra os riscos do empreendimento (alteridade). 
É importante destacar que esses requisitos ou elementos fáticos-jurídicos 
são extraídos de dois preceitos inseridos na CLT combinados. 
Art. 3º, CLT - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de 
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e 
mediante salário. 
Art. 2º, CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, 
que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a 
prestação pessoal de serviço. 
Vamos ficar atentos pois, estando presentes os pressupostos da relação de 
emprego, NÃO há distinção entre o trabalho realizado no estabelecimento 
do empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a 
distância. 
Art. 6o, CLT - Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do 
empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, 
desde que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. 
Agora vamos conhecer um pouco mais sobre cada um dos elementos fático-
jurídicos da relação de emprego: 
 
2.1. Pessoa Física 
A relação de emprego só se caracteriza quando existe relação entre 
pessoa física e empregador. É certo que inexiste a possibilidade de 
pessoa jurídica ser empregada, justamente por faltar o requisito da 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
5 
pessoa física. Diante disso, podemos afirmar que se existir 
prestação de serviço de pessoa jurídica para empregador, não 
serão aplicadas as normas destinadas aos empregados. 
Assim, para que caracterize-se a relação de emprego, o serviço 
deverá ser prestado por pessoa física ou natural, não podendo o 
empregado ser pessoa jurídica. 
É comum, infelizmente,no Brasil, a tentativa de burla quanto a esse 
requisito. Certos empregadores com a intenção de não pagar todas 
as verbas previstas na legislação trabalhista tentam, por vezes, 
fazer com que esse empregado seja “contratado” como pessoa 
jurídica. É nesse sentido que no direito do trabalho vige o princípio 
da primazia da realidade, tendo como finalidade desconstituir tais 
situações (empregado sendo tratado como pessoa jurídica) e 
reconhecer o vínculo trabalhista. 
 
2.2. Pessoalidade 
A pessoalidade é elemento fático-jurídico da relação de emprego 
que está intimamente ligada ao requisito da pessoa física, não é o 
mesmo, mas com aquele tem certa conexão. 
Dito isso, temos que a pessoalidade é encontrada naquela pessoa 
física que trabalha para o empregador e não pode se fazer 
substituir por terceiros, ou seja, aquela pessoa natural contratada 
terá, ela mesma, que prestar o serviço. Dessa forma, temos que a 
prestação do serviço será intuitu personae. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
6 
Sendo assim, é importante ressaltar que a relação jurídica pactuada 
deve ser intuitu personae com relação ao trabalhador, ou seja, não 
poderá fazer-se substituir no decorrer do contrato de trabalho. 
Vamos dar um exemplo, contratei Marcelino para trabalhar em 
minha loja, no entanto, ele ficou doente e para “se garantir” no 
emprego mandou seu filho trabalhar no seu lugar durante tal 
período. Isso não pode ocorrer, tal substituição descaracteriza a 
relação de emprego, por ausência do elemento pessoalidade. 
Devemos ressaltar que esta característica não inviabiliza eventuais 
substituições previstas em lei que não ferem a pessoalidade, tais 
como: férias, licenças, mandatos, etc. 
Os efeitos da pessoalidade verificam-se tanto no início da relação 
de emprego quanto no fim, vamos explicar melhor, sendo a 
obrigação de prestação de serviços personalíssima, não se 
transmite aos herdeiros e sucessores. Assim, quando o empregado 
vier a falecer, extingue-se, automaticamente, o contrato de 
trabalho. 
Com isso, é necessário para a configuração da relação de emprego 
que a prestação do serviço, pela pessoa física, tenha caráter 
de infungibilidade no que tange ao trabalhador, devendo o obreiro 
prestar os serviços pessoalmente. Já no que diz respeito ao polo 
empresarial, no Direito do Trabalho, verifica-se a despersonalização 
do empregador, ou seja, é permitida a alteração subjetiva do 
contrato. 
 
2.3. Não Eventualidade 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
7 
Vigora no Direito do Trabalho o princípio da continuidade da relação 
de emprego, que veremos mais detalhadamente em aula 
apropriada, pelo qual se incentiva a manutenção indefinida do 
vínculo empregatício, sendo os contratos com prazo determinado 
exceções normativas. 
A conceituação do elemento fático-jurídico da não eventualidade 
não é uníssona entre os operadores do Direito. Muitas teorias 
apareceram no intuito de determinar a real acepção de trabalho 
não eventual. Dentre elas, destaca-se a Teoria dos Fins do 
Empreendimento, a qual considera trabalho não eventual aquele 
realizado permanentemente, em caráter contínuo, duradouro. 
Sendo o trabalhador eventual aquele que não está inserido nas 
atividades normais da empresa, prestando serviços 
esporadicamente e de curta duração. 
A pessoa física deve trabalhar de forma permanente, mesmo que 
por um pequeno espaço de tempo, não podendo trabalhar de 
forma eventual, na hora que desejar, deve ter dias certos, hora 
certa de prestação de serviço. 
Dessa forma, vamos ficar atentos, pois NÃO se exige exclusividade 
na prestação dos serviços para que se configure a relação de 
emprego, o empregado pode ter mais de um empregador e, 
consequentemente, mais de uma relação de emprego. 
Cabe aqui uma pequena observação, a não eventualidade é 
diferente de trabalho prestado diariamente. No caso, por exemplo, 
de bares, restaurantes que não costumam abrir todos os dias (por 
vezes abrem apenas nos finais de semana), apesar de não haver 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
8 
uma prestação diária de serviço, há uma prestação de caráter 
permanente, ou seja, que se prolonga no tempo para o mesmo 
empregador, com hora e dia para que o serviço seja prestado. 
O Cespe e a FCC têm considerado a continuidade (característica dos 
empregados domésticos) sinônimo de não eventualidade, ou seja, 
elemento fático-jurídico das relações de emprego. 
 
2.4. Subordinação 
A subordinação traz à tona a ideia de sujeição, submetimento às 
ordens de terceira pessoa, ou seja, uma relação de dependência 
laboral. Aqui adentramos no campo do poder de direção, 
coordenação e fiscalização do empregador quanto a prestação 
laboral do empregado. 
Sabemos que a caracterização da relação de emprego resulta da 
presença concomitantemente dos cinco elementos fático-jurídicos, 
contudo, a subordinação, dentre todos os elementos, é o que ganha 
maior destaque. 
Essa subordinação não se trata de uma subordinação econômica, 
pois algumas vezes o empregado ostenta uma situação econômica 
melhor do que a do próprio empregador. Também não refere-se à 
subordinação técnica, porque o empregado, em certas ocasiões, 
possui a técnica de trabalho que seu empregador não detém. 
Nesse cenário, a subordinação pode ser dividida em três: técnica, 
econômica e jurídica. Atualmente, a jurisprudência trabalhista 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
9 
estabelece que apenas a subordinação jurídica se aplica na 
relação de emprego. 
Vamos conceituar cada uma das três, mas devemos lembrar que 
apenas a jurídica é que válida no direito do trabalho: 
2.4.1. Subordinação técnica: o conhecimento técnico é do 
empregador; 
 
2.4.2. Subordinação econômica: o empregado é dependente 
economicamente do empregador para sobreviver; 
 
2.4.3. Subordinação jurídica: o contrato de trabalho, assim como o 
poder de direção do empregador, tem respaldo jurídico, ou 
seja, legal. 
O empregado é subordinado juridicamente ao empregador, 
devendo cumprir as determinações e acatando as ordens, podendo 
o patrão aplicar penalidades (advertência, suspensão disciplinar e 
dispensa sem justa causa) em caso de descumprimento. 
Ademais, conforme leciona o professor Maurício Godinho Delgado1, 
a subordinação apresenta três dimensões, que são: clássica, 
objetiva e estrutural. 
a) Clássica (ou tradicional) é a subordinação consistente na situação 
jurídica derivada do contrato de trabalho, pela qual o trabalhador 
compromete-se a acolher o poder de direção empresarial no tocante 
 
1 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de Direito do Trabalho. 16. ed. São Paulo: LTr, 2017. p. 327 e 328 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
10 
ao modo de realização de sua prestação laborativa. Manifesta-se pela 
intensidade de ordens do tomador de serviços sobre o respectivo 
trabalhador (...) 
b) Objetiva é a subordinação que se manifesta pela integração do 
trabalhador nos fins e objetivos do empreendimento do tomador de 
serviços, ainda que afrouxadas '... as amarras do vínculo 
empregatício' (...) Como se percebe, a integração do obreiro e seu 
labor aos objetivos empresariais é pedra de toque decisiva a essa 
dimensão do fenômeno sociojurídico subordinativo. 
c) Estrutural é, finalmente, a subordinação que se expressa 'pela 
inserção do trabalhador na dinâmica do tomador de seus serviços, 
independentemente de receber (ou não) suas ordens diretas, mas 
acolhendo, estruturalmente, sua dinâmica de organização e 
funcionamento'. Nesta dimensão da subordinação, não importa queo 
trabalhador se harmonize (ou não) aos objetivos do empreendimento, 
nem que receba ordens diretas das específicas chefias deste: o 
fundamental é que esteja estruturalmente vinculado à dinâmica 
operativa da atividade do tomador de serviços. 
Por fim, vamos ficar atentos ao parágrafo único do art. 6o da CLT 
que foi inserido em 2011 com a finalidade de equiparar os meios 
telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão 
aos meios pessoais. 
Art. 6º, parágrafo único, CLT. Os meios telemáticos e informatizados de 
comando, controle e supervisão se equiparam, para fins de 
subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de comando, 
controle e supervisão do trabalho alheio. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
11 
 
2.5. Onerosidade 
Deve-se ter em mente que a relação de emprego é uma relação de 
cunho essencialmente econômico, ou seja, a pessoa se submete 
as regras da relação de emprego, emprega grande parte de seu dia, 
de sua força para poder receber a contraprestação pelo serviço. 
A principal obrigação do empregado consiste na realização do 
serviço, e o seu principal direito é receber a contraprestação pelo 
serviço prestado. A gratuidade descaracteriza a relação de 
emprego, subsistindo somente a relação de trabalho, como ocorre 
com o trabalho voluntário (Lei no 9.608/1998). 
A legislação pátria prevê várias formas de contraprestação ao 
serviço prestado, como, por exemplo: pagamento em dinheiro, 
utilidades, parcelas fixas ou variáveis, etc. 
 
2.6. Alteridade 
Depois de analisarmos todos os cinco elementos fático-jurídicos 
“clássicos”, devemos tecer comentários acerca da ALTERIDADE, que 
é, para grande parte da doutrina, o sexto requisito das relações de 
emprego. 
A alteridade se relaciona ao risco do negócio do empregador. Esse 
risco é o que dá o poder de direção ao empregador, também 
podemos afirmar que esse risco do negócio não pode ser 
transferido ao empregado. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
12 
A alteridade tem previsão no art. 2º da CLT: 
Art. 2º, CLT - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, 
que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e 
dirige a prestação pessoal de serviço. 
 
3. Relação de Trabalho e a EC 45/2004 
A Emenda Constitucional nº 45, promulgada em dezembro de 2004, que, 
dentre outras modificações, deu nova redação ao artigo 114 da 
Constituição Federal de 1988, ampliou de maneira significativa a 
competência material da Justiça do Trabalho. 
Como vimos anteriormente, as relações de trabalho correspondem a 
qualquer labor humano, ou seja, uma pessoa executa um serviço para 
outra, mediante uma contraprestação. 
Antes da promulgação da EC 45/2004, o artigo 114 da Constituição limitava a 
competência da Justiça do Trabalho aos conflitos oriundos das relações de 
emprego, regulados pela CLT. 
Com o advento da EC 45/2004, a Justiça do Trabalho passou a ser 
competente para apreciar e julgar todas as ações oriundas da relação de 
trabalho, inclusive àquelas provenientes das relações laborais entre 
trabalhadores e os entes de direito público externo, da administração 
pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. 
Quando o legislador trocou a expressão “relação de emprego” por “relação 
de trabalho” fixou novas competências materiais à Jurisdição Trabalhista, 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
13 
que está bem mais abrangente que antes. Quando falamos em relação de 
trabalho, estão contidas as relações de emprego, as relações de trabalho 
eventual, avulso, autônomo, voluntário, estágio, etc. 
Vamos ver como ficou o art. 114 da CF/88 depois da modificação trazida 
pela EC 45/04: 
Art. 114, CF/88 - Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito 
público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Agora que sabemos que a Justiça do Trabalho é competente para processar 
e julgar as ações oriundas da relação de trabalho em sentindo amplo, vamos 
estudar algumas de suas espécies. 
 
Relação de Trabalho Lato Sensu 
 
Já aprendemos que no conceito de empregado encontramos os requisitos 
caracterizadores da relação de emprego: pessoa física, pessoalidade, não 
eventualidade, subordinação jurídica, onerosidade e alteridade. Que independente do 
local da prestação de serviço, se estiverem presentes os elementos caracterizadores 
da relação de emprego ele será considerado empregado. Que mesmo não estando nas 
dependências da empresa (escritor, redator, jornalista), existem outros meios 
(telemáticos) de comprovar a subordinação jurídica. 
 As relações de trabalho que traremos a seguir não configuram vínculo de 
emprego, ou seja, não são consideradas relações de emprego, são consideradas 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
14 
relações de trabalho, não se submetem à proteção da CLT. 
 
1. Trabalhador Avulso 
O trabalhador avulso é regulado pela Lei no 12.815/2013 que ganhou o apelido 
de “Lei dos Portos” e pela Lei no 12.023 que dispõe sobre as atividades de 
movimentação de mercadorias em geral e sobre o trabalho avulso. 
Avulso é aquele trabalhador que normalmente vemos no porto, cuidando do 
embarque e desembarque de mercadorias, é por exemplo o estivador. Quando 
chega um navio para descarregar é o trabalhador avulso que fará o serviço. Ele 
tem uma matrícula no porto, e o OGMO (Órgão Gestor de Mão de Obra) vai 
chamando esses trabalhadores por ordem cronológica para descarregarem o 
navio. 
Assim, avulso é o trabalhador, sindicalizado ou não, que presta serviços a 
diversas empresas, sem vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do 
sindicato da categoria ou do órgão gestor de mão de obra. 
A principal característica do trabalhador avulso é a intermediação de mão de 
obra pelo Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO). Podemos citar outras 
características, como a livre prestação de serviço, curta duração do trabalho, 
pluralidades de tomadores de serviços. 
Os direitos dos trabalhadores avulsos são idênticos ao do trabalhador comum, 
conforme estabelece o art. 7o, XXXIV da CF/88. Dessa forma, o trabalhador 
avulso terá direito a férias, décimo terceiro salário, depósito do FGTS, etc. 
Art. 7º, CF/88 - São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que 
visem à melhoria de sua condição social: 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
15 
XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo empregatício 
permanente e o trabalhador avulso. 
 
2. Trabalhador Eventual 
O trabalho eventual é aquele realizado esporadicamente, por um curto período 
de tempo, de forma onerosa e, via de regra, não tem relação com a atividade-
fim prestada pela empresa. Podemos citar alguns exemplos, como o eletricista 
que chamamos para fazer reparos em uma residência, um técnico em 
computação que irá atualizar os computadores de uma empresa. 
A definição legal conceitua como trabalhador eventual quem presta serviço de 
natureza urbana ou rural, em caráter eventual, a uma ou mais empresas, sem 
relação de emprego (art. 11, “g”, Lei no 8.213/1991). 
No trabalho eventual não há qualquer expectativa de continuidade na prestação 
do serviço, não há o retorno ao local do serviço. No caso do trabalhador 
eventual, está ausente o requisito fático-jurídico da não eventualidade, por isso 
não se configura relação de emprego. 
 
3. Trabalhador Autônomo 
O trabalhador autônomo não tem chefe, não existe uma relação de 
subordinação entre o tomador e o prestadorde serviços. É aquele que por 
conta própria presta seus serviços, arcando com os riscos do negócio. São 
exemplos de trabalhadores autônomos: médicos, veterinários, marceneiros, 
pintores, taxista, diarista etc. 
A prestação de serviços pelo autônomo pode ser fungível, ou seja, o 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
16 
trabalhador pode ser substituído por outras pessoas, ou infungível, o serviço 
não pode ser realizado por mais ninguém além dele. Nessa seara, o Professor 
Mauricio Godinho Delgado2 explica: 
Mesmo em se tratando de serviço pactuado com pessoa física, é muito 
comum o trabalho autônomo sem infungibilidade quando ao 
prestador. Um serviço cotidiano de transporte escolar, por exemplo, 
pode ser contratado ao motorista do veículo, que se compromete a 
cumprir os roteiros e horários prefixados, ainda que se fazendo 
substituir eventualmente por outro (s) motorista (s). A falta de 
pessoalidade, aqui, soma-se à ausência de subordinação, para 
distanciar essa relação jurídica de trabalho da figura empregatícia da 
CLT, mantendo-a no âmbito civil (art. 1.216, CCB/1916; art. 594, 
CCB/2002). 
O autônomo pode, contudo, ser pactuado com cláusula de rígida 
pessoalidade – sem prejuízo da absoluta ausência de subordinação. É 
o que tende a ocorrer com a prestação de serviços contratada a 
profissionais de nível mais sofisticado de conhecimento ou habilidade, 
como médicos, advogados, artistas, etc. 
No caso do trabalhador autônomo, está ausente o requisito fático-jurídico da 
subordinação, por isso não se configura relação de emprego. 
 
3.1. Autônomo exclusivo 
 
2 DELGADO, Mauricio Godinho. Curso de direito do trabalho. 16. ed. São Paulo: LTr, 2017. p. 374. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
17 
Com o advento da Lei no 13.467/2017, a CLT passou a prever a figura do 
chamado “autônomo exclusivo”, até então inexistente nas leis 
trabalhistas. 
Agora, um profissional autônomo poderá prestar serviços de forma 
contínua e para uma única empresa sem que isso seja caracterizado como 
vínculo empregatício. 
A CLT em seu artigo 3° define os requisitos para um profissional ser 
considerado empregado de determinada empresa. São eles: pessoa física, 
pessoalidade, não eventualidade, subordinação e onerosidade. Embora 
não esteja elencada entre os requisitos, a “exclusividade” do profissional 
também era uma das evidências aceitas pela Justiça do Trabalho como 
comprovação do vínculo empregatício nas ações trabalhistas. 
Fiquem atentos, pois a exclusividade é permitida e pode ser contínua. Ou 
seja, o contratado pode trabalhar todos os dias para aquela empresa. “A 
contratação do autônomo, cumpridas por este todas as formalidades legais, 
com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, afasta a qualidade de 
empregado”, diz o texto da reforma aprovada. 
REFORMA TRABALHISTA 
Art. 442-B, CLT - A contratação do autônomo, cumpridas por este todas as 
formalidades legais, com ou sem exclusividade, de forma contínua ou não, 
afasta a qualidade de empregado prevista no art. 3o desta Consolidação. 
De forma contrária ao texto da Reforma Trabalhista, consta na minuta da 
Medida Provisória que o governo prepara para ajustar pontos da reforma 
trabalhista mudanças na regra do autônomo exclusivo, vedando a 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
18 
possibilidade de contratação de autônomo exclusivo sob risco de criar um 
vínculo empregatício. 
Segundo a minuta da MP, sobre o trabalho de autônomos, não será 
permitida contratação em regime de exclusividade. "Não sendo admitida a 
restrição da prestação de serviço pelo trabalhador autônomo a um único 
tomador de serviços, sob pena de reconhecimento de vínculo empregatício", 
cita o texto. 
 
4. Trabalhador Voluntário 
O trabalho voluntário está regulado na Lei no 9.608/1998, que em seu art. 1o 
conceitua o serviço voluntário. 
Art. 1o, Lei 9.608/1998 – considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a 
atividade não remunerada, prestada por pessoa física à entidade pública de 
qualquer natureza, ou à instituição privada de fins não lucrativos, que tenha 
objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos, ou de assistência 
social, inclusive mutualidade. 
Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem obrigação 
de natureza trabalhista, previdenciária ou afim. 
O trabalho voluntário é realizado a título gratuito, o prestador do serviço não 
recebe nenhum tipo de remuneração ou contraprestação pelo serviço prestado. 
Dessa forma, não verificamos o vínculo empregatício. 
Podemos citar como exemplo de trabalho voluntário as pessoas que prestam 
serviços em lares de idosos, creches, orfanatos, hospitais, aqueles que 
distribuem comida para moradores de rua. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
19 
Vale destacar que conforme estabelece a Lei (art. 3o), o prestador de serviço 
voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que realizar no desempenho 
das atividades voluntárias, contudo, essa despesa terá que ser previamente 
autorizada pela entidade a que for prestado o serviço. 
No caso do trabalhador voluntário, está ausente o requisito fático-jurídico da 
onerosidade, por isso não se configura relação de emprego. 
 
5. Estágio 
A Lei no 11.788/2008 dispõe sobre o estágio de estudantes, revogando todas as 
normas anteriores que tratavam do tema. Em seu art. 1o a referida Lei conceitua 
o Estágio. 
Art. 1o, Lei 11.788/08 – Estágio é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido 
no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho produtivo de 
educandos que estejam frequentando o ensino regular em instituições de educação 
superior, de educação profissional, de ensino médio, da educação especial e dos 
anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional da educação de 
jovens e adultos. 
Conforme nos ensina o Professor Henrique Correia3, o estágio tem por finalidade 
complementar a formação do estudante por meio de atividades práticas. Desse 
modo, o estudante tem a possibilidade de concretizar os ensinamentos teóricos 
recebidos na instituição de ensino, preparando-se para o ingresso no mercado de 
trabalho. 
A Lei nos apresenta duas formas de estágio, podendo ser obrigatório ou não-
 
3 CORREIA, Henrique. Direito do trabalho: para os concursos de analista do TRT e MPU. 5. ed. 
Salvador: JusPODIVM, 2014. p. 97. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
20 
obrigatório. O estágio obrigatório é aquele definido como tal no projeto do 
curso, sendo essencial a sua realização para consequente aprovação e obtenção 
do diploma (art. 2o, § 1o). Já o estágio não-obrigatório é aquele desenvolvido 
como atividade opcional, sendo as suas horas acrescidas à carga horária regular 
e obrigatória (art. 2o, § 2o). 
No que se refere a jornada de atividade em estágio, será definida de forma a ser 
compatível com as atividades escolares e não poderá ultrapassar: 
 4 horas diárias e 20 horas semanais, no caso de estudantes de educação 
especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade profissional 
de educação de jovens e adultos; 
 6 horas diárias e 30 horas semanais, no caso de estudantes do ensino superior, 
da educação profissional de nível médio e do ensino médio regular. 
A duração do estágio, na mesma parte concedente, não poderá exceder 2 
anos, exceto quando se tratar de estagiário portador de deficiência (art. 11). 
Estagiário também merece um descanso, né? É justo! Assim, sempre que o 
estágio tiver duração igual ou superior a 1 ano,o estagiário gozará de um 
período de recesso de 30 dias, a ser usufruído preferencialmente durante suas 
férias escolares (art. 13). 
Devemos ficar atentos, pois no Direito do Trabalho muitas vezes existe má-fé na 
contratação das pessoas. O que quero dizer é que o contratante para não pagar 
todos os benefícios aos trabalhadores os contrata como estagiários, autônomos, 
e assim por diante. Sabendo disso, a Lei, com a finalidade de proteger o 
trabalhador, estabeleceu que a manutenção de estagiários em desconformidade 
com a Lei caracteriza vínculo de emprego do educando com a parte concedente 
do estágio para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária (art. 15). 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
21 
É importante frisar que se a fraude ocorrer junto à Administração Pública, não 
resultará no vínculo de emprego, pois, nesse caso, fere-se o normativo 
constitucional do requisito do concurso público. 
A relação de estágio será sempre triangular. Verifica-se a presença de três 
partes: estagiário, instituição de ensino e parte concedente. 
 
6. Trabalhador com Vínculo na Administração Pública 
O trabalhador estatutário não é objeto de estudo das aulas de Direito do 
Trabalho, pois ele não é regido pela CLT e, sim, por um Estatuto próprio dos 
servidores públicos (para os servidores públicos da União temos a Lei no 
8.112/1990), tendo um contrato administrativo com a Administração Pública. 
Após a Constituição de 1988, o STF consagrou o entendimento que a 
contratação para Empresas Públicas ou Sociedades de Economia Mista devem 
ser precedidas de concurso público, respeitando assim o art. 37, II da CF/884. 
Imaginemos, então, que uma pessoa foi contratada diretamente (sem concurso) 
para trabalhar em uma Empresa Pública ou Sociedade de Economia Mista. 
Desde o momento da contratação o vínculo de emprego está eivado de uma 
nulidade insanável, que foi o desrespeito ao concurso público. 
Dessa forma, quando a Administração Pública contrata alguém sem fazer 
concurso público esse contrato é nulo, não gerando efeitos. Assim, se demitida, 
essa pessoa somente terá direito ao seu saldo de salário (respeitado o salário-
mínimo) e ao FGTS que foi depositado, mais nada. 
 
4 Art. 37, II, CF/88 - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, 
na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
22 
Art. 19-A, Lei 8.036/90 - É devido o depósito do FGTS na conta vinculada do 
trabalhador cujo contrato de trabalho seja declarado nulo nas hipóteses previstas no 
art. 37, § 2o, da Constituição Federal, quando mantido o direito ao salário. 
TST Enunciado nº 363 - A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem 
prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, 
somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em 
relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário 
mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. 
 
7. Associado de Cooperativa 
A cooperativa é uma sociedade de pessoas que mutuamente se auxiliam, 
unindo esforços, a fim de alcançar um objetivo comum. Surgiu para que um 
grupo de pessoas que realizem o mesmo tipo de serviço pudessem se agrupar e 
atuar em conjunto com o intuito de dinamizar as suas atividades. 
Art. 442, parágrafo único, CLT - Qualquer que seja o ramo de atividade da sociedade 
cooperativa, não existe vínculo empregatício entre ela e seus associados, nem entre 
estes e os tomadores de serviços daquela. 
 
Dessa forma, podemos citar os taxistas que podem se estruturar em 
cooperativa para prestar serviço para várias empresas e diminuir o custo com 
tecnologias mais avançadas; bugueiros profissionais que podem atuar em 
conjunto para atender melhor os turistas; produtores rurais para negociar 
condição mais benéfica com os revendedores de seus produtos, comprar 
insumos de forma unificada e com preços menores, entre outros benefícios. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
23 
Ocorre, todavia, a existência de cooperativas de fachada, fraudulentas, que são 
criadas somente para burlar as leis trabalhistas, com a finalidade de ocultar a 
real relação de emprego que ali vigora. Nesses casos, verificando presentes os 
elementos fático-jurídicos da relação de emprego, aplica-se o princípio da 
primazia da realidade, declarando o vínculo de emprego entre o “presidente” da 
cooperativa e seus cooperados, que passarão a ser empregados. 
Assim, para que não ocorra a descaracterização da cooperativa não devem estar 
presentes os requisitos do art. 3o da CLT, pois, se presentes, estaremos diante 
de uma relação de emprego travestida de contrato de cooperativismo. 
 
8. Trabalho temporário 
O trabalhador temporário é regulado pela Lei no 6.019/1974, que foi 
recentemente alterada pela Lei o 13.429/2017 e que também sofreu alterações 
com a reforma trabalhista. 
8.1. Conceito: o trabalho temporário é aquele prestado por pessoa física 
contratada por uma empresa de trabalho temporário que a coloca à 
disposição de uma empresa tomadora de serviços, para atender à 
necessidade de substituição transitória de pessoal permanente ou à 
demanda complementar de serviços. 
Duas são as hipóteses de contratação de trabalho temporário, qualquer 
outra hipótese de contratação de trabalho temporário que não sejam 
essas duas serão consideradas fraude à lei: 
 - Necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e 
permanente. É o caso da empregada grávida se afasta para ganhar o 
bebê. 
- Acréscimo extraordinário de serviços. Por exemplo os shoppings e 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
24 
comércios nas festividades de final do ano. 
 
O trabalho temporário forma uma relação triangular entre: trabalhador 
temporário, a empresa de trabalho temporário e a empresa tomadora de 
serviços. 
Estabelece a lei que qualquer que seja o ramo da empresa tomadora de 
serviços, NÃO existe vínculo de emprego entre ela e os trabalhadores 
contratados pelas empresas de trabalho temporário. 
8.2. Contrato de trabalho temporário: o contrato de trabalho temporário, com 
relação ao mesmo empregador, NÃO poderá exceder ao prazo de cento e 
oitenta dias, consecutivos ou não. 
O contrato poderá ser prorrogado por até noventa dias, consecutivos ou 
não, além do prazo estabelecido de cento e oitenta dias, quando 
comprovada a manutenção das condições que o ensejaram. 
O trabalhador temporário que cumprir o período estipulado somente 
poderá ser colocado à disposição da mesma tomadora de serviços em 
novo contrato temporário, após noventa dias do término do contrato 
anterior. Se for realizada contratação anterior ao prazo previsto 
caracteriza vínculo empregatício com a tomadora. 
Temos um contrato escrito civil entre a empresa de trabalho temporário 
com o tomador de serviços ou cliente. Contrato de fornecimento de mão 
de obra. 
Tem que existir um contrato de trabalho entre a empresa de trabalho 
temporário com o tomador de serviço ou cliente, sendo esse contrato 
formal, escrito, constando também o motivo da contratação (necessidade 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
25 
transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou 
demanda complementar de serviços). 
O contrato de trabalho celebrado entre empresa de trabalho temporário e 
cada um dos assalariados colocados àdisposição de uma empresa 
tomadora ou cliente será, obrigatoriamente, escrito e dele deverão 
constar, expressamente, os direitos conferidos aos trabalhadores. 
Será nula de pleno direito qualquer cláusula de reserva, ou seja, a 
empresa de trabalho temporário não pode proibir a empresa tomadora 
de serviço ou cliente de contratar o empregado depois de findado o prazo 
do contrato temporário. 
Atenção! A regra é que os contratos sejam realizados por prazo 
indeterminado, sendo somente por exceção admitidos os contratos a 
termo ou contratos por prazo determinado. 
8.3. Considera-se empresa de trabalho temporário a pessoa física ou 
jurídica URBANA (é necessário o cadastramento da empresa no Ministério 
do Trabalho). 
O trabalhador temporário é empregado da empresa de trabalho 
temporário, muito embora ele venha prestar serviço nas dependências do 
tomador de serviços ou cliente. 
Qualquer demanda entre o empregado temporário e a empresa de 
trabalho temporário será submetida a Justiça do Trabalho. 
 
Antes de finalizar nossa aula teórica e passar para os exercícios, quero trazer uma 
Súmula e uma Orientação Jurisprudencial que reputo importantes. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
26 
Primeiramente, devemos ficar atentos a condição do Policial Militar que, por vezes, 
trabalha fazendo a segurança de empresas privadas. O TST decidiu que é legal o 
reconhecimento da relação de emprego, quando presentes os requisitos fático-
jurídicos, mesmo que tal atividade seja infração disciplinar prevista no Estatuto do 
Policial Militar. 
Súmula nº 386, TST - Preenchidos os requisitos do art. 3º da CLT, é legítimo o 
reconhecimento de relação de emprego entre policial militar e empresa privada, 
independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no Estatuto 
do Policial Militar. 
Por analogia essa mesma interpretação serve para o bombeiro, policial civil, etc. 
Por fim, o TST entende que não há possibilidade de vínculo de emprego entre o 
apontador do jogo do bicho e o bicheiro, em virtude da ilicitude do objeto. 
OJ 199 SDI-1 TST - É nulo o contrato de trabalho celebrado para o desempenho de atividade 
inerente à prática do jogo do bicho, ante a ilicitude de seu objeto, o que subtrai o requisito 
de validade para a formação do ato jurídico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
27 
b. Mapas mentais 
 
 
 
 
 
 
A dica é utilizar o mnemônico ASPPONE, melhor ilustrado abaixo: 
A LTERIDADE 
S UBORDINACÃO 
P ESSOA FÍSICA 
P ESSOALIDADE 
O NEROSIDADE 
NE NÃO EVENTUALIDADE 
 
 
RELAÇÃO DE 
TRABALHO
RELAÇÕES DE 
EMPREGO
Empregado urbano
Empregado rural
Empregado doméstico
Aprendiz
etc.
Trabalhador avuso
trabalhador eventual
Trabalhador autônomo
Trabalhador voluntário
Estagiário
Cooperado
etc.
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
28 
 
 
Empregado é aquele que vai AL SHOPP 
AL TERIDADE 
S UBORDINAÇÃO 
H ABITUALIDADE 
O NEROSIDADE 
P ESSOALIDADE 
P ESSOA FÍSICA 
 
 
 
 
EMPREGADO
PESSOA FÍSICA
ONEROSIDADE
NÃO 
EVENTUALIDADE
PESSOALIDADE
SUBORDINAÇÃO
ALTERIDADE
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
RELAÇÃO 
DE 
TRABALHO
Relação de 
Emprego
Voluntário
Autônomo
Avulso
Eventual
Temporário
Instituição
de Ensino
Estagiário
Parte 
Concedente
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
30 
c. Revisão 1 
1. (FCC) TRT 24a Região 2017 – Técnico Judiciário – Área Administrativa 
Dentro do universo das relações jurídicas, encontram-se as relações de trabalho e as 
relações de emprego. No tocante a essas relações, seus sujeitos e requisitos, segundo 
a legislação vigente, 
(A) considera-se empregado toda pessoa física ou jurídica que prestar serviços de 
natureza exclusiva e não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante 
salário. 
(B) considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, mesmo sem 
assumir os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação 
pessoal de serviço. 
(C) são distintos o trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado 
no domicílio do empregado e o realizado a distância, mesmo que estejam 
caracterizados os pressupostos da relação de emprego. 
(D) os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e supervisão não se 
equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e diretos de 
comando, controle e supervisão do trabalho alheio. 
(E) se equiparam ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de emprego, os 
profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações recreativas ou 
outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores como 
empregados. 
 
2. (IBEG) IPREV 2017 - Contador 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
31 
Os principais elementos da relação de emprego gerada pelo Contrato de Trabalho 
são... 
Analise a validade das suposições abaixo e assinale a alternativa CORRETA. 
I. Pessoalidade, um dos sujeitos (o empregado) tem o dever jurídico de prestar os 
serviços em favor de outrem pessoalmente. 
II. Natureza não eventual dos serviços, isto é, ele deverá ser necessário à atividade 
normal do empregador. 
III. Remuneração do trabalho a ser executado pelo empregado. 
IV. Subordinação jurídica da prestação de serviços ao empregador. 
(A) I, II e III 
(B) II e III 
(C) I e IV 
(D) III e IV 
(E) Todas estão Corretas. 
 
3. (FCC) TRT 20a Região 2016 – Analista Judiciária – Área Judiciária 
A Consolidação das Leis do Trabalho elenca na combinação dos artigos 2º e 3º os 
requisitos fáticos e jurídicos da relação de emprego. Nesse sentido, 
(A) tornando-se inviável a prestação pessoal do trabalho, no curso do contrato, por 
certo período, o empregado poderá se fazer substituir por outro trabalhador. 
(B) um trabalhador urbano que preste serviço ao tomador com finalidade lucrativa, 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
32 
mesmo que por diversos meses seguidos, mas apenas em domingos ou finais de 
semana, configura-se como trabalhador eventual. 
(C) considerando que nem todo trabalho é passível de mensuração econômica, não se 
pode estabelecer que a onerosidade constitui-se em um elemento fático-jurídico da 
relação de emprego. 
(D) somente o empregador é que, indistintamente, pode ser pessoa física ou jurídica, 
com ou sem finalidade lucrativa, jamais o empregado. 
(E) na hipótese de trabalhador intelectual, a subordinação está relacionada ao poder 
de direção do empregador, mantendo o empregado a autonomia da vontade sobre a 
atividade desempenhada, sem se reportar ao empregador. 
 
4. TRT 4a Região (RS) 2016 – Juiz do Trabalho Substituto 
Considere as assertivas abaixo sobre relação de emprego. 
I - A mera expectativa do trabalhador de perceber um ganho econômico pelo trabalho 
ofertado é suficiente para caracterizar a onerosidade. 
II - Os serviços de natureza não eventual são aqueles imprescindíveis à consecução dos 
fins da empresa, do que decorre a necessidade contínua e habitual do trabalho 
prestado. 
III - A substituição de um trabalhador por outro afasta a pessoalidade, 
independentemente da frequência e da forma como isso ocorreu. 
Quais são corretas? 
(A) Apenas I 
(B) Apenas II 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
33 
(C) Apenas III 
(D) Apenas I e II 
(E) I, II e III 
 
5. (FUMARC) Prefeitura de Matozinhos – MG 2016 - Advogado 
Considerando o teor do Artigo 3º da Consolidação das Leis do Trabalho(CLT), são 
elementos caracterizadores do vínculo empregatício: 
(A) Trabalho realizado por pessoa física ou jurídica, pessoalidade, eventualidade, 
onerosidade e insubordinação. 
(B) Trabalho realizado por pessoa física ou jurídica, pessoalidade, não eventualidade, 
onerosidade e subordinação. 
(C) Trabalho realizado por pessoa física, pessoalidade, não eventualidade, onerosidade 
e subordinação. 
(D) Trabalho realizado por pessoa física, pessoalidade, eventualidade, onerosidade e 
subordinação. 
 
6. (CESPE) TRT - 8ª Região 2016 – Analista Judiciário – Área Administrativa 
No que se refere à relação de trabalho e à relação de emprego, assinale a opção 
correta. 
(A) A relação de emprego é espécie da relação de trabalho, gênero que engloba a 
prestação de serviços do funcionário público, do empregado, do avulso, do autônomo, 
do eventual, do empresário. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
34 
(B) Nos termos da CLT, considera-se empregado toda pessoa física ou jurídica que 
prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e 
mediante pagamento de valor mensal. 
(C) Dado o poder de controle e fiscalização do empregador, pode ele realizar revista 
íntima em suas empregadas. 
(D) O contrato de trabalho somente será válido se realizado de forma expressa e por 
escrito. 
(E) A alteridade, a pessoalidade, a subordinação e a exclusividade são requisitos do 
contrato de trabalho. 
 
7. (CESPE) TRT - 8ª Região 2016 – Técnico Judiciário – Área Administrativa 
No que concerne à relação de emprego, aos poderes do empregador e ao contrato 
individual de trabalho, assinale a opção correta. 
(A) Na relação trabalhista, o poder de direção do empregador é ilimitado. 
(B) A prestação de serviços é o bem jurídico tutelado e, por isso, o objeto mediato do 
contrato individual de trabalho. 
(C) O termo “contrato de atividade” vincula-se ao fato de as prestações serem 
equivalentes. 
(D) Não se reconhece relação de emprego fundamentada em acordo tácito. 
(E) A continuidade e a subordinação são requisitos da relação empregatícia. 
 
8. (FCC) TRT - 14ª Região 2016 – Técnico Judiciário – Área Administrativa 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
35 
É certo que a relação de trabalho se distingue da relação de emprego, sendo que a 
primeira abrange a segunda. A Consolidação das Leis do Trabalho apresenta os 
elementos caracterizadores da relação de emprego, NÃO se inserindo, dentre eles, 
(A) a subordinação jurídica. 
(B) a pessoalidade na prestação dos serviços. 
(C) a exclusividade dos serviços prestados. 
(D) a onerosidade. 
(E) o trabalho não eventual. 
 
9. (FCC) TRT - 14ª Região 2016 – Analista Judiciário – Oficial de Justiça Avaliador 
Thales prestou serviços à empresa Celestial Produções pelo prazo de 10 meses. Para 
que se configure o vínculo empregatício, ou seja, relação de emprego, entre as partes 
referidas é necessário que se comprovem os seguintes requisitos legais: 
(A) Boa fé contratual, autonomia, onerosidade, pessoalidade e eventualidade. 
(B) Exclusividade, onerosidade e habitualidade. 
(C) Subordinação, imprescindibilidade, indisponibilidade e irrenunciabilidade. 
(D) Pessoalidade na prestação dos serviços, subordinação jurídica, não eventualidade e 
onerosidade. 
(E) Subordinação econômica, comutatividade com divisão dos riscos, continuidade e 
exclusividade. 
 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
36 
10. (FCC) TRT - 14ª Região 2016 – Analista Judiciário – Área Judiciária 
Quanto aos institutos jurídicos denominados “relação de trabalho” e “relação de 
emprego” é correto afirmar: 
(A) A relação de emprego é uma espécie do gênero relação de trabalho. 
(B) Possuem características idênticas, podendo se afirmar que são expressões 
sinônimas. 
(C) A relação de trabalho é modalidade derivada da relação de emprego. 
(D) Não há relação de trabalho se não houver relação de emprego. 
(E) São institutos independentes e não guardam nenhuma relação entre si. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
37 
d. Revisão 2 
11. (CAIP-IMES) Câmara Municipal de Atibaia – SP 2016 - Advogado 
Observe as afirmativas apresentadas sobre as relações de trabalho e de emprego. 
I- A relação de trabalho possui caráter genérico. Refere-se às relações jurídicas que se 
respaldam na prestação de uma obrigação de fazer, consubstanciada em trabalho 
humano e, nesse sentido abarca as relações de emprego, autônoma de trabalho, de 
trabalho eventual, de trabalho avulso e de trabalho temporário. 
II- A relação de emprego possui caráter específico e encontra respaldo na CLT. Para 
que se configure a relação de emprego faz-se mister os requisitos que seguem: pessoa 
jurídica; trabalho eventual; trabalho subordinado; existência ou não de 
contraprestação. 
III- A relação de emprego possui amparo nas regras da CLT e exige a presença dos 
requisitos que seguem: pessoa física; trabalho prestado de forma contínua; trabalho 
subordinado e existência de contraprestação. 
IV- A relação de trabalho possui caráter específico e encontra respaldo na CLT. Para 
que se configure faz-se mister os requisitos que seguem: pessoa física; o trabalho 
eventual; trabalho subordinado e; existência de contraprestação. 
É correto o que se afirma apenas em: 
(A) I e IV. 
(B) I e III. 
(C) II e III. 
(D) III e IV. 
 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
38 
12. (FCC) TRT - 4ª Região (RS) 2015 – Analista Judiciário – Área Judiciária 
A relação de trabalho é o gênero do qual a relação de emprego é uma espécie. Dentre 
os requisitos legais previstos na Consolidação das Leis do Trabalho que caracterizam a 
relação empregatícia, NÃO está inserida a 
(A) subordinação jurídica do trabalhador ao empregador. 
(B) infungibilidade em relação ao obreiro. 
(C) eventualidade dos serviços prestados. 
(D) onerosidade da relação contratual. 
(E) prestação dos serviços por pessoa física ou natural. 
 
13. (FCC) - TRT - 3ª Região (MG) 2015 – Analista Judiciário – Oficial de Justiça 
Avaliador Federal 
Anacleto, policial militar, trabalhou para a empresa Indústria Mundo Novo Ltda. como 
agente de segurança, nos horários em que não estava a serviço da corporação militar. 
Na referida empresa, Anacleto cumpria expressamente as ordens emanadas da 
direção, recebia um salário mensal, e trabalhava de forma contínua e ininterrupta, 
todas as vezes que não estava escalado na corporação. Considerando a situação 
apresentada, 
(A) estando presentes as características da relação de emprego, existe vínculo 
empregatício entre a empresa Indústria Mundo Novo Ltda. e Anacleto, porém a 
situação de militar de Anacleto impede o reconhecimento desse vínculo. 
(B) não existe vínculo empregatício entre a empresa Indústria Mundo Novo Ltda. e 
Anacleto, já que o trabalho prestado por Anacleto para essa empresa ocorria apenas 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
39 
nas ocasiões em que Anacleto não estava escalado na corporação, caracterizando, 
portanto, trabalho eventual. 
(C) não existe vínculo empregatício entre a empresa Indústria Mundo Novo Ltda. e 
Anacleto, já que o trabalho prestado por Anacleto para essa empresa constitui 
trabalho autônomo. 
(D) o vínculo de emprego entre a empresa Indústria Mundo Novo Ltda. e Anacleto 
somente pode ser reconhecido nos períodos em que Anacleto não estava escalado na 
corporação e em que houve trabalho efetivo em favor da empresa Indústria Mundo 
Novo Ltda. 
(E) estando presentes as características da relação de emprego, é legítimo o 
reconhecimento do vínculo de emprego entre a empresa IndústriaMundo Novo Ltda. 
e Anacleto, independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar 
prevista no estatuto do policial militar. 
 
14. (CAIP-IMES) Prefeitura de Rio Grande da Serra – SP 2015 - Procurador 
A respeito da relação de trabalho e relação de emprego, pode ser afirmado o que 
segue: 
(A) a relação de emprego possui caráter genérico, referindo-se a todas as relações 
jurídicas caracterizadas por terem sua prestação em uma obrigação de fazer, 
consubstanciada em trabalho humano. 
(B) A relação de trabalho é gênero, do qual a relação de emprego é espécie. Por outras 
palavras: a relação de emprego, sempre, é relação de trabalho; mas, nem toda relação 
de trabalho é relação de emprego. 
(C) A relação de trabalho possui caráter bilateral, oneroso, sinalagmático e comutativo. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
40 
(D) A expressão “relação de emprego” engloba a relação de emprego, a relação 
autônoma de trabalho, a relação de trabalho eventual, de trabalho avulso e de 
trabalho temporário. 
 
15. (FCC) TRT - 3ª Região (MG) 2015 – Analista Judiciário – Área Judiciária 
Maria, durante três anos, prestou serviços ao Clube de Mães Madalena Arraes, que é 
uma entidade sem fins lucrativos instituída para desenvolver atividades culturais e 
filantrópicas com a comunidade carente. Cumpria jornada de trabalho diário das 8 às 
17 horas, com uma hora de intervalo para repouso e alimentação, devidamente 
controlada, e, enquanto estava trabalhando era obrigada a usar uniforme. Entregava 
relatórios semanais sobre as suas atividades e os resultados obtidos com as crianças e 
recebia mensalmente um valor fixo pelo trabalho prestado. Em relação à situação 
descrita, 
(A) presentes as características da relação de emprego na relação mantida entre Maria 
e o Clube de Mães, deve ser reconhecido o vínculo de emprego entre as partes, não 
sendo óbice para tal reconhecimento o fato de o Clube de Mães ser entidade 
filantrópica sem finalidade lucrativa. 
(B) embora presentes as características da relação de emprego, o fato de o Clube de 
Mães ser entidade filantrópica sem finalidade lucrativa impede o reconhecimento do 
vínculo de emprego entre as partes. 
(C) somente seria possível o reconhecimento do vínculo de emprego entre as partes se 
presente a subordinação de Maria em relação ao Clube de Mães, o que não se verifica 
no presente caso. 
(D) os serviços prestados à entidade sem fins lucrativos, desde que instituída para 
desenvolver atividades culturais e filantrópicas, não caracteriza vínculo de emprego, 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
41 
mas sim trabalho voluntário, sendo irrelevante estarem presentes as características da 
relação de emprego. 
(E) a finalidade lucrativa do empregador e o recebimento de participação do 
trabalhador nesse lucro é essencial para a caracterização do vínculo de emprego. 
 
16. (INSTITUTO AOCP) EBSERH 2015 – Advogado 
O art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho estabelece que “Considera-se 
empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a 
empregador, sob a dependência deste e mediante salário.” São elementos 
característicos do vínculo empregatício, EXCETO 
(A) Pessoa Física. 
(B) Habitualidade. 
(C) Subordinação. 
(D) Remuneração. 
(E) Exclusividade. 
 
17. (FUNDATEC) PGE-RS 2015 – Procurador do Estado 
Para se distinguir entre as diversas relações de trabalho, a relação de emprego deverá 
apresentar as seguintes características: pessoalidade, onerosidade, não eventualidade 
e subordinação. Quanto a essas características, analise as assertivas abaixo: 
I. A relação de emprego é sempre intuitu personae, tanto em relação ao empregado 
quanto ao empregador. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
42 
II. Como corolário da pessoalidade, é possível afirmar que a relação de emprego 
encerra obrigação infungível, personalíssima e intransferível quanto ao empregado, 
não podendo ser efetuada, na mesma relação jurídica, por pessoa diferente daquela 
que a contraiu. 
III. A não eventualidade manifesta-se pela relação do serviço prestado pelo 
trabalhador e a atividade empreendida pelo tomador dos serviços. Em outras palavras, 
serviço não eventual é o serviço essencial para o empregador, pois, sem ele, este não 
conseguiria desenvolver o seu fim empresarial. 
Quais estão corretas? 
(A) Apenas I. 
(B) Apenas III. 
(C) Apenas I e II. 
(D) Apenas I e III. 
(E) Apenas II e III. 
 
18. (IDECAN) Câmara Municipal de Serra – ES 2014 - Procurador 
NÃO é um elemento principal da relação de emprego, gerada pelo contrato de 
trabalho: 
(A) Impessoalidade. 
(B) Subordinação jurídica. 
(C) Remuneração do trabalho. 
(D) Natureza não eventual do serviço. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
43 
 
19. (FUNDATEC) Prefeitura de Porto Alegre – RS 2016 – Procurador Municipal 
Um trabalhador prestou serviços de limpeza, de maneira subordinada, a determinado 
Município, por intermédio de contrato formal de emprego e com anotação de sua 
CTPS, no período de março de 2015 até julho de 2016, tendo ingressado com 
reclamatória, na qual postulou o pagamento de horas extras, repousos e feriados 
trabalhados, adicional de insalubridade, parcelas da extinção do contrato não 
adimplidas (gratificação natalina e férias proporcionais, indenização relativa ao período 
de aviso prévio e indenização de 40% sobre o FGTS), FGTS do período e seguro-
desemprego. O Município, em sua defesa, comprova que a contratação foi efetuada 
sem concurso público. A pactuação efetuada, de acordo com entendimento pretoriano 
majoritário e os planos do mundo jurídico, é: 
(A) Inexistente, pois não foi observada a forma legal. 
(B) Existente, inválida e absolutamente ineficaz. 
(C) Existente, inválida e com eficácia reduzida. 
(D) Existente, inválida e eficaz. 
(E) Existente, válida e eficaz. 
 
20. (FCC) TRF - 3ª Região 2016 – Analista Judiciário – Área Administrativa 
Adonis trabalha como soldado da Polícia Militar, em escala 12x36, das 6h00 às 18h00. 
Em todas as suas folgas, prestava serviços de forma pessoal e subordinada para uma 
empresa de segurança, fazendo a escolta de caminhões de carga, mediante o 
pagamento de salário mensal, sem registro em sua CTPS. Após dois anos de trabalho 
para a empresa de segurança, Adonis foi dispensado sem o recebimento das verbas 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
44 
rescisórias. Por esta razão, pleiteou o reconhecimento do vínculo empregatício e o 
pagamento das verbas salariais e rescisórias devidas durante a prestação de serviços. 
Segundo o entendimento sumulado pelo TST, o reconhecimento do vínculo 
empregatício entre o policial militar e a empresa de segurança 
(A) não é devido, porque o policial militar está proibido de trabalhar para empresas 
privadas, em suas horas vagas. 
(B) não é devido, porque o policial militar trabalhava apenas em dias alternados, não 
havendo habitualidade. 
(C) não é devido, pois Adonis, por ser policial militar, não estava sujeito às ordens da 
empresa de segurança, nem poderia ser punido com advertência ou suspensão. 
(D) é devido, tendo em vista que preenchidas as características da relação de emprego, 
independentemente do eventual cabimento de penalidade disciplinar prevista no 
Estatuto do Policial Militar. 
(E) é devido, pois a prestação de serviços foi pessoal, habitual, subordinada e onerosa, 
porém, é vedada a aplicação de qualquer tipo de penalidade disciplinar pela 
corporação ao policial militar, bem como o registro em sua CTPS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
45 
e. Revisão 3 
21. (IBGP)CISSUL – MG 2017 – Auxiliar Administrativo 
De acordo com o Art. 3º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), “considera-se 
empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a 
empregador, sob a dependência deste e mediante salário”. 
Sobre o artigo citado, assinale a alternativa CORRETA. 
(A) Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, 
salvo nos casos em que se tratar de um trabalho intelectual. 
(B) Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, 
salvo nos casos em que se tratar de um técnico. 
(C) Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, 
salvo nos casos em que se tratar de um trabalho manual. 
(D) Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de trabalhador, 
nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 
 
22. (VUNESP) DESENVOLVESP 2014 - Advogado 
Assinale a alternativa correta. 
(A) Toda relação de emprego é uma relação de trabalho, mas nem toda relação de 
trabalho é uma relação de emprego. 
(B) A prestação de serviços autônomos é aquela executada por conta e risco do 
tomador dos serviços. 
(C) A relação de trabalho temporária é aquela que se realiza sem predeterminação de 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
46 
prazo, reconhecida pela lei como relação de emprego. 
(D) O avulso não-portuário desenvolve atividades de movimentação de mercadorias 
em áreas urbanas, com vínculo empregatício e intermediação de sindicato. 
(E) Tanto a relação de trabalho temporário quanto o trabalho avulso não-portuário não 
encontram legislação específica, sendo integralmente regidos pela CLT. 
 
23. (CESPE) Câmara dos Deputados 2014 – Analista Legislativo 
Julgue o item que se seguem, referente ao contrato de emprego. 
Um requisito essencial da definição de empregado é a exclusividade na prestação 
laboral. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
24. (CESPE) Câmara dos Deputados 2014 – Analista Legislativo 
Julgue o item que se seguem, referente ao contrato de emprego. 
A não eventualidade é definida pela continuidade, isto é, pelo trabalho exercido 
diariamente. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
25. TRT - 3ª Região (MG) 2014 – Juiz do Trabalho 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
47 
Sr. José da Tita, brasileiro, casado, administrador de empresas foi contratado como 
autônomo pela empresa Vermelho Grão S/A, sediada na Zona Rural de Vespasiano, 
com atividade vinculada à compra e venda de café. A função do trabalhador era 
exercida nos departamentos de pessoal e faturamento. A remuneração contratada foi 
de R$1.800,00 por mês e a sua jornada de trabalho era das 8h às 12h e das 14h às 18h, 
de segunda-feira a sexta-feira. Por ser autônomo e administrador da empresa, foi 
liberado da marcação de ponto ou presença, ficando diretamente vinculado ao diretor 
da empresa, Sr. Tadeu. Após o cumprimento de sua jornada de trabalho na 
estabelecimento da empresa, Sr. José da Tita ia à casa do Sr. Tadeu para fazer a 
contabilidade doméstica de seu diretor. 
(A) Por ser autônomo e não ter controle de jornada, falta para a configuração da 
relação de emprego um dos pressupostos essenciais, a subordinação. 
(B) Apesar de ser registrado como autônomo, a relação existente entre o Sr. José da 
Tita e o Sr. Tadeu é de emprego, uma vez que o primeiro é subordinado ao segundo, 
atuando com pessoalidade. 
(C) A relação de trabalho, neste caso, é de emprego estabelecendo-se entre o 
trabalhador e a empresa, uma vez que configurados os cinco pressupostos da relação 
de emprego 
(D) A atividade desenvolvida pela empresa é caracterizada como rural, e a atividade 
desenvolvida pelo Sr. José da Tita para a empresa é urbana, razão pela qual não é 
possível o enquadramento deste na qualidade de empregado. 
(E) O Sr. José da Tita estabeleceu relação de emprego celetista com a empresa e 
relação de emprego doméstico com o Sr. Tadeu. 
 
26. TRT - 2ª REGIÃO (SP) 2014 – Juiz do Trabalho 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
48 
Quanto à relação de emprego, aponte a alternativa correta: 
(A) Pessoa física que exerce o trabalho pessoalmente com subordinação, mediante 
salário e com habitualidade 
(B) Pessoa física que exerce o trabalho pessoalmente de forma eventual, com 
subordinação, mediante paga remuneratória 
(C) Pessoa física ou jurídica que exerce atividade com habitualidade e mediante paga 
remuneratória. 
(D) Pessoa física que exerce labor com total autonomia, mediante paga remuneratória 
mensal. 
(E) Pessoa física que exerce o trabalho com pessoalidade, subordinação, habitualidade 
e de forma voluntária. 
 
27. (QUADRIX) SERPRO 2014 – Analista – Gestão de Pessoas 
O contrato de trabalho pode ser conceituado como o negócio jurídico em que o 
empregado, pessoa natural, presta serviços de forma pessoal, subordinada e não 
eventual ao empregador, recebendo como contraprestação a remuneração. 
Considerando a subordinação na caracterização da relação de emprego, assinale a 
opção que caracteriza a subordinação jurídica. 
(A) Significa que o empregado está em posição social inferior em relação ao 
empregador. 
(B) É a modalidade essencial para caracterizar a relação de emprego. 
(C) É a modalidade em que o empregado está subordinado ao empregador em termos 
econômicos. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
49 
(D) Indica que o empregador estaria em posição superior em relação ao empregado, 
no que tange ao conhecimento técnico referente à atividade exercida. 
(E) O empregado está inserido na hierarquia da instituição da empresa, devendo assim 
obedecer às suas regras. 
 
28. (CESPE) TRT - 17ª Região 2013 – Analista Judiciário – Área Administrativa 
A respeito das empresas e entidades a ela equiparadas, julgue os itens subsecutivos. 
Apesar de contratar empregados pelo regime celetista, entidade filantrópica não é 
considerada empregador, dado que não assume os riscos da atividade e não tem 
finalidade lucrativa. 
( ) CERTO 
( ) ERRADO 
 
29. (CESGRANRIO) IBGE 2013 – Analista – Recursos Humanos 
Segundo a legislação previdenciária, caracteriza-se o trabalhador autônomo como 
aquele que: 
(A) está regulamentado pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), 
independentemente de sua atividade, função ou cargo. 
(B) está subordinado a quem contrata sua prestação de serviços, estando sujeito ao 
poder diretivo do empregador. 
(C) é solicitado eventualmente para resolver problemas, com total autonomia na 
prestação de seus serviços. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
50 
(D) presta serviços de natureza não eventual, como pessoa física, a empregador, sob 
dependência deste e mediante salário. 
(E) presta serviços sem fins lucrativos, com objetivos cívicos, culturais, educacionais, 
científicos, recreativos ou de assistência social. 
 
30. (CESGRANRIO) IBGE 2013 – Analista – Recursos Humanos 
Para que seja caracterizada a existência de vínculo de emprego, é necessária a 
presença concomitante de alguns requisitos. 
Entre tais requisitos, encontram-se: 
(A) prestação eventual de serviço feita com pessoalidade; subordinação ao poder de 
direção e comando. 
(B) retribuição pecuniária pelo serviço prestado pelo empregado; impossibilidade de o 
trabalhador transferir ao empregador o poder de direção sobre sua atividade laboral. 
(C) gratuidade dos serviços prestados; contrato do trabalho de trato sucessivo com 
intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou do órgão gestor de mão de 
obra. 
(D) existência de pessoalidade, de não eventualidade, de subordinação do empregado 
ao poder de direção e comando e de onerosidade; retribuiçãopecuniária pelo serviço 
prestado pelo empregado. 
(E) respeito à alteridade, que favorece que o empregado participe dos lucros da 
empresa; onerosidade na prestação de serviços por conta própria, comprometendo-se 
assim, com os riscos de sua atividade. 
 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
51 
f. Normas comentadas 
CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO 
TÍTULO I 
INTRODUÇÃO 
Art. 1º - Esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e 
coletivas de trabalho, nela previstas. 
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, assumindo 
os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de 
serviço. 
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de 
emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações 
recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores 
como empregados. 
§ 2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, 
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de 
outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade 
econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis 
a empresa principal e cada uma das subordinadas. 
REFORMA TRABALHISTA 
A reforma trabalhista alterou o parágrafo segundo e inseriu o parágrafo terceiro no artigo 
segundo da CLT. 
Quando as empresas se aglomeram formando grupos empresariais a CLT traz a 
responsabilidade solidária. Mesmo que cada empresa tenha personalidade jurídica própria 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
52 
serão acionadas todas as empresas do grupo econômico. 
A doutrina e jurisprudência dividem o grupo econômico em: 
• Horizontal: As empresas estão em pé de igualdade. Atuam de forma coordenada. É 
chamado de grupo econômico por coordenação. 
• Vertical: Grupo econômico por subordinação. Uma empresa manda na outra. 
Essa alteração favorece o empregado, pois não era expresso o grupo econômico horizontal, 
mas apenas o vertical. 
Admite-se agora o grupo econômico por coordenação! 
“Art. 2º ................................................................ 
§ 2º Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade 
jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, ou ainda 
quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, integrem grupo econômico, serão 
responsáveis solidariamente pelas obrigações decorrentes da relação de emprego. 
§ 3º Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo necessárias, para 
a configuração do grupo, a demonstração do interesse integrado, a efetiva comunhão de 
interesses e a atuação conjunta das empresas dele integrantes.” 
Dessa maneira, com a nova redação do art. 2o, §2o, CLT, admite-se não somente o grupo 
econômico vertical (por subordinação), mas também o grupo econômico por coordenação, 
no qual as empresas se apresentam de forma autônoma. 
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza 
não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. 
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição 
de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual. 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
53 
A relação de emprego será configurada quando estiverem presentes seus requisitos 
(elementos fático-jurídicos), quais sejam: pessoa física, pessoalidade, subordinação, 
onerosidade, não eventualidade e que o empregado não corra os riscos do 
empreendimento (alteridade). 
É importante destacar que esses requisitos ou elementos fáticos-jurídicos são extraídos de 
dois preceitos inseridos na CLT combinados (art. 2o e art. 3o). 
Art. 5º - A todo trabalho de igual valor corresponderá salário igual, sem distinção de 
sexo. 
Art. 6o - Não se distingue entre o trabalho realizado no estabelecimento do 
empregador, o executado no domicílio do empregado e o realizado a distância, desde 
que estejam caracterizados os pressupostos da relação de emprego. 
Estando presentes os pressupostos da relação de emprego, não há distinção entre o 
trabalho realizado no estabelecimento do empregador, o executado no domicílio do 
empregado e o realizado a distância. 
Parágrafo único. Os meios telemáticos e informatizados de comando, controle e 
supervisão se equiparam, para fins de subordinação jurídica, aos meios pessoais e 
diretos de comando, controle e supervisão do trabalho alheio. 
 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 
Seção V 
Do Tribunal Superior do Trabalho, dos Tribunais Regionais 
do Trabalho e dos Juízes do Trabalho 
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
54 
I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público 
externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios. 
Relação de trabalho é gênero que engloba os mais diversos tipos de labor que podem ser 
realizados pelo ser humano. A relação de trabalho abrange, então, a relação de emprego, a 
relação de trabalho autônomo, a relação de trabalho avulso, eventual, doméstico, rural, 
além de outros, como por exemplo o estágio. 
Por outro lado, a relação de emprego é uma modalidade do gênero relação de trabalho, 
não se confundindo com ela. Podemos falar que toda relação de emprego corresponde a 
uma relação de trabalho, mas nem toda relação de trabalho corresponde a uma relação de 
emprego. 
 
LEI 12.815/2013 
CAPÍTULO VI 
DO TRABALHO PORTUÁRIO 
Na definição legal, avulso é o trabalhador, sindicalizado ou não, que presta serviços a 
diversas empresas, sem vínculo empregatício, com intermediação obrigatória do sindicato 
da categoria ou do órgão gestor de mão de obra. 
Art. 32. Os operadores portuários devem constituir em cada porto organizado um 
órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário, destinado a: 
I - administrar o fornecimento da mão de obra do trabalhador portuário e do 
trabalhador portuário avulso; 
II - manter, com exclusividade, o cadastro do trabalhador portuário e o registro do 
trabalhador portuário avulso; 
 
DIREITO DO TRABALHO 
 
 
 
 
55 
III - treinar e habilitar profissionalmente o trabalhador portuário, inscrevendo-o no 
cadastro; 
IV - selecionar e registrar o trabalhador portuário avulso; 
V - estabelecer o número de vagas, a forma e a periodicidade para acesso ao registro 
do trabalhador portuário avulso; 
VI - expedir os documentos de identificação do trabalhador portuário; e 
VII - arrecadar e repassar aos beneficiários os valores devidos pelos operadores 
portuários relativos à remuneração do trabalhador portuário avulso e aos 
correspondentes encargos fiscais, sociais e previdenciários. 
Parágrafo único. Caso celebrado contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho 
entre trabalhadores e tomadores de serviços, o disposto no instrumento precederá o 
órgão gestor e dispensará sua intervenção nas relações entre capital e trabalho no 
porto. 
Art. 33. Compete ao órgão de gestão de mão de obra do trabalho portuário avulso: 
I - aplicar, quando couber, normas disciplinares previstas em lei, contrato, convenção 
ou acordo coletivo de trabalho, no caso de transgressão disciplinar, as seguintes 
penalidades: 
a) repreensão verbal ou por escrito; 
b) suspensão do registro pelo período de 10 (dez) a 30 (trinta) dias; ou 
c) cancelamento do registro; 
II - promover: 
a) a formação profissional do trabalhador portuário e do

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