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Diagnostico por imagem veterinária

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Diagnostico
Por
Imagem
2016.1
Sumario
Introdução à radiologia
Introdução à ultrassonografia
Técnicas radiográficas contrastadas
Anatomia e posicionamento de pequenos animais
Alterações do sistema circulatório 
Alterações do sistema respiratório
Alterações do sistema digestivo
Coluna vertebral
Crânio
Alterações do sistema articular
Sistema locomotor de equinos
Anatomia e posicionamento de grandes animais
Banco de questões 
Anexos 
Introdução a Radiologia veterinária 
Os objetivos do estudo da radiologia é contextualizar, reconhecer diferentes técnicas de formação de imagem, atribuir as implicações sobre segurança radiológica e reconhecer os equipamentos.
Em 1895, Wilhelm Conrad Roentgen fazia experiências com uma ampola de Crookes, quando descobriu os raios X. A ampola de Crookes era de vidro e continha gás em seu interior, apresentava numa extremidade um cátodo (-) e em outra um ânodo (+), através de corrente elétrica, elétrons eram impulsionados do cátodo aquecido em direção ao ânodo positivamente carregado. Os elétrons interagiam com as moléculas de gás causando ionização das mesmas e produção de novos elétrons que também se dirigiam ao ânodo. Alguns elétrons deixavam o ânodo e colidiam com as paredes de vidro da ampola. Se a energia dos elétrons fosse suficientemente alta, produziriam-se os raios X. 
Röentgen percebeu que mesmo envolta em papel grosso, preto, a radiação que emanava da ampola produzia luminosidade esverdeada num cartão pintado com substância fluorescente (platinocianeto de bário) usado no laboratório para verificar radiações catódicas. O cientista continuou sua pesquisa colocando objetos entre o tubo e o cartão (livro, madeira...) até certo ponto quando colocava uma chapa de chumbo entre o tubo e a placa notou nesta a projeção de sua mão. Como não se conhecia o tipo de radiação ele a denominou de Raios X que continua até hoje apesar da ciência já ter esclarecido sua natureza. 
Os primeiros raios x foram produzidos em ampola de Crookes. Existia, porém a impossibilidade de controlar a quantidade e a intensidade da radiação emitida foi então desenvolvida a ampola de Coolidge - 1913 a qual é acoplada a comandos que permitem imprimir corrente elétrica adequada ao regime radiológico a ser empregado em cada caso. 
Os raios X, são ondas eletromagnéticas, semelhantes à luz, diferindo apenas no comprimento de onda (λ). Pequeno comprimento de onda (100 Å a 0,01 Å). 
	Em radiodiagnóstico, os raios X mais utilizados estão entre 0,5 Å e 0,4 Å, na dependência da quilovoltagem empregada, assim:
	
Propriedades na formação das imagens radiológicas e fluoroscópicas: 
Propagam-se à mesma velocidade da luz (310.000 km/s) e em linha reta, não apresentam carga elétrica, atravessam corpos espessos, tornam fluorescentes substâncias como o platinocianeto de bário, sulfato de zinco, tungstato de cálcio, produzem ionização, impressionam filmes fotográficos e produzem modificações biológicas, somáticas e genéticas. 
Produção dos Raios X
Os raios x são produzidos quando uma corrente de elétrons, que se move em grande velocidade se choca com qualquer tipo de matéria. A maneira mais eficaz de produzir esta radiação é a utilização de tubos específicos para raios x, o tubo de raios x é formado por uma ampola de vidro ou cristal, hermeticamente fechada, dentro da qual existe vácuo e dois elementos principais: um ânodo e um cátodo.
O ânodo é de cobre e se estende de uma das extremidades do tubo até o centro. Sua face anterior, que está dentro do tubo, é constituída por um bloco de tungstênio (Tem um ponto de fusão muito elevado o que lhe permite resistir a um calor muito alto (3.380ºC), seu elevado número atômico (74) produz eficazmente muito mais radiações.), O pequeno ponto onde se chocam os elétrons chama-se PONTO FOCAL, que é na realidade a fonte de raios x.
No cátodo há um filamento de tungstênio enrolado em forma de espiral. Está situado em um recipiente em forma de copa, denominado de COPA ENFOCADORA, O suporte da copa enfocadora se estende para fora do tubo onde são feitas as conexões elétricas apropriadas.
Dentro do tubo, os raios são produzidos quando se aplica uma corrente elétrica que produz o aquecimento no filamento do cátodo. Com o aquecimento, o filamento fica incandescente, porém a finalidade não é a produção de luz, mas sim para que ele atue como uma fonte de elétrons. O cátodo é desenhado de tal forma que os elétrons formem um feixe corretamente direcionado, de tamanho e forma exatos para produzir um ponto focal desejado no ânodo. Ao se chocarem com o ponto focal, os elétrons param bruscamente, transformando a maior parte de sua energia em calor (99%), porém uma pequena parte (1 %) produzem os raios x.
Existem 02 tipos: fixo e giratório. O fixo apresenta óleo em seu interior para absorver o calor e o giratório foi idealizado para aumentar a resistência do ânodo e dar maior vida útil a ampola. Os elétrons que saem do filamento aquecido do cátodo, com carga elétrica negativa, são atraídos com grande velocidade para o ânodo positivo. Esta voltagem é expressa em quilovoltagem máxima (kvp). A KV controla somente a velocidade dos elétrons, que por sua vez produz uma ação muito importante que é o COMPRIMENTO DE ONDA dos raios x. Quando se aplica um potencial muito alto entre o ânodo e o cátodo, os elétrons são atraídos com muita força para o ponto focal. Quanto mais alta for a diferença de potencial (DDP), maior será a velocidade dos elétrons. Desta forma, são produzidos raios x de menor comprimento de onda, portanto com maior poder de penetração.
Quanto maior o KV, menor o comprimento de onda e maior poder de penetração.
O número de elétrons é controlado pela temperatura dada no filamento catódico pela ação do transformador de baixa voltagem. Quanto mais aquecido o filamento, maior será o número de elétrons que sairá em direção ao ponto focal. Em termos de trabalho isto corresponde a AMPERAGEM, entretanto como se utiliza pequenas quantidades estas são medidas em MILIAMPERAGEM (mA). A quantidade de radiação produzida num período de tempo, dependerá da mA utilizada durante a exposição radiográfica. Portanto a miliamperagem é inversamente proporcional ao tempo e esta relação é denominada de miliamperagem segundo (mAS).
Quanto maior a miliamperagem menor vai ser o tempo de exposição.
Fatores que interferem na formação da imagem radiográfica:
Distância entre a fonte de raio x e o objeto a ser radiografado- a intensidade de luz varia inversamente com o quadrado da distância da sua fonte (Fig. 06). Aumentando a distância foco-objeto a quantidade de radiação em um mesmo campo será menor, portanto os raios x são divergentes. Esta propriedade é também utilizada na proteção radiológica, uma vez que, quanto mais nos afastamos da fonte de radiação, menor será a quantidade de raios x que nos alcançará. A fonte de radiação deve ser a menor possível e o objeto radiografado deve estar o mais próximo possível do filme. Quando se radiografa um objeto, sua imagem poderá ser diferente na dependência de sua posição frente à fonte de radiação e o filme, dizendo-se então que houve distorção da imagem.
A imagem radiológica é determinada por sombras do objeto, variando do preto ao branco, passando por vários tons de cinza, na dependência do peso atômico, da espessura e da densidade da substância que compõe o objeto a ser radiografado. Grau de absorção dos raios depende:
Comprimento de onda: KV poder de penetração
Composição do objeto: Quanto maior o número atômico maior será a absorção dos raios x. Por isso o chumbo (82) é usado na proteção radiológica, absorve a radiação, determinando imagem radiopaca (branca).
Espessura e densidade do objeto: Objeto grosso absorve mais radiações do que objeto delgado de mesma constituição. Assim, o abdômen de um cão Pastor Alemão absorve mais raios do que o abdômen de um cão da raça Pinscher. densidade absorção.
Os ossos (constituído de cálcio) absorvem mais raios x do que os músculos e estes mais do que o ar contidonos pulmões. Os ossos imprimem imagem radiopaca na radiografia; o brometo de prata que compõe a emulsão do filme, não sendo atingido pela radiação não se reduz. Por outro lado, o ar que preenche os pulmões, oferece menor resistência à passagem das radiações, determinando imagem radiolucente, pois a radiação impressiona os sais de prata da emulsão, fazendo com que se reduza a prata metálica quando o filme é imerso no revelador.
Entre a densidade osso (radiopaco) e a densidade ar (radiolucente), existe a densidade água que corresponde aos músculos, tendões e sangue (menos radiopaco que o osso) e a densidade gordura (um pouco mais radiolucente que a densidade água).
Osso Água Gordura Ar
Radiopaco Radiolucente
Quando estruturas de mesma densidade se sobrepõe produzem efeito de adição da imagem. Ex 1. Dois ossos sobrepostos determinam imagem mais radiopaca do que a determinada por um único osso. Ex 2. Uma porção de duodeno com gases, sobreposta à imagem do estômago com o mesmo conteúdo, produz densidade mais radiolucente neste ponto do que nas regiões em que cada uma dessas estruturas aparece sozinha.
Quando estruturas de densidades diferentes se sobrepõe determinam efeito de subtração da imagem. Ex. Porção do duodeno com gases (radiolucente) sobreposta à imagem do fígado (radiopaco com densidade água) determina no ponto de sobreposição densidade menos radiopaca do que a característica deste órgão.
Os raios de maior comprimento de onda, em contato com os átomos do objeto, espalham-se em todas as direções. Estes raios produzem o que se chama de radiações dispersas, ou raios x dispersos. Devido a estes raios o objeto torna-se uma fonte de radiação que termina por alterar a nitidez a imagem, uma vez que as radiações indesejáveis atingem também a película radiográfica. As radiações dispersas posteriores a película são facilmente controladas pelo uso de placa de chumbo, colocada imediatamente após a película. Outra maneira é colimar o feixe de radiação somente na região a ser examinada, isto é conseguido através do uso do cone ou diafragma. Quando formos radiografar regiões espessas deveremos usar as grades antidifusoras (Potter-Bucky). A grade antidifusora é composta de material radiotransparente (como o alumínio) intercalado com chumbo que absorve a radiação difusa, enquanto a radiação primária passa livremente, para se proteger da radiação deve-se diminuir o tempo de exposição e aumentar a distancia e usar barreiras, tais como:
Colimar o feixe útil através do uso de cones ou diafragmas, dirigindo-o para o chão.
Trabalhar com a menor miliamperagem segundo e a maior quilovoltagem disponível.
Pedir aos clientes para auxiliarem na contenção dos animais.
Distanciar-se o máximo possível da fonte de raios x.
Usar luvas, aventais e protetores de tireóide plumbíferos.
Servir-se de barreiras de proteção (biombos de chumbo/paredes baritadas).
Não permitir a presença de menores de 18 anos e gestantes na sala de exame radiográfico.
O registro da imagem radiográfica pode ser uma imagem temporária que é feita em radioscopia/fluoroscopia, sendo utilizado um écran fluorescente, ou imagem permanente que são as radiografia, utilizando-se de películas fotossensíveis. 
O Écran reforçador é um cartão relativamente resistente, colocado em ambos os lados do chassi, ficando a película radiográfica entre os dois no momento da exposição radiográfica. É constituído por um cartão de papelão ou plástico, em volta do qual existem cristais de tungstato de cálcio, ou outro elemento fluorescente, mesclados com adesivos especiais. Os cristais absorvem a energia e emite luz, cuja intensidade é diretamente proporcional a intensidade das radiações. Quanto mais grosso for o écran maior será o seu poder reforçador e quanto maior o tamanho dos cristais mais luz será emitida. Écran intensificador fluorescente: fósforos de terras raras emitem grande parte de sua luz na faixa verde do espectro, produz 3X mais luz do que o de tungstato de cálcio, permitindo assim uma redução no tempo de exposição radiográfica.
O Chassi é um dispositivo a prova de luz utilizado para proteger o écran-filme. O chassi utilizado para radiografias é rígido o suficiente para produzir um contato uniforme e não desgastar com o tempo de uso. Tomar cuidado no seu manuseio para não alterar sua estrutura com batidas e riscos, prejudicando assim a formação da imagem radiográfica. 
A película radiográfica É composta por microcristais de haleto de prata (elementos halógenos: bromo, cloro, iodo...) suspensos em gelatina. Constituída de emulsão de gelatina e base de celulose.
Emulsão: gelatina e sais de prata colocada de ambos os lados, proporciona maior contraste, maior velocidade, menor tempo na revelação, fixação e secagem. Sensível á luz e raios x.
Celulose: rígida o suficiente para suportar o manuseio. Manipulação: Tº 18 a 20ºC, umidade: 40 a 60%, armazenamento: caixas em pé, velocidade de retirada da caixa e de carregar o chassi.
A revelação do filme radiográfico pode ser automática ou manual, constituindo de 4 operações:
Câmara de revelação (Câmara escura): Local para realização de todos os processos feitos com as películas (identificação, carregar chassi, revelação e fixação).
Revelador: sua função é transformar a imagem latente em imagem real visível. Fazendo com que os cristais de haleto de prata, que foram sensibilizados pelos raios x, se transformem em prata metálica (negra). Não tem ação sobre os cristais não sensibilizados, esses são removidos através da fixação.
Fixador: sua função é retirar os cristais de prata não sensibilizados pelos raios x, para que posteriormente não haja precipitação dos mesmos quando expostos à luz natural. Endurece a gelatina para facilitar a secagem das radiografias. É o responsável pela manutenção da qualidade da radiografia.
Lavagem: para a radiografia permanecer inerte à luz ou a atividade química só deve conter a prata revelada. Se ela não for corretamente lavada irá eventualmente se descolorir e desbotar.
O processamento automático foi desenvolvido devido ao aumento da demanda por radiografias de melhor qualidade em um menor tempo possível, foram desenvolvidas as revelações automáticas. 
A técnica radiográfica é utilizada pelo fato dos animais apresentarem diferentes tamanhos, aconselha-se utilizar a técnica onde a espessura e a região a ser radiografada são os dados iniciais para se obter os valores do KV e mAS.
KV = E x 2 + CF, onde: E = espessura (cm) CF = constante filme (20)
OSSOS: KV = mAs TÓRAX: mAs = KV / 10 ABDÔMEN: mAs = KV x 2
Introdução à ultrassonografia 
O som, ocorrência natural observado pelos seres vivos é um dos mais importantes eventos vitais que faz parte do conjunto da percepção sensitiva do homem, gerado pela propagação de uma vibração em um meio elástico (sólidos, líquidos e gasosos).
Baseado no fato de que as ondas sonoras não são ionizantes e, portanto, inócuas aos seres vivos, têm sido usadas com frequência para fins diagnósticos e terapêuticos. No âmbito das ciências médicas o ultra-som (som de alta frequência) tem ocupado posição importante entre os mais eficazes métodos modernos de diagnósticos não invasivos.
Alguns mamíferos, como morcegos e mamíferos aquáticos, têm a capacidade natural de obter informação através da detecção de ultrassons. A natureza não dotou o Homem desta capacidade, por isso este teve de construir máquinas apropriadas para poder visualizar imagens obtidas a partir de ultrassons. Os exames ultrassonográficos são amplamente utilizados, sendo um indispensável teste de diagnóstico por imagem. É um exame altamente dependente da interação entre o ultrassonografista, paciente e máquina (não utiliza radiação eletromagnética). 
O som viaja em ondas e carrega informações de um local para outro. Ele transmite energia por regiões de baixa pressão e alta pressão alternada, as ondas sonoras necessitam de um meio através do qual viaja. Frequência, comprimento de onda e a velocidade são parâmetros utilizados para descrever as ondas sonoras.O ecógrafo é um aparelho capaz de transformar energia elétrica em mecânica, promovendo a vibração de cristais piezoelétricos. O equipamento de ultrassonografia é composto por um transdutor, também conhecido por sonda ou probe, um monitor e um software. O transdutor contém um cristal (ou cristais) piezoelétrico que vibra ou pulsa ao receber impulso elétrico, emitindo ondas de ultrassom. Em íntimo contato com a pele do paciente, o som atravessa os tecidos até que ele atinja uma superfície refletora a partir da qual é refletida de volta para o transmissor, o qual também funciona como um receptor as quais emitem eco que é captado pelo próprio transdutor. A onda sonora (eco) captada é transformada em pulso elétrico, a um computador que processa os sinais e as exibe em uma tela como uma representação bidimensional (2-D). A profundidade que o som alcança depende da frequência do transdutor. 
O ultrassom significa ondas sonoras de alta frequência inaudíveis para o ouvido humano. A frequência é definida como o número de vezes que uma onda é repetida (ciclos) por segundo. Frequência sonora audível é da ordem de 50 a 20.000 kilohertz (kHz 1 = 1000 ciclos por segundo). Frequência de milhões de ciclos/s tem um curto comprimento de onda (essencial para uma boa resolução da imagem), ultrassom: 2 a 15.000.000 ciclos/s ↔ 2 a 15 MHz.
O comprimento de onda é a distância que a onda percorre durante um ciclo, sendo importante para a resolução da imagem, a frequência e o comprimento de onda são inversamente relacionados quanto menor o comprimento de onda, maior a frequência e melhor a resolução, a profundidade que o som penetra no tecido é inversamente proporcional à frequência empregada, sons de alta frequência são mais atenuados que sons de baixa frequência, atingindo menor profundidade. 
Transdutores de alta frequência (8 - 10 MHz) são mais indicados para exame abdominal de estruturas superficiais, felinos e cães de pequeno porte.
Transdutores menor frequência (3,5 - 7,5 MHz) são mais utilizados para cães de porte grande e médio.
A velocidade é o valor o qual o som se propaga através de um meio acústico, que é determinado pela densidade física e a rigidez (dureza) do meio de transmissão. A velocidade é maior em sólidos (as moléculas estão mais próximas, de modo que as ondas sonoras são transmitidas mais rápidas), menor nos líquidos, e menor em gases (as moléculas são afastadas, e as ondas sonoras se propagam de forma mais lenta). Clinicamente, as ondas sonoras viajam mais rápido no osso e mais lento nos pulmões cheios de gás. Para uma velocidade constante, a frequência e comprimento de onda tem uma relação inversa de modo que à medida que a frequência aumenta, o comprimento de onda diminui, e vice-versa. 
Conforme a posição do transdutor na superfície corporal do animal será determinada a orientação da imagem. Esta poderá ser longitudinal (sagital) ou transversal.
O ultrassom, em geral, se propaga através de líquidos, tecidos e sólidos.
O ultrassom sofre reflexão (É a propriedade que uma onda sonora tem de refletir quando encontra uma superfície de separação entre dois meios elásticos diferentes.) e refração (É a mudança de velocidade e de direção que sofre a onda sonora ao passar de um meio elástico a outro) nas interfaces onde ocorre uma mudança na densidade.
O ultrassom ao se propagar em um meio e ao passar de um meio para outro, sempre sofre atenuação da intensidade do sinal, devido aos efeitos de absorção, reflexão e espalhamento.
Piezoeletricidade: É a propriedade que certos materiais apresentam quando a aplicação de uma voltagem nos eletrodos de sua superfície causa uma deformação mecânica numa certa direção. Esse é o chamado “efeito piezoelétrico direto” (quartzo, turmalina, Sal de Rochelle, Titanato de Bário, Titanato Zirconato de Chumbo (PZT)).
O “efeito piezoelétrico inverso” quando a aplicação de uma força mecânica na superfície do material resulta no aparecimento de uma força mecânica na superfície do material resulta no aparecimento de uma voltagem nos eletrodos.
A técnica de ultrassom para diagnóstico compreende basicamente três modos:
Princípios básicos do Modo A (de Amplitude): é o modo mais simples de operação de um sistema de ultrassom. Pulsos de ultrassom de curta duração são enviados por um único transdutor que também funciona como receptor dos ecos refletidos nas interfaces.
Princípios básicos do Modo B(de Bidimensional): é o sistema mais usado para obtenção de imagens do interior do corpo humano ou de animais. Sistemas mais sofisticados permitem o uso de vários transdutores, multifrequência e inúmeros recursos de pré-processamento na geração da imagem e de pós-processamento da imagem congelada no monitor.
Modo M (de Movimento).
Sobre o acoplamento do transdutor pode ocorrer impedância acústica que é a resistência oferecida pelo tecido à propagação das ondas ultrasônicas. Um eco é gerado numa interface quando existe uma diferença na impedância acústica entre os dois meios.
Considerações sobre reflexão e espalhamento:
Maiores reflexões ocorrem nas grandes interfaces, por exemplo: na camada de gordura subcutânea e no músculo. É importante que o ângulo de incidência seja perpendicular à superfície para que o eco refletido retorne para o transdutor. Ocorre espalhamento das ondas ultrasonicas nas interfaces pequenas (partículas menores que o comprimento de onda do ultrasssom), por exemplo: gordura intramuscular. Distribuição aleatória de interfaces dá origem a interferência construtiva e destrutiva, causando artefatos na imagem.
Considerações sobre ganho e atenuação:
Ao se propagar através dos tecidos a onda ultrasônica sofre atenuação. Depois de se refletir em uma interface e ao retornar para o transdutor também sofre atenuação. Assim, os pulsos de eco chegam ao transdutor em tempos diferentes e os pulsos refletidos na interface mais distante têm a intensidade do sinal diminuída devido à atenuação sofrida no caminho percorrido. Para compensar esse fato, os sistemas de ultrassonografia tem um amplificador especial chamado de “controle de ganho no tempo”.
Artefatos de imagens
Reverberação: Ocorre quando a onda sonora está perpendicular a um objeto altamente refletivo, como gás ou metal. A reflexão sonora encontra o transdutor, volta para o organismo, é refletido novamente e quando esse eco retorna é recebido com um sinal espacial duas vezes mais profundo que o refletor original, devido ao maior tempo de retorno. É uma imagem de linhas ecogênicas sucessivas, paralelas à superfície da pele, determinadas pela repetição do eco devido a ar ou gás na trajetória do ultrassom. 
Reverberação externa: quando o contato entre o transdutor e a pele não é total, determinando a imagem de reverberação desde o topo da imagem ecográfica. 
Reverberação interna: determinada por gases no interior do corpo do paciente.
Sombra acústica: Causada por materiais de alta densidade (osso, cálculos, metais), que absorvem o feixe sonoro, havendo produção de eco somente na sua superfície. É uma zona anecóica determinada por estrutura hiperecóica que impede a progressão do ultrassom nos tecidos, refletindo-o completamente. Ex: Cálculo urinário – hiperecóico (determina sombra limpa), cólon com gases (determina sombra suja).
Reforço acústico posterior: Quando o feixe sonoro passa por uma estrutura repleta por líquido ele quase não encontra resistência. Uma estrutura anecóica (conteúdo líquido) conduz muito bem o som, fazendo com que este chegue com muita intensidade nos tecidos posteriores à mesma, determinando imagem hiperecoica. Ex: bexiga com urina.
Sombreamento de bordos: Ocorre quando a onda incidente interage com uma superfície curva. A onda sonora diverge, resultando numa estreita sombra junto à superfície curva, ou seja, é uma sombra acústica distal à estrutura arredondada, causada pela refração das ondas sonoras. 
 
Imagem de espelho: São desenvolvidas reverberações entre uma massa ou estrutura e a superfície refletiva. Esse fenômeno duplica o tempo de retorno do eco, originando uma imagemsemelhante dorsalmente à superfície refletiva. Desta forma surge uma imagem dupla de uma estrutura, causada por interface arredondada, altamente reflexiva, como por exemplo, o diafragma em relação aos pulmões, o que poderá determinar imagem do fígado posterior ao diafragma, além da imagem normal, anterior ao mesmo.
Num aparelho de ultrassom, o responsável pela produção das ondas sonoras é o transdutor. Através de estimulação mecânica (vibração) ou elétrica (cristais piezoelétricos) há emissão de certa frequência acústica, capaz de penetrar nos tecidos corpóreos e se espalhar transmitindo-se de uma molécula para outra. Por causa da formação da imagem a partir dos ecos sonoros, a ultrassonografia também pode ser chamada ecografia. As alterações observadas são descritas da seguinte maneira:
ecogênico (ou ecóico) – capaz de produzir eco.
hipoecogênico (ou hipoecóico) – produz pouca quantidade de eco (cinza escuro).
hiperecogênico (ou hiperecóico) – produz muito eco (cinza claro ou branco).
anecogênico (ou anecóico) – não produz eco (preto).
isoecogênico (ou isoecóico) – quando estruturas têm a mesma ecogenicidade. 
Principais técnicas radiográficas contrastadas em pequenos animais
Radiografias contrastadas: Auxiliam na visualização de órgãos ou estruturas que não são visíveis em radiografias simples.
Contrastes negativos: São os gases. Possuem baixa densidade. São mais radiolucentes do que os tecidos moles aparecem pretos nas radiografias. Ex.: ar, oxigênio, óxido nitroso e dióxido de carbono.
Contrastes positivos: Contém elementos com alto número atômico. São radiopacos e aparecem brancos nas radiografias. Ex: sais de metais pesados insolúveis (BaSO4 - sulfato de bário) e compostos iodados orgânicos.
Duplo contraste: Quando se utiliza o contraste positivo e o negativo ao mesmo tempo. 
Classificação dos meios de contraste:
Agentes empregados para demonstração do trato digestório: radiopacos, drogas insolúveis, não podem ser absorvidas pela mucosa, sulfato de bário, Bariogel, Celobar, Neobar. 
Agentes hidrossolúveis: radiopacos, derivados do iodo orgânico, Hypaque® 50%, Conray® 400, Amipaque® , Pielograf® 70% rapidamente absorvidos e eliminados, predominantemente excretado pelos rins.
Agentes excretados pelo sistema biliar (Colecistopacos): radiopacos, derivados do iodo orgânico, excretados pelo fígado (visualização da vesícula biliar), Telepaque®, Biligrama® , Biligrafina® 30%.
Agentes viscosos e oleosos: radiopacos, usados para evitar a rápida, absorção e eliminação, evitam irritação local, árvore brônquica, útero e mielografia, Lipiodol®, Iopamirol® 300, Optiray, Ioversol.
Agentes gasosos: radiolucentes possuem baixa densidade ar, oxigênio.
Sulfato de bário: pode causar reação granulomatosa se fora do trato digestório.
Iodo: solução hipertônica. Não deve ser usado em pacientes desidratados.
Contrastes negativos: morte por embolia vascular.
TÉCNICAS RADIOGRÁFICAS DO SISTEMA DIGESTÓRIO
Esofagograma é o estudo morfológico e funcional do esôfago pela administração oral de sulfato de bário. 
Indicações: para avaliar a anatomia da faringe e do esôfago, para avaliar a posição e situação do esôfago em relação a outras estruturas e para detectar ou confirmar suspeita de doenças esofageanas que não aparecem nas radiografias simples.
Contra indicações: nos casos de ruptura ou perfuração esofágica (administrar contraste iodado orgânico na dose de 10 a 20 ml), em animais com inabilidade para engolir
Preparo do animal: jejum de 12 horas (em alguns casos não é necessário), remoção de coleiras em torno do pescoço, radiografias simples para avaliação geral (LL e VD oblíqua).
Meio de contraste: Sulfato de bário: Bariogel®, Dose: 2 a 6 ml / Kg (10 a 20 ml em média), em pasta.
Técnica: Administração do contraste, RX imediatamente após a administração do contraste nas projeções LL e VD oblíqua.
Achados normais: O esôfago aparece como uma série de linhas paralelas e regulares de largura quase uniforme, as quais correspondem as criptas longitudinais entre as pregas da mucosa esofageana. Lembrar que as pregas da mucosa esofageana no gato são longitudinais no esôfago torácico cranial e oblíquas no esôfago torácico caudal (aspecto de espinha de peixe).
Trânsito gastrointestinal É o estudo morfológico e funcional do estômago e intestino delgado pela administração oral de sulfato de bário.
Indicações: Estômago: corpo estranho radiolucente, estenose de piloro, hérnia diafragmática, úlceras e neoplasias. I.D.: obstrução por corpo estranho radiolucente, intussuscepção, neoplasias, mau formação, tempo de trânsito e avaliação da superfície da mucosa
Contra indicações: Estômago: É contra indicado quando existir alimento ou líqüido no estômago. I.D.: É contra indicado se existir razão para se suspeitar de ruptura ou perfuração do I.D. Em tais casos pode-se utilizar no lugar do sulfato de bário, um opacificante hidrossolúvel. 
Técnica: Jejum por 24 horas, Administração de laxantes e antifiséticos, Enema com solução salina morna, RX simples para avaliação geral, Administração oral de sulfato de bário: Bariogel®, Dose: Cães e gatos: 8 a 10 ml / Kg	
Duplo Contraste: Após a administração do sulfato de bário administrar de 6 a 12 ml de ar por Kg de peso corporal via sonda gástrica ou administrar oralmente material efervescente que libere de 6 a 12 ml de gás por Kg de peso ou ainda administrar bebida altamente carbonatada. Suspeita de ruptura: administrar 2ml/kg de iodo.
Achados normais: Estômago: o estômago deve ficar uniforme e regularmente distendido. A luz não deve apresentar defeitos de preenchimento e a espessura da parede deve estar uniforme. As pregas rugosas do estômago distendido devem ser grosseiramente paralelas e a sua largura individual não deve exceder a distância entre as pregas adjacentes. Gatos: Padrão de "colar de pérolas" no duodeno é uma variação normal. I.D.: o intestino delgado deve aparecer uniformemente distribuído pela cavidade peritoneal. Não deve haver defeitos de preenchimento entérico. A luz do I.D. geralmente se apresenta com largura uniforme e não devem haver extensas regiões de estreitamento luminal persistentes em radiografias seqüenciais.
Enema baritado: Administração via retal de sulfato de bário para visualização do posicionamento e doenças do cólon e do ceco.
Indicações: Má formação, obstrução por corpo estranho radiolucente, estenose, ectopia, neoplasia e intussuscepção íleo-ceco-cólica.
Contra indicações: É contra indicado quando se suspeita de obstrução, ruptura, perfuração do cólon e após biópsia recente quando se pensa em cirurgia imediata.
Técnica: Jejum por 24 horas, Administração de laxantes, Enema com água morna para retirada das fezes, RX nas projeções LL e VD para avaliação geral, Sulfato de bário: Bariogel® via retal na dose de 20 a 30 ml / Kg, RX imediatamente após a administração LL e VD, Deixar o animal eliminar o contraste e repetir os RX nas projeções VD e LL.
Duplo contraste: Após o esvaziamento do intestino grosso, preenchê-lo com volume de ar igual à quantidade de contraste administrada e repetir as radiografias nas projeções VD e LL (radiografia de relevo - pós-evacuação).
Achados normais: O cólon deve ficar uniformemente distendido e com um contorno liso. Ele tem a forma de um ponto de interrogação na posição VD. Se encontra num plano quase paralelo ao da coluna, na projeção lateral e fica localizado entre a coluna e a parede ventral do corpo.
TÉCNICAS CONTRASTADAS DO SISTEMA URINÁRIO
Urografia excretora: Administração intravenosa de composto iodado orgânico hidrossolúvel que será rapidamente excretado pelos rins. Avalia qualitativamente a função renal. Permite a avaliação do tamanho, forma e localização dos rins, ureteres e bexiga. 
Indicações: Nas suspeitas de cálculos renais radiolucentes, cálculos ureterais radiolucentes ou compressões, ruptura de ureter, hidronefrose, ectopia ureteral, parasitose renal, neoplasias e cistite.
Contra indicações: É contra indicado em animais severamente debilitados, especialmentena presença de desidratação marcante (contraste é hipertônico).
Contraste: Diatrizoato de meglumine: Hypaque 300 mg/ml, Iothalamato de meglumine: Conray 400 mg/ml, Optiray, Iversol
Técnica: Jejum alimentar de 24 horas e hídrico de 12 horas, Administrar 24 horas antes laxante e antifisético (luftal), RX simples LL e VD para avaliação geral, Esvaziar a bexiga antes da administração do contraste, Administrar IV o contraste na dose de 750 mg / Kg, Se a função renal estiver anormal (aumento de uréia e creatinina) a dose deve ser dobrada. 
Achados normais: Ambos os rins devem ser visualizados e devem ter um contorno liso, lembrar que os rins dos felinos são mais arredondados e sua posição é mais variável. A imagem cortical renal deve estar difusamente opacificada indicando uma função uniforme em todas as áreas. Ambos pelves e ureteres devem ser visualizados (devido as longas ondas peristálticas somente porções de cada ureter podem ser visualizadas). Os ureteres devem ser retilíneos. As pelves e os sistemas coletores terão uma densidade tênue, freqüentemente um contorno incompleto. A bexiga deve se opacificar progressivamente e não deve conter falhas de preenchimento. A parede vesical deve ter um contorno liso e uma espessura uniforme. 
	Nefrograma: Opacificação difusa do parênquima renal. Demonstra o suprimento vascular, a perfusão do rim e documenta a presença de tecido funcional renal.
Pielograma: O contraste é filtrado no interior do sistema coletor renal com a urina; a pelve e o recesso renal serão opacificados.
Uretrocistografia: Consiste na administração de composto iodado orgânico através da uretra para a sua visualização e da bexiga urinária.
Indicações: Uretra: Na obstrução em seus vários segmentos por causas intra e extra uretrais (cálculo radiolucente, tumor, inflamação). Bexiga: Cistite, cálculo radiolucente, neoplasia de parede, ruptura, mal formações, hematúria e ectopia.
Contra indicações: Bexiga: atonia vesical. Uretra: não há contra indicações, exceto nos animais com hipersensibilidade ao contraste. 
Técnica: RX nas projeções LL e VD para avaliação geral do abdome, Esvaziar a bexiga, Introdução de cateter na porção distal da uretra. Administração do contraste: 6 a 12 ml / Kg de iodo orgânico para visualização da bexiga, 6 a 12 ml / kg de ar (contraste negativo), 2 a 5 ml de iodo orgânico: Pielograf® e ar: duplo contraste, 5 a 10 ml de iodo orgânico (iodeto de sódio) para visualização da uretra, RX nas projeções VD e LL.
Pneumocistografia: Mesma técnica da uretrocistografia, usando-se ar como contraste. Indicada para cálculos radiopacos e na suspeita de aumento de volume prostático.
TÉCNICA RADIOGRÁFICA PARA MEDULA ESPINHAL
Mielografia: administração de contraste iodado - iopamidol (iopamirol® 300 mg) dentro do espaço subaracnóide.
Indicações: qualquer processo compressivo da medula que seja impossível identificar em rx simples, subluxação e luxação com compressão medular, protrusão de disco intervertebral, neoplasias.
Contra indicações: Nos casos de mielite.
Técnica: jejum de 24 horas para animal ser anestesiado, tricotomia e anti-sepsia do local, punção com agulha 100x10 com mandril entre l4 e l5 ou l5 e l6 se a lesão for baixa; ou na cisterna magna se a lesão for alta. Injetar contraste na dose de 0,3 a 0,5 ml / kg, dependendo do tamanho do animal, tomando-se o cuidado de se retirar igual quantidade de líquor e mandar para exame laboratorial. O contraste deve ser injetado de maneira lenta e com pressão uniforme, sem executar movimentos bruscos com o animal. Em seguida radiografa-se nas projeções vd e ll.
Achados normais: o contorno mielográfico deve ser aproximadamente o do espaço subaracnóide normal. A largura da coluna radiopaca deve ter uma magnitude uniforme sobre quase toda a sua extensão.
Epidurografia: Estudo radiográfico do canal vertebral realizado após a injeção do contraste no espaço epidural caudal.
Características: Útil para estudar o canal vertebral entre L5 e S3. Dose: 0,15 a 0,30 ml/kg, Radiografar imediatamente após a administração, Locais de injeção: L7-S1, S1-Co1 ou Co1-Co2, Mesmos contrastes, preparos e cuidados utilizados para a mielografia, Cães normais não ocorre a elevação da linha de contraste no disco intervertebral localizado entre L7-S1.
Alterações Radiográficas do Sistema Digestório em Pequenos Animais
Alterações radiográficas do esôfago:
Corpo estranho: Locais mais comuns: cranial a entrada do tórax, cranial a base do coração, entre a base do coração e o diafragma
Sinais Radiográficos: Dilatação do esôfago proximal à obstrução pode estar presente se a obstrução for completa. Tipos: radiopaco e radiolucente. Complicações: obstrução parcial ou total
Megaesôfago: Sintoma clínico da dilatação esofágica, comum a um número de entidades nosológicas de causas variadas. Pode ser congênito ou adquirido e pode acometer todo o esôfago ou parte dele.
Sinais Radiográficos: Dilatação do esôfago por líquido, ar ou alimentos, Deslocamento ventral da traquéia e coração se a dilatação for severa, Pneumonia por aspiração nos lobos pulmonares cranial e medial. Radiografia Contrastada: Preenchimento da dilatação esofágica por sulfato de bário.
Anomalia do anel vascular: Congênita, Sinais aparecem quando troca alimento líquido por sólido, O tipo mais comum de anomalia do anel vascular é a persistência do 4o arco aórtico direito, neste caso a dilatação é cranial. 
Sinais Radiográficos: Dilatação do esôfago cranial à base do coração, Deslocamento ventral da traquéia e coração, Presença de constricção no esôfago, Pneumonia por aspiração. 
Exame contrastado: Esôfago dilatado por conteúdo anterior à base do coração, Forma, volume e localização da estenose esofágica será visível, Diferença entre megaesôfago e persistência do 4o arco aórtico: Megaesôfago: dilatação em toda extensão esofágica. Persistência: dilatação anterior a base do coração.
Parasita (spirocerca lupi): A família canina atua como hospedeiro definitivo desta parasita que habita a parede do esôfago. Spirocerca lupi invade a parede esofágica durante o estágio larvar, provocando reação granulomatosa. 
Sinais Radiográficos: Aumento de densidade entre a base do coração e o diafragma, Espondilose é freqüentemente observada no aspecto ventral das vértebras torácicas (7a a 10a), Radiografia contrastada: Determina o grau de oclusão esofágica.
Neoplasia esofageana: Pouco comum em cães e gatos. As neoplasias mais comuns são o carcinoma de células escamosas e o fibrossarcoma. 
Sinais Radiográficos: O esôfago pode parecer normal se a lesão for pequena, Se ocorrer obstrução esofágica, cranialmente à obstrução teremos esôfago dilatado e preenchido por gás ou fluído. Exame contrastado: Estenose esofágica pode estar presente, Irregularidade esofágica pode estar presente. 
Alterações radiográficas do Estõmago
R: Decúbito lateral direito: Gás presente no fundo do estômago e líquido presente no antro pilórico. 
L: Decúbito lateral esquerdo: Líquido presente no fundo e gás presente no antro pilórico.
Corpo estranho: Muito comum em cães e gatos. Localizam-se geralmente no piloro obstrução. Podem ser: Radiopaco e Radiolucente.
Sinais Radiográficos: Corpo estranho radiopaco facilmente identificado
- Corpo estranho radiolucente pode ser visível devido a bolha gástrica envolvê-lo, Realização de radiografias repetidas no dia seguinte podem auxiliar na diferenciação entre alimento e corpo estranho no lúmen gástrico.
Radiografia contrastada: Tecidos ou corpos estranhos porosos freqüentemente retém bário após o esvaziamento gástrico, Corpo estranho menos permeável aparecerá como uma falha de preenchimento quando o estômago estiver preenchido pelo contraste.
Gastrite: Pode ser aguda ou crônica. Os sinais clínicos e radiográficos não são específicos. Melhor diagnóstico é realizado por endoscopia.
Sinais Radiográficos: exame contrastado, defeito de preenchimento, parede e pregas gástricas espessadas, esvaziamento gástrico rápido (menos de trinta minutos) e aumento dotamanho das pregas gástricas- irregularidade das pregas.
Ùlcera gástrica: Sua ocorrência é rara. Normalmente as pequenas são benignas. Úlceras maiores estão relacionadas a tumores malignos (adenocarcinomas e linfossarcomas).
Sinais Radiográficos: o estômago pode estar normal ou pode apresentar área de espessamento localizada. exame contrastado, há interrupção das pregas gástricas, pequenas úlceras não são identificadas, as pregas da mucosa adjacente á ulcera podem estar espessadas e irregulares, localização: pequena curvatura e antro pilórico.
Obstrução de piloro: Pode ser causada por espasmo de piloro, hipertrofia de piloro, corpo estranho, neoplasia, estenose.
Sinais Radiográficos: atraso no esvaziamento gástrico, estômago dilatado por gases e conteúdo, corpo estranho radiopaco, exame contrastado, atraso no esvaziamento gástrico, animal c/ espasmo dar anti-espasmódico (esperar 40 minutos se passar: espasmo). Observa-se estreitamento do piloro na hipertrofia e neoplasia: sinal de fio e sinal de bico.
Dilatação e torção gástrica: Comum em animais de tórax profundo e estreito
 (Dobermam, Dogue Alemão, Fila Brasileiro, e outros). Pode ser causada por sobrecarga alimentar + exercício, estenose ou obstrução de piloro, excessiva ingestão de água, retenção gástrica... A dilatação pode existir sem a torção e ser uma condição aguda, porém a torção é sempre precedida pela dilatação. 
Sinais Radiográficos: 
DILATAÇÃO: Estômago aumentado e distendido por gases e/ou alimento, Intestino é deslocado caudalmente, Piloro com localização normal 
TORÇÃO: Rotação estomacal, Compartimentalização gástrica: prega gástrica, Piloro deslocado dorsalmente e Esplenomegalia.
Neoplasia gástrica: É rara em cães e gatos. Neoplasias mais comuns: adenocarcinoma (cão) e linfossarcoma (gato). Localização mais comum: curvatura menor do estômago. 
Sinais Radiográficos: estômago pode parecer normal, massa radiopaca no lúmen, espessamento da parede, exame contrastado, parede gástrica espessada e ulcerada, falhas de preenchimento no lúmen e ausência ou distorção das pregas gástricas. 
Alterações Radiográficas do Intestino Delgado
Enterite: Normalmente é um diagnóstico de exclusão. Ocorre na maioria das vezes secundariamente a infecção bacteriana ou viral como: Panleucopenia canina e felina, gastroenterite hemorrágica e parvovirose. Pode ser aguda ou crônica.
Sinais Radiográficos: Estômago e I.D. estão vazios, As alças do intestino delgado estarão preenchidas por gás, porém não estarão dilatadas. 
Trânsito Gastrointestinal: Tempo de trânsito rápido (enterite aguda), Irregularidade da parede, Espessamento da parede. 
Obstrução intestinal (íleo): Comum em cães e gatos, frequentemente devido a ingestão de corpo estranho. Outras causas incluem: neoplasia de I.D., intussuscepção e hérnia diafragmática ou peritoneal.
Sinais Radiográficos: Corpo estranho radiopaco é facilmente identificável, Se for agudo: distensão exagerada das alças por líquido ou por gás.
Trânsito Gastrointestinal: Demora no tempo de trânsito intestinal próximo à obstrução, Se a obstrução for parcial o tempo de trânsito e a aparência da alça distal à obstrução frequentemente estará normal, Na obstrução parcial: C.E. fica delineado após passagem do contraste, Na obstrução total: o contraste fica cranial à obstrução.
Corpo estranho: Comum em cães e gatos. Pode ser linear (linha, barbante, fita de papel...), esférico ou irregular. C.E. linear é freqüentemente encontrado em ponto proximal do I.D., nas imediações da base da língua, esôfago ou estômago.
Sinais Radiográficos: C.E. radiopaco, C.E. radiolucente (Ex: caroço de fruta, pedaço de plástico, espiga de milho, bico de mamadeira, bola de borracha...) podem ser identificados se houver gás o envolvendo, Quantidade variável de gás ou fluído no íleo pode estar presente proximal à obstrução
Trânsito Gastrointestinal: Aparência clássica do C.E. linear: alças pregueadas podendo estar agrupada ao redor do objeto, Se houver obstrução completa por C.E. não linear, o objeto pode não ser aparente, porém o completo bloqueio do bário pode ser observado no local da obstrução, Se a obstrução for parcial o bário poderá se acumular ao redor do C.E., envolvendo-o após a passagem do bário. O intestino estará pouco dilatado e com o diâmetro irregular próximo à
Obstrução. 
Intussuscepção: Ocorre mais freqüentemente em cães e gatos jovens, secundário a hipermotilidade intestinal devido a infestação por Ascáris, mas pode ocorrer devido a outra causa que leve a hipermotilidade. Em animais idosos pode ser secundária a estreitamento intestinal causado por neoplasias. A porção proximal do intestino com intussuscepção estará no interior da porção distal. Ocorre mais comumente nas junções íleo-cólica, mas pode envolver qualquer segmento do intestino.
Sinais Radiográficos: Pode parecer como uma massa intestinal com forma de salsicha no abdome medial ou caudal, Presença de gás ou líqüido no íleo, ocorre proximal a obstrução, o grau e a extensão do íleo vai depender da localização e da duração da obstrução, Radiografia Contrastada.
Trânsito Gastrointestinal: íleo obstrutivo contendo bário imediatamente proximal à intussuscepção, uma linha fina de bário pode ser observada estendendo-se para o interior do segmento invaginado.
Enema Baritado: junção íleo-cólica / cólon / ceco, Um segmento de intestino com intussuscepção aparece como um defeito de preenchimento dentro do cólon, a extensão da falha de preenchimento vai depender do grau da obstrução.
Neoplasia intestinal: Rara e quando ocorre afeta cães e gatos idosos. A maioria das neoplasias são primárias: adenocarcinoma, linfosarcoma, leiomioma e leiomiosarcoma. Podem causar obstrução parcial ou total.
Sinal Radiográfico: Pode parecer normal e pode ocorrer calcificação distrófica da massa. 
Radiografia Contrastada: defeito irregular de preenchimento, pode haver estreitamento anular com aparência de anel de guardanapo (adenocarcinoma), fluído ou gás no íleo está usualmente presente proximal à lesão, pode causar a obstrução do intestino causando a impactação do bário proximal à obstrução.
Alterações radiográficas do Intestino Grosso
Colite: É a inflamação do cólon. Acomete cães e gatos.
Enema Baritado: irregularidade da mucosa e úlceras de tamanho e forma variadas, casos crônicos: cólon diminuído, estreito e indistensível, espasmos dos segmentos do cólon, dilatação do cólon, mucosa intestinal serrilhada, colite aguda pode não causar mudanças radiográficas visíveis, pregas da mucosa espessadas. 
Neoplasias do cólon e reto: ocorre mais em cães idosos. a maioria das neoplasias são primárias: adenocarcinoma, leiomiossarcoma e linfossarcoma (menos comum). a maioria das neoplasias envolve o 1/3 distal do cólon. não é comum. fezes com sangue, constipação diarréia ou tenesmo são os principais sintomas clínicos observados.
Sinais Radiográficos: porção afetada estará fixada e indistensível, irregularidade da mucosa e ulceração estão presentes, neoplasias retais mostram grande falha de preenchimento no enema baritado, estudo com duplo contraste pode ser necessário para avaliar a presença de pólipos, constricções anulares resultantes de neoplasias podem resultar em pseudomegacólon.
Corpo estranho: Corpo estranho usualmente passam por toda a extensão do intestino sem conseqüência, entretanto se o C.E. for pontiagudo (ex: agulha de costura) ou redondo (ex: pedra) poderá se alojar proximal ao esfíncter anal.
Sinal Radiográfico: C.E. radiopaco: facilmente identificável
Enema Baritado: C.E. radiolucente leva a uma falha de preenchimento no reto
Retenção fecal – constipação: Evidenciada pela presença persistente de material fecal dentro do cólon e reto. As massas podem ser muito densas se aproximando da densidade óssea. Há vários de retenção até chegar em fecaloma.
Megacólon: É uma grande dilatação do cólon. A idade em que a condição é reconhecida vai depender da causa e da severidade da obstrução.
Sinais Radiográficos: massa de fezes densa é observadano cólon dilatado, a dilatação termina abruptamente.
Ânus imperfurado / atresia retal / atresia coli: Raras condições congênitas. O reto pode terminar em fundo cego ou comunicar-se com outras estruturas como a vagina (fístula retovaginal) ou com a uretra (fístula retouretral).
Sinais Radiográficos: Intestino dilatado por fezes sem aparente abertura anal. Nos pacientes com fístulas retovaginal a retenção fecal pode não ser aparente. Um estudo contrastado (vaginograma, uretrograma ou enema) pode ajudar na avaliação da extensão e localização da fístula. É introduzido um probe metálico via retal, os membros posteriores são erguidos para que o ar se desloque até a área de atresia.
Cólon redundante: Comprimento do cólon é muito maior do que o normal, ele se dobra sobre si mesmo. Não tem significado clínico.
Sinal Radiográfico: Cólon com comprimento excessivo formando dobras.
Posicionamentos Radiográficos
O posicionamento apropriado do paciente é de grande importância para o radiologista veterinário, a fim de se obter a melhor radiografia possível. Desta forma, para se obter uma ótima radiografia para fins diagnósticos o paciente deve estar adequadamente posicionado.
A nomenclatura é Usada para descrever aspectos de partes individuais e denota a direção na qual o feixe de raios x atravessa a parte que está sob exame. Assim o nome ao posicionamento leva em conta a face do corpo do animal onde incide e a face do corpo onde emerge a radiação.
Ventrodorsal (VD)
Dorsoventral (DV)
Lateromedial (LM)
Mediolateral (ML)
Dorsopalmar (Dpa) ou Dorsoplantar (Dpr)*
Craniocaudal (CrCd)*
Rostrocaudal (RoCd)
Oblíquas: dorsolateral-pálmaromedial oblíqua (DLPMO), dorsomedial-pálmarolateral oblíqua (DMPLO), 45º LPMO indica o grau aproximado de obliqüidade
Projeções Especiais: pálmaroproximal-pálmarodistal, dorsoproximal-dorsodistal, horizontal. 
Flexionadas: Crâniocaudal (acima do carpo) , dorsopalmar (abaixo do carpo), dorsoplantar (abaixo do tarso).
Para facilitar o posicionamento muitas vezes o animal é colocado em decúbito. Pode ser dorsal, ventral e lateral. Por convenção utiliza-se o decúbito lateral direito. O animal também pode ficar em pé. Compreendem objetos como almofadas não radiopacas, bolsas de areia, blocos de madeira, faixa compressiva, calhas, que são empregados para sustentar o paciente, de tal modo que o movimento seja reprimido e a parte sob exame fique o mais próximo possível do filme. Uma vez que a radiografia é uma impressão bidimensional de uma estrutura tridimensional, é usualmente necessário radiografar a parte que está sob exame em 02 planos perpendiculares entre si. Um cão consciente pode ser satisfatoriamente contido em posições particulares, com raras exceções; desde que tenha um temperamento calmo e que 02 pessoas estejam em condições de segurá-lo. No caso de animal nervoso ou temperamental, ou ainda ausência de assistência para contenção, a sedação ou anestesia pode ser considerada. Toda radiografia deve ser identificada com o número da ficha do animal, nome, idade, raça, sexo, espécie e data do exame. A identificação é realizada do lado direito da radiografia.
	Área
	Projeção de Rotina
	Projeção Especial
	Membro Anterior
	
	
	Falange e Metacarpo
	Dorsopalmar e Mediolateral
	Isolamento de Dígito
	Carpo
	Dorsopalmar e Mediolateral
	Lateral Oblíqua e Flexionada
	Rádio e Ulna
	Craniocaudal e Mediolateral
	
	Art. úmero-rádio-ulnar
	Craniocaudal e Mediolateral
	Lateral Oblíqua e Flexionada
	Úmero
	Caudocranial e Mediolateral
	Craniocaudal
	Art. Escápulo-umeral
	Caudocranial e Mediolateral
	
	Escápula
	Caudocranial e Mediolateral
	Oblíqua VD
	Membro Posterior
	
	
	Falange e Metatarso
	Dorsoplantar e Mediolateral
	Isolamento de Dígito
	Tarso
	Dorsoplantar e Mediolateral
	Lateral e Medial Oblíqua
	Tíbia e Fíbula
	Craniocaudal e Mediolateral
	
	Art. Fêmur-tíbio-patelar
	Craniocaudal e Mediolateral 
	Sky Line
	Fêmur
	Craniocaudal e Mediolateral
	
	Crânio, Coluna e Pelve
	
	
	Crânio
	VD e Lateral 
	Frontal
	Seios
	VD, Lateral e Rostrocaudal
	Oblíqua D e E
	Osso Nasal
	VD, Lat. de Boca Aberta 
	Oclusal (IO) / Oblíqua D e E
	Mandíbula
	VD e Oblíqua D e E
	Oclusal (filme IO)
	Dentes
	Ob. D e E / Ob.Boca Aberta e Lat.
	
	Bula Timpânica
	VD, Ob. D e E e Rostrocaudal de Boca Aberta
	
	Art. Têmporo-mandibular
	VD, Lat. e Obl. D e E
	
	Coluna Cervical
	VD e Lateral (C3-C4)
	Flexionada e Estendida
	Coluna Torácica
	VD e Lateral (T6)
	
	Coluna Lombar
	VD e Lateral (L4)
	
	Coluna Toráco-lombar
	VD e Lat.(T11-12 e L1-2)
	
	Art. Sacro-ilíaca
	VD e Lateral
	
	Cauda
	VD e Lateral
	
	Pelve
	VD e Lateral
	Frog Leg
	Tórax e Abdômen
	
	
	Pulmões
	VD ou DV e Laterais
	VD/DV/Laterais Feixe Horizontal
	Coração
	DV e Lateral
	
	Esterno
	Lateral
	
	Pescoço
	VD e Lateral
	
	Esôfago
	VD oblíqua e Lateral
	
	Abdômen
	VD e Lateral
	
	Área do Crânio
	Projeção Radiográfica
	Rotina
	Lateral
	
	VD
	Mandíbula
	Lateral
	
	DV
	
	Lateral Oblíqua de Boca Aberta
	Arco Zigomático e Órbita
	Lateral
	
	DV
	
	Frontal
	
	Lateral Oblíqua
	
	VD de Boca Aberta
	ATM
	DV
	
	Lateral Oblíqua
	
	Frontal de Boca Aberta
	Bula Timpânica
	DV
	
	Lateral Oblíqua
	
	Frontal de Boca Aberta
	Foramen Magno
	Frontal para forâmen
	Seios
	Lateral
	
	DV
	
	Oclusal DV
	
	VD de Boca Aberta
	
	Lateral Oblíqua
	
	Frontal
	Dentes Maxilares
	Lateral Oblíqua de Boca Aberta
	
	VD de Boca Aberta
	Dentes Mandibulares
	Lateral Oblíqua de Boca Aberta
	Dentes Incisivos
	Oclusal DV pré-maxila
	
	Oclusal VD mandíbula
Alterações Radiográficas do Sistema Respiratório
O sistema respiratório se inicia nas fossas nasais que, em condições normais, apresentam ar no seu interior determinando radiolucência e evidenciando os cornetos como linhas radiopacas irregulares. As alterações nesta estrutura em geral se constituem de tumorações, como Sticker. A laringe: composta por cartilagens: tireóide, cricóide, duas aritenóides e uma cartilagem mediana a epiglote. A traquéia é melhor visualizada na projeção lateral, na qual aparece formando um ângulo agudo com a coluna torácica. A sombra escura, circular, sobre a base do coração marca o ponto de bifurcação da traquéia, onde se originam os brônquios principais e é denominada de carina.
TRAQUEIA
Hipoplasia Traqueal é um defeito congênito resultante do desenvolvimento incompleto dos anéis traqueais. Congênita / Raças braquiocefálicas (Bulldog)
Sinal Radiográfico: Diâmetro traqueal uniformemente diminuído na LL e VD
Colapso Traqueal pode ser congênito ou adquirido, síndrome da Angústia Respiratória (Grasnar de ganso). Raças: Yorkshire, Terrier, Poodles e Chihuahuas. Afeta cães de 1/2 idade ou idosos. Melhor visualizado na projeção lateral. Técnica de compressão
Sinais Radiográficos: estreitamento com diâmetro variado, acomete a porção cervical caudal ou torácica cranial, colapso intratorácico: expiração, colapso cervical: inspiração, diferencial: sobreposição de tecidos moles do ombro e do esôfago. Exame contrastado
Ruptura Traqueal é causada por perfurações profundas, Corpo estranho, Secundária à infecção (cuff endotraqueal)
Sinais Radiográficos: enfisema subcutâneo cervical, pneumomediastino, pneumotórax e exame contrastado.
BRÔNQUIOS
A traqueia se divide em brônquio primário direito e esquerdo. Projeções lateral e VD ou DV são necessárias para o exame de rotina do tórax.
Obstrução Bronquial: inalação de corpo estranho, torção de lobo pulmonar, aguda ou crônica.
Sinais Radiográficos: corpo estranho radiopaco, obstrução total: atelectasia, secundariamente: efusão pleural. Atelectasia: colapso do pulmão devido a ausência de ar dos alvéolos.
PULMÕES
O pulmão esquerdo possuí 02 lobos: um cranial e um caudal (diafragmático). O lobo cranial é dividido em 02 segmentos: cranial(apical) e o caudal (cardíaco). O pulmão direito possuí 04 lobos: cranial (apical), médio (cardíaco), caudal (diafragmático) e o acessório (intermédio ou ázigos).
Alterações de densidade pulmonar: Radiolucentes e Radiopacas.
Localização: generalizada, localizada, múltipla.
Aumento Generalizado da Radiotransparência: enfisema, hiperinflação, insuficiência circulatória: choque hipovolêmico ducto arterioso, artefatos de técnica (sobreexposição). 
Aumento Localizado da Radiotransparência: único ou múltiplo, cavitação (tumor ou abcesso), dilatação bronquial, cisto parasitário (ex: paragonimus).
Padrão Alveolar: alvéolos com fluído ou exsudato, perda de ar dos alvéolos (atelectasia).
Sinais Radiográficos: contornos mal definidos (flocos de algodão), envolve todo o lobo, broncograma aéreo. 
Padrão Intersticial: interstício preenchido por fluído, exsudato ou fibrose, nodular ou linear.
Sinais Radiográficos: linear: nebulosidade difusa no pulmão, nodular: nódulos bem definidos e discretos.
Padrão Bronquial: Paredes bronquiais espessadas ou calcificadas. Deve-se examinar a região para pesquisar alterações no sistema bronquial. 
Padrão Vascular: Hipervascularização: maior vascularização, aumento da visualização dos vasos. Hipovascularização: vasos menores do que o normal e menos visíveis.
Padrão Misto: Somatória de 02 ou mais padrões.
Pneumonia Intersticial: Usualmente é uma manifestação de doença generalizada sistêmica: septicemia, pneumonia embólica, abcesso, migração d larvas parasitárias e pneumonia viral.
Sinais Radiográficos: opacidade pulmonar difusa, perda da visualização dos vasos, nódulos disseminados mal definidos.
Pneumonia por Aspiração: Ocorre principalmente em pacientes em decúbito e comatosos, refluxo após anestesia e como complicação de megaesôfago.
Sinais Radiográficos: padrão misto: alveolar e intersticial, pode envolver todo lobo ou pulmão, lobo pulmonar dependente (depende da posição do paciente na hora da aspiração)
Broncopneumonia: complicação de pneumonia viral (cinomose), complicação de pneumonia por aspiração ou inalação de corpo estranho.
Sinais Radiográficos: predomínio de padrão alveolar, envolve um ou mais lobos pulmonares, frequentemente mais severa nas porções ventrais dos lobos pulmonares.
Abcesso Pulmonar: ocorre devido a complicações de/ ou secundário a: bronquiectasia ou broncopneumonia bacteriana, êmbolos: dirofilária, bactérias e fungos, trauma, obstrução bronquial: corpo estranho, neoplasias, parasitas. 
Sinais Radiográficos: solitário ou múltiplo, pode envolver todo o lobo, pode ser cavitário. 
Atelectasia: expansão incompleta do parênquima pulmonar ou colapso de região localizada de um ou mais lobo pulmonar, secundária a compressão externa (efusão pleural ou pneumotórax), obstrução das vias aéreas por exsudato, corpo estranho, tumor, na obstrução o ar no interior dos lobos é absorvido, causando o colapso. 
Sinais Radiográficos: padrão alveolar em lobos pulmonares, broncograma aéreo no início, desaparecendo com a atelectasia total, pneumonia como sequela.
Edema Pulmonar: acúmulo anormal de fluído no tecido intersticial, alvéolo e brônquios. Pode ser: cardiogênico, não cardiogênico.
Tipos de Edema: edema intersticial (precede o edema alveolar), tecido conectivo pulmonar, tecido peribronquial, tecido perivascular, parede alveolar, edema alveolar, no interior do espaço alveolar.
Edema Cardiogênico
Sinais Radiográficos: aumento do ventrículo e átrio esquerdo, veias pulmonares indefinidas (indistintas), infiltrado predomina na área perihilar, na insuficiência cardíaca esquerda aguda a cardiomegalia pode não ser aparente.
Edema não Cardiogênico
Alteração na permeabilidade capilar: infecção, toxinas inaladas (fumaça, ozônio), toxinas sistêmicas (venenos de cobra e aranha), envenenamento (antu), idiosincrasia (alergia, anafilaxia), trauma, uremia.
Aumento da pressão capilar ou obstrução: hidratação ou transfusão excessiva, obstrução linfática (massa hilar), obstrução venosa (massa hilar, tumor intracardíaco).
Pressão oncótica diminuída: Hipoalbuminemia (nefrose, insuficiência hepática)
Neurogênico: trauma craniano, choque elétrico, encefalite. 
Sinais Radiográficos: coração normal, variáveis graus de infiltrados intersticial e/ou alveolar, mudanças rápidas no padrão pulmonar (tipo, extensão e localização) 
Hemorragia Pulmonar: origem traumática, ocorre após 6 h do trauma, melhora após 24 a 48 h, resolução dentro de 3 a 10 dias. Secundária a: coagulopatias (dicumarínicos), neoplasias (hemangiossarcoma).
Sinais Radiográficos: áreas irregulares de infiltração com padrão alveolar e intersticial, pode ser difusa com consolidação extensa, pode desenvolver broncopneumonia secundariamente.
Neoplasia Pulmonar: acomete animais acima de 6 anos, neoplasias de alta malignidade, carcinoma de células alveolares (mais comum).
Sinais Radiográficos: massas radiopacas bem demarcadas, mal definidas ou multicêntricas nodulares ou disseminadas, lobo diafragmático direito: maior frequência, pode causar osteopatia hipertófica pulmonar, metastática maior incidência nos animais idosos
Sinais Radiográficos: hemangiossarcomas: massas radiopacas difusas, outros tipos de neoplasias têm nódulos grandes e são em número menor. 
Enfisema: Aumento além do normal, do tamanho dos espaços aéreos distais ao brônquio terminal, em conseqüência da destruição das paredes alveolares.
Sinais Radiográficos: aumento da radiolucência pulmonar, diminuição da imagem cardíaca, achatamento do diafragma, aumento da distância entre o coração e o diafragma, tórax com aparência de barril, tórax distendido com espaço intercostal aumentado.
Efusão Pleural: Pode ser uni ou bilateral; a maioria é bilateral, pois o mediastino não é totalmente impermeável. Hidrotórax, piotórax, hemotórax, quilotórax.
Sinais Radiográficos:
Projeção Lateral: aumento da radiopacidade na porção ventral do tórax - animal em estação (aparência de leque ou folhas: devido a presença de fluído entre os lobos pulmonares). Projeção VD: retração dos bordos pulmonares, ângulos costo frênicos arredondados, ausência da borda cardíaca, dilatação do mediastino crânio-ventral e caudalmente. 
Pneumotórax: Presença de gás na cavidade pleural.
Sinais Radiográficos:
Projeção Lateral: deslocamento dorsal do coração, achatamento do diafragma, pleura visceral distanciada da parede torácica. Projeção VD: pleura visceral distanciada da parede torácica, achatamento diafragmático. 
Pneumomediastino: ocorre devido a ruptura de esôfago, traquéia, brônquio, bronquíolo ou alvéolo ou pode ser secundária a ferimento externo.
Sinais Radiográficos: anormal radiolucência no mediastino enfisema subcutâneo.
Alterações Radiográficas do Sistema Cardíaco
Avaliação do tamanho cardíaco
Cães: Lateral: largura 03 espaços intercostais (2,5 animais de tórax profundo e 3,5 animais de tórax superficial), ocupando 2/3 da distância do esterno a coluna. DV: ocupa aproximadamente 60-65% da largura do tórax.
Gatos: Lateral: largura 2 a 2,5 espaços intercostais.
Posição normal das estruturas cardíacas - Analogia com o relógio
Projeção DV:
aorta: 12:00 - 13:00 horas
artéria pulmonar: 1 - 2 horas
aurícula e: 2 - 3 horas
ventrículo e: 3 - 5 ou 6 horas
ápice ventrículo e: 5 horas
ventrículo d: 5 ou 6 - 9 horas
átrio d: 9 - 11 horas
Variações na anatomia normal:
Cães de tórax profundo: Setter, Collie, Pastor Alemão, Afgã Hound, Doberman Coração parece pequeno em relação ao tamanho da cavidade torácica e a orientação do coração é mais vertical na projeção lateral direita. Na DV o coração parece mais circular.
Cães de tórax superficial: Schnauzer, Boxer, Pug, Bulldog, A forma cardíaca é mais arredondada, com maior contato esternal na lateral direita. O coração é mais largo (acima de 3,5 espaços intercostais de largura) e estes animais aparentam ter um aumento de coração direito. Na DV a parede torácica freqüentemente aparece arredondada ou com forma de barril. 
Cães obesos: Grande deposição de tecido adiposo em região de mediastino cranialaumentando a densidade cranial ao coração na projeção DV. Evidente padrão intersticial.
Cães geriátricos: Padrão intersticial pulmonar que se desenvolve com a idade.
Gatos geriátricos: Orientação mais horizontal do coração e aorta proeminente.
Aumento do Átrio Direito: deficiência cardíaca D, insuficiência da tricúspide, cardiomiopatia.
Sinais Radiográficos:
Projeção Lateral: elevação da traqueia sob o átrio e perda da cintura cranial
Projeção DV: aumento da borda cardíaca na posição entre 9 e 11 horas
Aumento do Ventrículo Direito: estenose da artéria pulmonar, insuficiência da tricúspide, cardiomiopatia, dirofilariose, doenças cardíacas congênitas. 
Sinais Radiográficos:
Projeção Lateral: aumento do contato do esterno com o coração D, elevação dorsal da traquéia em relação a coluna torácica, arredondamento da borda do coração D, elevação da veia cava caudal.
Projeção DV: arredondamento acentuado da borda cardíaca D, nos aumentos acentuados o ventrículo assume forma de D invertido, deslocamento do ápice cardíaco para E. 
Aumento Atrial Esquerdo: insuficiência da mitral, cardiomiopatia, doenças cardíacas congênitas (persistência do ducto arterioso), insuficiência ventricular E.
Sinais Radiográficos:
Projeção Lateral: elevação dorsal distal da traqueia e carina, deslocamento dorsal do brônquio principal (brônquio E mais dorsal que o D).
Projeção DV: aumento auricular E (entre 2 e 3 horas), densidade dupla do átrio sobre a base do coração.
Aumento Ventricular Esquerdo: insuficiência da mitral, cardiomiopatia, doenças cardíacas congênitas (persistência do ducto arterioso, estenose da aorta e shunt interventricular da E para a D), hipervolemia, anemia crônica e obesidade.
Sinais Radiográficos:
Projeção Lateral: perda da cintura caudal, borda cardíaca e mais reta e vertical do que o normal.
Projeção DV: arredondamento da borda ventricular E, deslocamento do ápice cardíaco para a D.
Aumento Cardíaco Generalizado: insuficiência cardíaca E e D, insuficiência da tricúspide e da mitral crônicas, cardiomiopatia, defeitos cardíacos congênitos descompensados.
Sinais Radiográficos:
Projeção Lateral: arredondamento do contorno cardíaco, perda das cinturas cranial e caudal, maior contato com o esterno.
Projeção DV: diâmetro cardíaco aumentado, campos pulmonares diminuídos, bordas cardíacas mais próximas da parede torácica.
Hidropericárdio (Efusão Pericardial): insuficiência cardíaca D, pericardite, neoplasia, uremia, hipoproteinemia, trauma (hemopericárdio).
Sinais Radiográficos: pequenas quantidades de efusão: sinais ausentes, grandes quantidades: coração dilatado, globoso, na lateral e DV.
Diferencial: cardiomegalia generalizada, hérnia diafragmática peritônio-pericárdica. 
Alterações Radiográficas em Grandes Animais
Busca incessante pelo incremento da eficiência produtiva e rendimento esportivo, aumento na variedade e na frequência das enfermidades locomotoras e importância do reconhecimento adequado.
Claudicação: desordem do padrão biomecânico, causada frequentemente pela presença de dor. A presença de processos dolorosos em um membro induz movimentos compensatórios discretos nos membros e cabeça, durante o andamento, manifestada durante progressão ou quando o animal permanece em posição quadrupedal e esses movimentos compensatórios podem auxiliar na localização da lesão.
Deve-se fazer uso de EPI’s como óculos plumbifera, protetor de gônadas, tireoide, avental, luva plumbifera e dosimetro. Para a radiografia do casco deve-se fazer a limpeza rigorosa, retirando os cravos e ferraduras e preenchendo os sulcos, fazendo uso de equipamentos adequados como Blocos de madeira, alongador de chassi, envelope de madeira, utilizando-se dos equipamentos adequados como raio-x portátil ou aparelho de ultrassom.
Fraturas: solução de continuidade óssea evidenciada radiograficamente como linha radiolucente no tecido ósseo. Para identificar uma fratura o Exame físico é a etapa inicial e essencial da avaliação, pensar nos possíveis fatores de complicação de fratura, tratar possíveis lesões que possam cursar com o óbito do animal, antes mesmo da avaliação radiográfica. O diagnóstico por imagem fornece informações valiosas com relação: partes moles, local, tipo, complexidade, complicações potenciais, abordagem cirúrgica.
O manejo apropriado da DOR é necessário para obter imagens de alta qualidade para avaliação e planejamento: sedação, tranquilização, anestesia, contenção física, na dependência do estado do animal. Se a severidade dos sinais clínicos indicar uma alta probabilidade de fratura e nenhuma fratura for identificada nas projeções iniciais, radiografias oblíquas devem ser realizadas além das duas projeções ortogonais de rotina.
Algumas fraturas pequenas por estresse ou fraturas incompletas podem não aparecer imediatamente à lesão. Radiografias seriadas em 7 a 10 dias são recomendadas para verificar estes tipos de fraturas (osteólise normal ampliará a linha radiolucente do foco de fratura). As fraturas ósseas são comumente classificadas de acordo com: integridade das partes moles, condição (incompleta ou completa), n° de linhas, direção, deslocamento de eixo e localização. 
INTEGRIDADE DAS PARTES MOLES
Aberta ou fechada: são termos descritivos que indicam se a fratura está exposta ao ambiente externo ou não.
Incompleta: possuem linhas que envolvem apenas um único córtex ósseo ou uma pequena porção de um osso e não causam separação do osso em dois ou mais fragmentos.
Fissura: envolve apenas uma cortical óssea.
Galho verde: normalmente ocorrem em animais jovens e é uma fratura de um dos lados do osso com curvatura do córtex oposto (deformação plástica).
Estresse ou fadiga: podem não ser vistas ao rx ou pouco nítida e que envolve uma única porção do osso.
Completa: se estendem através de todo o osso e são mais comuns do que as incompletas.
Simples ou única: transversal, oblíqua, longitudinal, helicoidal ou espiral, compressiva, avulsão, dupla, cominutiva. 
SALTER-HARRIS OU FISÁRIAS
Comum em animais com linha de crescimento aberta. Envolve uma cartilagem fisária aberta. Cinco classes foram originalmente descritas com base no envolvimento da epífise, cartilagem fisária e metáfise. Posteriormente o tipo VI foi acrescida.
Tipo I: fratura na cartilagem fisária.
Tipo II: fratura na cartilagem fisária e uma porção da metáfise.
Tipo III: fratura na cartilagem fisária e na epífise, e são normalmente fraturas articulares.
Tipo IV: fratura na epífise, que atravessa a cartilagem fisária e atingem a metáfise, fraturas articulares.
Tipo V: fratura do tipo esmagamento ou compressão que envolvem a cartilagem fisária e podem levar a deformidade do crescimento.
Tipo VI: fechamento parcial da cartilagem fisária resultante de injúria a apenas uma porção da cartilagem, levando a um fechamento assimétrico.
Avulsão: ocorrem em locais de fixação de tendões, ligamentos ou cápsulas articulares. São causadas por forças excessivas aplicadas nestas estruturas, o que faz com que um pedaço de osso seja puxado para fora do osso original. Devem tem leitos de fratura visíveis.
Patológica: ocorrem sem trauma anormal ou evidente, como resultado de um enfraquecimento secundário do osso por um processo de doença.
Luxações: Perda do contacto entre duas superfícies articulares com ou sem rompimento das estruturas de união. Podem ser incompletas ou completas.
Sesamoidite: acomete os sesamoides proximais, principalmente equinos de corrida e salto (2 e 5 anos), sinais radiográficos de osteoperiostite e osteíte.
Não articular: doença primária do boleto envolvendo o aparelho suspensor do boleto. Aumento dos canais intraósseos e irregularidade dos ossos, proliferação ósseas na porção abaxial. 
Articular: Secundária a doença articular do boleto. Osteoperiostite nas porções apical e basilar do sesamóide. 
Sinovite vilonodular (sinovite crônica proliferativa): proliferação tecidual intracapsular.
Sinais radiográficos: aumento de tecidos moles na superfície distal dorsal do III MC ou MT. Erosãoleve ou agressiva do córtex na inserção da cápsula articular na porção dorsal distal. Proliferação óssea periarticular, diagnóstico de confirmação (artrografia 5-20 ml de constraste a 25%). 
Osteólise supracondilar
Sinais radiográficos: Aumento de tecidos moles na superfície distal palmar do III MC ou plantar III MT. Erosão leve ou agressiva da córtex na inserção da cápsula articular na porção palmar ou plantar distal. Diagnóstico de confirmação: artrografia5-20 ml contraste a 25%
Osteoartrite: Decorrente de processo crônico traumático, inflamatório ou infeccioso. 
Sinais Radiográficos: aumento do volume articular, alteração do espaço articular, osteólise subcondral, formação de osteófito periarticulares, calcificação de tecidos moles. 
Proliferação óssea periosteal: locais de ocorrência entre II e III metacarpiano ou metatarsiano, nos pontos de inserção dos ligamentos, tendões e cápsula articular nos ossos, nos traumas sobre a cortical, na inflamação e infecção de tecidos moles adjacentes ao tecido ósseo. 
CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO THRALL
Tipo I: margem lisa e radiopacidade diminuída, hemorragia subperiosteal por trauma ou elevação do periósteo por exudato.
Tipo II: margem lisa com radiopacidade aumentada, inatividade ou remodelamento ósseo.
Tipo III: margem irregular e radiopacidade diminuída, injúria recente do periósteo por trauma direito nos pontos de inserção dos tecidos moles nos ossos, arrancamento, ou infecção (periostite aguda).
Tipo IV: margem irregular e radiopacidade aumentada, distensão crônica nos pontos inserção dos tecidos moles nos ossos ou traumas constantes da cortical (periostite crônica).
Doenças do navicular (Podotrocleose): acomete equinos com idade entre 4 e 15, conformação, exercícios irregulares, hereditariedade, tensão excessiva nos tendões e ligamentos.
Sinais radiográficos: áreas císticas de lise óssea centrais, alargamento dos canais vasculares, perda diferenciação da cortical em relação a medular, osteofitos marginais. 
Rotação da Falange Distal: secundaria a laminite, ruptura do tensão flexor digital profundo. 
Sinais radiográficos: Perda do paralelismo entre a superfície dorsal da falange e a muralha do casco. Na Laminite rotação palmar, na ruptura do tendão a rotação dorsal. 
Na radiografia látero-lateral da falange distal traça-se duas retas paralelas a porção distal da parede do casco e da falange distal. Os ângulos formados pela intersecção das retas sobre a porção distal do casco e da falange distal com relação a uma reta traçada junto a superfície palmar do casco são identificados e diferença entre eles o grau de rotação. 
Classificação dos graus de rotação, quanto a expectativa de retorno do animal a sua função atlética após a laminite.
Rotação < ou = 5,5º podem retornar a atividade atlética normal.
Rotação entre 6,8 - 11,5º prognóstico reservado.
Rotação > 11,5º prognóstico desfavorável.
Osteíte da falange distal: causada por laminite, ferragens inadequadas, contusão crônica da sola e feridas perfurantes da sola.
Sinais radiográficos: irregularidades da margem solar distal, lateral ou medial da falange, desmineralização da margem distal, lateral ou medial.
Calcificação das cartilagens colaterais (ALARES): acomete equinos destinados ao esporte.
Sinais Radiográficos: calcificação das cartilagens colaterais.
Epifisite (Displasia fiseal): animais de rápido crescimento desmamados com idade entre 4 e 8 meses, animais em treinamento com idade entre 1 e 2 anos.
Sinais Radiográficos: metáfise alargada (ampulheta), alargamento assimétrico da metáfise, esclerose metafisária adjacente a fise, espessamento assimétrico da cortical. 
Deformidade angular dos membros: crescimento desbalanceado da extremidade distal dos ossos longos. Acomete articulação do carpo, tarso, metacarpo falangeana, e metatarso falangeana nas primeiras semanas de vida, pode manifestar-se ao nascimento e desaparecer após as duas primeiras semana, o exame radiográfico é indicado quando permanence após duas primeiras semanas de vida.
O desbalanceamento está relacionado com: distúrbios de crescimento desbalanceado da cartilagem epifisária distal do rádio, flacidez dos ligamentos colaterais, defeito na ossificação endocondral dos ossos do carpo ou tarso, traumas na placa epifisária, agenesia ou hipoplasia dos ossos do carpo ou tarso, deformação congênita dos ossos do carpo ou tarso.
Para determinar o grau e o local da lesão: traça-se uma bissetriz através do rádio e do III MC, o ponto de intersecção das duas bissetrizes determina o grau do desvio, e mostra o local da lesão.
Graus de desvios: até 2º desvio discreto, de 2°a 4º desvio moderado, de 4º a 8º desvio grave, > 8º desvio severo. 
Ponto de intersecção das bissetrizes e tipo de lesão:
sobre a cartilagem articular distal do rádio: distúrbios no crescimento da cartilagem epifisária distal do rádio, flacidez dos ligamentos colaterais.
sobre a placa de crescimento epifisário: crescimento desbalanceado da metáfise.
sobre os ossos do carpo: deformações congênitas, hipoplasia, agenesia, osteocondrose, fraturas ou luxações.
Osteocondrose: falha na ossificação da cartilagem endocondral levando a hipertrofia e retenção da cartilagem. Osteocondrite Dissecante (OCD), Cistos ósseos subcondrais periarticulares.
Sinais Radiográficos: áreas de irregularidade ou achatamento nas superfícies articulares dos ossos acometidos, com a presença de flaps de cartilagem intrarticular, esclerose óssea envolvendo as áreas de irregularidade e achatamento da superfície articular. 
Locais de ocorrência da OCD em ordem de frequência: crista troclear lateral e medial do fêmur, patela, crista troclear lateral e medial do tálus, maléolo medial e lateral da tíbia, cabeça caudal do úmero, cavidade glenóide, crista sagital distal do III MC e MT, porção distal do rádio, capítulo do úmero.
Sinais radiográficos dos cistos ósseos subcondrais periarticulares: áreas radiolucentes delimitadas em forma de bulbo ou cisto envolvidas por esclerose óssea de localização subcondrais. 
Locais de ocorrência do cistos ósseos subcondrais em ordem de frequência: côndilo medial e lateral do fêmur, região proximal da tíbia, ossos do carpo, ossos do tarso, região distal do III Mc e Mt, região proximal do falange proximal, osso sesamóide, região distal da falange proximal, região proximal da falange intermédia, região central da falange distal, osso navicular, região distal do úmero, região proximal medial do rádio.
Alterações Radiográficas do Sistema Locomotor de Equinos
A importância do reconhecimento e adequado tratamento das afecções leva a um correto tratamento, que por sua vez, diminui prejuízos significativos, em decorrência de lesões em grandes animais. As claudicações devem ser definidas como uma desordem do padrão biomecânico de locomoção em um ou mais membros, causada frequentemente pela presença de dor. Com frequência, a presença de processos dolorosos em um membro induz movimentos compensatórios discretos nos membros e cabeça, durante o andar, manifestada durante progressão ou quando o animal permanece em posição quadrupedal e esses movimentos compensatórios podem auxiliar na localização da lesão.
O exame do aparelho locomotor deve ser realizado de forma ordenada para minimizar os riscos de um erro diagnóstico. Aumento de volume significativo em um membro pode não ter significado clínico relacionado com a claudicação e interferir na interpretação do exame. Dada a complexidade das articulações equinas, as projeções oblíquas são frequentementes requeridas, além das projeções látero-medial (LM) e dorso-palmar (DPa) ou dorso-plantar (DPl). Estas projeções, como tangenciais, são consideradas essenciais na avaliação de determinados ossos e devem fazer parte do exame de rotina. Contudo devemos assegurar primeiramente os princípios de segurança radiológica e integridade física do examinador, fazendo uso dos equipamentos de proteção individual, bem como a contenção do animal.
Fazer exames das extremidades distais de rotina é um trabalho difícil. Isto

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