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1 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS Prof. Me. Ayrton Barboni SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 2 2. EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA (EDO) ....................................... 2 2.1. Ordem de uma Equação Diferencial Ordinária ...................................... 2 2.2. Grau de uma Equação Diferencial Ordinária ......................................... 3 2.3. Solução geral e particular de uma EDO .................................................. 3 3. ALGUMAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS ....................... 4 3.1. Equações Diferenciais Imediatas .............................................................. 4 3.2. Equações Diferenciais Autônomas ........................................................... 4 3.3. Equações Diferenciais de Variáveis Separáveis ...................................... 5 3.4. Equações Diferenciais Exatas ................................................................... 6 3.5. Equações Diferenciais Lineares de 1ª Ordem .......................................... 7 3.5.1. Solução de uma EDO Linear de 1ª Ordem ........................................... 7 3.6. Equações Diferenciais de Bernoulli .......................................................... 9 3.7. Equações Diferenciais Lineares de 2ª Ordem .......................................... 9 3.7.1. Equações Diferenciais Lineares de 2ª Ordem com coeficientes constantes .................................................................................................... 10 3.7.1.1. Solução de EDOL Homogêneas de 2ª Ordem com coeficientes constantes .....................................................................................................10 3.7.1.2. Solução de EDOL não-Homogênea de 2ª Ordem com coeficientes constantes ....................................................................................................11 BIBLIOGRAFIA ..................................................................................................14 2 EQUAÇÕES DIFERENCIAIS 1. INTRODUÇÃO Estamos apresentando apenas um resumo sobre algumas Equações Diferenciais. Deve- se consultar, para maiores informações, o livro indicado na bibliografia desta apostila. Vamos introduzir o estudo das equações diferenciais apresentando o seguinte problema: Suponhamos que f seja uma função real de variável real x, onde y = f (x). Se conside- rarmos a equação 1y x , queremos obter y que a satisfaça. Solução: Esta equação pode ser escrita na forma: 1 dy x dx ou 1d y x dx . Integrando, membro a membro, obtemos 2 2 x y x c , c . Observação: Podemos verificar que 2 2 x y x c é, de fato, solução da equação dada, pois substituindo 2 2 1 0 x y , tem-se a identidade: 1 1x x , x . 2. EQUAÇÃO DIFERENCIAL ORDINÁRIA (EDO) Chamamos de Equação Diferencial Ordinária a toda equação que envolve uma função y f x de uma variável, assim como também algumas de suas derivadas , , ,y y y Notação: ( ) ( 1) o uF( , , , , ..., )n ny x y y y y ( 1) ( )F( , , , , ..., , ) 0n nx y y y y y Solução da equação diferencial é uma função incógnita, onde y f x , que substituída, juntamente com as suas derivadas, na equação diferencial, resulta em identidade. Exemplos de equações diferenciais: a) 1 dy x dx b) 2y y c) 2 " 7 21 0y xy d) 5 1y x e) 2dy x dx f) 3 52 1 4( ') '' 1y x y yy Nota: Uma equação diferencial que apresenta derivadas parciais de uma função incógnita é chamada de Equação Diferencial Parcial. Exemplo: y y x t y x t , sendo ,y f x t . 2.1 Ordem de uma Equação Diferencial Ordinária Ordem de uma equação diferencial é a maior ordem das derivadas de y f x que comparecem na equação. Vemos, nos exemplos, que (a), (b) e (e) são equações diferenciais de primeira ordem e (c), (d) e (f) são de segunda ordem. 3 2.2. Grau de uma Equação Diferencial Ordinária O grau de uma equação diferencial é o maior expoente da derivada de maior ordem que aparece na equação. Vemos, nos exemplos, que (a), (b), (c), (d) e (e) são de primeiro grau e (f) é de terceiro grau. Nota: Os conceitos de Ordem ou Grau de uma equação diferencial devem ser entendidos diante de um conhecido intervalo de variáveis, pois, caso contrário, algumas situações desconfortáveis podem ocorrer. Exemplificando: Pede-se o Grau e a Ordem da equação diferencial 2 3( ) '' ( ') 5x x y x y . Veja que: a) Se ]0, [x , então ( ) 2x x x e a equação 2 3 2 '' ( ') 5x y x y é de segunda ordem e primeiro grau. b) Se ] ,0[x , então ( ) 0x x e a equação 2 3 0. '' ( ') 5y x y é de primeira ordem e terceiro grau. c) Se 0x , então não teremos equação diferencial. 2.3. Solução geral e particular de uma EDO. A sentença xy c e , c , é chamada de solução geral da equação 0y y (visto que [–ce–x] + [ce–x] = 0, é uma identidade, 0 0xe , x ), pois representa o conjunto de todas as suas soluções. Ao estabelecermos, por exemplo, os valores 2c , 1c ou 1c , na solução geral, teremos as soluções 2 xy e , xy e ou 1 xy e , chamadas de soluções particulares da EDO. Se quisermos a solução particular que contenha, por exemplo, o ponto (0, ½), basta substituirmos 0x e y = 1/2 na solução geral, 1/2 = c.e –0 , e obtermos a constante c = 1/2 correspondente. Neste caso, a solução particular que tem o ponto (0, ½) é y = e –x /2. y = 0 2 x 1 -1 -2 y-x -x -x -x y = 2e y = - 2e y = ce , c > 0 y = ce , c < 0 y = e -x y = -e -x 4 Se pedirmos uma solução que atenda a condição y(0) = 1/2, então estaremos solicitando a mesma solução particular y = e –x /2. 3. ALGUMAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS ORDINÁRIAS Uma equação diferencial de 1ª ordem e 1º grau F ,y x y pode ser escrita na forma diferencial , , 0P x y dx Q x y dy , onde as funções de duas variáveis P e Q são contínuas numa mesma região do plano. F ,y x y ( , ) ( , ) P x y Q x y dy dx , , 0P x y dx Q x y dy Apresentaremos, agora, apenas as seguintes equações diferenciais: 3.1. Equações Diferenciais Imediatas As equações diferenciais ordinárias que podem ser reduzidas à forma ny g x são chamadas de equações diferenciais imediatas. Exemplo: A equação 2 6 0y x pode ser colocada na forma 2 6y x , logo, é imediata. Solução: Integrando 2 6y x , sucessivamente, em relação a x, obtemos y: 2 12 6 6y x dx x x c , 1c . 3 2 2 1 1 26 3 3 x y x x c dx x c x c , 2c . A função 3 2 1 23 3 x y x c x c , 1 2,c c é a solução geral da equação diferencial.3.1.1. Exercícios Propostos Encontre a solução geral das EDO 1) 2 12 2y x R. 4 2 1 2y x x c x c , 1 2,c c 2) sen( ) 2y x R. cos( ) 2y x x c , c Encontre a solução particular das EDO 3) xy e , sendo 0 4y e 0 2y R. 3xy e x 4) ' 6y , sendo 0 1y , 0 5y e " 0 2y R. 3 2 5 1y x x x 3.2. Equações diferenciais Autônomas As equações diferenciais autônomas podem ser colocadas na forma ( )f y dy dx . Exemplo: Pedro depositou R$20 000,00 na poupança que paga 6% de juros ao ano. Pede: a) saldo ao final de 3 anos b) tempo para duplicar a aplicação. 5 Solução: Temos que a rapidez de crescimento do saldo é proporcional ao saldo presente: ( ) ( ) dS t k S t d t (no caso, k = 0,06) Resolvendo a equação, tem-se que *0,06 ( ) ,tS t ec c No instante t = 0 o saldo da conta é S (0) = 20 000,00, daí, 0,06 20000( ) t S t e . a) Ao final do terceiro ano, temos 0,06 (3) (3) 20000 23944,35S e reais. b) O valor aplicado é dobrado: 0,06 ( ) 40000 20000 t e t = 11,55 anos. 3.2.1. Exercícios propostos: 1) A taxa de crescimento da cultura de bactérias é proporcional ao número N(t) presente a cada instante. Se N(0) = 100 unidade e sua quantidade dobra a cada 3 horas, pede a estimativa da quantidade ao final de 9 horas. ( ln2 0,6932 ) R. 800 2) A taxa de variação da quantidade Q(t) de uma substância radioativa é proporcional a quantidade presente da substância em cada instante. Pede determinar a constante de proporcionalidade, ao final de 1000 anos resta a metade da inicial. R. 0,000693 Qual é a porcentagem restante da substância inicial ao final de 2000 anos? R. 25% 3.3. Equações Diferenciais Variáveis Separáveis (1ª ordem e 1º grau: ( , )y f x y ) Uma EDO separável pode ser escrita na forma: , , 0P x y dx Q x y dy , onde se tem 1 2, ( ). ( )P x y P x P y e 1 2, ( ). ( )Q x y Q x Q y . Vamos mostrar uma solução particular utilizando o exemplo: Resolva a equação e( ) ( ) 0, 1 1x xy dx xy y dy x y , que satisfaça a condição 0 1y . Solução: Fatorando ,P x y e ,x yQ e separando as variáveis em cada membro da equação, temos: 1 1 y x dy dx y x . Integrando os termos: ln 1 ln 1y y x x c , .c Aplicando a condição inicial na equação obtida, isto é, 0x e 1y , obtemos 1 ln 2 0 ln 0 1 c e, daí, 21 ln 2 ln ln 2 ln( / )c e e . Portanto, 2ln 1 ln 1 ln( / )y y x x e é a solução particular. 3.3.1. Exercícios Propostos Encontre a solução geral das EDO 6 1) cos( ) sen( ) 0 x x y dx e y dy , cosy 0 R. ln cos x x y xe e c , c 2) 2 21 x y y , y 1 R. 3 3 3 3 y x y c , c 3) (x – y2x) dx + e -x (1– y) dy = 0 , y ≠ ±1 R. ln ǀ1 + y ǀ + e x (x – 1) = c, c Encontre a solução particular das EDO 4) dydxyx , x>0, y>0 , onde 4 9y R. 3 1y x x 5) (1 ) 0ydx y x xy dy ,x 1, y 0, onde 0y e R. ln ln 1 1y y x e 6) Um recipiente contém 10kg de sal em 100 litros de água. Despeja-se no recipiente água pura na razão de 10 l/min e libera a mistura na mesma quantidade que entra no recipiente. Qual a quantidade de sal que escoa ao final de 30 min? Observação: S(t) é a quantidade de sal que sai ao final de t minutos. 10 – S(t) é quantidade de sal que permanece no recipiente com 100 litros de mistura 10 S( ) 100 t é a concentração de sal no reservatório após t minutos. [10 S( )].10 100 t = é a velocidade de variação de sal que sai por minuto = S( )d t dt . Isto é: S( ) [10 S( )].10 100 d t t dt R. S(30) = 10 3(1 )e kg 9,5019 kg 3.4. Equações Diferenciais Exatas É conveniente lembrar que a diferencial total ( , )dF x y de uma função de duas variáveis, com derivadas ( , )F x y x e ( , )F x y y contínuas numa região do plano xy, é ( , ) ( , ) ( , ) F x y F x y dF x y dx dy x y . Se ( , ) , ,F x y k k então ( , ) 0dF x y . Daí, temos a equação diferencial: ( , ) ( , ) 0 F x y F x y dx dy x y ou, de outro modo, ( , ) ( , ) 0P x y dx Q x y dy . Clairaut: “ F(x,y) tem derivadas parciais contínuas até 2ª ordem, então Fxy(x,y) = Fyx(x,y)” . Proposição: Se P e Q são funções contínuas com derivadas parciais contínuas numa região R, então “ ( , ) ( , ) 0P x y dx Q x y dy é exata ( , ) ( , )P x y Q x y y x ” Exemplo: Resolver a equação 2(2 1) ( ) 0xy y dx x x dy Solução: 7 Temos que ( , ) ( , ) 2 1 P x y Q x y x y x . Logo, a equação é exata. Devemos obter F( , )x y : Temos que F ( , ) P( , ) 2 1x x y x y xy y e, daí, 2F( , ) P( , ) (2 1) ( )x y x y dx xy y dx x y xy x y ( I ) Por outro lado, F ( , ) Q( , )y x y x y . Logo, 2 2 cte'( ) '( ) 0 ( ) 0 cx x y x x y y dx ( II ) Substituindo ( II ) em ( I ), tem-se 2 cteF( , ) cx y kx y xy x Portanto, 2 C, Cx y xy x , é a solução geral. 3.4.1. Exercícios Propostos Encontre a solução geral das EDO 1) 22 ( 1) 0xy dx x dy R. 2 C C0,x y y 2) 2 ' x y y x y R. 32 C C+ 0, 2 3 x y xy 3) 0xy xyye dx xe dy R. ,xye k k 4) 2[2 sen( ) cos( )] [ cos( ) sen( )] 0x xx y e y dx x y e y dy R 2sen cosxx y e y k , k 5) 2 2 3 33 (2 4 ) 0x y dx x y y dy , y(0) = 2. R. 3 2 4 16x y y 3.5. Equações Diferenciais Lineares de 1ª ordem Uma equação diferencial que pode ser colocada na forma 1 0 g x y g x y h x , com as funções 0g , 1g e h contínuas num mesmo intervalo I, no qual 1 ( ) 0g x , é chamada de equação diferencial linear de primeira ordem. Se 0h x , Ix , então 1 0 0g x y g x y é denominada equação diferencial linear de primeira ordem homogênea. Exemplo:a) 2 0y y x , x > 0. (homogênea) b) 3 3y xy x . (não homogênea) 3.5.1. Solução de uma EDO linear de 1ª ordem Temos que 1 0' ( )g x y g x y h x , 1 0g x e Ix . Dividindo os termos da equação por 1 0g x , obtemos y P x y Q x (I) Multiplicando ( I ) por ( )P x dxe , segue que: ( ) ( ) ( )P x dx P x dx P x dxy P x y Q xe e e 8 logo, ( ) ( ) ( ) P x dx P x dx Q x d y e e dx e, daí, ( ) ( ) ( ) P x dx P x dx Q x dx d dx y e e Integrando, temos ( ) ( ) ( ) P x dx P x dx Q x dxy e e k , k Fazendo ( ) ( ) P x dx I x e , segue que ( ). ( ) ( ) , I x Q x dx k I x ky . Resumindo: A solução incógnita y f x , da equação diferencial y P x y Q x é obtida pelas sentenças: a) P x dx I x e b) I x Q x dx k y I x , k , é a solução geral da equação diferencial. Exemplo: Resolva a equação diferencial 3 2 2y xy x . Solução: A equação é linear de 1ª ordem, sendo 2P x x e 32Q x x . Logo, a) 22P x dx xdx xI x e e e e, substituindo em (b), temos: b) 2 2 3 22 22 2 x x x xI x Q x dx k e x dx k e x xdx k y I x e e , k . Daí, a solução geral 2 22 1 x xe x c y e ou, então, 2 2 1 xy x c e , c . 3.5.1.1 Exercícios Propostos Encontre a solução geral das EDO 1) ' 2 4y y x R. 2 2 1xy ce x , c 2) 4 3' ( / ) , 0y x y x x R. 23 / 2y x x c , c 3) 2 2' , 0xy x y x x R. 221 x y ce , c 4) 2 (2 1)' , 0xx y y x x R. 2 21 2 x x x y e e c , c Encontre a solução particular das EDO 5) 2' 2 , 0, (1) 1/ 4x y y x x x y R. 2 2 1 4 3 3 x x y x 6) ' 2 sen , (0) 1y y x y R. 21 6 5 5 (2sen cos ) xy x x e 7) 2 ' 2 , (0) 2 x y y e y R. 2 ( 2) x y e x 9 8) Um circuito elétrico possui uma resistência R = 8 ohm e está sujeito a uma força eletro motriz E = 4 volts. Sendo o coeficiente de autoindução L = 0,2 henry, pede a intensidade da corrente i (em amperes) decorrido 0,01 segundos. R Lembrar das leis: Faraday L d ( ) U L. d i t t E L Ohm RU R. ( )i t Kirchoff L RE = U U i R. i = 0,167 amper 3.6. Equações Diferenciais de Bernoulli São equações do tipo ny P x y Q x y , onde 0n e 1n Observação: É imediato ver que y = 0 é solução da equação de Bernoulli. Procedimento para solução: a) Dividir a equação dada por ny : 1 ' 1 ( ). ( ) (I) n n y P x Q x y y b) Considerar 1 1 n z y (II) e, daí, ' ' (1 ) (III) n y z n y c) Substituir (III) em (I) : ' ( ). 1 z P x z Q x n ' (1 ) ( ) (1 ) ( ) (IV)z n P x z n Q x d) Resolvendo (IV) , obtemos z e) Substituindo z em (II), teremos 11 ny z que é a solução geral da equação. Exemplo: 1) 5 y y x y R. y = 0 e 1 4 4 4 4 (4 1) 4 x x e e x k y , ,k 4 (4 1) 4xe x k 2) 2 4 1 y y y x R. y = 0 e 22 x y x k , ,k 22x k 3) 4 2y xy x y R. y = 0 e 2 1 3 3 2 2 1x y k e , ,k 232 1xk e 3.7. Equações Diferenciais Lineares de 2ª ordem Chamamos de equação diferencial ordinária de 2ª ordem a toda EDO que possa ser escrita na forma , onde P , Q e f são funções definidas y P x y Q x y f x 10 num mesmo intervalo (vamos nos restringir a intervalos onde sejam contínuas). As funções P e Q são chamadas de coeficientes da equação diferencial. Se , Ix , então a equação diferencial será chamada de homogênea. Se ( ) 0f x , Ix , a equação diferencial é chamada de não homogênea. Exemplo: a) 2 0y xy y , x (homogênea) b) 3 seny y x y x x , *x (não homogênea) 3.7.1. Equações Diferenciais Lineares de 2ª ordem com coeficientes constantes Suponhamos que os coeficientes ( )P x e ( )Q x sejam constantes e, respectivamente, iguais a p e q. Assim, '' ' + y = ( )y p y q f x Apresentaremos a seguir modo prático de resolução destas equações nos casos que sejam homogêneas ou não-homogêneas. 3.7.1.1. Solução de EDOL Homogêneas de 2ª ordem com coeficientes constantes Consideremos a equação diferencial homogênea '' ' + y = 0y p y q e sua equação característica 2 r + = 0.r p q 1º ) A equação característica possui duas raízes reais distintas: 1r e 2r . Neste caso, a solução da homogênea é 1 2 1 2h r x r x y c e c e , 1 2, .c c 2º ) A equação característica possui duas raízes reais iguais: 1r = 2r = r Neste caso, a solução da homogênea é 1 2h rx rx y c e c xe , 1 2, .c c Isto é, 1 2[ ]h rx y c c x e , 1 2, .c c O “reforço” x apresentado em hy é devido a igualdade das raízes. 3º ) A equação característica possui raízes complexas: 1r i e 2r i Neste caso, a solução da homogênea é 1 2[ cos( ) sen( )]h xy e c x c x , 1 2, ec c , * . 3.7.1.1.1. Exercícios Propostos Encontre a solução geral das EDO 1) 4 3 0y y y R. 1 2 3 h x xy c e c e , 1 2, .c c 0f x 11 2) 16 0y y R. 1 2 4 4 h x xy c e c e , 1 2, .c c 3) 4 4 0y y y R. 1 2 2[ ]h xy c c x e , 1 2, .c c 4) 6 9 0y y y R. 1 2 3[ ]h xy c c x e , 1 2, .c c 5) 4 13 0y y y R. 1 2 2 3 3[ cos( ) sen( )]h xy e c x c x , 1 2, .c c 6) 0y y R. 1 2cos( ) sen( )hy c x c x , 1 2, .c c Encontre a solução particular das EDO 7) 7 6 0y y y , 0 2y e 0 3y R. 6[ 9 ] / 5h x xy e e 8) 8 9 0y y y , 1 1y e 1 0y R. 9(1 ) 1[ 9 ] /10h x xy e e 3.7.1.2. Solução de EDOL não-Homogêneas de 2ª ordem com coeficientes constantes Consideremos a equação diferencial não homogênea '' ' + = ( )y p y q y f x . A solução geral Gy desta equação é dada pela soma das soluções da homogênea hy e uma solução particular py da equação não homogênea, considerando as raízes da característica e as formas de f (x): G h py y y Apresentamos, abaixo, algumas sugestões para obter py : * Equação característica (EC): 2 0r p r q . ** nP x e ( )nQ x são polinômios de grau n , n . *** nP x e nQ x são polinômios completos de grau n com coeficientes a determinar. **** m bi , m , *b e i é a unidade imaginaria, são números complexos. ***** 1 2, ec k k . Obs: As sugestões para py nos modelos valem para EDOL não homogêneas de ordem 2n . 1Modelo: m xf x ce , ec m Raízes da Equação característica Sugestão para py -Se m não for raiz da EC P m xy Ae -Se m for raiz da EC uma só vez P m xy Axe -Se m for raiz da EC duas vezes 2 P m xy Ax e Nota : Se m = 0 recai no 2Modelo Se c = 0 a equação é homogênea 12 2Modelo: ( )nf x P x , n Raízes da Equação característica Sugestão para py -Se zero não for raiz da EC P ny P x -Se zero for raiz da EC uma só vez P ny xP x -Se zero for raiz da EC duas vezes 2P ny x P x 3Modelo: . mxnf x P x e , n e m Raízes da Equação característica Sugestão para py -Se m não for raiz da EC .P n m xy P x e -Se m for raiz da EC uma só vez .P n m xy xP x e -Se m for raiz da EC duas vezes 2 .P n m xy x P x e Nota : Se n = 0 recai no 1Modelo Se m = 0 recai no 2Modelo 4Modelo: sennf x P x bx , cosnf x P x bx ou 1 2sen cosnf x P x k bx k bx Raízes da Equação característica Sugestão para py - Se 0 bi não forem raízes da EC. sen cosP n ny P x bx Q x bx - Se 0 bi forem raízes da EC. sen cosP n ny x P x bx Q x bx 5Modelo: senmxf x e bx , cosmxf x e bx ou 1 2sen cos mx f x e k bx k bx . Raízes da Equação característica Sugestão para py - Se m bi não forem raízes da EC. sen cosP mx mx y Ae b x Be b x - Se m bi forem raízes da EC. sen cosmx mxPy x A bx B bxe e 13 6Modelo: senn mx f x P x e bx , cosn mx f x P x e bx ou 1 2sen cos m x nf x P x e k bx k bx Raízes da Equação característica Sugestão para py - Se m bi não forem raízes da EC. sen cosP mx mx n ny P x e bx Q x e bx -Se m bi forem raízes da EC sen cosP n n mx mx y x P x e bx Q x e bx Nota: Se m = 0 recai no 4Modelo Nota: Se f x é uma soma de n parcelas, 1 2 nf x f x f x f x , onde if x , 1, 2, ,i n , corresponde a um dos modelos apresentados acima, então uma sugestão para Py é que seja dado por 1 2pP P P n y y y y , onde, para cada 1,2, ,i n , P i y é uma solução particular da equação para if x . 3.4.1.2.1. Exercícios Propostos Encontre a solução geral das EDO (ver soluções – Bibliografia - pág 337-346) 1) 53 2 2 xy y y e R. 2 5 1 2 1 6 x x x G h py y y c e c e e , 1 2, .c c 2) 3 2 2 xy y y e . R. 2 1 2 2 x x x G h py y y c e c e xe , 1 2, .c c 3) 24 4 8 xy y y e .. R. 2 2 2 2 1 2 4 x x x G h py y y c e c xe x e , 1 2, .c c 4) 4 3 3 2y y y x R. 3 1 2 2 x x G h py y y c e c e x , 1 2, .c c 5) 4 8 2y y x . R. 4 2 2 1 x G h py y y c e x x c , 1 2, .c c 6) 26 8 8y y y x R. 2 4 2 1 2 3 7 2 8 x x G h py y y c e c e x x , 1 2, .c c 7) 6 8 3 xy y y xe R. 2 4 1 2 4 3 x x x G h py y y c e c e x e , 1 2, .c c 8) 26 8 8 xy y y xe . R. 2 4 2 21 2 2 2x x xG h py y y c e c e x x e , 1 2, .c c 9) 510 25 12 xy y y xe .. R. 5 5 3 5 1 2 2 x x x G h py y y c e c xe x e , 1 2, .c c 10) 2 3 85sen 2y y y x R. 21 2 7sen 2 6cos 2 x x Gy c e c e x x 11) 2 8 sen 3y y x x R. 1 2 8 48 cos 2 sen 2 sen 3 cos 3 7 49 Gy c x c x x x x 12) 9 24 sen 3y y x x . R. 21 2 2 cos 3 sen 3 sen 3 3 cos 3 3 G c x c x x x x xy 13) 6 13 65 sen 2xy y y e x 14 R. 3 1 2 1 2 13 4 cos 2 sen 2 (2 ) 2cos 2 , ,x xGy e c x c x e sen x x c c 14) 36 13 8 sen 2xy y y e x . R. 31 22 cos 2 sen 2 x Gy c x x c x e 15) 2 2 2sen 3cosxy y y xe x x R. 2 21 2 1 1 2 2 sen cosx xGy c x x e x c x x e x Encontre a solução particular das EDO 16) 22 4y y y x , 0 1y e 0 4y R. 2 22 2 2 2 3x xGy e e x x 17) 4 seny y x , 0 1y e 0 1y R. 1/ 3cos(2 ) [sen( ) sen(2 )]Gy x x x BIBLIOGRAFIA Barboni, Ayrton e Paulette, Walter – Fundamentos de Matemática – Cálculo e Análise – Cálculo Diferencial e Integral a Duas Variáveis – Rio de janeiro – LTC – 2009.
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