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Cirurgia Segura:
Antissepsia Cirúrgica das Mãos e Paramentação
Profa: Cristal Marinho Corrêa
CIRURGIA SEGURA
No mundo, são realizadas cerca de 240 milhões de cirurgias ao ano
Isso equivale a cerca de 1 cirurgia para cada 25 pessoas.
Aumento de doenças cardiovasculares, traumas e câncer
Maior expectativa de vida da população 
(World Health Organization, 2009A)
A segurança cirúrgica: preocupação expressiva na saúde pública mundial – OMS
2004: Campanha Desafio Global para a Segurança do Paciente 
2007 – 2008: ‘Cirurgias Seguras Salvam Vidas’ - definir padrões de segurança cirúrgica
Proposta: Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica (checklist) 
 Objetivo: auxiliar as equipes cirúrgicas a seguirem de forma sistemática passos críticos de segurança. 
 
 (World Health Organization, 2009A)
 Check-list de Cirurgia Segura
O protocolo para Cirurgia Segura deverá ser aplicado em todos os locais e estabelecimentos de saúde em que sejam realizados procedimentos, quer terapêuticos, quer diagnósticos, que impliquem em incisão no corpo humano ou em introdução de equipamentos endoscópios, dentro ou fora de centro cirúrgico, por qualquer profissional de saúde.
 
(HEALY, 2012)
 
 
 Check-list de Cirurgia Segura
A Lista de Verificação divide a cirurgia em três fases: 
Check-in
Time-out
Check-out
Check-list de Cirurgia Segura
A lista de verificação deve ser conferida pelo profissional de saúde (médico ou profissional de enfermagem), que esteja participando da cirurgia e/ou que seja o responsável por conduzir a aplicação da lista de verificação, segundo as diretrizes da instituição de saúde.
 
 
(HEALY, 2012)
Estudo sobre a aplicação do “Checklist Cirurgia Segura”
Foram estudados 7.688 pacientes divididos em dois grupos: 
Antes da aplicação - 3.733 pacientes
Após a aplicação - 3.955 pacientes
Resultado: 
Queda de 36% nas grandes complicações cirúrgicas 
Queda de 47% na mortalidade 
(FERRAZ, 2009)
RISCOS INERENTES À CIRURGIA
IRAS
Infecções relacionadas à assistência à saúde
ISC
Infecção de sítio cirúrgico
Acidentes ou complicações cirúrgicos
Erros de identificação
ISC – 3ª maior causa de Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRA)
ISC = Acomete um terço dos pacientes submetidos à cirurgias em países subdesenvolvidos
60% dos casos de ISC são evitáveis mediante aplicação de medidas prevenção.
Classificação das ISC
 Incisional superficial (ISC – IS);
Incisional profunda (ISC – IP);
 Orgão/cavidade (ISC – OC);
Dentre os efeitos deletérios:
Aumento da dor;
Prolongamento do tempo de internação;
Risco de morte por sepse e complicações;
Exposição à maior número de procedimentos invasivos;
Internações em isolamento com consequente redução do contato familiar e social;
Aumento do custo e consumo de antimicrobianos;
SEGURANÇA CIRÚRGICA: CONTROLE DE IRAS 
Inclui medidas relacionadas ao: 
Ambiente cirúrgico: estrutura física, circulação de ar, controle térmico, qualidade da água (RDC 50 / RDC 307: ANVISA);
Recursos materiais e processos no CC: esterilização de instrumentais cirúrgicos, desinfecção de aparelhos, mesa cirúrgica;
Paciente: controle e manejo de fatores que aumentam o risco de infecção;
Profissional: adesão ao Protocolo de Segurança do Paciente, higienização prévia das mãos, técnica correta de antissepsia cirúrgica e paramentação.
DIVISÃO DE ÁREAS DO CC PARA FINS DE 
CONTROLE DE INFECÇÃO
ÁREAS IRRESTRITAS / DE PROTEÇÃO / NÃO CRÍTICAS: 
Permite o uso de roupa comum;
 Vestiários, banheiros, recepção de pacientes, sala de espera de acompanhantes, secretaria e administração do bloco, materiais e arsenal de medicamentos, manutenção.
DIVISÃO DE ÁREAS DO CC PARA FINS DE 
CONTROLE DE INFECÇÃO
ÁREAS LIMPAS / SEMIRRESTRITAS / SEMICRÍTICAS: 
Tráfego de profissionais com roupa do bloco e gorro, sem necessidade do uso de máscara.
 Posto de enfermagem, sala de prescrição e apoio médico, Sala de recuperação pós anestésica, Copa para lanches, Sala de equipamentos e materiais esterilizados, descanso médico.
DIVISÃO DE ÁREAS DO CC PARA FINS DE 
CONTROLE DE INFECÇÃO
ÁREAS ESTÉREIS / RESTRITAS / CRÍTICAS: 
Roupa do bloco, gorro e máscara; 
Propés ou sapatos especiais, se rotina local;
 Salas de operação e Lavabo.
Condutas de Rotina
Ao entrar no CC, o profissional deve: 
1° - Dirigir-se ao vestiário;
2° - Retirar adornos, relógios e alianças;
3° - Guardar objetos pessoais no escaninho;
Condutas de Rotina
4° - Vestir a roupa obrigatória do bloco: calça, jaleco tipo scrub, gorro, propés ou sapatos para circulação exclusiva no CC (conforme o protocolo institucional);
NEM TUDO ESTÁ PERDIDO!
Condutas de Rotina
5° - Higienização simples das mãos e fricção com álcool a 70% (antes de qualquer atividade, independente da área circulada);
MÁSCARA CIRÚRGICA
CONSIDERAÇÕES:
AO SAIR DO VESTIÁRIO, O PROFISSIONAL DEVE LEVAR A MÁSCARA GUARDADA NO BOLSO E COLOCÁ-LA SOMENTE NO MOMENTO DE CIRCULAR NAS ÁREAS RESTRITAS DO CC; 
NÃO É RECOMENDADO MANTER A MÁSCARA PENDURADA AO PESCOÇO, NEM REUTILIZÁ-LA APÓS SAIR E RETORNAR PARA AS ÁREAS RESTRITAS. 
ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS
 
FINALIDADE
 Visa eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito residual na pele do profissional. Existem duas modalidades técnicas atualmente sugeridas para a antissepsia cirúrgica das mãos: 
1- Escovação cirúrgica com solução degermante; 
2- Antissepsia cirúrgica com preparações alcoólicas. 
APLICAÇÃO 
Após o posicionamento seguro do paciente, providência do material estéril e finalizados todos os procedimentos prévios ao preparo da cirurgia. 
A paramentação cirúrgica deverá ser realizada posteriormente à antissepsia cirúrgica das mãos, evitando-se assim, a contaminação do avental cirúrgico. 
APLICAÇÃO 
É imprescindível o uso do gorro e da máscara cirúrgica para a realização do procedimento de antissepsia cirúrgica das mãos, a fim de se evitar a veiculação de microorganismos provenientes do cabelo e gotículas do trato respiratório superior e contaminação das mãos e antebraços do profissional. 
Quem deverá realizar a antissepsia cirúrgica das mãos?
 Equipe multiprofissional que participará da cirurgia estando em contato direto com o sítio cirúrgico ou material estéril: cirurgião principal, cirurgião auxiliar, instrumentador cirúrgico ou outros membros da equipe multiprofissional e/ou alunos (residentes, estudantes de enfermagem);
 Não é necessário que o circulante e o anestesista realizem antissepsia cirúrgica, visto que estes profissionais precisarão manusear materiais não estéreis, auxiliando o procedimento cirúrgico (frascos de medicamentos, embalagens e outros). No entanto, estes profissionais deverão realizar higienização simples das mãos, seguida de antissepsia com produtos alcoólicos (Ex: fricção com álcool a 70%).
 MATERIAIS NECESSÁRIOS: 
Pias com torneiras automáticas ou com dispositivo de fechamento com cotovelos / pés. Água preferencialmente esterilizada ou tratada mediante mecanismos e/ou redutores de agentes biológicos; 
Sabonete líquido, tipo refil, armazenado em dispensador de parede para higienização simples em caso de sujidade aparente ou primeira lavagem de mãos do profissional, caso este não tenha realizado ao entrar na área limpa docentro cirúrgico; 
 MATERIAIS NECESSÁRIOS: 
Agentes antissépticos: degermante, álcool gel a 70% e/ou alcoólicos, conforme a técnica a ser utilizada; 
Papel toalha não reciclável, de boa qualidade, armazenado em dispensador de parede, estritamente para secagem das mãos após higienização simples com água e sabão; 
Dispensador universal; 
Compressa estéril para secagem das mãos após escovação cirúrgica. 
Existem duas modalidades técnicas atualmente sugeridas para a antissepsia cirúrgica das mãos: 
1- Escovação cirúrgica com solução degermante; 
2- Antissepsia cirúrgica com preparações alcoólicas. 
1- Escovação cirúrgica com solução degermante; 
Duração: 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e 2 a 3 minutos para cirurgias subseqüentes. 
Produtos utilizados: Solução degermante (PVPI-degermante; Clorexidina 2% a 4% degermante; Triclosan) líquida ou escova / bucha cirúrgica embebida com a solução. 
1- Escovação cirúrgica com solução degermante; 
1- Escovação cirúrgica com solução degermante; 
1- Escovação cirúrgica com solução degermante; 
2- Antissepsia cirúrgica com preparações alcoólicas
Duração do procedimento: 60 segundos; repetir 2 ou 3 vezes, conforme recomendação do fabricante do PBA; 
Produtos utilizados: PVPI-tópico; Clorexidina alcoólica a 5%, Álcool a 70% glicerinado (glicerina a 3%); 
2- Antissepsia cirúrgica com preparações alcoólicas
2- Antissepsia cirúrgica com preparações alcoólicas
2- Antissepsia cirúrgica com preparações alcoólicas
2- Antissepsia cirúrgica com preparações alcoólicas
2- Antissepsia cirúrgica com preparações alcoólicas
Vantagens da
antissepsia com produtos alcoólicos
Menor tempo de procedimento – maior adesão;
Menor abrasão da pele das mãos;
Maior eficácia antibacteriana;
Reduz custos;
Economia de água;
Reduz resíduo;
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
QUEM DEVERÁ PARAMENTAR-SE?
Cirurgião principal
Cirurgião auxiliar
Instrumentador
Outro profissional que, eventualmente, poderá ter contato direto com o campo cirúrgico e/ou material estéril (Ex: residentes de medicina em treinamento).
ETAPA PRÉVIA À PARAMENTAÇÃO
ESCOVAÇÃO CIRÚRGICA + SECAGEM COM COMPRESSA ESTÉRIL;
ANTANTISSEPSIA CIRÚRGICA DAS MÃOS COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS (SECA AO AR);
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
CAPOTE OU AVENTAL
CIRÚRGICO
LUVA ESTÉRIL
1ª ETAPA 
2ª ETAPA 
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
CAPOTE OU AVENTAL
CIRÚRGICO
1ª ETAPA 
Tipos de avental cirúrgico
PANO / ALGODÃO
LAVÁVEL / REESTERILIZÁVEL
TECIDO SINTÉTICO IMPERMEÁVEL / DESCARTÁVEL
Avental cirúrgico
São longos até a altura do joelho, fechamento entrelaçado e com duas amarraduras nas costas (pescoço e cintura), possuem mangas compridas que se prendem ao polegar por meio de um cadarço e punhos elásticos que são cobertos pelas luvas.
Armazenados dentro de pacotes, dobrados de forma padronizada de modo a facilitar sua retirada e evitar a contaminação da parte estéril (frente do capote). Em geral, as compressas estéreis para a secagem das mãos após escovação cirúrgica, vêm posicionadas sobre o capote dentro da embalagem única.
Vestimenta do avental cirúrgico
Sequência técnica correta:
1° PASSO
Após confirmar que há espaço suficiente para o profissional se vestir, o circulante abre o capote que contém o avental cirúrgico esterilizado sobre uma mesa auxiliar;
Vestimenta do avental cirúrgico
Sequência técnica correta:
2° PASSO
O profissional enxuga as mãos e os antebraços com a compressa estéril que está posicionada sob o avental;
Vestimenta do avental cirúrgico
Sequência técnica correta:
3° PASSO
O profissional puxa o avental pela ponta das golas e introduz suas mãos pela passagem dos ombros (entrada das mangas) e o levanta para vestir as mangas;
Vestimenta do avental cirúrgico
Sequência técnica correta:
4° PASSO
O circulante ou auxiliar puxa as pontas de trás próximas à gola, pegando sempre por dentro do capote ou na fita que vai amarrar no pescoço. Traciona para ajudar o profissional a calçar as mangas até introduzir os polegares nos cadarços que sustentam as mangas e amarra primeiro a parte superior do capote perto do pescoço do profissional.
Vestimenta do avental cirúrgico
Sequência técnica correta:
5° PASSO
Quem está se paramentando pega a ponta das duas fitas que saem da cintura (exceto quando uma das pontas está na parte interna do capote) as apresenta para o auxiliar, que as amarra atrás, na altura da cintura. É importante que, neste momento, quem está se paramentando incline-se para a frente para que a fita se afaste da parte dianteira do capote, evitando sua contaminação.
Vestimenta do avental cirúrgico
Sequência técnica correta:
6° PASSO
A aba posterior do capote é liberada para recobrir as costas do profissional. Apesar de ser importante tomar cuidado para evitar a contaminação desta área, as costas do capote e a parte abaixo do joelho são consideradas áreas não estéreis.
Vestimenta do avental cirúrgico
Sequência técnica correta:
7° PASSO
Quando o instrumentador ou auxiliar já está paramentado, ele pode ajudar os demais profissionais a vestir o capote, sustentando-o na posição aberta para que o cirurgião ou instrumentador enfie os braços nas mangas. A seguir, o circulante é que deve amarrar o capote atrás com um laço na altura da nuca e o outro em volta da cintura.
PARAMENTAÇÃO CIRÚRGICA
LUVA ESTÉRIL
2ª ETAPA 
Indicação para o uso de luvas estéreis
Qualquer procedimento cirúrgico;
Parto vaginal;
Procedimentos invasivos;
Realização de acessos e procedimentos vasculares (vias centrais);
Quaisquer procedimentos nos quais seja necessária a manutenção da técnica asséptica.
Indicação para o uso de luvas estéreis
Principal finalidade da luva estéril em cirurgias
Reduzir a possibilidade de os microrganismos presentes na microbiota residente das mãos do profissional, os que não foram possíveis de serem removidos mediante a antissepsia cirúrgica, contaminarem o campo operatório;
Diminuir o risco de Infecção de Sítio Cirúrgico (ISC);
Proteger o profissional de saúde contra a exposição ao sangue ou outro material potencialmente contaminado; 
ABERTURA DO PACOTE DE LUVAS 
É de responsabilidade do circulante, prover a sala cirúrgica de embalagens de luvas de diferentes tamanhos, para não prejudicar o desenvolvimento do ato operatório;
Deve ainda estar atento para o momento exato de abri-las e oferecê-las, diretamente, aos componentes da equipe cirúrgica.
CALÇAMENTO DAS LUVAS ESTÉREIS
Sequência correta:
1° PASSO
Após a vestimenta do avental cirúrgico, o profissional deverá abrir a parte estéril do pacote de luvas estéreis, observar a marcação das mãos direita e esquerda antes de retirar as luvas.
CALÇAMENTO DAS LUVAS ESTÉREIS
Sequência correta:
2° PASSO
Calçar a mão dominante: pegar a luva direita com a mão esquerda para calçar a mão direita (se for canhoto, o inverso).
CALÇAMENTO DAS LUVAS ESTÉREIS
Sequência correta:
3° PASSO
Calçar a mão não dominante: com a mão dominante parcialmente enluvada, pegar a outra luva pela parte externa (estéril) e calçar a mão (não dominante) por completo, estendendo a luva até o punho e parte do antebraço por cima da manga do avental cirúrgico.
CALÇAMENTO DAS LUVAS ESTÉREIS
Sequência correta:
4° PASSO
Com a mão que já foi totalmente enluvada, desvirar o punho da mão parcialmente enluvada, com cuidado, estendendo-a por cima da manga do avental cirúrgico. Após isso, ajustar os dedos de ambas as mãos de modo que as luvas fiquem bem adaptados e confortáveis para o procedimento cirúrgico.
CALÇAMENTO DAS LUVAS ESTÉREIS
- Outra alternativa é um profissional já paramentado calçar a luva nos outros, pegando a luva em sua borda externa (estéril), abrindo-a e sustentando-a para que outro profissional introduza sua mão já na posição correta.
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LUVAS ESTÉREIS
Cirurgias prolongadas aumentam o risco de proliferação bacteriana “intra-luva”: bactérias crescem rapidamente durante o períodocirúrgico (principalmente microporos); 
Existe o risco de rompimento da luva estéril durante o procedimento cirúrgico – reforça a importância da antissepsia cirúrgica prévia das mãos de qualidade, assim como a escolha de produtos antissépticos adequados (efeito residual).
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS LUVAS ESTÉREIS
Alguns tipos de cirurgia exigem o uso de luvas duplas (calçar uma em cima da outra), seja para aumentar a proteção do cirurgião, seja para facilitar a troca da luva de cima ao operar uma área potencialmente contaminada.
Postura após a paramentação
Após a paramentação, manter as mãos elevadas à altura do tórax e tomar cuidado para não tocar ou encostar em nenhuma superfície não estéril (inclusive as costas do capote, a parte abaixo do abdômen e pernas);
Conversas desnecessárias devem ser evitadas;
Postura após a paramentação
Alguns capotes têm dois grandes bolsos na frente do tórax que permitem ao profissional enfiar as mãos enluvadas protegendo-as.
Postura após a paramentação
Remoção da paramentação cirúrgica?
Após realizada a sutura da ferida operatória, limpeza, secagem dos pontos cirúrgicos e realização do curativo.
Técnica correta de remoção da luva estéril
Retirar as luvas, puxando a primeira pelo lado externo do punho com os dedos da mão oposta.
Segurar a luva removida com a mão enluvada.
Tocar a parte interna do punho da mão enluvada com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retirar a outra luva.
Descartar as luvas em lixeira apropriada.
Remoção da paramentação cirúrgica?
Técnica correta de remoção da luva estéril
Remoção da paramentação cirúrgica?
Técnica correta de retirada do avental: 
O cirurgião deverá retirar o avental puxando-o pelo lado interno da manga, evitando a área externa contaminada. Proceder à higienização simples das mãos após o procedimento cirúrgico (somente se presença de sujidades) e fricção com álcool a 70%.
Retirada do avental cirúrgico
PREPARO CIRÚRGICO DA PELE
PREPARO CIRÚRGICO DA PELE
O preparo pré-operatório é o tratamento da pele intacta que corresponderá ao sítio cirúrgico. O objetivo desse tratamento é a redução da maior carga possível de microorganismos da pele do paciente antes da incisão.
PREPARO CIRÚRGICO DA PELE
Os agentes antissépticos mais utilizados são o gluconato de clorexidina e iodopovidona (PVP-I) à base de álcool que são efetivos contra grande variedade de bactérias, fungos e vírus. Não há um consenso na literatura sobre a recomendação de um produto em detrimento do outro.
DIRETRIZES
RECOMENDAÇÕES
WorldHealthOrganization(2016)
Solução degluconatodeclorexidinaà base de álcool para preparo cirúrgico da pele.
SocietyforHealthcareEpidemiologyofAmerica(2014)
Utilizar 2 produtos antissépticos à base de álcool, a menos que existamcontra-indicações.
NationalInstitutefor HealthandCareExcellence(2013)
PVP-I ougluconatodeclorexidinaà base de álcool.
HealthProtectionScotlandBundle(2013)
Gluconatodeclorexidinaa 2% à base de álcoolisopropila 70% ou PVP-I alcoólico para pacientesalérgicos àclorexidina.
The RoyalCollegeofPhysiciansofIreland(2012)
Gluconatodeclorexidinaa 2% à base de álcoolisopropila 70% ou PVP-I alcoólico para pacientesalérgicos àclorexidina.
USInstituteofHealthcareImprovement: hipandkneearthroplasty(2012)
Combinação de umiodóforocomgluconatodeclorexidinaà base de álcool.
UKHightImpactInterventionBundle(2011)
Gluconatodeclorexidinaa 2% à base de álcoolisopropila 70% ou PVP-I alcoólico para pacientesalérgicos àclorexidina.
Preparo cirúrgico da pele
Todas as diretrizes concordam que o uso dos antissépticos alcoólicos são mais eficazes que as soluções aquosas.
DEGERMAÇÃO
Uma etapa prévia de degermação do sítio cirúrgico e da área adjacente com o uso de antissépticos degermantes não alcoólicos poderá ser recomendada, conforme protocolo da instituição, sobretudo, nos casos em que o banho pré-operatório não tenha sido realizado.
Preparo cirúrgico da pele
PREPARO DE ÁREAS DE MAIOR CONTAMINAÇÃO
Algumas áreas consideradas de grande contaminação e difícil higienização como o umbigo, a glande e estomas urinários ou intestinais, quando fazem parte do campo cirúrgico, devem ser submetidas à degermação previamente à antissepsia cirúrgica da pele.
Preparo cirúrgico da pele
ISOLAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS
Áreas altamente contaminadas próximas ao sítio cirúrgico (ex: ânus, colostomia) devem ser isoladas com adesivo estéril.
Preparo cirúrgico da pele
Em geral, as soluções antissépticas alcoólicas (PVPI tópico a 10%, Clorexidina 2% a 4%, estão disponíveis em uma mesa auxiliar próxima à mesa cirúrgica em almotolias de 250 ml ou frascos com 1 litro. Após a antissepsia cirúrgica das mãos e a paramentação, o cirurgião solicita ao circulante (profissional de enfermagem) o despejo do antisséptico em cubas estéreis, sem tocá-las e sem contaminar o bico do frasco.
Preparo cirúrgico da pele
É realizado em 2 etapas:
1ª - Degermação da pele;
2ª - Antissepsia cirúrgica da pele.
Preparo cirúrgico da pele
1ª ETAPA – DEGERMAÇÃO DA PELE
Fricção da pele com PVP-I ou Clorexidina degermante, utilizando pinça e gaze estéril;
Iniciar pelo sítio de incisão cirúrgica e, em seguida, estender para a periferia, realizando movimentos giratórios em espiral;
A antissepsia da pele deve ser realizada em uma área mais ampla do que o planejado inicialmente, prevendo possíveis mudanças durante o ato cirúrgico (Ex: conversão de cirurgia videolaparoscópica em cirurgia aberta);
 Após contato com a periferia ou área contaminada, a gaze deve ser descartada evitando retornar para a área limpa do sítio. 
Preparo cirúrgico da pele
CUIDADOS ESPECIAIS
Quando o sítio de incisão for mais contaminado que a área adjacente, iniciar a degermação pela área menos contaminada;
Exemplos de sítios contaminados: axila, ânus, períneo, estoma, ferida aberta, cateter ou dreno.
Realizar fricções leves em áreas de queimaduras, feridas abertas e/ou oncológicas;
Em sítios próximos das mãos ou pés, cuidado especial deve ser tomado para que a solução seja aplicada entre os dedos;
Preparo cirúrgico da pele
CUIDADOS ESPECIAIS
 Quando a antissepsia cirúrgica envolver a cavidade oral, cuidado adicional deve ser necessário para que o paciente não aspire a solução antisséptica;
Preparo cirúrgico da pele
1ª ETAPA – DEGERMAÇÃO DA PELE
Repetir o processo de degermação até atingir uma ampla área de adjacência da cirurgia;
Enxaguar com soro fisiológico ou água bidestilada (ABD);
Secar com gaze ou compressa estéril.
Preparo cirúrgico da pele
2ª ETAPA – ANTISSEPSIA CIRÚRGICA DA PELE
Realizar a antissepsia com preparação alcoólica, PVP-I tópico a 10% ou Clorexidina alcoólica, utilizando a mesma técnica da primeira fase;
Deixar secar espontaneamente.
Preparo cirúrgico da pele
OBSERVAÇÃO: 
O uso de luvas estéreis é recomendado. Entretanto, é possível realizar o procedimento com luvas não estéreis, desde que a pinça seja longa o suficiente para não permitir o contato com a solução antisséptica e a pele do paciente.
Preparo cirúrgico da pele
A antissepsia cirúrgica da pele deve ser realizada preferencialmente por um profissional externo aos cirurgiões e instrumentador (ex: residente, enfermeiro ou circulante), utilizando técnica asséptica, à fim de se evitar a contaminação do avental e instrumental cirúrgico. Porém, essa recomendação difere muito de uma instituição para outra, além de estar sujeita ao dimensionamento de pessoal da instituição.
Etapa prévia: Antissepsia cirúrgica das mãos e paramentação.
Preparo cirúrgico da pele
OBSERVAÇÃO:
Respeitar o tempo necessário de secagem do antisséptico de acordo com as recomendações do fabricante, antes do posicionamento dos campos cirúrgicos;
Registro no Prontuário
Recomenda-se o registro completo do procedimento de antissepsia cirúrgica da pele no prontuário do paciente. O registro deve conter o nome do produto antisséptico utilizado, profissional que realizou a antissepsia, área preparada e condiçõesda pele após o procedimento, incluindo presença de irritação ou processo alérgico relacionado à solução antisséptica.
Referências Bibliográficas
BRASIL. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – ANVISA. Higienização das Mãos em Serviços de Saúde. Brasília, 2007. Disponível em:<http://www.anvisa.gov.br/hotsite/higienizacao_maos/index.htm>. Acesso em: 21 mar. 2013.
 BRASIL , 2013. Portaria nº 529, de 1º de abril de 2013. Institui o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP).
BRASIL, 2013. Ministério da Saúde. Resolução de Diretoria Colegiada - RDC nº 36, de 25 de julho de 2013. Institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências.
BRASIL , 2013 Portaria Nº 1.377, de 9 de julho de 2013. Aprova os Protocolos de Segurança do Paciente.
Referências Bibliográficas
Potter, P; Stockert, H. Fundamentos de Enfermagem. 9. ed. – Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. 977p.
Oliveira, R.G. Blackbook – Enfermagem. Belo Horizonte: Blackbook Editora, 2016. 816p. 
SOBECC – Diretrizes de Práticas em Enfermagem Cirúrgica e Processamento de Produtos para Saúde. 7ª Edição, 2017.
BRASIL , 2013 Portaria nº 2.095, de 24 de setembro de 2013. Aprova os Protocolos Básicos de Segurança do Paciente.

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