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GEORGIA GALVÃO Mestre em Educação Médica (IUNIR/UFPB) Mestre em educação para o ensino da saúde (FPS/IMIP) Especialista em Gestão da Clínica nas Regiões de Saúde (IEP Sírio Libanês) Especialista em Gestão da PNAN (Fiocruz/UNB) Especialista em Saúde Pública (UPE) Exames Bioquímicos: Parâmetros Bioquímicos Avaliação Hematológica Avaliação Bioquímica SANGUE Hemácias ou Glóbulos vermelhos ou Eritrócitos Leucócitos ou Glóbulos brancos Plaquetas ou Trombócitos Lima et al., 2012. Principais exames hematológicos Hemograma; Coagulograma. Lima et al., 2012. Avalia o conjunto de células sanguíneas em número e funcionalidade HEMOGRAMA Exame de sangue responsável por avaliar quantitativamente (número de células e índices hematimétricos) e qualitativamente (morfologia do esfregaço de sangue periférico) os elementos do sangue. Material utilizado: Sangue total Preparo do paciente: Jejum - 4hs para eliminar a turvação causada no sangue após as refeições; Lima et al., 2012. HEMOGRAMA Constituído dos seguintes exames: Contagem de hemácias; Dosagem de hemoglobina; Determinação do hematócrito Índices hematimétricos: Volume corpuscular médio Hemoglobina corpuscular média Concentração de hemoglobina corpuscular média Distribuição do tamanho das hemácias Contagem de leucócitos global e específica Exame microscópico do esfregaço de sangue corado Contagem de plaquetas (opcional) Lima et al., 2012. Contagem Total de Hemácias As hemácias representam a unidade morfológica da série vermelha do sangue sendo o elemento sanguíneo mais numeroso. Possui tempo de meia vida de 120 dias. Valores de referência: - Homens: 4,5 a 6,0 milhões células/mm3 - Mulheres: 4,0 a 5,5 milhões células/mm3 - Recém-nascidos: 4,0 a 6,0 milhões células/mm3 Laboratórios disponibilizam os valores de referência adotados por exames e estes devem ser interpretados de acordo com a idade e as condições clínicas do paciente. Rosa et al., 2008; Calixto-lima et al., 2012; Lima et al., 2012; Carvalho, 2008. Contagem Total de Hemácias Aumento Diarreia, desidratação, queimaduras, policitemia vera, cardiopatia crônica, Intoxicações por álcool etílico ou fármacos. Diminuição Anemias, leucemias Após hemorragias intensas e infecções graves. Lima et al., 2012. Dosagem de Hemoglobina Pigmento intraeritrocitário encarregado de se ligar ao oxigênio dos pulmões, transportando-o para os tecidos, e o dióxido de carbono em sentido contrário. Valores de referência: - Homens: 13,5 a 18g/dL - Mulheres: 12 a 16g/dL - Recém-nascidos: 13,5 a 19,5g/dL Valores aumentados e diminuídos são semelhantes as patologias correlacionadas as hemácias. Rosa et al., 2008; Wallach, 2003. Determinação de Hematócrito O hematócrito é a medida da porcentagem de células vermelhas (hemoglobina) dentro do volume total de sangue. Ex: A centrifugação de uma amostra de sangue faz com que as células se concentrem na parte inferior do tubo. Estes normalmente ocupam cerca de 35- 54% do volume de sangue, dependendo as idade e do sexo do indivíduo. O valor % de células que se depositam são os hematócritos. Valores de referência: - Homens: 13,5 a 18g/dL - Mulheres: 12 a 16g/dL - Recém-nascidos: 13,5 a 19,5g/dL Lima et al., 2012. Aumento Policitemias, desidratações, Queimaduras, diarréia e vômitos intensos Macrocitose Diminuiçã o Anemias, leucemias Infecções Microcitose Calixto-Lima et al., 2012; Carvalho et al., 2008. Determinação de Hematócrito Índices Hematimétricos Volume corpuscular médio (VCM) Avalia o tamanho médio das hemácias Valores de referência: VCM < 80fl - micrócitos VCM > 100fl - macrócitos VCM = HT/HM X 10 fentolitros (fl) Lima et al., 2012. *HT – hematócrito *HM – hematrimetria (número de eritrócitos/m3) Hemoglobina corpuscular média (HCM) Avalia a concentração de hemoglobina nas hemácias. HCM=Hb/HM X 10 (picograma - pg) Valores de referência: HCM < 27pg - hipocromia (baixos teores de hemoglobina) HCM > 32pg - não apresenta significado clínico *Hb – hemoglobina *HM – hematrimetria (número de eritrócitos/m3) Índices Hematimétricos Concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) Avalia a % de hemoglobina em 100mL de hemácias. CHCM = Hb/HT X 100 Valores de referência: CHCM < 32% hipocromia (baixos teores de hemoglobina) > 35% presença de esferócitos na amostra, pois não existe hipercromia Índices Hematimétricos Método de distribuição do tamanho das hemácias (RDW) Avalia a dispersão das hemácias em relação ao tamanho e só pode ser determinado pelos analisadores automáticos. Valores de referência: RDW > 14,5% indicam maior dispersão de tamanho das hemácias em relação ao VCM, termo conhecido como anisocitose. RDW < 11,5% não apresentam significado clínico Lima et al., 2012. Índices Hematimétricos Leucometria Global (Contagem Global de Leucócitos) Representa o estado de imunidade celular, sofre influências não-nutricionais, como a anestesia empregada nas cirurgias (retorna ao normal após 48 horas) Valores de referência: Adultos – 4.000 a 11.000 células/mm3 Recém-nascidos – 10.000 a 18.000 células/mm3 Rosa et al., 2008; Calixto-Lima et al., 2012. Leucocitose (↑número de leucócitos) • Processos inflamatórios, infecciosos e leucemias; • Fisiologicamente: Infância, gravidez, durante o parto, durante a digestão, variações circadianas e após exercício físico extenuantes. Leucopenia (↓da produção de leucócitos) • Deficiência de vitamina A; • Depressão de tecidos leucopoiéticos por infecção ou intoxicação ou uso de alguns medicamentos; • Aumento de destruição celular (anticorpos); • Infecções: febre tifoide, dengue, rubéola e caxumba. Hoffbrand et al., 2008. Leucometria Global (Contagem Global de Leucócitos) Leucometria Diferencial (Contagem Diferencial de Leucócitos) Valores de referência: Neutrófilos bastonetes: 3% a 5% (150 a 400 células/mm3) Neutrófilos segmentados: 55% a 65% (3.000 a 5.000 células/mm3) Eosinófilos: 2% a 6% (100 a 300 células/mm3) Basófilos: 0% a 1% (50 a 80 células/mm3) Monócitos: 4% a 8% (200 a 650 células/mm3) Linfócitos: 20% a 30% (1.500 a 2.500 células/mm3) Lima et al., 2012. Leucometria Diferencial (Contagem Diferencial de Leucócitos) Neutrofília (↑número de neutrófilos) • Infecções bacterianas, • Leucemias, • Processos inflamatórios Eosinofília (↑número de eosinófilos) • Observado nas parasitoses • Processos imunoalérgicos Basofilia (↑número de basofilia) • Leucemia mieloide crônica • Raramente nos processos imunoalérgicos Monocitose (↑número de neutrófilos) • Sepse, • Mononucleose e tuberculose Linfocitose (↑número de linfócitos) • Infecções virais agudas e crônicas (tuberculose e sifílis), • Leucemia linfocítica crônica e nos processos ganglionares Lima et al., 2012. Coagulograma Lima et al., 2012. O coagulograma compreende uma série de exames que realizam a avaliação laboratorial da hemostasia, auxiliando a avaliação pré-operatória e também como testes de screening para pacientes com manifestações hemorrágicas ou trombóticas. Constituído dos seguintes exames: - Contagem de plaquetas 150.000 a 400.000 plaquetas/mm3 - Tempo de sangramento - Tempo de coagulação - Tempo de protrombina - Tempo de tromboplastina parcial Adaptado de Oliveira & Poli Neto, 2004; Verrastro, 2002. Classificação Principais alterações laboratoriais Possíveis diagnósticos Anemias microcíticas e hipocrômicas - VCM < 80fL - CHCM < 32% - HCM: diminuída- Anemia ferropriva - Anemia sideroblástica - Talassemias - Hemocromatose e anemia do prematuro Anemias normocíticas e normocrômicas - VCM, HCM e CHCM normais - VCM: 80 a 100fL - HCM: 27 a 32 pg - CHCM: 32% a 35% - Anemia hemorrágica aguda recente - Anemias por deficiência na produção de hemácias (aplasia medular, insuficiência renal, doenças crônicas e outros) - Anemias hemolíticas Anemias macrocíticas e normocrômicas ↑ VCM, podendo HCM e CHCM estar normais ou diminuídas - VCM >98 a 100fL - CHCM: 32% a 36% - HCM elevada Sem megaloblastos na medula óssea: - Anemia hemorrágica e hemolítica - Anemia secundária ao uso de antimetabólitos - Anemia das hepatopatias Com megaloblastos na medula óssea: - Deficiência de vitamina B12 - Deficiência de ácido fólico - Defeito da síntese do DNA Classificação morfológica da anemia Classificação Principais alterações laboratoriais Possíveis diagnósticos Anemias macrocíticas e hipercrômicas Aumento VCM e CHCM Anemia Megaloblástica: - Deficiência de cobalamina - Deficiência de ácido fólico - Anemias hereditárias – por déficit na síntese de DN - Anemias adquiridas por uso crônico de fármacos Não Megaloblástica: - Anemia hiper-regenerativa: pós-hemorragia ou hemolítica - Anemias por deficiência de ácido ascórbico ou vitaminas do complexo B - Anemias de origens diversas: hepatopatias, mixedema e anemia aplásica Classificação morfológica da anemia Adaptado de Oliveira & Poli Neto, 2004; Verrastro, 2002. HCM: Hemoglobina corpuscular média; CHCM: Concentração de hemoglobina corpuscular média; VCM: volume corpuscular médio. FERRITINA Glicoproteína armazenadora de ferro. A dosagem de ferritina é o melhor exame para avaliar o armazenamento deste mineral no organismo. Valores abaixo da normalidade são forte indicativos de anemia ferropriva. Cautela: Interpretação de resultados de indivíduos portadores de patologias inflamatórias e infecciosas. Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 12 horas. Suspender qualquer medicamento à base de fenobarbital, carbamazepina, diuréticos. Tabagismo e dietas ricas em CHO também alteram resultado do exame. Conservação: até 3 dias refrigerado entre 2° e 8°C. Valor de referência: -Homens: 30 a 300 ng/mL - Mulheres: 10 a 200 ng/mL Calixto-Lima et al., 2012. FERRO SÉRICO A dosagem se refere ao número de ferro ligado à sua proteína de transporte (transferrina). A determinação laboratorial é pouco sensível porém necessária para o cálculo de saturação de transferrina. Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 8 horas. Conservação: até 6 dias refrigerado entre 2° e 8°C. Valor de referência: 30 a 160 µg/dL Calixto-Lima et al., 2012. TRANSFERRINA Glicoproteína de síntese hepática responsável pelo transporte de ferro proveniente da absorção intestinal ou do catabolismo da hemoglobina da medula óssea. Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 8 horas. Conservação: até 6 dias refrigerado entre 2° e 8°C. Valor de referência: 230 a 390 µg/dL CAPACIDADE TOTAL DE LIGAÇÃO DO FERRO Reflete a quantidade total de ferro que a transferrina é capaz de ligar. É uma medida indireta da transferrina Valor de referência: Total: 250 a 450µg/dL Livre: 150-340µg/dL SATURAÇÃO DE TRANSFERRINA O coeficiente de saturação de transferrina é obtido dividindo-se o teor de ferro sérico pelo valor da capacidade total de fixação de ferro. %ST = (100 x Ferro) CTLF x 100 Valor de referência: 20 a 50% GLICEMIA DE JEJUM Utilizada no diagnóstico e acompanhamento do diabetes melittus, na avaliação de distúrbios do metabolismo de carboidratos, acidose metabólica, desidratações, hipoglicemia e secreção inadequada de insulina. Rosa et al., 2008; Nemer et al., 2010. Material utilizado: soro ou plasma coletados em tubos com fluoreto/tubos de coleta com soro-gel. Preparo do paciente: jejum mínimo de 8 horas, mas sem exceder 14 horas. Conservação: 48 horas refrigerados entre 2° e 8°C Valor de referência: - Não diabético: 60 a 99 mg/dL - Pré-diabéticos: 100 a 126mg/dL - Diabéticos: >126mg/dL GLICEMIA PÓS-PANDRIAL Coleta realizada após 2 horas de administração oral de 75g de dextrosol ou alimentação habitual ou dieta padrão estabelecida. Valor de referência: <140mg/dL Rosa et al., 2008; Wallach, 2003. TESTE DE TOLERÂNCIA A GLICOSE Coleta realizada após 2 horas de administração oral de 75g de glicose anidra ou 82,5g de glicose monoidratada, dissolvida em 250 a 300ml de água. A avaliação é feita nos tempos de 30, 60, 90 e 120 minutos. Utilizado para diagnosticar diabetes gestacional e em pacientes com glicemia de jejum alterada. Viliar et al., 2007; Nemer et al., 2010. HEMOGLOBINA GLICADA Reflete a concentração média de glicose durante os últimos 2 a 3 meses que precede o exame. Não utilizar em pacientes com hemoglobinopatia. Rosa et al., 2008. Material utilizado: sangue total. Preparo do paciente: jejum não obrigatório. Conservação: até 5 dias refrigerado entre 2° e 8°C Valor de referência: - Não diabético: até 6% - Diabéticos controlados: 6% a 8% - Diabéticos com controle insatisfatório: >8% FRUTOSAMINA Conjunto de proteínas plasmáticas glicosiladas; A avaliação dos níveis médios de glicemia podem ser obtidos por frutosamina Útil em mudanças terapêuticas a curto prazo pois reflete a glicemia média das últimas 2 a 3 semanas. Viliar et al., 2007. Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 8 horas. Conservação: até 7 dias refrigerado entre 2° e 8°C ou 2 meses, a -20°C Valor de referência: Variam de acordo com a concentração de albumina na amostra. Em crianças, inferiores a 5%. Pacientes com hipoalbuminemia podem gerar resultados falsamente diminuídos. Análise da glicose INSULINA Peptídeo sintetizado e secretado pelas células beta das ilhotas de Langerhans do pâncreas; Secreção controlada pelos níveis de glicemia, estímulos nervosos e hormonais Dosagem utilizada no diagnóstico de insulinomas, avaliação de hipoglicemia, validade no diagnóstico de resistência a insulina. Oliveira MR et al., 2012. Índice HOMA: glicose de jejum (mmol/L) x insulina de jejum (µmol/mL)/22,5 Material utilizado: soro Preparo do paciente: jejum 8 horas Conservação: até 7 dias refrigerado entre 2° e 8°C Valor de referência: 2,5 a 25µUI/mL Diagnóstico Jejum* 2 horas após 75g de glicose Casual Glicose normal <100 <140 - Pré-diabetes > 100 e < 126 > 140 e <200 - Diabetes melito > 126 > 200 > 200 com sintomas clássicos** *Ausência de CHO por 8horas ** Sintomas clássicos: poliúria, polidipsia e perda ponderal inexplicável. Valores de referência para diagnóstico de diabetes melito e seus estágios pré-clínicos Diretrizes SBD 2014-2015. ÁCIDOS GRAXOS LIVRES Os ácidos graxos livres são os principais constituintes dos triglicerídeos e fosfolipídeos. Podem de ser de cadeia curta, média ou longa; Dependendo do número de ligações: saturados, monoinsaturados ou poli-insaturados. Deficiência insulínica em diabéticos, jejum prolongado e outras condições que levem ao quadro de cetose estão associados ao AUMENTO dos ácidos graxos no sangue. Oliveira et al., 2012. Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 12 horas. Conservação: até 14 dias congelado. Valor de referência: 0,28 a 0,89mmol/L APOLIPOPROTÉINA A-1 Principal proteína componente das lipoproteínas de alta densidade (HDL) e em menor quantidade quilomícrons; Sintetizado no fígado e intestino. Dosagem associada a determinação do risco cardíaco e valores menores estão associados ao desenvolvimentode aterosclerose. ↑: Dislipidemia familiar, no exercício crônico vigoroso, uso moderado de álcool ↓: Hipoalfalipoproteinemia familiar, doença de Tangier, hipertrigliceridemia e pancreatites Burtis et al., 2008; Kratz et al., 2004. Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 12 horas. Conservação: até 3 dias refrigerado entre 2° e 8°C. Valor de referência: -Homens: 115 a 190 mg/dL - Mulheres: 115 a 220 mg/dL APOLIPOPROTÉINA B Encontrada em todas as lipoprotéinas de baixa e intermediária densidade; A mais abundante é a apo-B100 que atua como ligante ao receptor da LDL. Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 12 horas. Deve ser suspenso qualquer medicamento à base de andrógenos, diuréticos, corticosteroides. Conservação: até 3 dias refrigerado entre 2° e 8°C. Valor de referência: -Homens: 70 a 160 mg/dL - Mulheres: 60 a 150 mg/dL Burtis et al., 2008. CERULOPLASMINA Proteína produzida no fígado, que carreira 70 a 90% do cobre plasmático; Útil na avaliação de doenças hepáticas Apresenta-se diminuída em pacientes com doença de Wilson e em casos de deficiências nutricionais Crianças com até 6 meses de idade apresentam níveis mais baixos Níveis <10 são sugestivos de doença de Wilson e precisam fazer biópsia hepática para diagnóstico Oliveira et al., 2012; Castro et al., 2009. Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 8 horas. Conservação: até 5 dias refrigerado entre 2° e 8°C. Valor de referência: 27 a 37 mg/dL COLESTEROL TOTAL E FRAÇÕES Os lipídeos plasmáticos são formados por uma grande variedade de compostos, cuja principal característica é a insolubidliade em água; São constituídos: colesterol, triglicerídeos e fosfolipídeos. Rosa et al., 2008. Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 12 horas. Conservação: até 3 dias entre 2° e 8°C. V Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, 2013. Lipídios Valores de Referência Categoria Adultos (>20 anos) Pediatria (2 a 19 anos) Colesterol Total <200 200 a 239 > 240 <150 150 a 169 > 170 Ótimo/ desejável Limítrofe Alto LDL <100 100 a 129 130 a 159 160 a 189 > 190 - <100 100 a 129 > 130 - Ótimo Desejável Limítrofe Alto Muito alto HDL <40 >60 - - - >45 Baixo Desejável Desejável Triglicerídeo <150 150 a 199 200 a 499 >500 <100 100 a 129 > 130 - Ótimo Limítrofe Alto Muito alto Colesterol não- HDL <130 130-159 160-189 > 190 - - - - Ótimo Desejável Alto Muito alto Valores de referência para lipoproteínas plasmáticas em adultos e crianças FOSFATASE ALCALINA Presente nos ossos, fígado, intestino, placenta, rins e leucócitos; Encontra-se elevada em distúrbios do trato biliar, hepatites, doença de Paget, neoplasias, hiperparatireoidismo, osteomalacia e raquitismo; Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 8 horas. Conservação: até 2 dias entre 2° e 8°C. Valor de referência: 40 a 130UI/L. Olivera et al., 2012; Kratz et al., 2004. TRANSAMINASES HEPÁTICAS Enzimas com capacidade de refletir alterações no tecido hepático, validade no diagnóstico de hepatites virais, tóxicas e doenças necróticas do fígado Material utilizado: soro Preparo do paciente: jejum 8 horas Conservação: até 3 dias refrigerado entre 2° e 8°C Valor de referência: - AST (TGO): até 35U/L - ALT (TGP): até 35U/L Olivera et al., 2012; Kratz et al., 2004. GAMA GLUTAMILTRANSFERASE (gama-GT) Enzima sérica que se origina primordialmente do sistema hepatobiliar; Sensível na detecção de patologias como icterécia obstrutiva, colangite, colecistite, doenças hepáticas. Também é usado como marcador auxiliar em etilismo crônico. Material utilizado: soro (hemólise altera os resultados). Anticoagulantes como citrato, fluoreto ou oxalato inibem a atividade de enzima. Preparo do paciente: jejum de 8 horas. Para a analise suspender medicamentos à base de paracetamol e anticonvulsivantes. Conservação: até 5 dias refrigerado entre 2° e 8°C Valor de referência: -Homens: até 50Ul/L - Mulheres: até 30Ul/L Oliveira et al., 2012. ADIPONECTINA Hormônio secretado pelos adipócitos que apresentam efeitos antiaterogênicos e anti-inflamatórios importantes. Níveis hormonais diminuídos em indivíduos com IMC >30kg/m2 Souza et al., 2004. Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 12 horas. Conservação: até 7 dias, congelado a - 2°C. Valor de referência: - Homens (IMC inferior a 25kg/m2): 5,5 a 18,1µg/mL - Homens (IMC superior a 25kg/m2): 0,8 a 16,4µg/mL - Mulheres (IMC inferior a 25kg/m2): 11,1 a 22,7µg/mL - Homens (IMC superior a 25kg/m2): 3,7 a 23,3µg/mL Modificações dos níveis circulantes de lipídeos em relação a valores de referência para uma determinada amostra populacional. Gottilieb, 2006. Classificação Laboratorial: - Hipercolesterolemia isolada: elevação isolada do colesterol total (CT), em geral representada por aumento do LDL. - Hipertrigliceridemia isolada: elevação isolada dos triglicerídeos (TG), representada por um aumento das VLDL, dos quilomícrons ou de ambos. - Hiperlipidemia mista: valores aumentados do CT e dos TG. - HDL baixo: isolado ou em associação a aumento de LDL e/ou de TG. Principais indicadores laboratoriais para diagnóstico e monitoramento das DHC Jesus et al., 2012. Indicador Valores Normais Indicador Valores Normais AST (TGO) Até 35UI/L Bilirrubina direta Até 0,4mg/dL ALT (TGP) Até 41UI/L Bilirrubina indireta Até 0,8mg/dL Gama glutamiltransferase (gama-GT) Homens: 15 a 85 UI/L Mulheres: 5 a 55UI/L Desidrogenase láctica 100 a 190UI/L Fosfatase alcalina 40 a 130UI/L Albumina 3,5 a 5g/dL Bilirrubina total 0,2 a 1,2mg/dL Globulina 1,5 a 3mg/dL Indicador Valores Normais Indicador Valores Normais Ceruloplasmina 25 a 63mg/dL Alfafetoproteína 4,0 a 10,5ng/mL Transferrina 230 a 390mg/dL Hepcidina 76,1 a 108,4ng/mL Capacidade de ligação de ferro 20 a 45% Ácido úrico sérico Homens: 3,5 a 7,2mg/dL Mulheres: 2,6 a 6,5mg/dL Ferritina Homens: 30 a 3000ng/mL Mulheres: 10 a 200ng/mL Homocisteína Homens: 8,0 a 14,0mmol/L Mulheres: 6 a 12mmol/L Tempo de protrombina 10 a 14 segundos ÁCIDO ÚRICO Principal produto do catabolismo dos nucleosídeos purínicos. As purinas do catabolismo dos ácidos nucleicos alimentares são transformadas diretamente em ácido úrico. A dieta tem contribuição direta com esse metabólito Burtis, 2008. Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 8 horas. Conservação: até 5 dias entre 2° e 8°C. Valor de referência: -Homens: 3,5 a 7,2 mg/dL - Mulheres: 2,6 a 6,0mg/dL Hiperuricemia Gota CREATININA / CLEARANCE DE CREATININA Creatinina – utilizada como uma fonte de energia para as células musculares. Produção endógena e é liberada nos líquidos corporais a uma taxa constante, tendo sua depuração determinada como um indicador de taxa de filtração glomerular; Clearance de creatinina – Indica com precisão o estado da função renal do indivíduo. Realizado com a medição de urina coletado em 24horas, sendo comparado a creatinina urinária e plasmática. Romao, 2004. Idade Mulheres (mL/min/1,73m2) Homens (mL/min/1,73m2) Média Intervalo Média Intervalo 20 a 30 108 81 a 134 117 88 a 146 31 a 40 102 75 a 128 110 82 a 140 41 a 50 96 69 a 122 104 75 a 133 51 a 60 90 64 a 116 97 68 a 126 61 a 70 84 58 a 110 90 61 a 120 71 a 80 78 52 a 105 84 55 a 113 Valores de referência em média e intervalo para o clearance de creatinina em homens e mulheres UREIA Principal produto metabólico nitrogenado do catabolismoproteico; Inúmeras doenças renais causam seu aumento; Influência de fatores não renais: desidratação, excessiva quantidade de proteínas na dieta e catabolismo proteico aumentado. Material utilizado: soro. Preparo do paciente: jejum de 8 horas. Conservação: até 5 dias entre 2° e 8°C. Valor de referência: 10 a 40mg/dL *ureia urinária Bazanelli et al, 2012. Síndrome clínica decorrente da perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais. Principais causas: hipertensão arterial, diabetes melitus e as glomerulonefrite. Bazanelli et al, 2012. Faixa etária Valor de referência Até 6 anos de idade 0,3 a 0,7mg/dL 7 a 12 anos de idade 0,5 a 1mg/dL Acima de 12 anos de idade 0,7 a 1,3mg/dL Homens 0,7 a 1,3mg/dL Mulheres 0,6 a 1,1mg/dL Creatinina Sérica Creatinina Urinária Faixa etária Valor de referência 2 a 3 anos 6 a 22mg/kg/24h Acima de 3 anos 12 a 30mg/kg/24h Homens e mulheres 15 a 20mg/kg/24h PROTEÍNA C-REATIVA Uma das principais proteínas de fase aguda do processo inflamatório; Pode estar elevada em processos infecciosos, inflamatórios e neoplasias; Preditor independente de doenças coronarianas, infarto agudo do miocárdio e AVE. Calixto-Lima et al., 2012. Material utilizado: soro Preparo do paciente: jejum 8 horas Conservação: até 5 dias refrigerado entre 2° e 8°C Valor de referência: Risco de doença cardiovascular - Risco baixo: <1mg/dL; - Risco moderado: 1 a 3 mg/dL - Risco alto: >3mg/dL Prova Inflamatória - normal: <0,5mg/dL PROTEÍNAS TOTAIS e FRAÇÕES Utilizado na avaliação do estado nutricional; Calixto-Lima et al., 2012. Material utilizado: soro Preparo do paciente: jejum 4 horas Conservação: até 2 dias refrigerado entre 2° e 8°C Valor de referência: - Proteínas totais: 5,5 a 8,0g/dL - Albumina: 3,5 a 5,5g/dL - Globulinas: 2 a 3,5g/dL - Relação albumina/globina: >1. Calixto-Lima et al., 2012. Teste Valores de referência Tiamina (B1) 0 a 2µg/dL Riboflavina (B2) >100µg/dL Niacina (B3) Nenhum testes bioquímico foi desenvolvido para avaliar B3 Ácido pantotênico (B5) - Piridoxina (B6) 0,5 a 3µg/dL Biotina (B7) - Ácido fólico 5 a 17mg/mL Cobalamina (B12) 150 a 300pg/mL Ácido ascórbico (Vit C) 0,6 a 1,6mg/dL Teste de vitaminas para monitoração e avaliação nutricional Teste Valores de referência Retinóis (Vit A) 1,2 a 4,2µmol/dL Tocoferóis (Vit E) 0,5 a 1,8mg/dL Colecalciferol (D3) e calciferol (D2) D3 – 10 a 68ng/mL Filoquinona (K1) e menadiona (K2) 0,13 a 1,19ng/mL Calixto-Lima et al., 2012. Teste Valores de referência Cálcio Total – 8,8 a 10,2mg/dL Iônico – 4 a 5,6mg/dL Fósforo 2,7 a 4,5mg/dL Sódio 135 a 145mEq/L Potássio 2,7 a 4,5mg/dL Magnésio 1,8 a 2,3mEq/L Ferro 30 a 160µg/dL Cobre Homens – 70 a 140µg/dL Mulheres – 85 a 155µg/dL Zinco 70 a 150µg/dL Selênio 46 a 14µg/dL Cromo 0,05 a 5µg/dL Manganês Não expostos: até 3,3µg/dL Expostos: até 10µg/dL Teste de minerais para monitoração e avaliação nutricional
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