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Mecanismo do parto PROFª MARINA NUNES ESTÁTICA FETAL Conceito: É a relação do feto com a bacia e com o útero materno. • Conhecimento da nomenclatura obstétrica; •Cada orientação fetal há um mecanismo específico de descida e uma conduta adequada durante o parto; •Importante estudar a cabeça do feto; •Avaliação por: palpação, exame vaginal e ausculta e Ultrassom. ESTUDO DA MECÂNICA DO PARTO CONTRAÇÃO UTERINA OBJETO TRAJETO MOTOR ESTÁTICA FETAL Relações materno-fetais • Atitude fetal Relação entre as partes fetais (flexão generalizada) SITUAÇÃO FETAL LONGITUDINAL: o eixo do corpo do feto esta paralelo ao eixo longitudinal do corpo da mãe. •99% das gestações a termo. •Feto procura acomodar seu maior eixo ao maior eixo uterino. TRANSVERSAL: o eixo do corpo do feto faz um ângulo reto com o eixo longitudinal do corpo da mãe. • 0,5 a 1% das gestões a termo. •Fatores predisponentes- multiparidade, placenta prévia. OBLÍQUA: momento de transição SITUAÇÃO FETAL APRESENTAÇÃO FETAL Designa a parte do corpo do feto que feto que se coloca na área do estreito superior da bacia. A apresentação do feto é chamada pelo nome da parte do corpo que se apresenta mais baixa. Até o 6º mês a cabeça se encontra no fundo do útero, depois o feto vira Relaciona-se com a situação fetal; APRESENTAÇÃO FETAL Tipos: -Cefálica: cabeça contacta o plano superior da bacia. - Pélvica: extremidade inferior do feto contacta o plano superior da bacia. - Córmica: o feto posiciona-se em decúbito lateral parte superior da bacia. APRESENTAÇÃO FETAL APRESENTAÇÃO CEFÁLICA TIPOS: -Fletida: mento próximo ao tórax anterior - Defletida: mento afasta-se do tórax anterior • Defletida na bregma ( 1ª grau); • Defletida na fronte (2ª grau); • Defletida na face (3° grau). APRESENTAÇÃO CEFÁLICA ALTURA DA APRESENTAÇÃO Alta ou Móvel apresentação não toma contato com o estreito superior da bacia Ajustada apresentação ocupa a área do estreito superior Fixa pelo toque, não consegue mobilizar a apresentação Insinuada ou Encaixada a maior circunferência da apresentação transpôs a área do estreito superior: Cefálicas passagem do biparietal Pélvicas passagem do bitrocanteriano ALTURA DA APRESENTAÇÃO ALTURA DA APRESENTAÇÃO Cálculo da altura : critério de DeLee -Menos 1 (-1): 1 cm acima da linha. - Menos 2 (-2): 2 cm acima da linha. - Menos 3 (-3): 3 cm acima da linha. ... -0: linha entre as espinhas do ísquio -Mais 1 (+1): 1cm abaixo da linha. -Mais 2 (+2): 2 cm abaixo da linha. -Mais 3 (+3): 3 cm abaixo da linha ... ALTURA DA APRESENTAÇÃO Plano de Hodge: 1º plano = bordo superior da pube; 2º plano = bordo inferior da pube; 3º plano = espinha ciática e, 4º plano = ponta do cóccix. POSIÇÃO FETAL Relação do dorso fetal com o lado direito ou esquerdo materno. • Posição esquerda ou 1º posição: o dorso fetal se acha voltado para o lado esquerdo materno; •Posição direita ou 2ª posição: o dorso fetal se orienta para o lado direito. TIPOS DE BACIA GINECÓIDE: muito bom- Espinhas ciáticas normais; (O TIPO FEMININO CLÁSSICO); ANDRÓIDE: ruim- As espinhas ciáticas são muito proeminentes; (SEMELHANTE À PELVE MASCULINO); ANTROPÓIDE: aumenta a incidência de variedade de posterior e obliqua; (SEMELHANTE À PELVE DO MACACO); PLATIPELÓIDE: insinuação diâmetro transverso; (PELVE ACHATA); TIPOS DE BACIA ESTÁTICA FETAL Relações materno-fetais • Variedade de posição Relação entre pontos de referência fetais e maternos VARIEDADE DE POSIÇÃO MATERNA VARIEDADE DE POSIÇÃO FETAL Posição de referência fetal: A. Lambida e sutura sagital; B. Extremidade anterior do bregma e sutura sagitometópica; C. Glabela e sutura metópica; D. Mento e linha facial; E. Crista sacroccígea e sulco interglúteo; F. Gradeado costal e acrômio. Pontos de referência fetais e as linhas de orientação Diagnóstico da apresentação e da posição do feto 1. Palpação abdominal- Manobra de Leopold- Zweifel; 2. Exame vaginal (toque); 3. Ausculta. NOMENCLATURA OBSTÉTRICA RELEMBRANDO: •Situação: Longitudinal, transverso, oblíquo; •Apresentação: Cefálico, pélvico, córmico; •Posição do dorso: Direita, esquerda, anterior, posterior e transversal. Contratilidade uterina Célula miometrial: Responsável pela contração através de membrana exicitável; Contração, durante TP, a célula mioetrial apresenta retração (após cessando o estímulo, a célula não retorna ao seu comprimento original). ***Retração da célula muscular uterina. Descida do feto; Evita retorno do feto, a posição inicial, a cada contração; Principal responsável pelo controle da hemorragia pós-parto. Contratilidade uterina Tono - Menor pressão intra- uterina registrada entre duas contrações. Intensidade ou amplitude - Aumento da pressão intra-uterina provocada pela contração. - Medida através da linha de base ou tono (VN:30 e 50mmHg). Frequência - Número de contrações a cada 10 minutos. - Atividade uterina é o produto da intensidade pela frequência. - Atividade uterina avaliada por vários métodos (tocometria externa, interna ou invasiva, registro da pressão amniótica...) - Onda contrátil no útero gravídico duração no fundo uterino. Contratilidade uterina Gestação - Fibra miometrial comportamento variado. < 30ª semanas - Atividade uterina é muito pequena. - Contrações de baixa intensidade, localizadas em áreas restritas do útero. - Contrações de Braxton-Hicks ocasionais. > 30ª semanas - Maior intensidade, porém indolores. - Contrações são incoordenadas. Contratilidade uterina Últimas quatro semanas (pré- parto) - Acréscimo acentuado das contrações de Braxton-Hicks. - Melhor coordenação, intensidade atinge maior área do útero. - Tono (8 mmHg). Parto - Contração mais intensa e coordenada + dor e a dilatação do colo uterino - Fase inicial da dilatação: contrações de intensidade de 30 mmHg e frequência de 2 a 3 em 10 min. - Final da dilatação, a intensidade alcança 40mmHg e a frequência 4/10 min. Contratilidade uterina - Período expulsivo, a intensidade alcança 50 mmHg e a frequência 5/10min. *** Após o parto, útero continua com contrações rítmicas e de grande intensidade. *** Após 3 ou 4 contrações, a placenta a se descola e é expulsa. Contrações são indolores (repouso fisiológico). - Puerpério, a frequência diminui até 1 a cada 10 min ( 12h parto). - Sucção do seio materno pelo RN, pode haver aumento da atividade uterina. Funções da contração uterina: Manutenção da gravidez Funções da contração uterina: Manutenção da gravidez O trajeto TRAJETO DURO: •Dois ossos ilíacos; •Sacro; •Cóccix. TRAJETO MOLE: •Segmento inferior do útero; •Cérvicice; •Vagina; •Região vulvoperineal. Mecanismo de Parto • DIVISÃO DO MECANISMO DE PARTO EM TEMPOS: primeiro tempo ou INSINUAÇÃO; segundo tempo ou DESCIDA ou PROGRESSÃO; terceiro tempo ou ROTAÇÃO INTERNA; quarto tempo ou DESPRENDIMENTO CEFÁLICO; quinto tempo ou ROTAÇÃO EXTERNA; sexto tempo ou DESPRENDIMENTO DO TRONCO; INSINUAÇÃO • é a passagem, pelo estreito superior, do maior diâmetro perpendicular à linha de orientação fetal (sutura sagital) • nas apresentações cefálicas fletidas é a passagem do biparietal(9,5cm) • para que se processe a insinuação é necessário que ocorram a flexão, o acavalgamento e o assinclitismo FLEXÃO FLEXÃO CEFÁLICA • ao iniciar-se o parto, a cabeça acha-se orientada no diâmetro transverso ou em um dos oblíquos do ES, oferecendo o diâmetro occipito-frontal (12 cm) em correspondência com estes • sucedendo-se as contrações e sendo a cabeçaimpelida de encontro ao ES, exagera-se a flexão e ocorre a substituição dos diâmetros maiores por outros menores (SOF = 10,5 cm; SOB = 9,5 cm) ASSINCLITISMO •devido ao volume grande da cabeça fetal e à dificuldade da passagem, ela se movimenta, oferecendo uma das metades de cada vez • sinclitismo: a sutura sagital está a igual distância do pube e do sacro • assinclitismo posterior: a sutura sagital está mais próxima do pube • assinclitismo anterior: a sutura sagital está mais próxima do sacro DESCIDA ou PROGRESSÃO tempo no qual a cabeça fetal percorre a distância do estreito superior ao inferior • classificação: • - alta e móvel: não toma contato com o ES • - ajustada: ocupa a área do ES • - fixa: não se consegue mobilizar • - insinuada: a maior circunferência (occipito-frontal = 34 cm) transpôs o ES ROTAÇÃO INTERNA • tempo em que a linha de orientação fetal (sutura sagital) passa do diâmetro transverso ou um dos oblíquos do ES para o diâmetro antero-posterior do EI. • a cabeça roda, ficando o ponto de referência fetal (lambda) voltado para o pube ou sacro, qualquer que seja a variedade de posição. DESPRENDIMENTO CEFÁLICO • terminada a rotação interna, a cabeça se desprende do EI graças à retropulsão do cóccix (amplia o diâmetro antero- posterior de 9,5 cm para 11 cm); • seu desprendimento se faz por extensão e deflexão; • a cabeça desce e o suboccipício, situado abaixo do lambda, coloca-se sob a borda inferior da sínfise púbica (hipomóclio); ROTAÇÃO EXTERNA •movimento de restituição, pelo qual a cabeça gira, voltando o ponto de referência fetal (lambda) para o lado em que se encontrava originalmente ROTAÇÃO EXTERNA • a finalidade do movimento de restituição é de posicionar o diâmetro biacromial (fetal) coincidindo com o diâmetro antero – posterior do EI (materno) Desprendimento da cintura escapular - Apoio do ombro anterior no subpúbis; - Movimento de flexão lateral do tronco; - Desprendimento do ombro anterior; - Movimento de flexão desprende ombro posterior; - Restante do feto: sem resistência ao nascimento.
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