Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
QUESTÕES DE TEORIA GERAL DO PROCESSO 1. Explique a afirmação “a jurisdição é una”. Como expressão da soberania estatal, a jurisdição não comporta divisões. Falar em diversas jurisdições seria o mesmo que afirmar a existência de uma pluralidade de soberanias, o que não faria sentido. A jurisdição é, portanto, tão una e indivisível quanto o próprio poder soberano. A doutrina, porém, fazendo embora tais ressalvas, costuma falar em espécies de jurisdição, como se esta comportasse classificação em categorias. Como emanação do poder estatal, a jurisdição é una e não comporta distinção de espécies, salvo por razões exclusivamente didáticas. 2. O que é coisa julgada formal e material? A coisa julgada forma corresponde à imutabilidade da sentença, ou seja, não estando esta mais dependente de recurso ou de qualquer outra condição de eficácia, tendo ela resolvido ou não o mérito da causa, tornar-se-á imutável e indiscutível. Já a coisa julgada material, consiste na imutabilidade e indiscutibilidade do conteúdo (declaratório, constitutivo, condenatório) da sentença de mérito, e produz efeitos para fora do processo. Formada esta, não poderá a mesma matéria ser novamente discutida, em nenhum outro processo. 3. O que é extensão jurisdicional? É o poder que o juiz tem de tornar efetiva a atividade jurisdicional, através do processo de execução forçada. Atualmente prevalece largamente a opinião dos que consideram a execução autêntica atividade jurisdicional. 4. O que é instância e entrância? Entrância: é o modo como as comarcas são classificadas administrativamente de acordo com critérios como: número de processos, população, importância dos municípios, etc. 1ª Entrância: há menos movimento; 2ª entrância: intermediário; e 3ª entrância: abrange uma capital ou metrópole. O termo também pode significar o grau de carreira do juiz ou do membro do MP. Vale ressaltar que não há hierarquia entre as entrâncias, tanto quanto às comarcas como quanto aos agentes citados. Instância: esta corresponde ao grau de jurisdição, ou de julgamento, que se observa na organização judiciária. Assim, os órgãos de 1ª instância são os primeiros a estabelecer contato contato com as partes (jurisd. Contenciosa), ou os insteressados (jurisd. Voluntária). A decisão prolatada em 1º grau é monocrática. A parte que se sente inconformada pode apelar, dentro do prazo, para o órgão de 2ª instância, ou 2º grau de jurisdição. Este é formado por um colegiado (grupo de magistrados) que ao final do processo decidirão e emitirão um acórdão. Caso haja recurso, deverão processo subir ao Tribunal Superior competente (órgão de 3ª instância). Caso haja matéria constitucional em discussão, poderá haver recurso ao STF que é o órgão de última instância, ou instância extraordinária. 5. A arbitragem fere o monopólio estatal da jurisdição? Não. Porque uma coisa é o poder, capacidade abstrata ou potencial de emitir normas que devem ser obedecidas sob pena de sanção. Outra coisa é o exercício do poder, ou seja, sua concretização, atualização ou atuação. De modo que, uma pessoa pode ser titular de poderes e não ter seu exercício ou deferi-los a terceiro. Pois bem, é justamente isso que acontece com a jurisdição. O Estado é seu titular de poderes, mas defere o seu exercício a agentes privados, constituindo a instituição da arbitragem, que, portanto, não nega o monopólio da titularidade da jurisdição pelo Estado. 6. Fale sobre os atos do juiz. (Pesquisa da internet) 7. O que é coisa julgada, e mais especificamente, o que é coisa julgada formal e material? Coisa julgada é a qualidade conferida à sentença judicial contra a qual não cabem mais recursos, tornando-a imutável e indiscutível. Tem por objetivos a segurança jurídica e impedir a perpetuação dos litígios. Formal: é a impossibilidade de modificação da sentença no mesmo processo. Só tem eficácia dentro do processo em que surgiu e, por isso, não impede que o tema volte a ser agitado em nova relação processual. Material: é a impossibilidade de modificação da sentença naquele mesmo processo ou em qualquer outro, posto que a matéria em análise cumpriu todos os trâmites procedimentais que permitem ao Judiciário decidir a questão em definitivo. Depois de formada a coisa julgada, nenhum juiz poderá concluir de forma diversa, por qualquer motivo. 8. Fale sobre a isonomia formal e material. A igualdade formal é aquela meramente prevista no texto legal. Consiste no fato de a lei não estabelecer qualquer diferença entre os indivíduos. Pode ser resumida na regra de tratar os iguais e os desiguais de forma sempre igual. A igualdade material deve ser o tratamento equânime e uniformizado de todos os seres humanos. Portanto, as oportunidades, as chances devem ser oferecidas de forma igualitária para todos os cidadãos. 9. Fale sobre as formas de autocomposição. É um método primitivo de resolução de conflitos entre pessoas e consiste em: um dos indivíduos, ou ambos, abrem mão do seu interesse por inteiro ou de parte dele. A autocomposição pode ocorrer de três formas: Desistência: renúncia à pretensão. Submissão: renúncia à resistência oferecida à pretensão. Transação: consiste nas concessões recíprocas. 10. Diferencie juiz neutro de juiz imparcial. Juiz neutro é aquele que se fecha a qualquer influência ideológica e subjetiva. É aquele que, ao julgar, se mostra indiferente, insensível. Juiz imparcial não deve ter interesse em relação ás partes do processo, pautando-se, sempre, somente, com a efetivação da justiça no caso concreto. 11. Segundo a doutrina dominante jurisdição voluntária é ou não considerada jurisdição? Discorra sobre sua resposta. Não. Porque nela o juiz não vai dizer quem tem razão, mas sim tomar determinadas providências que não necessárias para a proteção de um ou ambos os sujeitos da relação processual. Há forte corrente doutrinária sustentando que a jurisdição voluntária não é jurisdição, mas administração pública de interesses privado. 12. Quando o princípio da Supremacia Constitucional é contrariado material e formalmente? -
Compartilhar