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P3 Materiais dentários - Resumão.pdf

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P3 MATERIAIS DENTÁRIOS - RESUMÃO 
Ewelyn de Freitas FariasEwelyn de Freitas Farias  
AMÁLGAMAS 
● Black determinou as propriedades dos amálgamas dentários com certa precisão, para melhorar seu 
desempenho fosse previsível. 
Composição 
● Formado quando o mercúrio é misturado com um outro metal ou metais. 
● O mercúrio reage facilmente com metais como prata, estanho e cobre, produzindo materiais sólidos. 
● Amálgama dentário: material produzido como uma reação entre o mercúrio e uma liga que pode variar 
em sua composição e forma. 
Liga 
● Tradicional: mistura de prata, estanho, cobre, zinco e às vezes, mercúrio. 
● A prata é a constituinte principal, junto com o estanho. 
○ Juntos formam a fase gama. 
● Fase gama (Y): reage rapidamente com o mercúrio, formando o amálgama. 
● Cobre: aumenta a resistência e a dureza do amálgama. 
● Zinco: resultado da produção inicial da liga. 
○ Sem efeito no processo de amalgamação. 
● Mercúrio pode ser adicionado para fornecer uma reação mais rápida, o que se chama de 
pré-amalgamação. 
● A liga vem na forma de pó. 
● O tamanho e a forma de partículas interferem na determinação das características de manipulação e nas 
propriedades finais da restauração. 
Limalha 
● Produzidas pelo torneamento mecânico do lingote sólido da liga no esmeril. 
○ Seguido por peneiração que filtra os menores grãos para a liga. 
● Pó de granulação grossa, média ou fina. 
● Os fragmentos são altamente reativos com o mercúrio devido ao esmerilhamento, tornando a presa 
muito rápida, a menos que um tratamento térmico seja realizado. 
● Com água fervente. 
Partículas esféricas 
● Feita pela fundição de vários ingredientes da liga e depois são vaporizados numa atmosfera inerte, onde 
as partículas se solidificam na forma de pequenas esferas de tamanhos variados. 
● Vantagens: não necessita de outro processo mecânico; a composição da liga pode ser facilmente 
modificada. 
● Partículas de um mesmo tamanho. 
Mercúrio 
● Deve ser muito puro, para não haver a formação de uma camada superficial de contaminantes que 
interfere na presa. 
Presa 
● Iniciada pela mistura vigorosa da fase gama (prata+estanho) e mercúrio. 
○ Provoca a dissolução da camada externa das partículas da liga no mercúrio, formando novas 
fases sólidas em temperatura ambiente. 
Ag​3​Sn (fase gama) + mercúrio -> Ag​3​Sn (fase gama) - Ag​2​Hg​3​ (fase gama 1) - Sn​7​Hg (fase gama 2). 
● Nem todas as partículas da liga se dissolvem no mercúrio, ficando uma parte grande. 
● Estrutura final: núcleo de fase gama que é entremeada por gama 2. 
● O cobre na liga de partículas está presente na forma de áreas distintas de Cu ​3​Sn e permanece como 
dentro da liga em sua forma não reagente. 
● Nas partículas externas, o cobre é distribuído uniformemente, sendo a liga ternária de prata, estanho e 
cobre. 
○ Cobre não está presente como uma fase distinta, mas amplamente distribuído por todo o 
material. 
○ Pouca porosidade num amálgama bem condensado. 
Propriedades dos amálgamas 
Resistência 
● A resistência final é proporcional às propriedades das fases individuais. 
● As fases gama e gama 1 possuem durezas similares. 
● Fase y2 é a mais mole, tendo como resistência à tração apenas uma fração das outras fases. 
● A fase y é a mais dura. 
● Se a proporção na composição final tiver menor quantidade de y2, o amálgama será mais resistente. 
● A quantidade de fases y1 e y2 formada é dependente da quantidade de mercúrio na composição final. 
● Quanto maior a quantidade de mercúrio, mais fraco será o material, porque serão produzidas maiores 
quantidades de y1 e y2. 
● O conteúdo final de mercúrio depende mais da qualidade da técnica de condensação do que de qualquer 
outra coisa. 
○ Amálgama bem condensado tem menos de 50% de mercúrio. 
○ O tamanho e a forma das partículas da liga também interferem na quantidade de mercúrio final. 
● A proporção inicial da liga tem mercúrio em menor quantidade quando o amálgama de partículas 
esféricas, pois o amálgama é condensado mais facilmente. 
● Partículas menores: mais superfície de liga exposta ao mercúrio. 
○ Mais liga será dissolvida no mercúrio, aumentando a quantidade de fases com mercúrio. 
○ Partículas muito pequenas são contraindicadas. 
Escoamento e creep 
● Creep: escoamento ocasionado por cargas em longo prazo. 
○ Dependente do limite convencional de escoamento como da temperatura do ambiente. 
○ Problema quando a temperatura ambiente for maior que a metade da temperatura de fusão do 
material. 
● As fases mais propensas ao creep são as fases ricas em mercúrio: y1 e y2. 
○ Quanto menor a proporção dessas fases, menor a susceptibilidade do amálgama ao creep. 
Corrosão 
● Os amálgamas corroem no ambiente oral. 
● A corrosão marginal por oxidação entre o amálgama e o dente pode deteriorar rapidamente as 
propriedades do amálgama. 
○ Principalmente pela fase y2. 
● Esse processo enfraquece a estrutura do amálgama, sendo uma das principais causas das fraturas 
marginais. 
Amálgamas com alto teor de cobre 
● Reduz a quantidade de y1 e y2, principalmente da fase mais fraca, a y2; reduzindo o creep. 
● Desempenho mais que os amálgamas tradicionais. 
● Menor índice de fratura marginal menor. 
● Melhor resistência ao creep e melhor resistência à corrosão. 
● Maior resistência à compressão. 
● Por ser mais resistente, reduziu a incidência de fraturas. 
● Não Possuem zinco, o causador da expansão tardia quando o amálgama se contamina por saliva. 
Amálgamas com fase dispersa 
● Rico em cobre. 
● Uma liga esférica foi adicionada a uma liga do tipo limalha, 
● A adição de cobre modificou a reação de presa, sendo benéfico. 
● Reação: y2 + Ag-Cu -> Cu​6​Sn​5​ + y. 
● Amálgama final com pouca ou nenhuma fase y2. 
● Características: 
○ Alta resistência à compressão. 
○ Presa mais rápida. 
○ Redução do creep. 
○ Menor suscetibilidade à corrosão. 
Amálgamas com partículas esféricas 
● Amálgama de partículas esféricas com alta concentração de cobre. 
Uso dos amálgamas 
● Fatores para escolher o amálgama: 
○ Variáveis controladas pelo fabricante: composição da liga, tamanho, formato da partícula da 
liga. 
○ Variáveis controladas pelo profissional. 
● Fatores que interferem no desempenho clínico do amálgama: escolha correta da liga, execução de um 
bom procedimento operatório, inserção do amálgama, dosagem e polimento final. 
Tamanho e formato da partícula 
● Determinam as características de manipulação da liga e sua composição final. 
● Ligas co partículas pequenas: 
○ Melhor acabamento. 
○ Pequeno tamanho aumenta a área de contato, tendo mais mercúrio no final, tendo maiores 
proporções de y1 e y2. 
○ Menor resistência à compressão inicial. 
○ Aumenta a incidência de fraturas marginais. 
● As ligas com partículas menores são mais facilmente manipuladas. 
Proporção liga/mercúrio 
● Vem nas cápsulas pré-dosadas. 
○ Reduz a sensibilidade técnica. 
● Proporção em ligas limalha: 1:1. 
● Proporção maior de liga para as ligas de partículas esféricas, devido à menor área de superfície total das 
esferas. 
Trituração 
● Assegura uma mistura plástica e uma completa amalgamação. 
● Existe uma contração inicial à medida que o mercúrio se difunde pela liga. 
Condensação 
● Remover o máximo de mercúrio, que a restauração não esteja porosa e que se obtenha uma ótima 
adaptação marginal de forma a impedirsensibilidade pós-operatória. 
● A alta resistência imediata reduz a probabilidade de fraturas do corpo do amálgama durante as primeiras 
horas após a colocação. 
● Componentes importantes: 
○ Força ,máxima. 
○ Condensadores de tamanho adequado ao tamanho da cavidade. 
○ Porta-amálgamas eficientes. 
○ Inserção de pequenos incrementos. 
● A colocação de grandes incrementos leva à formação de grandes quantidades de y1 e y2, aumentando a 
porosidade. 
Escultura e polimento 
● A branidura aumenta a dureza superficial, reduz a porosidade e diminui a corrosão, melhorando também 
a adaptação marginal do amálgama. 
Limitações dos amálgamas 
● Estética deficiente: não são estéticas, ou semelhantes aos dentes. 
● Toxicidade do mercúrio: momento mais crítico é no operatório, sendo minimizado pelo uso de cápsulas. 
Medidas para diminuir as chances de envenenamento. 
○ Técnica se contato manual. 
○ Amalgamadores mecânicos com boa vedação. 
○ Com a corrosão esse mercúrio pode ser liberado. 
● Alta condutividade térmica: 
○ Muito alta. 
○ Problemas: sensibilidade. 
● Efeitos galvânicos: 
○ Pode ter uma célula galvânica quando duas restaurações metálicas com metais de diferentes são 
colocadas próximas. 
○ Pode gerar desconforto ou deixar um gosto metálico. 
○ Pode acelerar a falha corrosiva do metal mais eletronegativo. 
● Não tem adesão ao dente: 
○ Precisa de cavidades retentivas. 
○ Remoção menos conservadora. 
● Muito frágeis, com baixa resistência à tração. 
● Nas ligas com zinco, ocorre a expansão tardia. 
○ Em amálgamas convencionais 
 
RESINAS COMPOSTAS 
 
● São compósitos: combinação de dois ou mais materiais. Cada um desses contribui para as propriedades 
gerais do compósito, e são insolúveis entre si. 
Composição e estrutura 
● Composição: 
○ Matriz resinosa orgânica, 
○ Carga inorgânica, 
○ Agente de união. 
● A resina forma a matriz do material, sendo unida às cargas pelo agente de união. 
Matriz resinosa 
● Monômero mais usado: Bis-GMA. 
○ Criado por Bowen. 
○ Tem um peso molecular maior que o metil metacrilato, reduzindo a sua contração de 
polimerização. 
○ Muito viscoso devido ao seu peso molecular, permitindo pouca incorporação de carga. 
● Monômeros diluentes: com baixo peso molecular, adicionados ao Bis-GMA para diminuir a sua 
viscosidade e permitir a incorporação de mais carga. 
○ MMA, EDMA, TEGDMA. 
● Inibidor: serve ´para aumentar o prazo de validade do produto, evitando a polimerização prematura. 
Carga 
● Vantagens: 
○ Reduz a contração de polimerização porque reduz a quantidade de resina e a carga não participa 
da polimerização. 
○ Reduz a expansão térmica, deixando semelhante a do dente. 
○ Melhora a dureza e a resistência à compressão do material. 
○ Dão radiopacidade. 
○ Controlam propriedades estéticas como cor, translucidez e fluorescência. 
Composição 
● Quartzo, sílica. 
○ Interferem na estética. 
● Bário e estrôncio para aumentar a radiopacidade nas radiografias. 
Tamanho das partículas e distribuição 
● Determinam a quantidade de carga que pode ser adicionada à resina, sem perder as características de 
manipulação. 
● Tem efeito no acabamento final. 
○ Partículas menores permitem uma superfície mais lisa. 
● O acréscimo de carga pode prejudicar as qualidades estéticas, por aumentar a opacidade. 
Agente de união 
● Une a carga a matriz, mantendo suas propriedades mecânicas boas e distribuindo a força igualmente 
pelo material. 
● Silanos. 
● Reduz as trincas. 
● Cria materiais mais resistentes ao desgaste, permitindo serem usados em dentes anteriores e posteriores. 
Contração de polimerização 
● Deve ser a menor possível para reduzir a desadaptação marginal. 
Resina tradicional 
● Desvantagem: superfície de acabamento muito ruim, aspecto rugoso. 
Resinas microparticuladas 
● Tamanho de partículas de 0,02 micrômetros. 
● Pode ser polido, dando uma superfície de acabamento muito lisa. 
● Tem maior área de superfície em contato com a resina, sendo muito difícil colocar muita carga, pois 
muita resina é necessária para molhá-la. 
● Para se acrescentar mais carga se faz um material com muita carga e o polimeriza, depois ele é 
desgastado em partículas de 10-40 micrômetros e é usado como carga para mais resina. 
Resinas híbridas 
● Com partículas de 15 a 20 micrômetros. 
● Contêm sílica coloidal. 
Resinas híbridas de partículas pequenas 
● As partículas menores dão um melhor acabamento a esses materiais. 
● A carga com partículas menores ocupam os espaços deixados pelas de partículas maiores, aumentando a 
densidade do material, enquanto o tamanho da carga reduziu. 
● Podem ser usados em dentes anteriores ou posteriores. 
Características de trabalho das resinas 
● Manipulação exigente e sensível à técnica. 
● Não são adesivas ao dente, precisando de condicionamento ácido e de adesivo. 
● Colocação em incrementos para reduzir o fator C e polimerizar adequadamente. 
● Demoram mais que os outros materiais restauradores para serem feitos. 
● Resinas flow: com menor carga, sendo menos viscosas. 
○ Possuem Tamanhos de partículas maiores. 
○ Usados mais para preparos pequenos. 
○ Não recomendados em locais com elevados níveis de tensão ou desgaste. 
○ Têm propriedades mecânicas inferiores. 
● Efeito do aumento de carga: 
○ Materiais mais opacos e com pior acabamento. 
○ Cores limitadas. 
○ Mais para região de dentes posteriores. 
○ Mais suscetível a bolhas. 
○ Pior adaptação marginal por pior molhamento. 
Propriedades 
● Têm absorção de água, alterando a sua coloração. 
○ Depende do conteúdo de matriz resinosa e da qualidade de sua união com a carga. 
● Coeficiente de expansão térmica: mais carga += menor expansão. 
● Radiopacidade: importante para diferenciar do dente nas radiografias. 
● Estabilidade de cor: 
○ Quimicamente ativados: possuem amina que os torna amarelados com o tempo. 
○ As fotopolimerizadas possuem uma maior estabilidade de cor. 
● As resinas são mais prováveis de falha sob tração. 
○ Varia de acordo com a superfície final. 
● Quanto maior a restauração, maior é o problema da contração de polimerização e menor é a chance de 
se alcançar o selamento marginal. 
● São materiais com baixa resistência e friáveis. 
Resinas compostas por poliácidos 
● São resinas compostas modificadas para serem capazes de liberar fluoreto ao longo de um período de 
tempo, sendo incorporada a tecnologia dos cimentos de ionômero de vidro. 
● Composição: 
○ Polimeriza ´por luz azul que atua na canforoquinona. 
○ O vidro é semelhante aos do CIV (vidro de flúor-alumínio-silicato). 
○ Com mais características hidrofílicas que as outras, afim de permitir o contato da água com o 
material para liberar flúor. 
● Fácil manipulação e adaptação marginal. 
● Fáceis de esculpir. 
● Não são adesivos ao dente, sendo necessário o uso de adesivos. 
○ Podemos tirar a parte de condicionamento ácido. 
● Contração de polimerização semelhante a das resinas compostas. 
 
PRINCÍPIOS DE ADESÃO 
 
● Adesão: força que une dois materiais diferentes quando em contato íntimo. 
● Fatores que controlam a capacidade do adesivo em estar bem ligado ao substrato: 
○ Molhamento do substrato pelo adesivo. 
○ Viscosidade do adesivo. 
○ Morfologia, rugosidade da superfície do substrato. 
Molhamento 
● É a capacidade de um adesivo entrar em contato com o substrato particular. 
● O bom molhamento cobre todo o substrato. 
●Varia com a viscosidade do adesivo, das irregularidades da superfície, da presença de contaminantes. 
Ângulo de contato 
● Ângulo entre a superfície do líquido e a do sólido. 
● Por essa medida se sabe o molhamento do líquido em um substrato. 
○ Quanto mais próximo de zero o ângulo, melhor. 
 
ADESÃO AO ESMALTE E À DENTINA 
 
● Características boas para o adesivo: 
○ Alta resistência de união com o dente. 
○ União imediata e durável. 
○ Bom selamento. 
○ Seguro. 
○ Fácil. 
Técnica do condicionamento ácido - Esmalte 
● Efeito: aumenta da rugosidade superficial do esmalte, aumentando a energia da superfície, melhorando o 
molhamento. 
○ Permite a formação de uma íntima união micromecânica entre o esmalte e o componente 
resinoso da resina. 
● Efeito geral é o aumento da rugosidade superficial e da área de união, permitindo a adesão a essa 
superfície por microembricamento mecânico. 
● Aumenta a energia de superfície do esmalte, removendo os contaminantes e dando um melhor 
molhamento ao adesivo. 
● Se seca bem essa superfície após a lavagem do condicionamento ácido, permitindo boa ligação da 
resina. 
● Adesão ao esmalte e resina é mecânica. 
● Etapas: 
○ Profilaxia do esmalte. 
■ Evita que a resina adira aos contaminantes e não ao esmalte. 
○ Aplicação do condicionador. 
■ Com isolamento. 
■ Aplicar com microbrush. 
○ Deve-se lavar pelo menos pelo mesmo tempo de aplicação e secar com jato de ar por pelo menos 
20 segundos. 
■ Esmalte fica com aspecto esbranquiçado, opaco e levemente áspero. 
Adesão à dentina 
● Composta por mais matriz orgânica. 
○ O colágeno é o principal componente. 
● Contém os túbulos que a tornam mais permeável. 
● A secagem vigorosa da dentina pode provavelmente resultar em dano irreversível da polpa vital, não 
devendo ser realizada. 
● Lama dentinária: camada gelatinosa superficial de proteína coagulada, de 0,5 a micrômetros. 
○ Muito contaminada por bactérias. 
● Problemas na adesão à dentina. 
○ É hidrofílica, enquanto os adesivos são hidrofóbicos. 
○ É um tecido vital. 
○ Composta por material orgânico e inorgânico. 
○ Coberta pela lama dentinária. 
● Precisa primers/condicionantes dentinários. 
○ Variedade de ácidos que alteram a aparência superficial e as características da dentina. 
● Adesivo: sela a dentina com uma camada rica em monômeros, camada que unirá o dente à resina. 
● Condicionador: retira a lama dentinária. 
○ Remove parte mineral da hidroxiapatita abrindo os túbulos dentinários, criando uma camada 
superficial desmineralizada de dentina. 
● Primer: atua como adesivo nos sistemas adesivos dentinários, aderindo os compósitos hidrofóbicos e os 
compômeros à dentina hidrofílica. 
○ Agente intermediário. 
○ Contém parte polar e parte apolar. 
○ Exemplo: HEMA. 
○ Importante que penetre toda a camada de esmalte desmineralizada, evitando que fique uma 
camada de colágeno desmineralizada. 
○ A redução da espessura do adesivo com jato de ar deve ser evitada, ocorrendo apenas uma 
evaporação suave do solvente. 
● Camada híbrida: camada entre a dentina e a restauração, é ela que dá adesão da restauração ao dente. 
● Se a dentina for excessivamente seca, a camada de colágeno colava na superfície de dentina 
mineralizada, produzindo uma estrutura densa e de difícil penetração pelo primer. 
● A dentina deve ser mantida úmida: aspecto de areia da praia quando passa a onda. 
○ Permite a penetração do primer. 
● Removemos apenas a umidade superficial excessiva da dentina. 
 
SISTEMAS ADESIVOS 
Três passos 
● Etapas: ácido + primer + adesivo. 
● Problemas: difícil de serem feitos, elevada sensibilidade técnica, consequentemente, são mais 
suscetíveis a falhas. Tem muitas etapas, aumentando o tempo clínico. 
Dois passos 
● Objetivo: simplificar a apresentação e o uso dos sistemas adesivos dentinários. 
● Sistemas adesivos de frasco único: ácido + primer com o adesivo. 
○ Pretende que a dentina desmineralizada seja completamente preenchida, pois quando o primer 
penetra leva junto o adesivo. 
○ Benefícios: menor sensibilidade técnica. 
○ Limitação: não podem ser usados em situações em que o acesso à luz não seja possível. 
■ Ex: amálgamas. 
● Autocondicionante de dois passos: ácido com o primer + adesivo. 
○ Promovem a desmineralização e da infiltração do adesivo simultaneamente, formando a camada 
híbrida. 
○ Evita a etapa de secagem da dentina. 
Etapa única 
● A falta de compatibilidade entre os componentes o dificulta. 
● Atualmente se usa dois frascos com adesivo que são misturados antes da aplicação, sem nenhum 
tratamento prévio. 
● Indicados para áreas de baixas tensões, porque a resistência de união ao esmalte não é tão boa quanto a 
dos outros sistemas adesivos. 
Resistência e durabilidade 
● Causas para a falha de união entre restauração e dente: 
○ Contração de polimerização. 
○ Expansão e contração térmica diferencial. 
○ Tensões internas pela carga oclusal. 
○ Ataque químico, como a hidrólise. 
● Todas as simplificações que envolvem unir o adesivo a uma outra etapa prejudica a durabilidade do 
adesivo. 
 
CERÂMICAS ODONTOLÓGICAS 
 
● Indicadas para restaurações estéticas, por mimetizar as características dentais. 
Composição 
● Componentes como sílica, alumina, óxido bórico. soda que são queimados e os funde. 
● O seu resfriamento rápido gera uma grande tensão interna, formando uma rachadura. 
● O material resultante é moído, dando origem ao pó do material. 
● A distribuição do tamanho das partículas é fundamental para diminuir a contração de queima. 
● Óxidos metálicos são adicionados, dando uma ampla variação de cor. 
Núcleos cerâmicos 
Cerâmica reforçada por alumina 
● Composta por vidro de feldspato com 40-50% de alumina. 
○ Mais resistente que o vidro, evitando a propagação de trincas. 
● Tem uma coloração mais opaca. 
● A alumina faz com que a restauração pareça escura e opaca. 
● Mais usada na restauração de dentes anteriores. 
● Resistência insuficiente para a região posterior e confecção de pontes. 
Sistemas para núcleos cerâmicos altamente resistentes infiltrados por vidro 
● O vidro fundido é capaz de penetrar nos poros, produzindo uma cerâmica densa. 
● A forma estética e funcional é alcançada pela aplicação de uma cerâmica odontológica feldspática 
convencional sobre o núcleo. 
● Uma desvantagem de todos os sistemas de núcleo altamente resistentes descritos é que nenhuma delas é 
sensível ao condicionamento ácido para criar uma superfície micro mecanicamente retentiva. 
● Não há agente de união disponível que possa unir o núcleo às resinas. 
● Não podem ser cimentados com cimentos resinosos aos tecidos dentários. 
Cerâmicas vítreas 
● Desenvolvidas para restaurações cerâmicas unidas com resina. 
● Sólido multifásico com uma fase residual de vidro com uma fase cristalina dispersa. 
● Propriedades mecânicas são influenciadas por: 
○ Tamanho das partículas da fase cristalina. 
○ Fração de volume da fase cristalina. 
○ Resistência de união entre as fases. 
○ Diferenças no módulo de elasticidade. 
○ Diferenças na expansão térmica. 
● Quanto menores os cristais e maior a fração de volume dos cristais, maior a resistência do material. 
Cerâmicas de vidro de feldspato reforçadas por leucita 
● Tem melhor distribuição da fase cristalina de leucita na resistência. 
● Com propriedades mecânicas suficientes para serem utilizadas como facetas, coroas anteriores e inlaysposteriores. 
● Não indicado para coroas posteriores ou pontes. 
Cerâmicas vítreas de fluormica 
● Tem a adição de fluoretos que lhe dá fluorescência nas próteses, parecida com a dos dentes. 
● Propriedades mecânicas com boa resistência, podendo ser usada em coroas posteriores, mas não para 
pontes. 
Cerâmicas vítreas de dissilicato de lítio e de apatita 
● Tem a resistência e a tenacidade necessárias para ser usadas em coroas posteriores e para pequenas 
pontes. 
● Não são estéticas para serem usadas em restaurações unitárias. 
● Melhor resistência das cerâmicas. 
 
CIMENTOS DE VIDRO MODIFICADOS POR RESINA 
 
● Desvantagens: 
○ Tempo de trabalho curto. 
○ Tempo de presa longo. 
○ Baixa resistência e baixa tenacidade. 
○ Aparecimento de fendas devido a desidratação. 
○ Baixa resistência ao ataque ácido. 
● Incorporaram resina ao CIV para que ele possa ser fotopolimerizados. 
Composição 
● Apresentação: pó + líquido, ou em cápsula. 
● Pó: vidro radiopaco de flúor-alumínio-silicato de cálcio. 
● Líquido: ativado por luz e mantido em frasco escuro. 
○ Solução de monômeros hidrofílicos, ácido poliacrílico. 
■ Ex: HEMA. 
Presa 
● Reação ácido-base. 
● Iniciada quando o pó e o líquido são misturados. 
● Reação mais lenta, aumentando o tempo de trabalho. 
● Quando fotopolimerizado toma presa mais rapidamente. 
○ Após essa fotopolimerização, o material continuará ainda a sua reação ácido-base por algum 
tempo. 
● Limitações da fotopolimerização: 
○ Profundidade limitada de polimerização, inserção incremental. 
○ Contração de polimerização. 
Propriedades 
● Vantagens: 
○ Adesão ao dente. 
○ Liberação de flúor. 
○ Aumento do tempo de trabalho. 
○ Presa rápida. 
○ Pode polir a restauração imediatamente. 
○ Melhor resistência intrínseca e superficial à dessecação e ao ataque ácido. 
● Desvantagens: 
○ HEMA é citotóxico quando entra em contato com a polpa. 
Aplicações 
● Materiais restauradores diretos ou como bases ou materiais de forramento para uso sob compósitos. 
● Não precisa condicionar a superfície do cimento CIV modificado por resina.

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