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P3 MATERIAIS DENTÁRIOS - RESUMÃO Ewelyn de Freitas FariasEwelyn de Freitas Farias AMÁLGAMAS ● Black determinou as propriedades dos amálgamas dentários com certa precisão, para melhorar seu desempenho fosse previsível. Composição ● Formado quando o mercúrio é misturado com um outro metal ou metais. ● O mercúrio reage facilmente com metais como prata, estanho e cobre, produzindo materiais sólidos. ● Amálgama dentário: material produzido como uma reação entre o mercúrio e uma liga que pode variar em sua composição e forma. Liga ● Tradicional: mistura de prata, estanho, cobre, zinco e às vezes, mercúrio. ● A prata é a constituinte principal, junto com o estanho. ○ Juntos formam a fase gama. ● Fase gama (Y): reage rapidamente com o mercúrio, formando o amálgama. ● Cobre: aumenta a resistência e a dureza do amálgama. ● Zinco: resultado da produção inicial da liga. ○ Sem efeito no processo de amalgamação. ● Mercúrio pode ser adicionado para fornecer uma reação mais rápida, o que se chama de pré-amalgamação. ● A liga vem na forma de pó. ● O tamanho e a forma de partículas interferem na determinação das características de manipulação e nas propriedades finais da restauração. Limalha ● Produzidas pelo torneamento mecânico do lingote sólido da liga no esmeril. ○ Seguido por peneiração que filtra os menores grãos para a liga. ● Pó de granulação grossa, média ou fina. ● Os fragmentos são altamente reativos com o mercúrio devido ao esmerilhamento, tornando a presa muito rápida, a menos que um tratamento térmico seja realizado. ● Com água fervente. Partículas esféricas ● Feita pela fundição de vários ingredientes da liga e depois são vaporizados numa atmosfera inerte, onde as partículas se solidificam na forma de pequenas esferas de tamanhos variados. ● Vantagens: não necessita de outro processo mecânico; a composição da liga pode ser facilmente modificada. ● Partículas de um mesmo tamanho. Mercúrio ● Deve ser muito puro, para não haver a formação de uma camada superficial de contaminantes que interfere na presa. Presa ● Iniciada pela mistura vigorosa da fase gama (prata+estanho) e mercúrio. ○ Provoca a dissolução da camada externa das partículas da liga no mercúrio, formando novas fases sólidas em temperatura ambiente. Ag3Sn (fase gama) + mercúrio -> Ag3Sn (fase gama) - Ag2Hg3 (fase gama 1) - Sn7Hg (fase gama 2). ● Nem todas as partículas da liga se dissolvem no mercúrio, ficando uma parte grande. ● Estrutura final: núcleo de fase gama que é entremeada por gama 2. ● O cobre na liga de partículas está presente na forma de áreas distintas de Cu 3Sn e permanece como dentro da liga em sua forma não reagente. ● Nas partículas externas, o cobre é distribuído uniformemente, sendo a liga ternária de prata, estanho e cobre. ○ Cobre não está presente como uma fase distinta, mas amplamente distribuído por todo o material. ○ Pouca porosidade num amálgama bem condensado. Propriedades dos amálgamas Resistência ● A resistência final é proporcional às propriedades das fases individuais. ● As fases gama e gama 1 possuem durezas similares. ● Fase y2 é a mais mole, tendo como resistência à tração apenas uma fração das outras fases. ● A fase y é a mais dura. ● Se a proporção na composição final tiver menor quantidade de y2, o amálgama será mais resistente. ● A quantidade de fases y1 e y2 formada é dependente da quantidade de mercúrio na composição final. ● Quanto maior a quantidade de mercúrio, mais fraco será o material, porque serão produzidas maiores quantidades de y1 e y2. ● O conteúdo final de mercúrio depende mais da qualidade da técnica de condensação do que de qualquer outra coisa. ○ Amálgama bem condensado tem menos de 50% de mercúrio. ○ O tamanho e a forma das partículas da liga também interferem na quantidade de mercúrio final. ● A proporção inicial da liga tem mercúrio em menor quantidade quando o amálgama de partículas esféricas, pois o amálgama é condensado mais facilmente. ● Partículas menores: mais superfície de liga exposta ao mercúrio. ○ Mais liga será dissolvida no mercúrio, aumentando a quantidade de fases com mercúrio. ○ Partículas muito pequenas são contraindicadas. Escoamento e creep ● Creep: escoamento ocasionado por cargas em longo prazo. ○ Dependente do limite convencional de escoamento como da temperatura do ambiente. ○ Problema quando a temperatura ambiente for maior que a metade da temperatura de fusão do material. ● As fases mais propensas ao creep são as fases ricas em mercúrio: y1 e y2. ○ Quanto menor a proporção dessas fases, menor a susceptibilidade do amálgama ao creep. Corrosão ● Os amálgamas corroem no ambiente oral. ● A corrosão marginal por oxidação entre o amálgama e o dente pode deteriorar rapidamente as propriedades do amálgama. ○ Principalmente pela fase y2. ● Esse processo enfraquece a estrutura do amálgama, sendo uma das principais causas das fraturas marginais. Amálgamas com alto teor de cobre ● Reduz a quantidade de y1 e y2, principalmente da fase mais fraca, a y2; reduzindo o creep. ● Desempenho mais que os amálgamas tradicionais. ● Menor índice de fratura marginal menor. ● Melhor resistência ao creep e melhor resistência à corrosão. ● Maior resistência à compressão. ● Por ser mais resistente, reduziu a incidência de fraturas. ● Não Possuem zinco, o causador da expansão tardia quando o amálgama se contamina por saliva. Amálgamas com fase dispersa ● Rico em cobre. ● Uma liga esférica foi adicionada a uma liga do tipo limalha, ● A adição de cobre modificou a reação de presa, sendo benéfico. ● Reação: y2 + Ag-Cu -> Cu6Sn5 + y. ● Amálgama final com pouca ou nenhuma fase y2. ● Características: ○ Alta resistência à compressão. ○ Presa mais rápida. ○ Redução do creep. ○ Menor suscetibilidade à corrosão. Amálgamas com partículas esféricas ● Amálgama de partículas esféricas com alta concentração de cobre. Uso dos amálgamas ● Fatores para escolher o amálgama: ○ Variáveis controladas pelo fabricante: composição da liga, tamanho, formato da partícula da liga. ○ Variáveis controladas pelo profissional. ● Fatores que interferem no desempenho clínico do amálgama: escolha correta da liga, execução de um bom procedimento operatório, inserção do amálgama, dosagem e polimento final. Tamanho e formato da partícula ● Determinam as características de manipulação da liga e sua composição final. ● Ligas co partículas pequenas: ○ Melhor acabamento. ○ Pequeno tamanho aumenta a área de contato, tendo mais mercúrio no final, tendo maiores proporções de y1 e y2. ○ Menor resistência à compressão inicial. ○ Aumenta a incidência de fraturas marginais. ● As ligas com partículas menores são mais facilmente manipuladas. Proporção liga/mercúrio ● Vem nas cápsulas pré-dosadas. ○ Reduz a sensibilidade técnica. ● Proporção em ligas limalha: 1:1. ● Proporção maior de liga para as ligas de partículas esféricas, devido à menor área de superfície total das esferas. Trituração ● Assegura uma mistura plástica e uma completa amalgamação. ● Existe uma contração inicial à medida que o mercúrio se difunde pela liga. Condensação ● Remover o máximo de mercúrio, que a restauração não esteja porosa e que se obtenha uma ótima adaptação marginal de forma a impedirsensibilidade pós-operatória. ● A alta resistência imediata reduz a probabilidade de fraturas do corpo do amálgama durante as primeiras horas após a colocação. ● Componentes importantes: ○ Força ,máxima. ○ Condensadores de tamanho adequado ao tamanho da cavidade. ○ Porta-amálgamas eficientes. ○ Inserção de pequenos incrementos. ● A colocação de grandes incrementos leva à formação de grandes quantidades de y1 e y2, aumentando a porosidade. Escultura e polimento ● A branidura aumenta a dureza superficial, reduz a porosidade e diminui a corrosão, melhorando também a adaptação marginal do amálgama. Limitações dos amálgamas ● Estética deficiente: não são estéticas, ou semelhantes aos dentes. ● Toxicidade do mercúrio: momento mais crítico é no operatório, sendo minimizado pelo uso de cápsulas. Medidas para diminuir as chances de envenenamento. ○ Técnica se contato manual. ○ Amalgamadores mecânicos com boa vedação. ○ Com a corrosão esse mercúrio pode ser liberado. ● Alta condutividade térmica: ○ Muito alta. ○ Problemas: sensibilidade. ● Efeitos galvânicos: ○ Pode ter uma célula galvânica quando duas restaurações metálicas com metais de diferentes são colocadas próximas. ○ Pode gerar desconforto ou deixar um gosto metálico. ○ Pode acelerar a falha corrosiva do metal mais eletronegativo. ● Não tem adesão ao dente: ○ Precisa de cavidades retentivas. ○ Remoção menos conservadora. ● Muito frágeis, com baixa resistência à tração. ● Nas ligas com zinco, ocorre a expansão tardia. ○ Em amálgamas convencionais RESINAS COMPOSTAS ● São compósitos: combinação de dois ou mais materiais. Cada um desses contribui para as propriedades gerais do compósito, e são insolúveis entre si. Composição e estrutura ● Composição: ○ Matriz resinosa orgânica, ○ Carga inorgânica, ○ Agente de união. ● A resina forma a matriz do material, sendo unida às cargas pelo agente de união. Matriz resinosa ● Monômero mais usado: Bis-GMA. ○ Criado por Bowen. ○ Tem um peso molecular maior que o metil metacrilato, reduzindo a sua contração de polimerização. ○ Muito viscoso devido ao seu peso molecular, permitindo pouca incorporação de carga. ● Monômeros diluentes: com baixo peso molecular, adicionados ao Bis-GMA para diminuir a sua viscosidade e permitir a incorporação de mais carga. ○ MMA, EDMA, TEGDMA. ● Inibidor: serve ´para aumentar o prazo de validade do produto, evitando a polimerização prematura. Carga ● Vantagens: ○ Reduz a contração de polimerização porque reduz a quantidade de resina e a carga não participa da polimerização. ○ Reduz a expansão térmica, deixando semelhante a do dente. ○ Melhora a dureza e a resistência à compressão do material. ○ Dão radiopacidade. ○ Controlam propriedades estéticas como cor, translucidez e fluorescência. Composição ● Quartzo, sílica. ○ Interferem na estética. ● Bário e estrôncio para aumentar a radiopacidade nas radiografias. Tamanho das partículas e distribuição ● Determinam a quantidade de carga que pode ser adicionada à resina, sem perder as características de manipulação. ● Tem efeito no acabamento final. ○ Partículas menores permitem uma superfície mais lisa. ● O acréscimo de carga pode prejudicar as qualidades estéticas, por aumentar a opacidade. Agente de união ● Une a carga a matriz, mantendo suas propriedades mecânicas boas e distribuindo a força igualmente pelo material. ● Silanos. ● Reduz as trincas. ● Cria materiais mais resistentes ao desgaste, permitindo serem usados em dentes anteriores e posteriores. Contração de polimerização ● Deve ser a menor possível para reduzir a desadaptação marginal. Resina tradicional ● Desvantagem: superfície de acabamento muito ruim, aspecto rugoso. Resinas microparticuladas ● Tamanho de partículas de 0,02 micrômetros. ● Pode ser polido, dando uma superfície de acabamento muito lisa. ● Tem maior área de superfície em contato com a resina, sendo muito difícil colocar muita carga, pois muita resina é necessária para molhá-la. ● Para se acrescentar mais carga se faz um material com muita carga e o polimeriza, depois ele é desgastado em partículas de 10-40 micrômetros e é usado como carga para mais resina. Resinas híbridas ● Com partículas de 15 a 20 micrômetros. ● Contêm sílica coloidal. Resinas híbridas de partículas pequenas ● As partículas menores dão um melhor acabamento a esses materiais. ● A carga com partículas menores ocupam os espaços deixados pelas de partículas maiores, aumentando a densidade do material, enquanto o tamanho da carga reduziu. ● Podem ser usados em dentes anteriores ou posteriores. Características de trabalho das resinas ● Manipulação exigente e sensível à técnica. ● Não são adesivas ao dente, precisando de condicionamento ácido e de adesivo. ● Colocação em incrementos para reduzir o fator C e polimerizar adequadamente. ● Demoram mais que os outros materiais restauradores para serem feitos. ● Resinas flow: com menor carga, sendo menos viscosas. ○ Possuem Tamanhos de partículas maiores. ○ Usados mais para preparos pequenos. ○ Não recomendados em locais com elevados níveis de tensão ou desgaste. ○ Têm propriedades mecânicas inferiores. ● Efeito do aumento de carga: ○ Materiais mais opacos e com pior acabamento. ○ Cores limitadas. ○ Mais para região de dentes posteriores. ○ Mais suscetível a bolhas. ○ Pior adaptação marginal por pior molhamento. Propriedades ● Têm absorção de água, alterando a sua coloração. ○ Depende do conteúdo de matriz resinosa e da qualidade de sua união com a carga. ● Coeficiente de expansão térmica: mais carga += menor expansão. ● Radiopacidade: importante para diferenciar do dente nas radiografias. ● Estabilidade de cor: ○ Quimicamente ativados: possuem amina que os torna amarelados com o tempo. ○ As fotopolimerizadas possuem uma maior estabilidade de cor. ● As resinas são mais prováveis de falha sob tração. ○ Varia de acordo com a superfície final. ● Quanto maior a restauração, maior é o problema da contração de polimerização e menor é a chance de se alcançar o selamento marginal. ● São materiais com baixa resistência e friáveis. Resinas compostas por poliácidos ● São resinas compostas modificadas para serem capazes de liberar fluoreto ao longo de um período de tempo, sendo incorporada a tecnologia dos cimentos de ionômero de vidro. ● Composição: ○ Polimeriza ´por luz azul que atua na canforoquinona. ○ O vidro é semelhante aos do CIV (vidro de flúor-alumínio-silicato). ○ Com mais características hidrofílicas que as outras, afim de permitir o contato da água com o material para liberar flúor. ● Fácil manipulação e adaptação marginal. ● Fáceis de esculpir. ● Não são adesivos ao dente, sendo necessário o uso de adesivos. ○ Podemos tirar a parte de condicionamento ácido. ● Contração de polimerização semelhante a das resinas compostas. PRINCÍPIOS DE ADESÃO ● Adesão: força que une dois materiais diferentes quando em contato íntimo. ● Fatores que controlam a capacidade do adesivo em estar bem ligado ao substrato: ○ Molhamento do substrato pelo adesivo. ○ Viscosidade do adesivo. ○ Morfologia, rugosidade da superfície do substrato. Molhamento ● É a capacidade de um adesivo entrar em contato com o substrato particular. ● O bom molhamento cobre todo o substrato. ●Varia com a viscosidade do adesivo, das irregularidades da superfície, da presença de contaminantes. Ângulo de contato ● Ângulo entre a superfície do líquido e a do sólido. ● Por essa medida se sabe o molhamento do líquido em um substrato. ○ Quanto mais próximo de zero o ângulo, melhor. ADESÃO AO ESMALTE E À DENTINA ● Características boas para o adesivo: ○ Alta resistência de união com o dente. ○ União imediata e durável. ○ Bom selamento. ○ Seguro. ○ Fácil. Técnica do condicionamento ácido - Esmalte ● Efeito: aumenta da rugosidade superficial do esmalte, aumentando a energia da superfície, melhorando o molhamento. ○ Permite a formação de uma íntima união micromecânica entre o esmalte e o componente resinoso da resina. ● Efeito geral é o aumento da rugosidade superficial e da área de união, permitindo a adesão a essa superfície por microembricamento mecânico. ● Aumenta a energia de superfície do esmalte, removendo os contaminantes e dando um melhor molhamento ao adesivo. ● Se seca bem essa superfície após a lavagem do condicionamento ácido, permitindo boa ligação da resina. ● Adesão ao esmalte e resina é mecânica. ● Etapas: ○ Profilaxia do esmalte. ■ Evita que a resina adira aos contaminantes e não ao esmalte. ○ Aplicação do condicionador. ■ Com isolamento. ■ Aplicar com microbrush. ○ Deve-se lavar pelo menos pelo mesmo tempo de aplicação e secar com jato de ar por pelo menos 20 segundos. ■ Esmalte fica com aspecto esbranquiçado, opaco e levemente áspero. Adesão à dentina ● Composta por mais matriz orgânica. ○ O colágeno é o principal componente. ● Contém os túbulos que a tornam mais permeável. ● A secagem vigorosa da dentina pode provavelmente resultar em dano irreversível da polpa vital, não devendo ser realizada. ● Lama dentinária: camada gelatinosa superficial de proteína coagulada, de 0,5 a micrômetros. ○ Muito contaminada por bactérias. ● Problemas na adesão à dentina. ○ É hidrofílica, enquanto os adesivos são hidrofóbicos. ○ É um tecido vital. ○ Composta por material orgânico e inorgânico. ○ Coberta pela lama dentinária. ● Precisa primers/condicionantes dentinários. ○ Variedade de ácidos que alteram a aparência superficial e as características da dentina. ● Adesivo: sela a dentina com uma camada rica em monômeros, camada que unirá o dente à resina. ● Condicionador: retira a lama dentinária. ○ Remove parte mineral da hidroxiapatita abrindo os túbulos dentinários, criando uma camada superficial desmineralizada de dentina. ● Primer: atua como adesivo nos sistemas adesivos dentinários, aderindo os compósitos hidrofóbicos e os compômeros à dentina hidrofílica. ○ Agente intermediário. ○ Contém parte polar e parte apolar. ○ Exemplo: HEMA. ○ Importante que penetre toda a camada de esmalte desmineralizada, evitando que fique uma camada de colágeno desmineralizada. ○ A redução da espessura do adesivo com jato de ar deve ser evitada, ocorrendo apenas uma evaporação suave do solvente. ● Camada híbrida: camada entre a dentina e a restauração, é ela que dá adesão da restauração ao dente. ● Se a dentina for excessivamente seca, a camada de colágeno colava na superfície de dentina mineralizada, produzindo uma estrutura densa e de difícil penetração pelo primer. ● A dentina deve ser mantida úmida: aspecto de areia da praia quando passa a onda. ○ Permite a penetração do primer. ● Removemos apenas a umidade superficial excessiva da dentina. SISTEMAS ADESIVOS Três passos ● Etapas: ácido + primer + adesivo. ● Problemas: difícil de serem feitos, elevada sensibilidade técnica, consequentemente, são mais suscetíveis a falhas. Tem muitas etapas, aumentando o tempo clínico. Dois passos ● Objetivo: simplificar a apresentação e o uso dos sistemas adesivos dentinários. ● Sistemas adesivos de frasco único: ácido + primer com o adesivo. ○ Pretende que a dentina desmineralizada seja completamente preenchida, pois quando o primer penetra leva junto o adesivo. ○ Benefícios: menor sensibilidade técnica. ○ Limitação: não podem ser usados em situações em que o acesso à luz não seja possível. ■ Ex: amálgamas. ● Autocondicionante de dois passos: ácido com o primer + adesivo. ○ Promovem a desmineralização e da infiltração do adesivo simultaneamente, formando a camada híbrida. ○ Evita a etapa de secagem da dentina. Etapa única ● A falta de compatibilidade entre os componentes o dificulta. ● Atualmente se usa dois frascos com adesivo que são misturados antes da aplicação, sem nenhum tratamento prévio. ● Indicados para áreas de baixas tensões, porque a resistência de união ao esmalte não é tão boa quanto a dos outros sistemas adesivos. Resistência e durabilidade ● Causas para a falha de união entre restauração e dente: ○ Contração de polimerização. ○ Expansão e contração térmica diferencial. ○ Tensões internas pela carga oclusal. ○ Ataque químico, como a hidrólise. ● Todas as simplificações que envolvem unir o adesivo a uma outra etapa prejudica a durabilidade do adesivo. CERÂMICAS ODONTOLÓGICAS ● Indicadas para restaurações estéticas, por mimetizar as características dentais. Composição ● Componentes como sílica, alumina, óxido bórico. soda que são queimados e os funde. ● O seu resfriamento rápido gera uma grande tensão interna, formando uma rachadura. ● O material resultante é moído, dando origem ao pó do material. ● A distribuição do tamanho das partículas é fundamental para diminuir a contração de queima. ● Óxidos metálicos são adicionados, dando uma ampla variação de cor. Núcleos cerâmicos Cerâmica reforçada por alumina ● Composta por vidro de feldspato com 40-50% de alumina. ○ Mais resistente que o vidro, evitando a propagação de trincas. ● Tem uma coloração mais opaca. ● A alumina faz com que a restauração pareça escura e opaca. ● Mais usada na restauração de dentes anteriores. ● Resistência insuficiente para a região posterior e confecção de pontes. Sistemas para núcleos cerâmicos altamente resistentes infiltrados por vidro ● O vidro fundido é capaz de penetrar nos poros, produzindo uma cerâmica densa. ● A forma estética e funcional é alcançada pela aplicação de uma cerâmica odontológica feldspática convencional sobre o núcleo. ● Uma desvantagem de todos os sistemas de núcleo altamente resistentes descritos é que nenhuma delas é sensível ao condicionamento ácido para criar uma superfície micro mecanicamente retentiva. ● Não há agente de união disponível que possa unir o núcleo às resinas. ● Não podem ser cimentados com cimentos resinosos aos tecidos dentários. Cerâmicas vítreas ● Desenvolvidas para restaurações cerâmicas unidas com resina. ● Sólido multifásico com uma fase residual de vidro com uma fase cristalina dispersa. ● Propriedades mecânicas são influenciadas por: ○ Tamanho das partículas da fase cristalina. ○ Fração de volume da fase cristalina. ○ Resistência de união entre as fases. ○ Diferenças no módulo de elasticidade. ○ Diferenças na expansão térmica. ● Quanto menores os cristais e maior a fração de volume dos cristais, maior a resistência do material. Cerâmicas de vidro de feldspato reforçadas por leucita ● Tem melhor distribuição da fase cristalina de leucita na resistência. ● Com propriedades mecânicas suficientes para serem utilizadas como facetas, coroas anteriores e inlaysposteriores. ● Não indicado para coroas posteriores ou pontes. Cerâmicas vítreas de fluormica ● Tem a adição de fluoretos que lhe dá fluorescência nas próteses, parecida com a dos dentes. ● Propriedades mecânicas com boa resistência, podendo ser usada em coroas posteriores, mas não para pontes. Cerâmicas vítreas de dissilicato de lítio e de apatita ● Tem a resistência e a tenacidade necessárias para ser usadas em coroas posteriores e para pequenas pontes. ● Não são estéticas para serem usadas em restaurações unitárias. ● Melhor resistência das cerâmicas. CIMENTOS DE VIDRO MODIFICADOS POR RESINA ● Desvantagens: ○ Tempo de trabalho curto. ○ Tempo de presa longo. ○ Baixa resistência e baixa tenacidade. ○ Aparecimento de fendas devido a desidratação. ○ Baixa resistência ao ataque ácido. ● Incorporaram resina ao CIV para que ele possa ser fotopolimerizados. Composição ● Apresentação: pó + líquido, ou em cápsula. ● Pó: vidro radiopaco de flúor-alumínio-silicato de cálcio. ● Líquido: ativado por luz e mantido em frasco escuro. ○ Solução de monômeros hidrofílicos, ácido poliacrílico. ■ Ex: HEMA. Presa ● Reação ácido-base. ● Iniciada quando o pó e o líquido são misturados. ● Reação mais lenta, aumentando o tempo de trabalho. ● Quando fotopolimerizado toma presa mais rapidamente. ○ Após essa fotopolimerização, o material continuará ainda a sua reação ácido-base por algum tempo. ● Limitações da fotopolimerização: ○ Profundidade limitada de polimerização, inserção incremental. ○ Contração de polimerização. Propriedades ● Vantagens: ○ Adesão ao dente. ○ Liberação de flúor. ○ Aumento do tempo de trabalho. ○ Presa rápida. ○ Pode polir a restauração imediatamente. ○ Melhor resistência intrínseca e superficial à dessecação e ao ataque ácido. ● Desvantagens: ○ HEMA é citotóxico quando entra em contato com a polpa. Aplicações ● Materiais restauradores diretos ou como bases ou materiais de forramento para uso sob compósitos. ● Não precisa condicionar a superfície do cimento CIV modificado por resina.
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