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Direito civil - Posse

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Direito civil – posse
Posse
Direitos reais vêm de antigamente, os reis que eram donos das terras e passavam formalmente aos nobres. O direito das coisas normatiza os direitos reais e da posse.
Direito das coisas
Tem por finalidade regulamentar a relação entre o ser humano e a coisa. Bem é toda coisa que tem valor econômico
Requisitos
- capacidade de ser objeto de uma relação jurídica (104 cc)
- atender a um interesse econômico
- gestão autônoma 
	
	Relação obrigacional
	Relação real
	Objeto
	Prestação, sujeito ativo com obrigação de dar, fazer ou não fazer
	Bem
	Sujeito passivo
	Determinado/determinável
	Erga omnes
	Duração
	Temporário
	Perpétuo
	Formação
	Exemplificativa, você dispõe de outros métodos 
	Rol taxativo (não vale para posse)
	Execução
	Contra o devedor
	Direto sobre o bem
	Ação
	Devedor
	Contra todo que detenha indevidamente o bem (direito de seqüela)
*Direito de posse é direito real, seu direito sobre aquele bem
Posse
Na ação possessória não importa quem é o dono, e sim quem tem a posse/usa. Não se pode alegar propriedade em ação possessória 
É uma situação fato sobre a coisa em que o possuidor retira proveito e lhe da seu destino econômico e social
A posse e sua proteção independem de uma relação de propriedade, é um direito pessoal
Teorias da posse
Subjetiva de Savigny: primeira vez em que se mostra que para ter direito não precisa de propriedade. Posse é igual a ter o bem/agir sobre ele (corpus) + se ver como dono, não reconhecer o direito de outro (animus domini). Mas não resolveu o problema do locatário que teve sua casa invadida, só o locador pode entrar com ação 
Objetiva de Ihering: adotada pelo Brasil. A posse é o corpus e o animus = Tenho consciência e ajo como dono. Ter posse todo aquele que tem a coisa de forma consciente e age com o intuito de lhe dar sua destinação econômica e social
Art 1196 cc – Poderes do proprietário 
- Usar
- Fruir
- Reaver
- Dispor
Posse plena: proprietário e possuidor (tem todos os direitos)
Posse paralela/desdobramento da posse: possui alguns direitos
	Locador/proprietário
	Locatário
	Fruir
	Usar
	Reaver
	Fruir
	Dispor
	Reaver
Nenhum deles tem todos os direitos, portanto são todos paralelos
Posse social
Necessidade de inserir a CF no CC
Necessidade de manter interesse coletivo em detrimento do particular. As vezes ocorrem ações coletivas de invasão em que é reconhecida a posse do proprietário, mas não ocorre a reintegração, porque não podem colocar todas aquelas pessoas na rua. O proprietário recebe indenização do município, o particular deve prover porque o município não o fez
*É um novo conceito, passa a ser verificado em conformidade com a constituição federal
O particular tem o dever de cumprir com os preceitos constitucionais (eficácia horizontal dos direitos fundamentais) e a posse deve ser verificada em conformidade com a função social art 5º XXIII CF, dignidade da pessoa humana, acesso a moradia.
O CC traz como um seus princípios a socialidade em que os interesses coletivos devem prevalecer sobre os individuais
A tutela da posse deixa de estar vinculada aos ideais de propriedade e passa a ser vista como um atributo extra patrimonial de acesso aos primary goods. Esta teoria traz as seguintes conseqüências:
Nova percepção da pluralidade de sujeitos possuidores (urbano, rural, coletivo)
Os conflitos devem ser avaliados de acordo com a diversidade valorativa de cada caso, tendo-se como vetor de ponderação a proteção da dignidade dos diversos possuidores e a valoração da função social
Os invasores que pegam a propriedade a força não se beneficiam do principio, mas se passar para 3º ele se beneficia
Detenção
Quando parece que tem posse, mas a lei diz que não tem. É uma posse desqualificada pela lei 
Art 1198 – servo da posse/fâmulo da posse: o funcionário que trabalha na posse não possui posse. Esta em relação de subordinação, por isso não é posse
Atos de permissão ou tolerância: art 1208 atos de mera tolerância não geram posse (ex: sogra passar 15 dias em casa)
Mera permissão: amigo passa um tempo na minha casa da praia
Posse precária não gera usucapião , mas da o direito de entrar com ação possessória. Bem publico não sofre usucapião, sofre detenção, logo o detentor não pode entrar com ação possessória caso alguém invada o terreno.
Não gera posse os atos de violência ou clandestinidade enquanto durarem. (ex: seqüestro pessoa e vou para casa dela, enquanto durar o seqüestro não tenho posse.
Clandestinidade: aumento minha cerca um pouco e pego parte do vizinho, enquanto ele não perceber não há posse. No momento em que a pessoa toma conhecimento a clandestinidade cessa
	Posse
	Detenção
	Pode gerar usucapião
	Não gera usucapião
	Tutela provisória
	Não tem tutela provisória
	Gera efeitos
	Não gera efeitos
	Corpus (agir como dono)
	Posse desqualificada pela lei
Explique o que pode ser objeto da posse: todas as coisas móveis e imóveis que ocupam lugar no espaço podem ser possuídas e protegidas. Essa é a regra geral, embora admita-se com controvérsias a possibilidade de posse de coisas imateriais como linha telefônica, energia elétrica, sinal de TV por assinatura, marcas e patentes protegidas pela propriedade intelectual, etc. Não há posse nos direitos autorais, nos direitos de crédito, nas obrigações de fazer e de não-fazer, entre outros. Mas alguns contratos exigem a transferência da posse para sua formação como locação, depósito e comodato.
Propriedade: jus possidendi é o exercício do direito fundado na propriedade. Sua tutela é realizada pelas ações petitórias
Posse: jus possessionis a proteção se faz com fundamento na posse. Não se questiona a propriedade. A proteção é realizada pelas ações possessórias, também chamadas de interdito possessório:
Ação de reintegração: cabe nos casos em que houve esbulho (esbulho: perda total ou parcial com a coisa)
Ação de manutenção: cabe nos casos em que houve turbação (pessoa atrapalha seu uso, mas você continua usando, não tira o acesso ao bem)
Ação de interdito probitorio: mera ameaça de esbulho
Art 1210, §2º - não há hierarquia entre propriedade e posse, pode ser que o possuidor ganhe a ação possessória do proprietário 
Espécies de posse
É utilizada para estabelecer quais direitos são atribuídos ao possuidor. Em regra, a posse mantém as mesmas qualidades com que foi adquirida (principio da continuidade dos efeitos da posse art 1203)
Direta e indireta
- Posse plena: tem o proprietário que tem todos os direitos da propriedade em sua esfera jurídica. Quando algum/uns de seus direitos são transmitidos a outrem há o desdobramento ( posse paralela) art 1197 cc
- Posse direta: tem o possuidor que esta com o corpus
- Posse indireta: tem aquele que entrega algum direito a outrem sem ter o corpus. Em 76
Em regra se você adquire o bem com vicio, você não tem a posse (carro roubado). Existem exceções: principio da aparência, parecia que era dono, achei que fosse, então tenho posse.
Posse nova: menos de 1 ano e 1 dia
Posse velha: mais de um ano e um dia
Não existe mais no novo código, o que existe no novo código é: ação de força nova e ação de força velha
- força nova: entra com ação com menos de 1 ano e 1 dia da violação do direito, segue o procedimento especial – liminar
- força velha: entra com ação com mais de 1 ano e 1 dia da violação, segue procedimento comum
Justa: art 1200, toda posse que não for violenta, clandestina ou precária. É justa a posse que não fere direito de outrem, justo esta diretamente ligado a legalidade
Injusta: a posse que decorreu de uma violência, clandestinidade e precariedade, porque enquanto se tem essas características é detenção e não posse. É injusta a posse que viola direito de outrem
- Posse precária: é a posse que decorre de violação de uma relação jurídica (abuso de confiança)
Convalecimento da posse
É a passagem da detenção para a posse. Cessa a detenção e se inicia posse injusta no momento em que deixa de haver aviolência ou clandestinidade ela não prevê o fâmulo da posse. Em 301: é possível haver a conversão da detenção em posse desde qey se rompa o vinculo de subordinação. Depende da situação fática e fo julgado, não tem nada consolidado sobre como romper o vinculo se subordinação
É a passagem da posse injusta para justa: tem um titulo que justifica a posse (usucapião); Depois de 1 ano e 1 dia a posse injusta se transforma em posse justa (não foi recepcionado pelo CC) 
Posse precária: Em 237 em regra não gera usucapião. Não tem animus domini por decorrer de uma relação jurídica em que o possuidor direto reconheceu o direito do possuidor indireto. Quando consigo mostrar de forma clara que acredito que a coisa é minha tenho o convalecimento da posse.
Nela há a passagem da simples posse de Ihering “intervisio possessiones” para a posse qualificada de Savigny “ad usucapionem” tem que transmitir a clareza da sua intenção para outra parte
Posse natural: decorre do exercício de um dos direitos de propriedade sobre o bem (age como dono, pode ser de forma direta ou indireta)
Posse civil: jurídica, decorre da lei, não é preciso atuar sobre o bem
É possível ter posse de bem publico invadido se for dominial
Principio de saisine (1784) pela sucessão adquiro todos os direitos do dono, então posso entrar com ação possessória (vou ter posse e propriedade). Quem compra não possui direito de ação possessória. Estabelece que a posse dos bens do "de cujus" se transmite aos herdeiros, imediatamente, na data de sua morte.
Boa fé (art 1201): tem o possuidor que ignora o vicio de sua posse. A partir do momento que o possuidor toma conhecimento do vicio de sua posse ele passa a estar de má fé. Presume-se boa fé nos casos e que o possuidor tiver justo titulo En 303. Direitos dos possuidores de boa fé são bem maiores que os de má fé
Má fé (art 1202): é o possuidor que conhece o vicio de sua posse se a má fé se deu antes de entrar com ação, cabe ação possessória 
Composse: ocorre nos casos em que há pluralidade de possuidores atuando sobre um mesmo bem. 
Espécies (1199 e 1314):
- Pro diviso: cada possuidor exerce o direito sobre o bem de forma individual. Ex: todos são possuidores de todas as vagas do AP, mas não posse parar na vaga do vizinho.
- Pro indiviso: bem indivisível, todos utilizam 
Surrecio: acredito que me deram
Suprecio: ganho pela pessoa abrir mão
Posse ad interdicta: é tutelada pelas ações possessorias
Posse usucapionem: qualificada pelo animus que pode gerar a usucapião 
Objeto da posse
Regra: só cabe ação possessória de bem corpóreo, só posso ter posse se agir como dono e para isso preciso ver o objeto exteriorização da conduta. Propriedade intelectual é bem incorpóreo que cabe usucapião e ação possessória 
O CC reconhece a posse dos direitos que consiste na possibilidade inconstestavel do efetivo exercício de um direito, assim a posse recai sobre um bem.
A dificuldade existe na classificação dos bens como corpóreos ou incorpóreos. Pode-se compreender que a proteção da posse não mais deve recair na classificação do bem em si, mas na viabilidade de se verificar a exteriorização do agir como dono.
Quem pode adquirir a posse art 1205: o próprio possuidor ou pessoa que o represente, peço para meu empregado invadir, é meu
Por terceiro sem mandato desde que haja ratificação 
Aquisição da posse: tudo depende do modo de aquisição da posse, art 1204: posse se adquire a partir do sujeito passa a ter apreensão da coisa e agir como dono ( Ihering)
Espécies:
- Originário: decorre de uma conduta unilateral, não há transmissão de posse de um sujeito para outro, não há aplicação do principio da continuidade da posse. O sujeito inaugura a posse nova
Modo de aquisição: apreensão em razão de um ato de violência ou clandestinidade, sempre há um esbulho. Invasão pacifica, esbulho pacifico ( invade com ciência )
Res nullius: bem que nunca teve um dono. Ex: cachorro de rua, peixes num lago 
Res direlicta: apreensão de uma coisa abandonada. Ex: sofá, depende do contexto, saber se é direito de posse ou descberta
Lixo: em regra o bem esta abandonado pegou sacola d=com dinheiro (achou) e devolveu, tem direito a 5%
Cônjuge habitar reiteradamente – direito real de habitação cezini
- Derivada: ocorre da transferência da posse de um sujeito para outro. Em regra aplica-se o principio da continuidade do caráter da posse
Modos de aquisição (rol jurídico entre 2 pessoas):
Tradição: ocorre com a entrega do direito do objeto (pode ser real ou simbólica)
Real/efetiva: há entrega do objeto em si, da relação possessória 
Simbólica/ficta: há a entrega de um objeto que representa a posse. Ex: entrega das chaves simboliza a entrega da casa, carro.
Ficta/consensual: art 1267 paragrafo único
Traditio longa manu: ocorre nos casos em que o bem esta a disposição do possuidor. Encontra-se desocupado.  Quando a coisa é posta à disposição do adquirente, por ser impossível a entrega manual. Exemplo: máquinas de grande porte. Ex: comprar uma casa desocupada.
Exercício de direito: ocorre nos casos em que há utilização de um direito que pode ser objeto de uma relação possessória 
Ex: servidão (de passagem)
Familiares em terreno grande
Ter a posse- locação: já passa a valer independente de ir naquele dia ou no dia seguinte (apesar de estar a distancia consegue estender seu campo de atuação, pois ele se encontra a sua disposição 
Traditio brevi manu: ocorre nos caos em que o possuidor direto passar a ser possuidor pleno. Ex: já usa o caro, mas o dono é o banco (financiamento) paga a ultima parcela, quita e tem posse plena; ou comprar casa que aluga
Constituto possessório/clausula constitutiva: é materializado através de clausula expressa na qual se estabelece a aquisição da posse por via contratual. Ex: dono vende mas faz contrato dizendo que vai continuar morando na casa, assim transfere posse indireta, mas continua com a posse direta.
Posse plena posse indireta. Ex: você da seu carro de garantia para o banco alienação fiduciária. Você fica com o bem e passa posse indireta para o banco de forma contratual
Alienante mora no imóvel, transmite posse e propriedade. É necessário que ao haja esbulho de terceiro, quem compra imóvel esbulhado ação reivindicatória, pois não há transmissão de posse
Ex: doar extensa área de terra com encargo de construir casa, retomou a área, pois não construíram casa entra com ação de esbulho – reintegração
Constituto possessori: município não tinha posse direta, na clausula havia a devolução da posse
Sucessão:
- intervivos: o novo possuidor pode contar entre:
Iniciar posse nova: Em 494 – por analogia, da qualidade da posse, não muda nada, mas pode optar por utilizar seu tempo na usucapião 
Continuar com a posse velha de seu antecessor 
Proprietário de um bem comprou, alugou, esbulho
Esbulhador (3 anos) aluga para outra pessoa (posse injusta prazo 15 anos), vende para uma 4ª pessoa, esbulhador 2 – usucapião constitui em 5 anos, tem que pleitear, não ter bem, 250 m², é necessário ficar 5 anos inteiros
Inicia posse nova a partir da data que morar no bem, ou aproveitar os 3 anos do esbulhador e fica mais 12 para usucapião extraordinário
- Causa mortis (1206 e 1207):
A titulo universal: o herdeiro legitimo ou testamentário recebe quota ou fração. Ele ira continuar a posse de seu hereditário (sucessivo possessiones). Sempre que uma pessoa herda e não há a definição do bem, ele ira receber um legado (bem singular) te uma herança, mas não sabe o que ira receber
A titulo singular: o legatário recebe um bem individualizado. Poderá optar entrar (Em 494)
Iniciar posse nova
Continuar a posse velha do hereditário
Perda da posse art 1223: sempre que o sujeito perde o direito de atuar sobre o bem. Não se consegue exercer os direitos inerentes a propriedade
Art 1224: perda para pessoa ausente que não presenciou o esbulho. Perde a posse no momento em que toma conhecimento do esbulho e não faz nada, ou quando tenta retomar o bem e é violentamente repelido, não esta especificocomo 1 ano e 1 dia, fez uma opção de conhecimento
Condutas que geram a perda da posse: 
Abandono: é uma renuncia de direito
Tradição: há transferência voluntaria. Ex: compra e venda, doação. Não se reserva qualquer direito sobre o bem 
Perda do objeto: destruição total inexistência do bem (ex: caiu cola no mar= perda, objeto ainda existe; celular é atropelado por ônibus
Turbação: não gera perda da posse, se tem uma posse compartilhada contra sua vontade. Ex: mendigo quer compartilhar sua casa
Esbulho: não tem mais acesso ao bem, você não precisa pedir acesso total ao bem, pode ser parcial. Ex: pegaram sua garagem, mas você ainda usa sua casa
Coisa fora do comercio. Ex: ter arma, legislação proíbe, você perde a posse
Efeitos da posse
Determinam o direito do possuidor e eficácia que ela traz
Direitos do possuidor (1010 – 1222)
Percepção dos frutos: naturais, industriais e civis
- Possuidor de boa fé tem direito de ficar com os frutos percebidos/colhidos. Não pode ficar com os frutos pendentes e tem que restituir os colhidos antecipadamente (1214) – isso depois que cessa a boa fé
Se o legitimo proprietário reivindica o bem, mas você já plantou, tem direito de receber o dinheiro pelo investimento feito, direitos aos gastos feitos de custeio e produção (art 1214 parágrafo único)
- Má fé (1215): não tem direito aos frutos e deve restituir os percebidos. Terá direito de receber pelos gastos de custas e produção
Perda e deteorização do bem (1217 a 1218)
Boa-fé: locação, só responde pela perda ou deteorização causada por dolo ou culpa. Ex: queimar lavanderia. Não responde por fortuito externo, se pessoa foi roubada também não responde, furto pode ser má fé, se for responde
Má-fé: mora – responde pelo dano ainda que por caso fortuito ou força maior, salvo se provar que o dano ocorreria de qualquer modo ex: invadiu casa, ladrão colocou fogo; curto circuito, aconteceria de qualquer forma
Benfeitorias (1219 – 1222): necessárias, úteis (agrega valor), voluptuárias (pessoal)
- De boa fé: tem direito a indenização das necessárias e úteis e direito de retenção enquanto a indenização não for paga. O valor da indenização será correspondente ao seu valor atual
Equipara-se as benfeitorias necessárias as acessões – construções em 81. As benfeitorias voluptuárias poderão ser levantadas desde que não causem dano ao bem
Se no momento da reintegração a benfeitoria já estragou, não cabe indenização 
No comodato entende-se que as benfeitorias não tem direito a indenização, porque serão gratidão, mas a jurisprudência entende que será indenizado por benfeitoria de natureza extraordinária necessária (furacão)
Na locação o inquilino só será indenizado pela benfeitoria útil se o locador o autorizou a fazer. Em regra as benfeitorias necessárias são indenizáveis, mas se estiver no contrato clausula especial dizendo que só indenizará se tiver anuência do locador, clausula será valida
- De má-fé: só tem direito de receber pelas benfeitorias necessárias. Não tem direito de retenção e nem poderá levantar as voluptuárias
A indenização será pelo valor atual ou de custo, a escolha do legitimo possuidor
Tutela possessória: estabelece modos de defesa da posse
Espécies: - judicial
- Autotutela: é a defesa da posse realizada pelo próprio sujeito, sem a interferência de estado. Requisitos (art 1210, §1º) basicamente mesma coisa da legitima defesa
Possibilidade da pessoa se restituir do bem pela própria atitude
I. Defesa seja realizada pelo particular,não precisa ser o proprietário, pode ser qualquer um menos o estado
II. Defesa feita desde logo. Em 495 reação imediata após o esbulho
III. Utilização dos meios necessários para repelir a agressão, excesso é punido
Legitima defesa: há turbação, quando ainda não perdeu a posse ex: lutar com o ladrão pela bolsa
Desforço imediato: há esbulho, já perdeu o contato com o bem (ladrão pegou a bolsa mas corri atrás dele)
Ações possessórias/inetrditos possessórios
Tem por finalidade garantir o direito do legitimo possuidor por meio da tutela jurisdicional. Legitimidade ativa, possuidor com justa posse
Pode haver a proteção da posse sempre que um sujeito violar a posse de outrem, assim tem legitimidade ativa para litigarem entre si os possuidores diretos e indiretos (1197)
Legitimidade passiva: o possuidor que tenha posse injusta não cabe possessória contra 3º de boa fé art 1212 e Em 80. Contra 3º de boa fé cabe ação de natureza petitória 
- características
Fungibilidade dos interditos (art 554 cpc) é a adequação processual realizada pelo juiz que visa adequar a tutela possessória ao fato real.
Assim a propositura de uma ação e vez de outra não obsta que o juiz reconheça o pedido, isto ocorre por o pedido das ações possessórias ser, em todas elas a proteção da posse
Você pode entrar com a ação errada que mesmo assim o juiz da a certa, haja vista que todas visam o bem
Cumulação com perdas e danos 555, CPC: o autor pode cumular com o pedido possessório a indenização pelos danos decorrentes do ato de violação da posse
Natureza dúplice/pedido contraposto: é permitido ao réu formular pedido contra o autor na própria contestação em ações proteção possessória e indenizatória 
Proibição da exceptio proprietatis (art 1210, §2º) a posse é protegida de forma autônoma, isto é, independe da propriedade. Assim não se pode discutir propriedade nas ações possessorias
Nas alegações possessórias as partes não podem defender alegando propriedade art 557 cpc, na pendência de ação possessória é vedado as partes propor ação de reconhecimento de domínio, salvo se a pretensão for deduzida contra 3º
Em regra é proibido entrar com açao petitória enquanto estiver discutindo açao possessória. Exceção: pode ter ação possessória e petitória ao mesmo tempo se as partes forem diferentes
Espécies:
- reintegração: esbulho
- manutenção: turbação 
- interdito proibitório: ameaça
Procedimento das ações possessórias
- força velha: a tutela possessória é requerida após 1 ano e 1 dia da data da violação da posse. O rito será o de procedimento comum e caberá o pedido de tutela de urgência
- força nova: a tutela possessória é requerida dentro de 1 ano e 1 dia da data de violação. Possui procedimento especial e cabe liminar inaudita altera pars ( a liminar é concedida de plano, desde que esteja devidamente fundamentada – eles dão liminar sem ouvir réu)
Não haverá deferimento de plano:
Se a liminar não estiver devida mente instruída. Neste caso o juiz designara audiência de justificação, citando o réu para comparecer a audiência. Nesta audiência o autor tem direito de arrolar testemunhas, restando ao réu a faculdade de juntar documentos e fazer perguntas. Se o réu trouxer testemunhas o juiz poderá ouvi-lás como testemunhas do juiz
Se a liminar for contra o poder publico, caso em que a audiência para analise de sua concessão é obrigatória se o réu for composto por multidão de pessoas a citação dos réus será pessoal para os ocupantes que forem encontrados no local, os que não forem serão citados por edital
Haverá a intimação do MP e se as pessoas forem economicamente hipossuficientes haverá a citação da defensoria pública
Interdito probitório (567 e 568 cpc) aplica-se quando houver justo receio de turbação ou esbulho. É forma preventiva de proteção da posse
Requisitos:
- posse do autor
- ameaça de turbação ou esbulho por parte do réu
- receio de se concretizar a ameaça
A sentença que julgar procedente expedirá mandado de proibição impondo multa diária pelos dias de transgressão
Justo receio – algo iminente que esta para acontecer, demonstrando que você esta para perder e há seriedade nessa conduta e é assim que temos o interdito proibitório, impondo uma multa diária e astreinte/dia de transgressão
Manutenção e reintegração (560 – 566 cpc)
Art 1210- garante-se ao justo possuidor o direito a manutenção na posse (turbação) e reintegração (esbulho)
Requisitos
	Manutenção
	Reintegração
	Posse do autor
	Posse do autor
	Conduta do réu
	Conduta do réu
	Turbação –continuação da posse
	Esbulho – perda da posse
	Data da turbação
	Data do esbulho
Litígio coletivo 565 cpc
Se houver ocorrido a violação há mais de ano e dia o juiz designará audiência de mediação antes de decidir pela concessão ou não do pedido
Se a liminar for concedida mas não for executada em um ano o juiz designara nova audiência de mediação
Participarão das audiências:
MP
Defensoria publica se os réus forem beneficiários da justiça gratuita
Os responsáveis pela política agrária e urbana (União, Estado, município, DF)
Ações dominais – preciso provar propriedade. Tem por finalidade discutir a propriedade
Espécies: 
Imissão na posse: busca dar ao proprietário que adquiriu o direito de propriedade sem posse. O esbulhador deve ser a pessoa que vendeu o bem ao proprietário ou a que com ele possui vinculo jurídico comprei o treco mas o ex dono continua morando lá
Ação reivindicatória – esbulho, cabe até contra quem esta de boa fé. Tem dupla finalidade: pode ser utilizada pelo proprietário que nunca teve posse e que o esbulhador é um terceiro (não existe vinculo jurídico entre as partes) OU para reaver a posse perdida em razão de esbulho
Negatória – para turbação. É a forma de proteção da propriedade contra a turbação não tem como ser turbada se não tiver posse, alem de ser dona tenho que provar que não perdi o contato com o bem, é melhor entrar com ação de manutenção 
Publiciana: é a forma de proteção da propriedade do proprietário que não tem titulo (usucapião) contra a violação do esbulho
Declaratória: positiva ou negativa. Tem por finalidade tornar incontroverso o direito de propriedade. É cabível quando paira duvida sobre a autenticidade do titulo 
Outras ações 
Não incidem diretamente na proteção da posse, mas sim a propriedade que não siga as regras
Ação de nunciação de obra nova (embargar a obra): só cabe contra obra que ainda esta em construção, que ainda não foi terminada. Busca suspender a construção de obra nova realizada no imóvel vizinho. Decorre das relações de direito de vizinhança. Tem legitimidade ativa o possuidor ou proprietário do imóvel contiguo 
Pedidos:
- embargo da obra (suspensão ate a sentença final)
- demolição, restauração ou modificação
- condenação em perdas e danos
- astreinte (multa diária por descumprimento de açao judicial)
- apreensão e deposito dos materiais
Dano infecto art 1277 cc: risco a saúde, ao sossego ou a segurança. O dano deve estar em curso ou quase ocorrendo. Não cabe essa ação nos casos em que a conduta já cessou, caberá somente indenização. Legitimado ativo é o proprietário ou possuidor
Exceção: se obra for de interesse publico tem que agüentar, mas ganha indenização
Toda e qualquer pessoa que seja prejudicada pode pedir
Usucapião
É forma de aquisição originaria da propriedade fundamentada na função social da posse art 5º, XXIII CF. Busca punir o proprietário e dar propriedade ao esbulhador que cumpre com a função social. 
Forma de aquisição da propriedade que decorre de uma posse qualificada e prolongada. Forma de prescrição aquisitiva, pode fazer analogia com surrecio e suprecio
A ela se aplicam as causas de suspensão e impedimento da prescrição art 1244
Forma originaria, pois inaugura um direito de propriedade de forma unilateral, por isso todos os ônus deixam de existir. Provimento 65 excepciona regra de ser originaria ao manter os ônus de quem usucapia o bem
Diferença entre suspensão e impedimento é o momento em que ocorre
Requisitos gerais
Animus domini (Savigny)
Bem passível de sofrer usucapião, bem publico não pode ser usucapido
Cumprimento do lapso temporal previsto em lei. Exclui o 1º dia e inclui o ultimo. En 497 pode computar na contagem o curso do processo, salvo em caso de má fé. 
Posse mansa e pacifica entre quem vai adquirir e quem vai perder. O fato de 3º pessoa entrar em conflito com você, não fere seu direito
Posse publica não existe é mera detenção 
Posse continua sem intervalo, posse indireta pode gerar usucapião ex: locar imóvel
Posse exclusiva em área certa 
Usucapião constitucional
Rural art 191 cf e 1239 cc – é considerado zona rural tudo o que estiver fora do plano diretor do município ou de outra lei que delimite a zona urbana
Requisitos 
5 anos
Animus domini
Posse mansa, pacifica, publica e continua
Área rural não superior a 50 hectares en 594
Produtiva por seu trabalho ou de sua família (pode ser empregado)
Moradia
Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural
Usucapião coletivo estatuto da cidade
Lei 10257/01
Requisitos
Núcleo urbano informal (invasão desordenada que não da pra fazer urbanização)
Animus domini
Posse mansa, pacifica, publica e continua
5 anos
Área total dividida pelo numero de ocupantes seja inferior a 250 m²
Não ser proprietário de outro imóvel urbano ou rural
Efeitos
A sentença Dara a propositura em condomínio indivisível em regra, o juiz divide a área pelo numero de ocupantes, salvo se houver acordo de área entre os possuidores para que cesse o condomínio devera haver pedido de 2/3 dos condôminos e realizar a urbanização da área
Usucapião indígena 
Lei 6001/73 art 133
Requisitos 
Ser índio, devia ser indígena integrado ou não emancipado
Animus domini
Posse mansa, pacifica, publica e continua
Prazo 10 anos
Área inferior a 50 hectares
Desapropriação judicial
Art 1228, §4º e 5º - pode ocorrer de açao própria ou em forma de exceção em açao petitória ou possessória. En 304 e 496
Requisitos 
Extensa área tem que analisar o caso
5 anos contínuos
Boa fé, En 309 não é a boa fé exigida na posse, é a pessoa acreditar que tem direito
Considerável numero de obras ou serviços de interesse social e econômico relevante
Justa indenização En 308
É o caso de pessoas que não conseguiram a usucapião, mas o estado da preferência a elas. Proprietário não perde o imóvel, ele vai vender o imóvel por valor médio de mercado (justa prestação). O dever de pagar vai depender se a área é urbana ou rural. Se o invasor tiver dinheiro, ele paga, senão o município ou estado paga.

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