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ENSINO DE MÚSICA COM TECNOLOGIAS

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ENSINO DE MÚSICA COM TECNOLOGIAS: SOFTWARES, APLICATIVOS E REDES SOCIAIS COMO FACILITADORES DO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM MÚSICA.
Emanuel de Carvalho Nunes[1: Mestre em Música pela UFG; Professor de Música do IFPI, Campus Teresina Central. E-mail: emanuel-nunes@hotmail.com.]
Francisco Adelino de Sousa Frazão[2: Mestre em Letras pela UESPI; Professor de Música do IFPI, Campus Teresina Central. E-mail: adelinofrazao@hotmail.com.]
Área temática: Tecnologias da Informação e Comunicação.
RESUMO:
	O presente trabalho apresenta uma discussão sobre o auxílio da tecnologia como elemento facilitador no processo de ensino-aprendizado em música. Consiste em um relato de experiência com base nas atividades docentes no curso de Técnico em Instrumento Musical do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Campus Teresina Central. Apoia-se principalmente nos trabalhos de CASTELLS (2003), BELLOCHIO (2003), GOHN (2007), KRÜGER (2006), além de levar e consideração a experiência docente como professor, fazendo o uso de diversos recursos tecnológicos para o desenvolvimento musical dos alunos. Após uma discussão sobre levantamento bibliográfico, listamos as vantagens e desvantagens do uso das tecnologias na aula, ponderando então sobre os resultados obtidos e suas implicações na preparação musical dos discentes.
Palavras-chave: Ensino-aprendizado, Música, Tecnologia.
INTRODUÇÃO
	O objetivo desse texto é discutir sobre o ensino de música com o auxílio da tecnologia, por meio da utilização dos softwares e das redes sociais como facilitadores da atividade docente. Compreendendo as novas tecnologias como elementos indissociáveis do modo de vida contemporâneo, propomos a utilização, observação e relato das mesmas no âmbito do ensino musical. Dentre os recursos mais utilizados pelos professores, destacamos: softwares, aplicativos, meios de comunicação e de troca de informações entre pessoas com finalidade educacional. 
Como referência será levada em consideração nossa experiência docente na área da música, onde, em um universo de variadas ferramentas e recursos tecnológicos cada vez mais presentes no meio acadêmico, a adição dos softwares, aplicativos e uso das redes sociais via internet faz-se necessário, se não indispensável ao ensino. Sendo assim, o presente ensaio consiste em relato de experiências, aliado ao levantamento bibliográfico, tendo por base o ensino-aprendizado realizado no curso de Técnico em Instrumento Musical do IFPI em Teresina-PI, no percurso de um ano (2014-2 a 2015-1). Iniciamos com um levantamento bibliográfico sobre o uso das novas tecnologias na educação e sua aplicabilidade na área musical. Descrevemos as atividades exercidas durante o curso, listando vantagens e desvantagens e apresentando alguns dos resultados, seguidos de nossas considerações finais.
LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
	No percurso desta pesquisa, encontramos a experiência de Sônia Tereza da Silva Ribeiro, que desenvolveu um projeto que utiliza a rádio como um espaço para a prática docente em música na Universidade Federal de Uberlândia. O trabalho, realizado de 2003 a 2005 com alunos de Educação Artística-Música na disciplina de estágio docente na UFU, resultou na produção de spots e permitiu que os alunos tivessem contato com as diversas etapas da construção de um programa de rádio. Os próprios alunos demonstravam interesse sobre o funcionamento de uma rádio, sobre os fins socioeducativos e os processos de gravação (RIBEIRO, 2009). Essa experiência põe em destaque a utilização de softwares de gravação e edição de áudio como o Sound Forge. Esse relato nos auxilia a embasar nosso texto, constatando o interesse dos discentes em relação ao uso de tecnologias e música.[3: Spot é o comercial veiculado pela rádio, produzido com recursos da gravação e da manipulação de áudio. ]
Sobre a relação entre educação e tecnologia, particularmente o computador, encontramos o texto de Mello e Vicária (2007, p. 87):
 Os educadores dizem que não há mais como o computador não fazer parte do cotidiano. Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, publicaram no ano passado um estudo com alunos de escolas públicas americanas no qual concluem que o rendimento escolar dos alunos que usam computadores para pesquisas e jogos educativos subiu de 72% apara 79%.
	Segundo Castells (2003), esta é uma “[...] sociedade de rede, construída em torno das redes de comunicação da Internet” (CASTELLS, 2003, p. 225). O texto nos leva a perceber que é indispensável sanar a necessidade de adaptação às redes de comunicação, pois segundo o autor “[...] enquanto quiser viver em sociedade, neste tempo e neste lugar, você terá de estar às voltas com a sociedade de rede” (CASTELLS, 2003, p. 230). A comunicação, sendo essência das relações humanas, está sendo modificada significativamente pelo uso da internet. Nesse cenário de transformações, encontramos o professor de música, que trabalha com um aluno cada vez mais conectado às redes de interação virtual pela inserção da informática, com acesso a diversas e diferentes tecnologias, presentes no cotidiano das pessoas.
Nesse espaço de adaptação, sabemos que o professor de música tem que incorporar as novas linguagens e as novas maneiras de comunicar como um caminho ou uma possibilidade de promover o trabalho docente. Não é incomum a frase “você não tem whatszap?”, associando a um comportamento ultrapassado e mesmo retrógado. O uso dos recursos disponíveis de tecnologia é uma maneira de manter-se no universo do aluno, mantendo a interação e interesse, o gosto e a motivação por insistir no aprender.
	Bellochio (2003, p. 39), ao analisar os novos focos de atuação da Educação Musical pondera que:
Se antes os focos das pesquisas giravam em torno da produção de conhecimento sobre e para uma educação musical de cunho mais formal e escolarizado, com o passar dos anos novos temas passaram a compor as pautas investigativas, tais como educação musical em situações não formais, processos de autoaprendizagem, educação musical e mídias: educação musical em espaços alternativos, dentre outros.
	A educação musical em situações não formais aqui é compreendida no ambiente aquém da sala de aula. Dentre os espaços alternativos do ensino-aprendizado musical podemos destacar a enorme gama de conteúdos disponíveis pela internet como: vídeo-aulas, materiais didáticos para download, disponibilizados gratuitamente através de sites por músicos profissionais, professores ou amadores da música. Vários professores de música mantem sites ou perfis em redes sociais para a disseminação de conhecimentos na área, produzindo metodologias e material didático próprio. Nos espaços alternativos citamos também a possibilidade da ministração de aulas via Skype ou videoconferência.
A rede de transmissão de vídeos youtube também tem proporcionado a disseminação de conhecimento nas mais diversas áreas. Na música, encontramos vídeos tutoriais sobre larga faixa de repertório, tornando público shows, clipes, performances musicais diversas, masterclasses, cursos e palestras na área. Diversos professores de música mantem um canal regular no youtube, onde ensinam conteúdos diversificados sobre músicas (exercícios rítmicos, melódicos, harmônicos) e fornecem links para material didático autoral. 
Cabe salientar que são imprescindíveis para o esclarecimento de nossas discussões os estudos de Krüger (2006), que fez um levantamento das pesquisas desenvolvidas no Brasil sobre a temática de Educação Musical apoiada pelas novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), no período de 1989 a 2003, abordando as modalidades de educação a distancia via internet nas áreas de Educação Musical, destacando a existência de vários ambientes virtuais de aprendizagem (KRÜGER, 2006, p. 79-80). Estas pesquisas mostram um percentual de 24% de trabalhos acadêmicos entre profissionais de música abordando novas TIC na área da Educação Musical. 
A pesquisa também nos revela que, em outras áreas de conhecimento como Exatase Comunicação, encontramos trabalhos sobre as novas TIC na Educação Musical. Embora haja um benefício à Educação Musical pelo envolvimento dos vários profissionais pesquisadores, Krüger (2006) salienta a necessidade da participação conjunta entre educadores musicais e profissionais da informática para um maior aproveitamento das TIC nas aulas, pois a interação entre estes profissionais pode ser proveitosa para a relação entre o conhecimento musical e o ensino dos conteúdos através de recursos tecnológicos.
O USO DA TECNOLOGIA
Inserimos na categoria de softwares importantes ao ensino aprendizagem musical os diversos programas e/ou aplicativos de edição, gravação e notação, que podem auxiliar e aprimorar as atividades musicais, principalmente no que diz respeito à sua criação e execução. Estes programas e aplicativos servem para fazer com que o estudante de música vença os obstáculos técnicos e amplie a capacidade de sua expressão artística, mas não substituem as maneiras antigas de ensinar, apenas potencializam e podem auxiliar no desenvolvimento de competências musicais de maneira mais rápida, aumentando de maneira significativa o desempenho do aprendizado dos discentes.
Hodiernamente, vários desses programas e aplicativos são disponibilizados gratuitamente, apresentando um layout bastante intuitivo, de fácil acesso e utilização por parte dos alunos. Tablets e smartphones, por exemplo, possuem diversas opções de aplicativos que cumprem as mesmas funções de vários programas de edição sonora e musical, podendo servir como meio e/ou caminho para uma educação musical em sintonia com as novidades tecnológicas. Atualmente é possível, em um único aparelho, conciliar e intercambiar softwares e/ou aplicativos de edição, notação e gravação musical, além de simular dispositivos comuns ao treinamento em música, como afinador e metrônomo. Utilizando um único aparelho é possível ensaiar músicas ou executar exercícios, gravar trechos e fazer edições. Ainda que não reflitam gravações com qualidade profissional, permitem o treinamento e convidam o aluno a escutar-se e desenvolver a crítica sobre sua performance, na busca por vencer eventuais dificuldades e desenvolver habilidades. É importante que o professor de música seja conhecedor destas novidades tecnológicas para que possa repassar ao aluno o conhecimento sobre a praticidade oferecida pelas mesmas. [4: O metrônomo consiste em um dispositivo similar ao relógio, que funciona marcando as unidades de tempo onde é possível alterar a velocidade do andamento para o treino de diferentes tipos de músicas. Joahnn Mälzel registrou a patente deste aparelho em 1816.]
Sobre o uso da tecnologia nas gravações de música, Gohn (2007) nos chama a atenção para a acentuada rapidez de acesso à música pelos vários seguimentos sociais com o advento da digitalização dos arquivos sonoros. Antigamente as gravações de áudio ou músicas eram processadas em equipamentos eletromecânicos (fonograma, gramofone) de difícil acesso, caros, e que tinham uma qualidade duvidosa. Hoje em dia, com o advento das tecnologias digitais das placas de áudio com conexão USB e gravadores portáteis, temos a possibilidade de termos uma qualidade de gravação e de reprodução profissional em equipamentos práticos e relativamente simples. Essa rapidez de acesso a equipamentos de gravação profissional a um baixo custo permite ao aluno de música ter acesso a trabalhos mais recentes de músicos independentes, ainda que gravados em países e regiões bem distantes de si.
A utilização da tecnologia MIDI, do sampler e dos instrumentos virtuais também auxiliam na produção musical. Mesmo sem ter o instrumento real nas mãos, o aluno pode ter o timbre do mesmo nos seus projetos musicais através da aplicação de protocolos MIDIs à programas multipista como o Cubase, Sonar, Protools, Samplitude, que servem para gravar, editar, mixar e masterizar as faixas de áudio que tem como limite a criatividade do compositor/arranjador musical.
3.1 Vantagens da utilização da tecnologia nas aulas de música
A tecnologia e os meios de comunicação tem uma gama enorme de aplicabilidade para difusão e desenvolvimento de habilidades e competências musicais, onde podemos listar algumas utilizadas em nosso trabalho como educador musical:
	- Uso da rede youtube para analise de interpretações, tutoriais e técnica instrumental/vocal.
	- Uso de softwares e aplicativos como Encore, Sound Forge e Mobile Metronome. Além dos demais softwares para edição de textos, imagens e gráficos são auxiliares ao ensino de música.
- Uso das redes sociais e armazenamento digital que servem para troca de informações e compartilhamento de arquivos: áudio MP3 para aulas e exercícios, partituras, além da troca de informações concernentes ao andamento da disciplina.
- Fazer contatos pessoais e profissionais, fazer amizades com pessoas no mundo todo, prestar ou receber serviços de outras pessoas de difícil acesso pessoalmente. 
- Troca de informações instantâneas por meio de páginas, blogs, fóruns, conferências, comunidades virtuais, divulgação de eventos e /ou socialização de ideias.
- Disponibilidade de conhecimentos e sua difusão em maior velocidade.
- Permite uma aquisição mais rápida de conhecimentos, dinamizando o processo de ensino-aprendizado.
- A internet se configura como um ambiente democrático onde a maioria das informações pode ser encontrada por pessoas de quaisquer estratos sociais.
3.2 Desvantagens da utilização da tecnologia nas aulas de música
Encontramos, adversamente, desvantagens no uso da tecnologia, listadas abaixo: 
- O risco da pirataria, que inclusive desestimula a publicação de novos trabalhos na área da música pelo problema da cópia e prejuízo aos autores. 
- Em algumas das partituras disponibilizadas gratuitamente pela rede detectamos erros de grafia, notas ou marcações imprecisas.
- Estar conectado consome muito tempo, as pessoas passam horas e horas em redes sociais e estas se tornam sua atividade preferida a ponto de deixar várias coisas importantes de lado, se transformando num vicio.
- Possível perda de habilidades de comunicação e capacidades de interação entre os estudantes e o professor, e entre os estudantes e os colegas. O aluno pode se distanciar das pessoas, ou seja, preferir se entreter com um computador a conversar ou interagir com outros indivíduos nas relações sociais reais e presenciais. A internet pode ser uma perigosa fonte de todo tipo de informação, incluindo conteúdos que não trazem benefícios aos alunos. Muitas pessoas conversam com outras do outro lado do mundo, com tradução simultânea, mas perdem a interação com as pessoas que estão ao seu redor.
METODOLOGIA
Sendo nosso estudo um relato de experiência, apontamos algumas das metodologias aplicadas nas diversas atividades realizadas em sala de aula no curso de Técnico em Instrumento Musical do IFPI, campus Teresina Central. Embora o uso das novas tecnologias seja algo recorrente no ensino de música, adotamos a data referencial do segundo período de 2014 e primeiro período de 2015 como referência para as atividades listadas. Atualmente atendemos quatro turmas, duas pela manhã e duas à tarde. Em nossa atividade como educador musical, identificamos o uso da tecnologia em praticamente todas as disciplinas do curso, ainda que seja mais evidente nas disciplinas de Editoração Musical, Música e Informática, História da Música e Percepção. 
4.1 Espaços disponíveis, recursos tecnológicos disponíveis e sua aplicabilidade
Utilizamos, como espaços físicos disponibilizados no Laboratório de Informática e sala de aula de música no IFPI que estão equipados com ferramentas tecnológicas: Computadores, notebooks, tablets, celulares, quadros inteligentes, instrumentos musicais eletrônicos, aparelhos de som e datashow.
É perceptível que uma das mais completas ferramentas tecnológicas que podem ser utilizadas na educação musical é o aparelho celular, em particular os smartphones. Pela sua reduzida dimensão e capacidade de realizar multitarefas,o celular torna-se prático ao possibilitar acesso à Internet, comunicação por e-mails e mensagens de texto, ouvir músicas, baixar informações, aplicativos ou filmes, tirar fotos e gravar vídeos. É possível, portanto, gravar momentos da performance musical do aluno para posterior discussão entre os demais integrantes da turma e o professor.
Como recursos virtuais, listamos alguns dos softwares e aplicativos para variadas utilizações na aula de música: Gravadores multipista, editores ou processadores de áudio, programas de escrita e edição de partituras, reprodutores de mídias (áudio e vídeo), jogos musicais e/ou programas interativos de música, compositores, instrumentos virtuais, plug-ins de variadas aplicabilidades (efeitos, equalizadores, afinadores, simuladores de equipamentos reais, etc.). 
Aplicação dos softwares de gravação e edição musical para atividades na disciplina de Editoração Musical e Música e Informática. Os recursos de gravação são também utilizados em atividades de ensaio vocal/instrumental e nas disciplinas de percepção. 
Manuseio de equipamentos e recursos de gravação: microfone, placas de áudio, computadores, instrumentos musicais e sintetizadores MIDI, softwares.
Emprego das redes sociais para compartilhamento de exercícios de áudio e partituras.
Vídeos do youtube nas aulas de História da Música e Prática Instrumental para avaliação da performance e análise interpretativa.
Discussão entre os professores e alunos através de grupos no whatsapp e no face book para aferição do rendimento dos alunos.
Uso de aplicativos em momentos de ensaio para gravação em áudio e/ou vídeo.
Observação do uso da tecnologia entre os alunos em momentos de ensaios (instrumentais e/ou vocais).
RESULTADOS
	Verificamos, em nossa atividade de educador musical do IFPI o uso recorrente da tecnologia como elemento facilitador no ensino e aprendizagem em música.
	O uso dos recursos de gravação, seja através de celulares ou de softwares, mostrou resultados como a desinibição de alguns alunos, a conscientização da necessidade do ensaio para a gravação e, especificamente em gravações de vídeo, uma noção clara da postura e outros aspectos pertinentes da performance musical.
	Os trabalhos de gravação também possibilitaram aos alunos uma visão mais ampla sobre a atividade do músico profissional em estúdio, além de um clareamento sobre a emissão sonora na voz ou outro instrumento. Ao gravar-se, o aluno passa a ter uma percepção objetiva sobre sua sonoridade e eventuais dificuldades, aprimorando a autocrítica. 
	A utilização de softwares e aplicativos de editoração musical permitiu a confecção de arranjos e transcrições de gêneros e estilos musicais diversos, proporcionando a audição e aferição da qualidade do arranjo e transcrição imediatamente após a escrita. Vale ressaltarmos que, décadas atrás, o músico precisaria reunir outros musicistas para tocarem e testarem seu arranjo, o que trazia uma dificuldade logística.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Analisando as possibilidades de aplicação das novas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) no ensino de música – mais especificamente no curso de Técnico em Instrumento Musical do Instituto Federal do Piauí (IFPI), Campus Teresina Central, e nos vários projetos que desenvolvemos na instituição – verificamos positivamente estas como facilitadoras do trabalho em sala de aula. 
Acreditamos na incorporação de ferramentas tecnológicas como elementos que podem contribuir muito no trabalho do professor de música, pois, apesar de serem percebidas desvantagens, principalmente no que tange ao desvio da atenção do aluno (isolamento) em detrimento ao conteúdo ministrado pelo professor, cremos que esses comportamentos são inerentes a geração atual e, de certa maneira, o professor/educador musical tem de conviver com esta realidade na busca por tirar o melhor proveito dos recursos tecnológicos que estiverem ao seu alcance. O educador musical hodierno tem de assumir o desafio de converter estes recursos, que podem até mesmo atrapalhar o aprendizado, em elementos de auxílio no exercício de sua profissão, quer no ensino de instrumentos musicais, quer no ensino do canto.
Em suma, entendemos que a qualidade da aula não está baseada na utilização de tecnologias somente. A excelência do ensino musical depende primordialmente da competência, do conhecimento e do desempenho didático do professor de música. Entretanto, é inegável que utilização dos recursos tecnológicos potencializa o ensino-aprendizado, mas não devem substituir as interações humanas.
Chegamos assim à conclusão de que o professor de música deve estar sempre atento em relação ao desenvolvimento de novas TICs, em constante atualização. Conectado às inúmeras ferramentas tecnológicas que podem motivar os alunos no processo de aquisição de conhecimento, direcionando o discente a um aprendizado verdadeiramente significativo. Neste sentido, os softwares de edição de áudio, escrita musical, gravação e produção sonora, reprodutores de mídias, e as várias tecnologias de comunicação e entretenimento podem (e devem) ser utilizadas em prol de uma educação musical que se mostre atual e acessível aos alunos dos vários níveis da Educação Básica, e, em especial, nos Cursos de Nível Técnico e Tecnológico ofertados pelas IFs.
Em nossa experiência, situamos o professor como o centro das atenções para o desenvolvimento de uma aula significativa. Ele sim é o mediador e o interlocutor das tecnologias disponíveis: equipamentos e/ou instrumentos musicais eletroeletrônicos, gravadores e/ou sequenciadores, sampler, MIDI, aplicativos, softwares, pluguins, internet, redes sociais. Tecnologias estas que são de certa maneira imprescindíveis no ambiente de ensino do século XXI, devendo ser encaradas como facilitadoras, e não alienadoras do ensino contemporâneo em música.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BELLOCHIO, Cláudia Ribeiro. Da produção da pesquisa em educação musical à sua apropriação. Opus, v. 9, p. 35-48, dez. 2003.
CASTELLS, Manuel. A galáxia da internet: reflexões sobre a internet, os negócios e a sociedade. Tradução Maria Luiza X. De A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.
GOHN, Daniel. Aspectos tecnológicos da experiência musical. Música Hodie. V. 7, n. 2, p. 11-27, 2007a.
KRÜGER, Susana Ester. Educação Musical apoiada pelas novas tecnologias de informação e comunicação (TIC): pesquisas, práticas e formação de docentes. Revista da ABEM. Porto Alegre, v. 14, p. 75-89, mar. 2006.
MELLO, Kátia; VICÁRIA, Luciana. Os filhos da era digital. Revista Época, nº. 486, pg. 82-90, set. 2007.
RIBEIRO, Sônia Tereza da Silva. IN: Práticas de ensinar música. Teresa Mateiro e Jusamara Souza (orgs.). Porto Alegre: Sulina, 2009.
YEO, Brian. Benéfica ou prejudicial? Biblioteca Online da Torre de Vigia (online). g 11/09 pp. 4-5. Disponível em: http://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/102009402. Acesso em 20 de agosto de 2009.