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FISIOPATOLOGIA E FARMACOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)

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FISIOPATOLOGIA E FARMACOLOGIA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS)
Objetivo: entender como os principais fármacos anti-hipertensivos produzem os seus efeitos farmacológicos.
HIPERTENSÃO NO BRASIL
Um importante problema clínico, custando ao governo federal cerca de R$1.323.775.008,28. É uma das principais causas de hospitalização no Brasil, cerca de 600 mil pessoas entre 2000 e 2004.
Os sintomas da HAS surgem frequentemente após os 40 anos.
Pressões ideais: Sistólica (>120) diastólica (>80)
Suas causas fisiopatológicas podem ser multi-fatoriais, sendo os mais frequentes: Idade e sexo, hábitos alimentares, genéticos e ambientais.
Classificação clínica da HAS:
	
	SISTÓLICA
	DISTÓLICA
	LEVE
	140-159 mmHg
	90-99 mmHg
	MODERADA
	160-179 mmHg
	100-109 mmHg
	GRAVE
	=/>180 mmHg
	=/> 110 mmHg
OMS, 2000.
A elevação crônica da Pressão Arterial afeta vasos do coração, cérebro, rins e retina. Se não for tratado pode levar à um quadro de AVC, lesão vascular, Insuficiência Cardíaca e Infarto do Miocárdio, Insuficiência Renal.
INTERVENSÕES FARMACOLÓGICAS
O anti-hipertensivo tem como objetivo reduzir o risco cardiovascular.
Pressão A = Débito Cardíaco x Res. Periférica
Fatores que interferem no Débito Cardíaco: Volume Sistólico, Contratilidade e Frequência Cardíaca
Fatores que interferem na Res. Periférica: Volume e Viscosidade do sangue e Diâmetro dos vasos.
Principais classes de anti-hipertensivos disponíveis para uso Clínico no Brasil:
Diuréticos
Inibidores Adrenérgicos
Bloqueadores de Canais de Cálcio
Inibidores da ECA (Enzima Conversora de Angiotensina II)
Antagonistas do receptor AT-1 da Ang II
Vasodilatador direto
Diuréticos
Hidroclorotiazina (Tiazídicos)
Furosemida (de Alça)
Os diuréticos interferem na função renal promovendo o aumento do fluxo urinário.
Os diuréticos tiazídicos atuam na porção proximal do Túbulo Contorcido Distal, inibindo a ação dos transportadores de Na+ e Cl-, aumentando a eliminação de Na+, Cl-, K+ e, consequentemente, água.
Já os diuréticos de Alça atuam na alça de Henle atuam ao inibir o co-transportador de Na+/K+/2Cl- na alça ascendente espessa, resultando em aumento acentuado da excreção de sódio e cloro, indiretamente Ca e Mg e, consequentemente, de água.
A Furosemida apresenta eficácia maior na excreção de Sódio quando comparada à Hidroclorotiazina.
A pressão Arterial foi quase normalizada após 2 meses de tratamento com hidroclorotiazida em hipertensos.
Efeitos adversos apresentados após o uso contínuo dos diuréticos:
Queda da taxa de Mg, hiponatremia, uremia, hiperuricemia, hipercalcemia, hipopotassemia, aumento da glicemia e colesterol. 
Adaptado de Harrison, Medicina Interna, 17ª Ed.,2006
Inibidores Adrenérgicos
De ação central: Alfa-metildopa e Clonidina
Beta-bloqueadores: Propranolol e Atenolol
Alfa-bloqueadores: Prazosina
De ação central: atuam estimulando os receptores alfa-2-adrenérgicos pré-sinápticos e/ou os receptores imidazolidínicos no sistema nervoso central, reduzindo a descarga sináptica. A eficácia anti-hipertensiva desse grupo de medicamentos como monoterapia é, em geral, discreta. Essas drogas podem ser úteis em associação com medicamentos de outras classes terapêuticas, particularmente quando existem evidências de hiperatividade simpática.
Beta-bloqueadores: Compete com catecolaminas pela ligação ao receptor beta-adrenérgico. O mecanismo complexo envolve a diminuição do débto cardíaco (ação inicial), redução da secreção de renina, readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. São eficazes como monoterapia.
Alfa-bloqueadores: Competem com catecolaminas pela ligação ao receptor alfa-adrenérgico, que impede a transformação de camodulina em Ca²-calmodulina, responsável pela transformação da actina em miosina. Apresentam baixa eficácia como monoterapia. Podem induzir o aparecimento de tolerância farmacológica, tem a vantagem de propiciar melhora no metabolismo lipídico e da urodinãmica.
Bloqueadores dos canais de Cálcio
1ª geração: Verapamil e Diltiazem
2ª geração: Nifedipina
3ª geração: Lercanidipina
A ação anti-hipertensiva dos bloqueadores dos canais de cálcio decorre da redução da resistência vascular periférica por diminuição da concentração de cálcio nas células musculares lisas vasculares.
São medicamentos eficazes como monoterapia.
Inibidores da Enzima Conversora da Angiotensiana II (ECA)
Captopril e Enalapril.
O mecanismo de ação é fundamentalmente dependente da inibição da enzima conversora, bloqueando a transformação da Angiotensina I em Angiotensina II no sangue e nos tecidos. São eficazes como monoterapia no tratamento da HAS.
A angiotensina II possui ação no cérebro, coração, suprarrenais, rins e vasos sanguíneos. Sua ação aumenta a frequência cardíaca e a força do coração, retenção de líquidos e contração vascular. A angiotensina II também produz aumento do Ca²+ intracelular.
Antagonistas do Receptor AT-1
Losartan e Valsartan
Receptores AT-1 são uma classe de receptores da Angiotensina II. A ação dessa classe de fármacos consiste no bloqueio específico desses receptores, impedindo o aumento de cálcio intracelular.
Os pacientes hipertensos tratados com Losartan apresentam maior sobrevida.
Vasodilatador direto
Hidralazina
O mecanismo de ação da hidrazalina é desconhecido, foi um dos primeiros anti-hipertensivos oralmente ativo comercializado nos EUA e até hoje seu mecanismo de ação é desconhecido.
A hidrazalina provoca relaxamento direto do musculo liso arteriolar e não apresenta efeito dilatador sobre as coronárias e veias.
Os pacientes hipertensos tratados com esse medicamento e monitorados após 30 dias apresentaram menor Pressão Arterial Media.

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