Buscar

AVALAÇÃO NEUROLÓGICA

Prévia do material em texto

*
CONSTITUIÇÃO GERAL DO S.N
O S.N.C encontra-se em região privilegiada para exercer o “comando geral” de todos os demais órgãos e sistemas. Assim, encontra-se bem protegido no interior da caixa craniana e da coluna vertebral, estruturas bem resistentes.
Através de orifícios da estrutura óssea emite ramificações para toda a periferia; deste modo, impulsos elaborados no SNC alcançam a periferia, assim como informações colhidas na periferia alcançam o SNC. 
Tais ramificações , constituem o S.N.P.
*
O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
É constituído pelo encéfalo e a medula espinhal; o encéfalo encontra-se no interior da caixa craniana, continuando-se caudalmente com a medula espinhal, a qual esta contida no interior da coluna vertebral.
*
O SISTEMA NERVOSO CENTRAL
O encéfalo é constituído pelos hemisférios cerebrais, cerebelo, o mesencéfalo, a ponte, e o bulbo; as duas primeiras porções constituem a porção supra segmentar do S.N.C, nas quais a substancia cinzenta situa-se perifericamente, constituindo o córtex cerebral e o córtex cerebelar.
O mesencéfalo, a ponte e o bulbo, constituem a porção segmentar, cuja característica anatômica é possuir substância cinzenta disposta centralmente e a branca perifericamente, assim como a medula.
*
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
*
SISTEMA NERVOSO CENTRAL
*
SISTEMA NERVOSO AUTONOMO
*
Sistema Nervoso
FUNÇÃO
O sistema nervoso é responsável pelo comando, controle e manutenção dos demais sistemas fisiológicos, mantendo um equilíbrio entre o meio externo com o meio interno
*
Sistema Nervoso
Córtex
Funções ligadas ao aprendizado. 
Receptor de estímulos sensoriais, como visão, audição, olfação, tato, gustação, além de ser responsável pela fala e pelos movimentos voluntários.
*
O Telencéfalo
*
Sistema Nervoso
Bulbo e Ponte
Controla as funções automáticas do organismo como os batimentos cardíacos e a freqüência respiratória
*
Sistema Nervoso
Cerebelo
Equilíbrio do corpo, sendo receptor de estímulos do labirinto auditivo, percebendo mudanças de altitude e direção. 
Responsável também pela própriocepção
Responsável por movimentos rotineiros como caminhar, movimentos sincronizados e pelos movimentos que necessitam uma maior precisão.
*
O Diencéfalo
O Diencéfalo é uma estrutura situada na parte interna central dos hemisférios cerebrais. Está situado entre os hemisférios cerebrais e o tronco cerebral. O diencéfalo compõe se em Tálamo, Hipotálamo e Epitálamo.
O tálamo funciona como estação retransmissora de impulsos nervosos para o córtex cerebral. Conecta-se também por fibras aferentes com o sistema límbico, estando diretamente relacionado com o comportamento e emoção.
*
Sistema Nervoso
Hipotalamo
Funções ligadas principalmente às emoções, prazer, raiva, sede, fome entre outras.
Responsável pela manutenção da homeostase, controle da secreção hormonal da hipófise e regulação da temperatura corpórea.
*
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO
Corresponde as ramificações do SNC destinadas a periferia; é importante salientar que tais ramificações originam-se da porção segmentar do SNC; portanto é possível distinguir dois contingentes.
A) Um que se origina da porção segmentar do encéfalo (mesencéfalo, ponte e bulbo)
B) Outro que se origina da medula espinhal.
*
DIVISÃO SISTEMA NERVOSO
 * encéfalo
Central{ 
 * medula
 * Oriundo do encéfalo – nervos cranianos
Periférico{ 
 * Oriundo da medula – nervos espinhais
*
ANAMNESE
:
	
	A palavra anamnese se origina de aná=trazer de volta, recordar e mnesis = memória. Significa portanto, trazer de volta a mente todos os fatos relacionados a doença e á pessoa doente.
	De início, deve ser ressaltado que a anamnese é a parte mais importante do tratamento, pois ela é o núcleo em torno do qual se desenvolve a relação fisioterapeuta/paciente.
*
A anamnese pode ser conduzida de duas maneiras
1-	Deixando –se o paciente relatar livre e espontaneamente suas queixas sem qualquer interferência do fisioterapeuta, que se limita a ouvi-lo (anamnese livre)
2-	A outra maneira é aquela que o fisioterapeuta, tendo na mente um esquema báscio, conduz a entrevista de modo mais objetivo. O uso dessa técnica exige espírito crítico e cuidado na sua execução (anamnese dirigida)
*
Para o paciente, a frieza do profissional, os ruídos excessivos o nível de iluminação e de privacidade são impressões importantes. A seguir são observadas a postura, a roupa, a atitude, a distância física, a idade, o tom de voz e as expressões são julgados pelo paciente e enquadrados em conceitos formados por experiências anteriores. 
Da mesma forma, o profissional também pode esta julgando a constituição corporal , a postura, a idade, as roupas e os gestos do paciente. Rapidamente, imagina que esse paciente, é um simples queixoso hipocondríaco, um alcoólatra, imagina seus recursos econômicos entre outros. (AVALIAR E NÃO ROTULAR)
*
Para que uma anamnese possa ser bem feita, 
são necessários certos requisitos, como proporcionar bem-estar e segurança ao paciente, estabelecendo com isso uma boa comunicação por meio de uma linguagem simples e de fácil compreensão. 
*
No hospital – O paciente hospitalizado não esta no seu habitat natural. Encontra-se doente, afastado dos seus entes queridos, confinado em um ambiente para ele hostil, com pessoas desconhecidas e não preocupadas com a sua individualidade. Neste ambiente o paciente pode apresentar-se hostil e extremamente ansioso.
No Consultório – O ambiente do consultório é mais tranquilo. O paciente não foi submetido às privações do paciente hospitalizado. Entretanto, a situação nova (a doença, o médico\fisioterapeuta desconhecido etc.) promove estimulação do sistema nervoso autônomo. A pressão arterial e a freqüência de pulso podem estar aumentadas, as mãos úmidas e frias, o rosto ruborizado.
*
O primeiro encontro do fisioterapeuta com o paciente nestes ambientes é o acontecimento mais importante para o futuro da relação fisioterapeuta-paciente.
 O fisioterapeuta tem que se apresentar adequadamente vestido, estar tranqüilo, demonstrar atenção e solicitude. 
Profissionais apressados, frios e indiferentes aumentam a sensação de desconforto do paciente o que vai se refletir em dificuldades no processo de comunicação, diminuindo a precisão dos dados obtidos. 
*
Garantir o Conforto e a Privacidade – O conforto para o paciente é fundamental.
 Pacientes mal acomodados, em posições desconfortáveis não se integrarão totalmente na relação com o fisioterapeuta. 
O segundo ponto que deve ser atendido é a privacidade. O paciente somente revelará detalhes íntimos ou emoções profundas de sua história se ele se sentir seguro de não estar se expondo publicamente. 
*
A privacidade no ambiente hospitalar, principalmente nas enfermarias coletivas dos hospitais públicos e universitários, não é facilmente obtida. Nestas situações o mínimo que se pode fazer é utilizar biombos e cortinas que, embora não providenciem isolamento acústico, fornecem ao paciente a sensação psicológica de privacidade.
	A entrevista deve ser realizada com o paciente desacompanhado ( no caso de adultos conscientes). Os acompanhantes devem aguardar e poderão participar de fases posteriores do exame clínico.
*
Apresentação – A entrevista clínica deve começar com o fisioterapeuta ou o estudante se apresentando de forma correta e sincera, explicando qual o seu papel naquele encontro.
*
Tomando Notas – As informações obtidas durante o transcorrer da entrevista necessitam serem registradas. 
Informe o paciente de que este procedimento vai ser realizado e por qual motivo (não perder informações importantes). 
Embora importante o ato de fazer anotações não deve dirigir a entrevista. 
É boa técnica fazer anotações sucintas sem perder o contato visual com o paciente. Estasanotações iniciais servirão de guia para que posteriormente seja redigida de forma ordenada e lógica a observação clínica
*
A anamnese consiste: 
basicamente em um conjunto de perguntas ao paciente sobre os aspectos relevantes e que giram em torno de sua QUEIXA PRINCIPAL que varia de paciente para paciente. 
Visa-se sempre buscar subsídios necessários para a obtenção do fisiodiagnóstico e do tratamento mais adequado ao caso apresentado 
*
Alguns pacientes muitas vezes chegam com um diagnóstico médico para iniciar a fisioterapia e às vezes ao final da sua anamnese , você observa outros fatores que também estejam limitando a saúde física do paciente, por isso o fisiodiagnóstico só poderá ser concluído após a anamnese e o exame físico do paciente, não devendo ser precipitado!
	Uma avaliação nunca deve ser tão rápida que não permita a exploração suficiente para embasar um programa de tratamento, mais também não deve ser tão demorada que chegue a causar desconforto ao paciente.
*
Objetivos da Anamnese
Estabelecer a relação fisioterapeuta/paciente.
Obter os elementos essenciais da história clínica.
Conhecer os fatores pessoais, familiares e ambientais relacionados com o processo saúde/doença.
Obter os elementos para guiar o fisioterapeuta no exame físico.
Definir a estratégia de investigação complementar.
Direcionar a terapêutica em função do entendimento global a respeito do paciente
*
COMPONENTES DA ANAMNESE
	
Identificação:
	A identificação possui múltiplos interesses. O primeiro deles é de iniciar o relacionamento com o paciente. Saber o nome de uma pessoa é indispensável para que se comece um processo de comunicação. O nome é o primeiro dado de identificação, para que não seja cometido o erro de referir –se ao paciente pelo o número do leito ou o diagnóstico, por exemplo: “paciente do leito 5”, ou “aquele caso de AVE da enfermaria 7”, são expressões que não devem ser usadas para caracterizar uma pessoa
	Além do nome deverá constar outro dado como, idade; sexo; cor (raça); estado civil; profissão; naturalidade e residência. Esses dados são indispensáveis em qualquer prontuário.
*
Queixa Principal(QP)
	Em poucas palavras registra-se a queixa principal (sintoma-guia) que levou o paciente ao encaminhamento fisioterapêutico. Devendo ser colocado na ficha de avaliação conforme o paciente menciona o seu problema principal. 
*
Histórico da Doença Atual (HDA
	A HDA, abreviatura consagrada no linguajar médico, é a parte principal da anamnese e costuma ser a chave-mestra para chegar o fisiodiagnóstico
	Deve ter inicio, meio e fim, deve ser abrangente com descrição minuciosa de forma cronológica dos fatos relacionados a história clinica. 
Deve constar todo o tratamento clinico\medicamentoso assim como fisioterapeutico (anteriormente) e a respostas de ambos.
*
História Patológica Pregressa (HPP)
	Nesse item serão exploradas as doenças em que o paciente seja portador ou aquelas já sofridas por ele. Item importante para dimensionar o problema do paciente ou as complicações que poderá sofrer com um tratamento errado.
Operações: anotam-se as intervenções cirúrgicas, referindo-se o motivo que as determinaram, registrando a data e o tipo de cirúrgica.
HAS, diabete, obesidade, alterações posturais importantes, problemas articulares, doenças pulmonares e cardíacas, alterações circulatórias, etc...
Doenças sistêmicas
*
Histórico Familiar (H.Fal)
	Esse item começa com a menção ao estado de saúde dos pais e irmãos do paciente. 
 Em caso de falecimento, indagar a causa do óbito e a idade em que ocorreu. 
 Pergunta-se sobre a existência de diabetes, doenças neurológicas, cardiopatia, pneumopatias, hipertensão arterial , obesidade, câncer, doenças alérgicas. 
*
História Social 
 HÁBITOS DE VIDA
 Tabagista\ cigarros? 
Etilista\que tipo de bebida alcoólica
 Atividade física (sedentarismo)
 Nutrição 
Descanso (distúrbio do sono)
*
Histórico Ocupacional
	Pretende-se nesse item obter informações sobre a natureza do trabalho desempenhado, desse modo podemos dar ênfase no tratamento fisioterapeutico, para potencializar a atividade funcional ou gerar uma melhor adaptação do paciente para a realização profissional.
*
Estado Psicológico do Paciente
	Não se pretende realizar nenhum exame psicológico, mas reconhecer os elementos fundamentais que o paciente apresentou durante a anamnese, sendo baseada nos seguintes elementos:
Modo que o paciente se comportou durante o exame
Modo de o paciente dialogar com o profissional
Perfil: ansiedade; depressão , angústica, fobias, falta de ânimo, medo, choro fácil, pessimismo, irritabilidade, idéias fixas, instabilidade emocional, transtornos de memórias.
	Esse item deve ser realizado ao final da anamnese não é obrigatório, mais acredito ser necessário para que o profissional conheça o tipo de paciente que ele irá tratar e haja da melhor forma possível.
*
 ANAMNESE
IDENTIFICAÇÃO
Nome:
Sexo: Cor/Raça: Naturalidade: Nacionalidade:
Escolaridade: Profissão: 
Estado Civil: Filhos:
End.:
Tel:
Data da avaliação: Data do início do tratamento:
*
Queixa principal
História da doença atual
História patológica pregressa
História familial
História social
Fisiodiagnóstico
*
EXAME FÍSICO 
GERAL
Estado Geral de saúde: 
Sinais Vitais : 
Temperatura: Pressão Arterial: F.C.: F.R.:
*
Nível Consciência
ACORDADO
SONOLENTO
LETARGIA
TORPOR 
COMA
LOTE
DESORIENTADO
COOPERATIVO 
NÃO COOPERATIVO
EXAME COGNITIVO
*
Escale de glasgow
Melhor resposta ocular
4 – espontânea
3 – ordem verbal
2 – dor
1 – sem resposta
Melhor resposta verbal
5 – orientada
4 – confuso
3 – palavras inapropriadas
2 – sons
1 – sem resposta
Melhor resposta motora
6 – obedece ao comando
5 – localiza a dor
4 – flexão normal
3 – flexão anormal (decorticação)
2 – extensão anormal (descerebração)
1 – sem resposta
MAIOR SCORE 15
MENOR SCORE 3
INFERIOR A 8 ESTADO DE COMA
*
FISIOTERAPIA NEUROINTENSIVA
-Escala de Ramsay:
I- Agitado, ansioso, inquieto.
II- Cooperativo, tranqüilo, aceitando bem o ventilador mecânico.
III- Dormindo, reagindo prontamente aos estímlos verbais.
IV- Dormindo, reagindo com lentidão aos estímulos verbais.
V- Dormindo, só reage aos estímulos dolorosos potentes.
VI- Sem resposta a qualquer estímulo nociceptivo, anestesia.
*
PESCOÇO E COLUNA CERVICAL
Carótidas:
Limitação de movimentos:
Rigidez de nuca: 
Prova de Brudzinski
Prova de Lewinson
*
CARÓTIDAS
Faz-se a palpação e a ausculta de ambas as carótidas, comparando-se a amplitude e averiguando se existe sopro.
Exame feito através da borda interna do músculo esternocleidomastóideo.
Alterações: estenose ou sub oclusão da artéria
*
LIMITAÇÃO DE MOVIMENTO
Solicita-se ao paciente que ele realize todos os movimentos com a cabeça, havendo dificuldades, cabe uma avaliação criteriosa, pois a limitação pode estar relacionada a doença osteomusculares, musculares, meningites, radiculopatias e hemorragia subaracnóidea.
*
RIGIDEZ DE NUCA
Paciente em DD, o examinador coloca uma das mãos na nuca do paciente e tenta fletir a cabeça do paciente.
Movimento amplo e fácil ( nuca livre )
Caso contrário, fala-se em resistência, defesa ou simplismente RIGIDEZ DA NUCA.
 Indicação: Meningite ou hemorragia subaracnóidea
*
Sinais de irritação meníngea e radicular
Sinal de Brudzinski - flexão passiva do pescoço pelo examinador com leve flexão das coxas e joelhos pelo paciente eexpressão fisionômica de sensação dolorosa.
*
PROVA DE LEWINSON
Solicita-se ao paciente para tocar o tórax com o mento. 
No caso de rigidez de nuca, a limitação do movimento é compensada pela abertura mais ou menos acentuada da boca.
*
COLUNA LOMBOSACRA
Limitação de movimentos (idem cervical)
Prova de Lasègue (estiramento raiz nervosa)
Prova de Kernig (estiramento raiz nervosa)
*
Sinais de irritação meníngea e radicular
Sinal de Kernig - paciente em DD com coxas semi-fletidas, examinador tenta estender a perna e paciente sente dor.
*
Sinais de irritação meníngea e radicular
Sinal de Lasègue - dor lombar irradiada para região posterior do MI, quando este é elevado passivamente pelo examinador, cerca de a partir de 30 graus, e com a outra mão impede a flexão do joelho.
*
Motricidade
Motricidade espontânea
Exame da força muscular
*
Motricidade espontânea
Solicita-se ao paciente para executar uma série de movimentos, especialmente dos membros e observa-se a amplitude, em caso de limitação e excluindo as condições extraneurológicas, isso pode representar lesões dos neurônios motores, (sistema piramidal) ou dos nervos.
*
Manobras deficitárias
*
PROVAS DEFICITÁRIAS
Prova dos braços estendidos
Prova de mingazzini
Prova de barré
*
Motricidade
 Força Muscular
 Grau V: força normal, contra gravidade e contra resistência acentuada.
 Grau IV: movimentação normal, mas com força muscular diminuída, contra uma pequena resistência.
 Grau III: consegue vencer a força da gravidade
 Grau II: não vence a gravidade, movimentos de lateralização
 Grau I: esboço de contração muscular
 Grau 0: paralisia total
*
Força Muscular ALTERAÇÕES
Monoparesia / monoplegia
Paraparesia / paraplegia
Hemiparesia / hemiplegia
Proporcionada
Desproporcionada
predomínio braquial
predomínio crural
Tetrapresia / tetraplegia
*
EXAME DA FORÇA MUSCULAR
Membros superiores:
Mão globalmente
Braço e ante-braço
Membros inferiores:
Coxa 
Perna 
Pé
*
Tônus muscular
O tônus pode ser considerado como o estado de tensão constante a que estão submetidos os músculos, tanto em repouso (tônus de postura), como em movimento (tônus de ação).
EXAME:
Paciente em DD
Inspeção
Palpação
Movimentos passivos
Prova de balanço
*
ALTERAÇÕES
HIPOTONIA: Observa-se o achatamento das massas musculares no plano do leito, consistência muscular diminuída, passividade aumentada, extensibilidade aumentada e provas de balaço com exageradas oscilações.
HIPERTONIA: Consistência muscular aumentada, passividade diminuída, extensibilidade diminuída e prova do balanço com reduzidas oscilações.
*
HIPERTONIA PIRAMIDAL
Denominada espasticidade, é observada comumente na hemiplegia , na mielopatia compressiva, ETC.
Características:
É eletiva, embora atinja globalmente os músculos, predomina nos extensores no MI e flexores no MS.
É elástica, com retorno a posição inicial de um segmento do corpo (ante-braço) no qual se interrompeu o movimento passivo de extensão. (sinal do canivete)
*
HIPERTONIA EXTRAPIRAMIDAL
Denominada rigidez, e encontrada no Parkinsonismo, ETC. 
Características:
Não é eletiva, acomete a musculatura globalmente, agonista, sinergista e antagonista.
É plástica, com resistência constante a movimentação passiva, caracteriza-se por interrupções sucessivas ao movimento.
SINAL DA RODA DENTEADA
*
HIPOTONIA
É encontrada nas lesões do cerebelo, no coma profundo, nas lesões das vias proprioceptivas consciente, das pontas anteriores da medula, dos nervos e de algumas encefalopatias.
*
Arco reflexo 
Os atos reflexos são movimentos involuntários comandados pela substância cinzenta da medula, antes dos impulsos nervosos chegarem ao cérebro. 
*
Arco reflexo 
*
CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS
Extereoceptivos \ superficiais:
Cutâneos e mucosos
Proprioceptivos,profundos,musculares ou miotáticos
Fásicos ou clônicos
Tônicos ou posturais
Viceroceptivos de automatismo ou de defesa
*
Motricidade
Reflexos superficiais
Reflexo cutâneo-plantar - sinal de Babinski - lesão do trato corticospinal ou até 1 ano de idade
*
Motricidade
Reflexos superficiais:
cutâneo-abdominais:em 3 níveis: superior, médio e inferior 
Resposta normal contração dos músculos abdominais, com pequeno deslocamento da cicatriz umbilical.
Abolido na lesão da via piramidal ou em condições especiais.
*
Motricidade
 Reflexos profundos
 Reflexo aquileu - n. tibial - L5 a S2
 Reflexo patelar - n. femoral - L2 a L4
 Reflexo dos adutores da coxa - n. obturador - L2 L4
 Reflexo dos flexores dos dedos - nn. mediano e ulnar - C8 a T1
 Reflexo estilorradial - n. radial - C5 a C6
 Reflexo bicipital - n. músculocutâneo - C5 a C6
 Reflexo tricipital - n. radial - C7 a C8
 Sinal do clônus - sd piramidal
*
REFLEXOS MIOTÁTICOS FÁSICOS
Podem estar normais, abolidos, diminuídos, vivos ou exaltados.
Registros através de sinais:
Arreflexia ou reflexo abolido_ _ _ _ _ _ _ _ _0
Hiporreflexia ou reflexo diminuído_ _ _ _ _ _+
Normoreflexia ou reflexo normal_ _ _ _ _ _ ++
Hiper-reflexia ou reflexo vivo_ _ _ _ _ _ _ +++
Hiper-reflexia ou reflexo exaltado_ _ _ _ ++++
*
Reflexos
*
REFLEXO: AUTOMATISMO\DEFESA
É a retirada normal do membro que foi colocado a um estímulo nociceptivo.
Estímulo no pé, e a resposta anormal é uma tríplice flexão, do pé sobre a perna,desta sobre a coxa e da coxa sobre a bacia. Corresponde na verdade a um exagero da resposta normal.
É encontrada na lesão piramidal, e nível medular
*
SENSIBILIDADE 
Sensibilidade superficial
Tátil: algodão seco, gaze ou pincel (Hipo\Hiper ou anestesia)
 Dolorosa: alfinete ou agulha de costura (romba)
 Térmica: tubo com água quente (<45°C) e fria (>15°C)
Sensibilidade profunda
 Palestesia: sensação vibratória com diapasão nas eminências ósseas
 Artrocinética: propriocepção ou sensibilidade cinético-postural 
Pressão (Barestesia) Compressão digital
Dolorosa Compressão moderada da massa muscular
*
ESTEREOGNOSIA
Capacidade de reconhecer um objeto com as mãos sem o auxilio da visão.
É função discriminativa ou epicrítica com componente proprioceptivo.
Perda da função: astereognosia ou agnósia tátil, indicativa de lesão do lobo parietal contra-lateral
*
SENSIBILIDADE
Subjetiva
Especial: Olfação
 Visão
 Gustação
 Audição
*
EQUILÍBRIO
Dinâmico
 Marcha com olhos abertos e fechados
 Caminhar encostando o hálux no calcanhar a cada passo
*
MARCHAS
 Marcha em bloco – Parkinson
 Marcha ebriosa - ataxia cerebelar
 Marcha talonante - ataxia sensitiva 
 Marcha "em estrela" - ataxia vestibular
 Marcha a pequenos passos - ataxia frontal
 Marcha escarvante - déficit de flexão dorsal do pé - lesão de nervo fibular ou ciático ou raiz de L5
 Marcha ceifante - sd piramidal
*
DISTÚRBIOS DA MARCHA (DISBASIA)
Helicópode, ceifante ou hemiplégica:
Ao andar o paciente mantém o membro superior fletido em 90 graus no cotovelo e em adução, a mão fechada em leve pronação. O membro inferior do mesmo lado é espástico, e o joelho não flexiona, por isso a perna tem que se arrastar pelo chão descrevendo um semi circulo. Este modo de caminhar lembra o movimento de uma foice em ação. (visto em paciente com hemiplegia)
*
MARCHA ANSERINA OU DO PATO
O paciente para caminhar acentua a lordose lombar e vai inclinando o tronco ora para a direita ora para a esquerda, alternadamente lembrando a marcha de um pato.
É encontrada nas doenças musculares e traduz uma diminuição da força dos músculos pélvicos e das coxas
*
MARCHA PARKINSONIANA
O paciente anda com se fosse um bloco, enrijecido, sem movimento automático dos braços. A cabeça permanece inclinada para frente e os passos são miúdos e rápidos, dando a impressão que o paciente vai cair parafrente.
Ocorre nos portadores da doença de Parkinson. 
*
MARCHA CEREBELAR \ ÉBRIO
Ao caminhar o paciente ziguezagueia como um bêbado. Este tipo de marcha traduz incoordenação de movimentos em decorrência de lesão no cerebelo.
*
MARCHA TABÉTICA
Para se locomover o paciente mantém o olhar fixo no chão, os membros inferiores são levantados abrupta e explosivamente e, ao serem recolocados ao chão, os calcanhares tocam o solo pesadamente. Com os olhos fechados a marcha piora acentuadamente, ou torna- impossível. (Lesão do cordão posterior da medula) aparece na tabes dorsalis.
*
MARCHA PEQUENOS PASSOS
Caracterizada pelo fato de o paciente dar passos muito curtos e ao caminhar arrasta os pés como se estivesse dançando “marchinha”.
É típica da paralisia pseudobulbar aparecendo também em pessoas senis. 
*
MARCHA VESTIBULAR
O paciente com lesão vestibular (labirinto) apresenta lateropulsão quando anda, é como se fosse empurrado para um lado quando tenta se mover em linha reta. Se o paciente é colocado em um ambiente amplo e solicitado a ir de frente e voltar de costas, com os olhos fechados, descreverá uma figura semelhante a uma estrela, daí a denominação marcha em estrela
*
MARCHA ESCAVANTE
Quando o paciente tem paralisia do movimento de flexão dorsal do pé, ao tentar caminhar toca com a ponta do pé o solo e tropeça. Para evitar isso, levanta acentuadamente o membro inferior, lembrando o “passo de ganso” dos soldados prussianos.
*
MARCHA CLAUDICANTE:
Ao caminhar o paciente MANCA para um dos lados.
Ocorre na insuficiência arterial periférica e em lesões do aparelho locomotor.
*
MARCHA EM TESOURA\ESPÁSTICA
Os dois membros inferiores enrijecidos e espásticos permanecem semi fletidos, os pés se arrastam, as pernas se cruzam uma na frente da outra quando o paciente tenta caminhar. O movimento das pernas lembra uma tesoura em funcionamento. 
É encontrada nas formas espásticas da paralisia cerebral.
*
Equilíbrio Estático
Prova de Romberg
Romberg Modificado
*
EQUILÍBRIO ESTÁTICO
_ Parado, com os pés juntos e paralelos , braços esticados e olhos fechados.
 Quando o paciente apresentar oscilações do corpo com forte tendência a queda (prova de Romberg positiva)
*Tendência a queda para os lados imediatamente após interromper a visão, indica lesão das vias proprioceptivas consciente.
*Sempre para o mesmo lado, após período de latência, indica lesão do aparelho vestibular
*
COORDENAÇÃO E EQUILÍBRIO
ATAXIA:
Falha da coordenação muscular que se traduz na irregularidade ou incapacidade de realização correta e sincrônica de um movimento. 
*
Movimentos Involuntarios
*
Movimentos Involuntários
Movimentos que acontecem independentemente da vontade do indivíduo, que podem ser constantes ou só aparecerem em crises, e que tem sua origem em alterações de qualquer parte do sistema nervoso central
*
Movimentos Involuntários
Tremores
Movimentos alternantes, mais ou menos rápidos e regulares, de pequena amplitude, que afetam principalmente as partes distais do membro superior
Tremor de repouso
Tremor de ação
*
COORDENAÇÃO MOTORA
Manobras:
 Prova índex-nariz
 Prova índex-nariz-índex
 Prova calcanhar-joelho
 Diadocosinesia 
*
*
DERMÁTOMO
Cada nervo espinhal conduz a inervação sensorial para uma região da superfície corporal. A área da pele, servida por um determinado nervo espinhal, é conhecida como um dermátomo.
*
MIÓTOMO
O grupo de músculos esqueléticos, inervados por um determinado nervo espinhal, em conjunto, chama-se miótomo

Continue navegando