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TGP - Parte II

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Morfologia do processo
Processo → relação jurídica de direitos e obrigações entre os sujeitos processuais. 
Procedimento → O conjunto organizado de atos processuais é o procedimento. O que é um ato 
processual? Exemplifiquemos com uma ação de conhecimento: O primeiro ato do processo é a 
petição inicial. O segundo é o despacho do juiz, que é a determinação da citação. O terceiro ato é a 
citação propriamente dita, realizada pelo oficial de justiça, citando o réu. O quarto ato é a 
defesa/resposta do réu (existem vários atos de defesa como: contestação, reconvenção, etc.). O 
quinto ato é a fase probatória. A fase final é a sentença do juiz.
Uma ação de execução terá um procedimento diferente de uma ação de conhecimento. Para cada 
ação, dependendo de sua natureza, também dependerá as formas de procedimento.
Princípios fundamentais de ambos (processos e procedimentos)
Genéricos:
• Lógico → utilizar-se dos melhores meios possíveis para alcançar a verdade
• Jurídico → igualdade jurídica entre as partes
• Político → é uma garantia à liberdade
• Econômico → o processo deve ter o menor gasto de tempo e dinheiro
Específicos (não aplicam-se a todos):
• Iniciativa das partes (demanda) → relacionado ao princípio da inércia da jurisdição
• Impulso oficial → o juiz uma vez que pega a causa, deve levá-la até o final; ele deve 
impulsionar o processo; ou as partes também podem impulsionar o processo (impulso heterogêneo); 
prover celeridade para que o processo se realize mais rapidamente
• Contraditório (audiência bilateral) → para qualquer coisa no processo, o juiz deve ouvir 
ambas as partes; uma liminar é um caso em que este princípio não se aplica, mas é uma exceção
• Dispositivo (CPC 460) → 
Art. 460. É defeso ao juiz proferir sentença, a favor do autor, de natureza diversa da pedida, bem como 
condenar o réu em quantidade superior ou em objeto diverso do que Ihe foi demandado.
• Lealdade processual (boa-fé)
• Inquisitivo (inquisitório) → art. 130 CPC. Serve para buscar as provas, perseguir a verdade. 
Antes isso era prerrogativa do Estado, mas hoje em dia não mais, isto é feito pelas partes. Só 
ocorrerá por parte do Estado em casos de exceção.
Art. 130. Caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas necessárias à 
instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente protelatórias.
• Publicidade (Segredo de justiça CPC 155, 444) → em regra os processos/atos são públicos, 
salvo alguns casos.
Art. 155. Os atos processuais são públicos. Correm, todavia, em segredo de justiça os processos:
I - em que o exigir o interesse público;
Il - que dizem respeito a casamento, filiação, separação dos cônjuges, conversão desta em 
divórcio, alimentos e guarda de menores.
 Parágrafo único. O direito de consultar os autos e de pedir certidões de seus atos é restrito às 
partes e a seus procuradores. O terceiro, que demonstrar interesse jurídico, pode requerer ao juiz 
certidão do dispositivo da sentença, bem como de inventário e partilha resultante do desquite.
Art. 444. A audiência será pública; nos casos de que trata o art. 155, realizar-se-á a portas fechadas.
• Preclusão (Do procedimento) → é a perda do direito de praticar um determinado ato 
processual. Preclusão temporal, lógica (tenho vários atos possíveis e não posso praticá-los em 
simultaneidade, devo excluir um para praticar o outro) e consumativa (já pratiquei o ato)
Do Procedimento:
• Da imediação (imediatidade) → O juiz da causa tem que estar pertinho da produção das 
provas, afinal de contas quem julgará ao final é ele. Exemplo, é ele quem deve ouvir uma 
testemunha, não pode delegar essa função.
• Identidade física do juiz (CPC 132) → Não basta apenas ele estar perto, tem que ser 
sempre ele, o mesmo juiz.
Art. 132. O juiz, titular ou substituto, que concluir a audiência julgará a lide, salvo se estiver 
convocado, licenciado, afastado por qualquer motivo, promovido ou aposentado, casos em que 
passará os autos ao seu sucessor. 
Parágrafo único. Em qualquer hipótese, o juiz que proferir a sentença, se entender necessário, poderá 
mandar repetir as provas já produzidas.
• Concentração → Por exemplo, existem 10 testemunhas para o processo em questão. O juiz 
pode fazer a opção por marcar apenas 1 ou 2 audiências, ao invés de uma audiência para cada 
testemunha; de tentar concentrar o máximo possível a prática dos atos
• Irrecorribilidade das interlocutórias → os atos do juiz dividem-se em atos interlocutórios, 
despacho e sentença. A concessão de uma liminar, por exemplo, é uma decisão interlocutória. Ver 
CPC 162. A sentença é quando ele resolve a lide ou extingue o processo. Cada decisão 
interlocutória que o juiz profere no processo, era por regra irrecorrível, mas hoje não é mais (no 
processo trabalhista ainda é irrecorrível). O recurso dos atos interlocutórios se chama agravo.
Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e despachos.
§ 1º Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei. 
§ 2º Decisão interlocutória é o ato pelo qual o juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.
§ 3º São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício ou a requerimento 
da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.
§ 4º Os atos meramente ordinatórios, como a juntada e a vista obrigatória, independem de despacho, 
devendo ser praticados de ofício pelo servidor e revistos pelo juiz quando necessários.
Tipologia do Processo:
Segundo fins da prestação jurisdicional → 
1. Conhecimento (cognição): este processo tem por objeto uma lide a ser resolvida pela sentença, 
exigindo do juiz uma atividade de cognição sobre os fatos que servem de fundamento à pretensão e 
sobre o direito a eles aplicáveis. O juiz é provocado a decidir uma lide entre dois litigantes, e dizer 
qual dos dois tem razão, culminando com uma sentença de mérito, que põe fim ao litígio. O 
processo de conhecimento pode ser classificado em:
a) declaratório: resulta do ajuizamento de uma ação declaratória, cujo objetivo é obter a declaração 
de existência ou inexistência de uma relação ou situação jurídica, ou autenticidade ou falsidade de 
um documento.
b) constitutivo: resulta de do ajuizamento de uma ação constitutiva, cujo objetivo é obter a criação, 
modificação ou extinção de uma redação ou situação jurídica. Este processo pode ser necessário ou 
não necessário.
O processo será do tipo necessário quando não for possível às partes obter a criação, modificação 
ou extinção de uma relação ou situação jurídica a não ser através do processo, caso em que se tem 
uma lide de pretensão insatisfeita, porque só pode ser satisfeita judicialmente. Caso dessa espécie é 
a anulação de casamento.
O processo será do tipo não necessário quando houver possibilidade de as partes operar a criação, 
modificação ou extinção de uma relação ou situação jurídica, extrajudicialmente, mas não chegam a 
um acordo, desaguando então a pretensão na justiça. Caso dessa espécie é a rescisão de contrato de 
compra e venda.
c) condenatório: resulta do ajuizamento de uma ação condenatória, em que uma das partes 
pretende obter a condenação da outra ao cumprimento de uma obrigação, que pode ser entregar uma 
coisa ou fazer ou não fazer algo.
2. Execução: tem por objeto atividades jurisdicionais tendentes a tornar efetiva a condenação 
resultante de um título executivo judicial ou de obrigação constante de um título executivo 
extrajudicial (CPC art. 585 trata dos títulos executivos extrajudiciais).
O processo de execução faz nascer entre os diversos sujeitos processuais (exequente, juiz e 
executado)uma nova relação jurídica processual, inteiramente autônoma do processo de 
conhecimento.
3. Cautelar: O direito material da parte não pode ficar comprometido pela demora na prolação da 
sentença no processo de conhecimento, portanto entra em cena a ação cautelar, que dá origem a um 
processo cautelar, em tudo distinto daquele processo (conhecimento), que tem o único objeto de 
tutelar o processo mesmo. O processo cautelar pode ser preparatório, quando anteceda outro 
processo principal, a ser instaurado; ou de índole incidente, quando for instaurado num processo 
principal já em curso.
Segundo a índole do interesse → 
1. Individual: resulta de uma ação envolvendo interesses concretos de pessoas determinadas. Se for 
pertinente a uma pessoa somente, diz-se individual singular; quando o interesse pertence a diversas 
pessoas consideradas isoladamente, diz individual plúrimo.
2. Coletivo: resulta de uma ação envolvendo interesses concretos ou abstratos de um grupo, 
categoria ou classe de pessoas. Dessa modalidade de processo tratam o CDC, nas modalidades de 
direitos ou interesses difusos, coletivos ou individuais homogêneos (art 81), e a CF, na modalidade 
de mandado de segurança coletivo (art. 5º, LXX)
3. Social: versa sobre interesses sociais, da própria sociedade, para a defesa de valores que lhe 
pertencem, como é o processo popular, resultante da ação popular, e o processo penal, resultante da 
persecução penal. Pode ser um processo social que abriga tanto um interesse singularmente 
considerado como um interesse considerado na sua coletividade, como o decorrente da ação civil 
pública, que pode originar um processo social, se o seu objeto for o interesse público; ou um 
processo coletivo, tiver por objeto interesse de grupo, categoria ou classe. Pode ser de origem cível, 
penal ou trabalhista.
Dinâmica do Processo
1. Teoria geral dos atos e prazos
Impulso oficial (circunstância onde o juiz tem o dever de ofício de movimentar/impulsionar o 
processo de acordo com a lei) → autodinâmica → movimento dele próprio (do processo). A lei já 
falou como ocorre este movimento, o juiz apenas segue.
Impulso das partes → heterodinâmica → as partes em determinado momento podem decidir 
andar mais rápido ou mais devagar com o processo; o movimento do processo é dado pelas partes.
Processo → Fases:
• postulatória → onde as partes estão postulando, pedindo, requerendo. A fase postulatória 
compreende a atividade das partes destinada à formulação da pretensão, tanto do autor 
quanto do réu e eventuais intervenientes, abrangendo, no processo de conhecimento, a 
petição inicial, a contestação e a réplica.
• probatória (instrutória) → fase onde as partes devem instruir o processo (audiência de 
instrução de processo). Permite às partes fornecer ao juiz os elementos necessários ao 
esclarecimento dos fatos em que funda a pretensão ou a defesa, pois o juiz julga com base 
em fatos provados.
• decisória → corresponde àquela em que o juiz atua a vontade concreta de lei, resolvendo a 
lide, cumprindo a obrigação jurisdicional devida pelo Estado.
2. Atos, fatos, negócios jurídicos processuais
Igual ao conceito do direito material, menos a forma.
Fatos jurídicos processuai: acontecimento natural / histórico que produza modificação no mundo 
exterior, tendo eficácia para produzir efeitos jurídicos. No caso estes efeitos devem ser de natureza 
processual. Em outros termos, o fato jurídico processual é aquele que tem relevância para o 
processo.
Atos: fatos resultantes da atuação humana, com aptidão para produzir efeitos jurídicos.
Neg. Jurídicos: ato humano praticado com a intenção dirigida à produção de determinado efeito.
Forma: princípio da predeterminação (legalidade); e princípio da instrumentalidade 
(conquanto o ato atinja sua finalidade, não se indaga mais acerca da forma). Este princípio é o 
contrário do princípio do direito material. No direito material é o princípio da liberdade das formas, 
enquanto no direito processual este princípio é o da predeterminação. 
3. Tempo dos atos
Prazo: O prazo é uma fração do tempo dentro do qual deve ser praticado o ato processual 
assegurando que o processo se desenvolva através do iter procedimental. Não se confunde prazo 
com termo, pois este é apenas uma fração de tepo, sendo que o prazo ocorre justamente entre dois 
termos, tendo início com o termo inicial (a quo), e expirando com o termo final (ad quem).
Classificação
I - Quanto ao efeito do tempo:
• dilatório → é aquele dentro do qual não é permitida a prática de ato processual, só 
podendo ser realizado depois de ultimado o termo final; caso em que a lei determina uma 
distância mínima, evitando que o ato se realize antes do prazo. Os prazos dilatórios podem 
ser reduzidos ou prorrogados por convenção das partes. Este prazo resulta de norma 
processual dispositiva, por isso o descumprimento acarreta nulidade.
• peremptório → é aquele dentro do qual o ato processual deve ser praticado, sob pena de 
não poder sê-lo mais; sendo em regra os prazos decorrentes da lei. Estes prazos não admitem 
modificação, não podendo ser reduzidos nem prorrogados por vontade das partes; só se 
admite devolução de prazo, se ocorrer justo impedimento na sua prática. Este prazo resulta 
de norma processual cogente, por isso o descumprimento acarreta preclusão.
II – Quanto à origem ou procedência
• legal → legal é o prazo fixado pela lei, não podendo ser aumentado nem reduzido pelo juiz, 
como é o prazo para responder à demanda, para recorrer etc.
• judicial → judicial é o prazo fixado pelo juiz, que o determina por despacho no processo; 
possibilitando a sua prorrogação, quando se revelar insuficiente para a prática do ato.
• convencional → prazo convencionado pelas partes, verdadeiro negócio jurídico 
processual, como é o prazo ajustado entre elas para que possam chegar a um acordo; mas, 
apesar de convencional, deve ser submetido ao juiz, para suspender temporariamente o 
processo.
III – Quanto ao alcance que tem para as partes, ora igual, ora distinto
• comum → é o que transcorre concomitantemente para ambas as partes; corre geralmente 
em cartório ou na secretaria da vara, como, por exemplo, o prazo para especificação de 
provas no processo.
• individual → é aquele que transcorre apenas para uma das partes, sendo o oposto do 
prazo comum.
• especial → é aquele que beneficia apenas uma das partes no processo, sendo prazos mais 
dilatados do que o comum, como, por exemplo, o prazo em quádruplo para contestar e em 
dobro para recorre quando a parte for a Fazenda Pública e o Ministério Público (Art. 188 
CPC).
IV – Quanto aos sujeitos processuais
• próprio → é aquele assinalado às partes, com as consequências que defluem do seu 
cumprimento ou descumprimento.
• impróprio (programático) → é aquele assinalado ao juiz e aos servidores da justiça, cujo 
descumprimento pode gerar apenas medidas de ordem disciplinar, não interferindo na 
validade do ato, mesmo que praticado fora do prazo, como, por exemplo, o prazo para o juiz 
proferir sentença.
Revelia → ausência/omissão → é quando o réu é chamado pelo processo para se defender, mas 
opta por não ir.
- Efeitos:
a) substanciais → CPC 319/320 → quem cala consente
b) processuais:
• O processo corre sem mais intimar o réu para os demais atos, corre à revelia.
• O réu pode intervir no processo a qualquer momento, mas só para interferir em atos futuros; 
o que já ocorreu não se contesta mais.
• Pode ocasionar o julgamento antecipado do feito.
Preclusão (perda do direito de praticar determinado ato processual):
- Espécies:
• temporal → resulta do não exercício do direito ou da faculdade dentro do prazo assinalado 
pela lei, comopor exemplo, o réu não contesta ou não recorre.
• consumativa (partes/”pro iudicato”) → resulta da circunstância de já ter sido validamente 
praticado o ato processual, como por exemplo, se o réu contestou a ação, não pode contestar 
mais.
• lógica → quando você pode praticar 2 atos diferentes, mas deve optar por apenas 1 em 
detrimento do outro, tendo em vista que ambos são incompatíveis entre si.
4. Eficácia dos atos
O ato processual está sujeito a requisitos de forma, pelo que a sua inobservância pode privá-lo dos 
efeitos que normalmente deveria ter. A eficácia do ato deriva da perfeição.
Nulidade (CPC arts. 243 – 250) → sistema de Liebman:
• cominação legal: somente será nulo o ato que a lei impôs pena de nulidade. Se a lei não 
comina pena, e o ato atingiu o objetivo, salva-o.
• se faltarem requisitos ao objetivo: mesmo antes de atingir ou não o objetivo eu posso 
anular.
• se não atingir objetivo: aqui é depois de constatar-se a não satisfação do objetivo, anula-se.
– Princípio da causalidade → CPC 248 → os atos devem ter causa entre si
– Princípio da economia processual (pra que gastar tempo e dinheiro em um ato que atingiu 
o objetivo? Princípio da instrumentalidade).
Espécies de nulidade:
• Absoluta → interesse de ordem pública; “ex officio”; insanável
• Relativa → interesse privado; requerimento da parte; sanável
Ato inexistente: falta de elementos essenciais à sua constituição; Ex. Sentença proferida por juiz 
aposentado.
Teoria Geral das Provas
1. Considerações
Conceito objetivo de prova: prova é o meio de demonstrar a existência de um fato jurídico, ou o 
meio destinado a fornecer ao juiz o conhecimento da verdade dos fatos deduzidos no processo; 
quando se fala em prova testemunhal, documental, pericial.
Conceito subjetivo de prova: prova é a convicção que se forma no espírito do juiz quanto à 
verdade dos fatos.
Objeto → O objeto da prova judiciária são os fatos da causa; o fundamento da pretensão deduzida 
no processo; ou o tema probando.
Função → A função da prova judiciária é formar a convicção do juiz sobre a veracidade dos fatos 
alegados pelas partes.
Destinatários → o destinatário da prova judiciária é o juiz, porquanto ela objetiva forma a sua 
convicção; mas o juiz é apenas o seu destinatário direto, porque os destinatários indiretos são 
as próprias partes, que precisam ser convencidas, para acolher como justa a decisão.
2. Classificação das provas
a) quanto ao sujeito
• pessoal → é a prova que resulta da afirmação feita por uma pessoa, como o testemunho de 
quem presenciou um fato, o reconhecimento da assinatura num documento, a confissão do 
devedor etc.
• real → é a atestação emanada de uma coisa das modalidades que o fato probando lhe 
imprimiu, como a verificação dos instrumentos que serviram à prática de um delito, a 
averiguação de um dano produzido por incêndio, uma cerca divisória entre dois imóveis etc.
b) quanto ao objeto
• direta → provei uma coisa diretamente (ex. Testemunha ocular de crime consumado)
• indireta (presunções) → provei uma coisa para presumir outra coisa (ex. do álibi)
c) quanto a forma
• testemunhal → toda afirmação feita por pessoa capaz, que, direta ou indiretamente, teve 
conhecimento do fato que se quer provar, como o depoimento da testemunha, o depoimento 
da parte etc.
• documental/instrumental → toda representação corpórea de um fato, do qual se origina 
uma relação de direito, compreendendo os escritos, plantas, projetos, desenhos, gravações, 
fotografias etc.
• material → toda materialidade que sirva para produzir no espírito do juiz a certeza do fato 
probando, como o corpo de delito, os exames periciais, os instrumentos do crime etc.
3. Natureza do direito probatório
Discute-se na doutrina se a prova deve ser tratada pelo direito material ou pelo direito processual.
Correntes:
Direito material → os antigos processualistas, por considerarem o processo como uma 
dependência do direito material, entendiam que a matéria de prova deveria ser toda ela discriminada 
pelas leis materiais, ficando para o direito processual apenas o modo de sua produção em juízo.
Direito processual (atual) → A tendência dos modernos processualistas é de que as provas devem 
ser tratadas em toda a sua extensão, pelas leis processuais.
Mista → Uma corrente conciliadora considera a matéria de prova de natureza mista, pertencente 
tanto ao direito material como ao direito processual; cabendo ao direito civil a determinação da 
prova, a indicação do seu valor jurídico e das condições de sua admissibilidade; reservados ao 
direito processual os modos de constituir a prova e de produzi-la em juízo.
4. Verdade no processo
• Material → é aquela a que chega o juiz, reveladora dos fatos tal como historicamente 
aconteceram, e não como querem as partes que tenham acontecido. Segundo a doutrina, os 
processos civil e trabalhista seriam informados pelo princípio da verdade formal; enquanto o 
processo penal seria informado pelo princípio da verdade material. Contudo:
“Ao contrário do que se supõe, a verdade material não é privativa do processo penal, sob 
pena de serem os demais processos tachados de aspirantes a falsários” (Garcia-Velasco)
• Formal → é aquela que resulta do processo, embora possa não encontrar exata 
correspondência com a realidade. Assim, deixando o réu de impugnar determinado fato 
alegado pelo autor, este se torna incontroverso, e o autor, que deveria prová-lo, fica isento do 
ônus da prova. Se o autor afirma que o fato ocorreu num dia chuvoso, e o réu deixa de 
impugná-lo, pouco importa que, naquele dia, o sol tenha rachado o asfalto.
• CPC art. 130 → caberá ao juiz, de ofício ou a requerimento da parte, determinar as provas 
necessárias à instrução do processo, indeferindo as diligências inúteis ou meramente 
protelatórias.
5. Ônus da prova
O ônus probatório corresponde ao encargo que pesa sobre as partes, de ministrar provas sobre os 
fatos que constituem fundamento das pretensões deduzidas do processo. Não significa que você é 
obrigado a provar; o ônus da prova é derivado de quem tem interesse naquilo que está 
afirmando, alegando. A lei em casos excepcionais prevê a inversão do ônus da prova, ex. Lide 
entre consumidor (hipossuficiente) diante de empresa.
A distribuição do ônus probatório entre os litigantes objetiva determinar a quem compete 
provar um fato, no processo, e permitir ao julgador sair de um impasse quando a prova se mostrar 
inexistente ou insuficiente na hora de proferir a sentença.
A afirmação de um fato influente na causa em favor de uma das partes, para ser tida em conta, não 
precisa ser provada pela parte a quem aproveita; podendo, por exemplo, a prova produzida pelo 
autor ser usada em favor do réu; e vice-versa.
5.1 Critério formal de distribuição do ônus probatório → Para Carnelutti, o critério para 
determinar a qual das partes incumbe o ônus da prova é o do interesse na própria afirmação. Ou 
seja, para esta teoria, incumbe provar quem tenha interesse em afirmar; pelo quem apresenta uma 
pretensão cumpre provar-lhe os fatos constitutivos, e quem se defende cumpre provar os fatos 
extintivos e as condições impeditivas e modificativas.
5.2 Critério material de distribuição do ônus probatório → CPC 333, I e II:
Art. 333. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito;
II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
Os fatos probando se distinguem em:
a) Fatos constitutivos do direito → são aqueles que tem a eficácia jurídica de constituir a relação 
litigiosa, ou seja, que dão origem ao direito pretendido. São os direitos cuja afirmação e prova 
incubem ao autor, como, por exemplo, na ação de despejo, a relação de locação;na ação 
reivindicatória, o domínio do imóvel; na relação trabalhista, a relação de emprego.
O ônus da prova do fato constitutivo incumbe ao autor, ou ao réu, apenas na hipótese de vir este 
a formular pedido contraposto, na própria contestação.
b) Fatos impeditivos do direito → são aqueles que impedem que o fato constitutivo produza efeitos 
normais ou que lhe são próprios, ocasionando um impedimento, como, por exemplo, a qualidade de 
menor ou interdito por quem excepciona a própria incapacidade, no momento de contratar; a falta 
de capacidade civil do vendedor, no contrato de compra e venda.
c) Fatos modificativos do direito → são aqueles que operam uma modificação no fato constitutivo 
invocado no processo; ou que tenham a eficácia de modificar o direito do autor, como, por exemplo, 
a cobrança de cem reais pelo credor, alegando o devedor que lhe foram emprestados apenas 
cinquenta.
d) Fatos extintivos do direito → são aqueles que extinguem a relação jurídica material ou o direito 
invocado pelo autor, como, por exemplo, o pagamento, a prescrição, o perdão da dívida, etc.
Obs.: O ônus da prova dos fatos impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor 
incumbe ao réu, ou ao autor, na hipótese de vir o réu a formular pedido contraposto, na 
contestação.
6. meios probatórios
A fixação dos fatos no processo pode ocorrer através da sua reprodução objetiva, como o exame da 
coisa pelo perito ou pelo juiz; da sua representação, como a declaração de atos constantes de 
documentos; ou da sua reconstrução histórica, como os depoimentos de testemunhas.
A lei estabelece os meios de prova juridicamente admissíveis, e por esses meios deverão os fatos ser 
provados; além desses meios, podem ser aceito outros, desde que não sejam imorais ou ilícitos.
No processo civil, todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que não 
especificados pelo código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em que se funda a ação ou a 
defesa (art. 332 CPC), imperando, pois, em princípio, a liberdade de provas, com as restrições 
impostas pela lei. Seriam exemplos de provas proibidas, por não serem moralmente legítimas, a 
narcoanálise, o soro da verdade etc.
Outras restrições:
a) não se admite a prova exclusivamente testemunhal nos contratos de valor excedente ao décuplo 
do maior salário mínimo vigente no país, ao tempo em que foram celebrados (artigo 401 do CPC);
b) não se admite prova quando a lei exigir, como prova do ato, o instrumento público (art. 366 do 
CPC).
Sentença
O vocábulo sentença vem do latim “sententia”, derivada do verbo “sentire”, traduzindo o que o juiz 
sente na hora de decidir a causa. A sentença é dos mais importantes atos do juiz, e o de maior 
relevância, porque coroa todo o procedimento. Amaral Santos define a sentença como o ato pelo 
qual o juiz decide a lide, encerrando o processo e cumprindo a obrigação jurisdicional devida pelo 
Estado.
1. Atos do juiz
CPC 162:
– Ordinatórios → São aqueles que dão andamento ao processo, permitindo o seu 
desenvolvimento, como o despacho por exemplo.
– Decisórios → Se constituem de decisões emanadas do juiz, quer sobre questões processuais, 
quer sobre questões de mérito.
• Decisão interlocutória (artigo 162 §2º) → “§2º Decisão interlocutória é o ato pelo qual o 
juiz, no curso do processo, resolve questão incidente.” Eu não posso recorrer contra 
despacho, mas posso recorrer contra decisão interlocutória. Recorrer contra decisão 
interlocutória chama-se agravo, contra sentença chama-se apelação.
• Sentença (artigos 267 e 269 do CPC) → É o ato pelo qual o juiz extingue o processo sem 
resolução de mérito ou com o qual resolve o mérito da causa, sem extinguir o processo. 
Quando o juiz decidir com base nestes artigos, esta decisão será uma sentença. A sentença 
do art. 267 se chama terminativa e a sentença do art. 269 se chama definitiva.
• Despacho (artigo 162 §3º) → É todo ato do juiz praticado no processo, de ofício ou a 
requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.
2. Lógica:
Produzidas as provas pelas partes ou determinadas de ofício pelo juiz, encerra-se a fase instrutória, 
após o que o juiz, trabalhando com os elementos de convicção colhidos no processo, proferirá a 
decisão que porá fim ao litígio.
– premissa maior → É a norma legal a ser aplicada
– premissa menor → É o fato ou a situação de fato
– conclusão → É a norma concreta que se extrai da submissão do fato à norma
Conectando os 3 conceitos: Prescreve o art. 186 do CC que: “Aquele que, por ação ou omissão 
voluntária, negligência, imprudência, violar direito e causar dano a outrem ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito”. É a premissa maior. O juiz verifica que Pedro, por 
negligência causou dano a João. É a premissa menor. Logo, Pedro deve reparar dano causado a 
João. É a conclusão.
• Ato de inteligência com ato de vontade → Para Rocco, o elemento essencial e característico 
da sentença é o juízo lógico, isto é, a sentença é essencialmente um ato de inteligência do 
juiz, com o que não se exclui que possam existir sentenças nas quais concorra também o 
outro elemento; e que, por isso, constituam, também, atos de vontade do juiz, como são as 
condenatórias.
• Ato jurídico processual → A sentença é o ato com o qual o juiz põe fim à atividade 
jurisdicional do Estado, solucionando a lide, mediante a atuação da lei; sendo o ato 
culminante do processo de conhecimento.
A sentença adquire existência como ato jurídico processual a partir do momento em que é 
publicada, pois, desse momento, não passa de simples ato do juiz, que pode ser desfeito ou 
modificado.
3. Classificação
Quanto à natureza da prestação jurisdicional:
• declaratória → declara a existência ou inexistência de uma relação jurídica, ou a 
autenticidade ou falsidade de um documento. No processo civil, a sentença que declara a 
existência ou inexistência de débito e crédito; no trabalhista, a sentença que declara a 
existência ou inexistência de vínculo empregatício; no processo penal, a sentença que julga 
extinta a punibilidade. Tem também natureza declaratória a sentença que julga improcedente 
a ação ou a reclamação trabalhista, caso em que será declaratória negativa; e, no âmbito 
penal, a que absolve o réu, porquanto declara implicitamente a inexistência do direito de 
punir do Estado.
• constitutiva → É aquela que cria, modifica ou extingue uma relação ou situação jurídica, 
provocando uma alteração de ordem fática ou jurídica; como são, no processo civil, a 
sentença que anula o casamento; no processo trabalhista, a sentença proferida em dissídio 
coletivo, sempre que se trate de regulamentação jurisdicional coletiva nova; e, no processo 
penal, a sentença de reabilitação penal (art. 93 CP).
• condenatória → É aquela que impõe ao réu o cumprimento de uma obrigação (fazer, não 
fazer, entregar coisa). 
Obs.: Toda sentença, independentemente da sua natureza, contém o elemento declaratório, pois o 
juiz “declara o direito das partes; mas algumas delas contêm também o elemento constitutivo ou 
condenatório.
4. Requisitos formais essenciais
A sentença é composta de 3 partes:
• Relatório → Constitui a parte da sentença onde são identificadas as partes, resumidas as 
pretensões de cada uma delas, ressaltando o juiz aí os incidentes surgidos no curso do 
procedimento, salientando o teor da controvérsia a ser decidida.
• Fundamentos → Também chamados de motivação, é a parte da sentença onde o juiz 
examina a pretensão das partes litigantes; resolve as questões de fato e de direito que lhes 
socorrem; exteriorizando, enfim, as razões que o convenceram do acerto ou desacerto das 
teses sustentadas pelas partes.
• Dispositivo→ É a parte da sentença em que se contém a verdadeira decisão da causa, onde 
reside o comando que a caracteriza como ato de vontade. No dispositivo, o juiz decidirá pela 
procedência ou improcedência do pedido, com as consequências respectivas, a cargo do 
autor ou do réu, constituindo a verdadeira sede de um julgado. 
5. Coisa julgada (CPC 469 → dispositivo)
Conceito: Enquanto pendente o prazo para recurso, a sentença poderá ser modificada; mas haverá 
um momento em que não mais serão admissíveis quaisquer recursos, ou porque não foram 
utilizados nos prazos, ou porque não caibam mais, ou não haja recurso a ser interposto; e, como o 
recurso é o meio de impugnação da sentença, no mesmo processo em que foi proferida, a sentença 
irrecorrível deixa de ser impugnável, tornando impossível a averiguação da justiça ou injustiça da 
decisão, transitando, então, em julgado.
Artigo 467 CPC → Denomina-se coisa julgada material a eficácia, que torna imutável e indiscutível 
a sentença, não mais sujeita a recurso ordinário ou extraordinário.
• Formal → Ao fenômeno que imprime imutabilidade à sentença como ato processual, em 
decorrência da preclusão do prazo para recurso, chama-se coisa julgada formal, impedindo 
as partes de discutir e o juiz de decidir de novo as questões já decididas.
• Material (CPC 468) → A esse fenômeno que imprime imutabilidade ao conteúdo da 
sentença denomina-se coisa julgada material ou substancial, pelo qual a imperatividade do 
comando emergente da sentença adquire força de lei entre as partes; quando se diz que a 
sentença adquiriu autoridade de coisa julgada. A coisa julgada formal é pressuposto 
indeclinável da coisa julgada material.
Desconstituição: 
– CPC 485 → ação rescisória (quando a jurisdição está viciada, o juiz atua, por exemplo, 
ganhando uma grana pra dar uma decisão, ferindo o princípio do juiz natural).
– CPC 486 → ação anulatória (para sentença meramente homologatória)
– CPC 471 → ação revisional
6. Limites objetivos e subjetivos da coisa julgada
Quando a doutrina traça os limites objetivos da coia julgada, determina que parte da sentença 
transita em julgado. Jamais alguém negou que o relatório não transita em julgado; da mesma forma 
que nunca alguém contestou que o dispositivo transita em julgado. O problema reside em 
determinar se os fundamentos transitam ou não em julgado.
O Código de Processo Civil, seguindo a doutrina majoritária, prevê expressamente que não fazem 
coisa julgada “os motivos ainda que importantes para determinar o alcance da parte dispositiva da 
sentença” (art. 469 I).
Quando se busca delimitar os limites subjetivos da coisa julgada, cuida-se de estabelecer em relação 
a que pessoa a sentença passa em julgado.
Elementos da ação:
* partes
* pedido
* causa de pedir
CPC 472
Eficácia preclusiva da sentença → CPC 474
7. Interferência das jurisdições
O Código Civil dá prevalência à jurisdição penal sobre a cível, em que a sentença penal tem eficácia 
no cível. Estabelece o Código Civil que: não se poderá questionar mais sobre a existência do fato, 
ou quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no juízo criminal. A coisa 
julgada do direito penal, faz coisa julgada no cível. O oposto não se aplica.
Se o réu for absolvido no juízo criminal, a ação cível poderá ser proposta, quando não tiver sido 
categoricamente reconhecida a inexistência material do fato.
Mitigação:
Sentença absolutória por inexistência de ato delituoso → não cabe ação cível
Sentença absolutória por inexistência de provas → ainda cabe ação cível
TGP – Aula 05/11/2012
Liquidação, execução e cumprimento de sentença
1. Execução
Título executivo (uma sentença é um título executivo): certeza, liquidez (o quanto é devido; 
quantificação) e exigibilidade (quando pode ser cobrado).
Conceito: A execução se realiza através de atos consistentes em medidas coercitivas, por via das 
quais se transforma a situação de fato existente, na situação ordenada pelo título executivo, 
formando, para tanto, uma relação jurídica processual, cujos sujeitos principais são as partes 
(exequente e executado) e o juiz. 
O processo de execução tem vida própria, sendo distinto do processo de conhecimento, ao qual não 
pressupões necessariamente, fundando-se em títulos executivos extrajudiciais, distintos dos títulos 
executivos judiciais.
Concluindo, o Código transformou a execução de sentença numa simples fase do processo de 
conhecimento, quando fundada em título executivo judicial – dentre os quais a sentença 
condenatória –, e um processo autônomo quando fundada em título executivo extrajudicial (letra de 
câmbio, cheque, etc).
“Quantum Debeatur” → quantificação do valor de pagar, ou de entregar quantidade de coisa 
exigida, ou de fazer coisa
O processo de execução hoje em dia é somente usado para títulos extra-judiciais, conquanto o 
cumprimento de sentença é utilizado para os títulos judiciais.
Sendo a execução de título extrajudicial uma ação, o seu exercício depende igualmente do 
preenchimento de certos requisitos denominados condições da ação, a saber: 
a) possibilidade jurídica do pedido
b) interesse de agir
c) legitimação pra agir
Embargos do devedor
A defesa do executado, no processo de execução, não se realiza através da contestação, como nos 
processos de conhecimento e no cautelar, mas de embargos do devedor, que não são propriamente 
uma defesa, mas uma verdadeira ação pela qual o executado formula uma pretensão consistente na 
desconstituição do título executivo.
Não apenas o devedor, mas também terceira pessoa, não vinculada ao título executivo, pode se opor 
à execução alheia, constituindo esses embargos uma modalidade de intervenção de terceiros no 
processo.
Recurso: O recurso depende da natureza da decisão: Ex: uma decisão interlocutória tem como 
respectivo recurso o agravo.
2. Cumprimento de sentença
Lei 11.232/05 → sincretismo → o sincretismo é uma economia de processos, que agora ao invés de 
duas ações, dois processos, se tem apenas 1, que será tanto cognitivo quanto executivo. 
Isto veio coma reforma do CPC, que diz que agora o cumprimento de sentença é feito no bojo do 
próprio processo de conhecimento, mediante simples fase procedimental de cumprimento, sendo a 
defesa feita por meio de impugnação aplicando-se, subsidiariamente, as normas que regem o 
processo de execução de título extrajudicial.
Se a sentença for líquida, procede-se de imediato, ao seu cumprimento; e, se ilíquida, deverá ser 
previamente liquidada.
Títulos executivos:
Judiciais: 475-N
Extrajudiciais:
• Obrigações:
→ pagar (475-J/R)
→ entregar coisa (461)
→ fazer / não fazer (461-A)
Defesa: impugnação → 475-L
O recurso da sentença é a apelação
O recurso da decisão interlocutória é o agravo
TGP – Aula 09/11/2012
Execução (continuação)
1. Processo e execução
- Atos coercitivos → vão substituir a vontade da parte; não quero pagar, mas vou ser obrigado a 
pagar; não quero ir pra cadeia, mas serei obrigado a ir; etc. É mediante atos coercitivos que a 
jurisdição supre a falta de satisfatividade.
- Cumprimento de obrigação contida em em título executivo
- Caráter substitutivo
- Sujeitos: exequente (quem executa) e executado
2. Pressuposto específico
- Título executivo (CPC 583) → sem o título executivo extrajudicial não se pode executar nada
extrajudiciais (CPC 585)
- Demais pressupostos
- Condições da ação
3. Embargos do devedor
Embargos do devedor, ou, embargos à execução. O réu em uma ação de execução, para se defender 
de uma ação de execução, deve ajuizar uma outra ação para se defender, que é o embargo do 
devedor.
- Natureza jurídica → ação autônoma de impugnação
- Objetivo 
- Matéria (CPC 745 + 475-L)
- Espécies:
• à penhora (649)
• à adjudicação (746)
• de retenção (744)• à execução (736) → embargo de 1ª fase, os demais são de 2ª fase.
• à arrematação (746)
• de terceiro (1.046)
Contra a fazenda pública
Mat. Limitada após lei 11.232/05 → novo art. 741
4. Exceção/Objeção de pré-executividade
Doutrina/Jurisprudência → é uma petição simples que o devedor faz ao juiz mostrando pra ele a 
existência de um problema quanto a uma matéria de ordem pública;
É uma construção da doutrina, tolerada pela jurisprudência, e cuja finalidade é discutir questões de 
ordem pública, como a falta de condições de ação, de pressupostos processuais, etc., a respeito dos 
quais pode o juiz conhecer até mesmo de ofício. Por isso, tem-se afirmado que não se trata, nesses 
casos, de uma verdadeira exceção, senão de uma verdadeira objeção de pré-executividade. É uma 
modalidade de defesa que, se ordem pública, será objeção; se de interesse privado, será exceção.
A exceção ou objeção de pré-executividade permite a defesa do executado, independentemente de 
garantia de juízo, quando a vitória do executado e a sucumbência do exequente se afiguram 
prováveis.
Recursos
1. Conceito
Recurso é o ato processual à disposição das partes para impugnar decisão judicial. Defesa, por sua 
vez, é ato processual que uma parte dispõe para se defender de ato da outra parte, impugnar o ato 
desta outra parte. Existe uma terceira diferenciação também, que é a dos embargos da execução, de 
natureza de ação autônoma de impugnação contra ação da outra parte.
Duplo grau → Com o recurso a sentença sobe para o 2º grau de jurisdição, para o TJ. Pode, a parte, 
ainda, recorrer da decisão do TJ, ocasião onde a sentença subirá para o STJ (recurso especial art. 
105 CF) ou para o STF (recurso extraordinário art. 102 CF). interposição/análise.
“A quo” é o juiz de cuja decisão se recorre; “Ad quem” é o tribunal para o qual se recorre.
Os recursos, em sua natureza, são:
a) Recurso ordinário → é aquele previsto pelo direito positivo, nominado e inominado, inclusive o 
recurso ordinário constitucional.
b) Recurso extraordinário → é aquele previsto pela Constituição, da competência do Supremo 
Tribunal Federal.
c) Recurso especial → é aquele previsto também na Constituição, da competência do Superior 
Tribunal de Justiça.
Quanto à iniciativa recursal:
a) Recurso voluntário → é aquele imposto por iniciativa do recorrente, portanto, por vontade da 
parte.
b) Recurso necessário → também dito obrigatório, é aquele obrigatoriamente imposto pelo juiz, 
mediante remesse dos autos ao tribunal.
Quanto à sua extensão:
a) Recurso total → é aquele mediante o qual se impugna toda a decisão recorrida.
b) Recurso parcial → é aquele em que se impugna apenas parte da decisão recorrida.
Quanto à autonomia:
a) Recurso principal → é aquele que cada parte interpõe independentemente da outra
b) Recurso adesivo → também chamado de secundário, é aquele que depende da interposição do 
recurso principal por uma das partes, para que a outra possa aderir. A parte que não recorreu, 
mediante recurso principal, adere ao recurso interposto pela outra parte.
Quanto à retratação:
a) Recurso retratativo → é aquele que permite que o mesmo órgão que proferiu a decisão recorrida 
reexamine a sua decisão; como, por exemplo, o agravo no processo civil, e o recurso em sentido 
estrito, no processo penal.
b) Recurso não-retratativo → é aquele que não permite que o mesmo órgnao prolator da decisão 
impugnada a reexamine; como, por exemplo, a apelação.
Quanto ao fundamento:
a) Recurso comum → é aquele em que a sucumbência constitui condição suficiente para ser pedido 
novo julgamento; como, por exemplo, a apelação e o agravo.
b) Recurso excepcional → é aquele em que o direito de recorrer resulta da sucumbência e de um 
plus que a norma processual exige como pressuposto do reexame do julgamento; como, por 
exemplo, o recurso especial e o recurso extraordinário, que têm fundamento na CF, e também os 
embargos infringentes, que não deixam de ter um aspecto excepcional, consistente em haver 
acórdão unânime reformando, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado 
procedente a ação rescisória. A doutrina os chama de recursos especiais, mas Alvim prefere os 
chamar de excepcionais para não confundir com os do STJ.
2. Natureza jurídica → ação x direito autônomo processual
3. Pressupostos processuais
Objetivos (diz respeito ao próprio recurso):
• recorribilidade → A lei deve prever o recurso para a decisão. Deve poder ser recorrível, por 
ex. Pode-se recorrer de decisão interlocutória, ou de sentença judicial, mas não pode-se 
recorrer de despacho.
• tempestividade → deve-se recorrer dentro dos prazos fixados por lei, senão ocorrerá uma 
preclusão temporal. 
• singularidade (recurso especial/recurso extraordinário) → Para cada decisão cabe um tipo 
único de recurso. Contra cada decisão, só tem cabimento um recurso, não podendo ser 
interposto, simultaneamente, mais de um recurso contra uma mesma decisão.
• adequação (fungibilidade) → deve-se usar o recurso adequado para cada decisão. Ex. Não 
se pode fazer uma apelação contra uma decisão interlocutória, nem um agravo contra uma 
sentença judicial, etc.
• forma legal → forma prescrita em lei.
• motivação → Exige que o recorrente indique as razões de fato e de direito que o levaram a 
discordar da decisão recorrida, justificando a sua pretensão de ver reformada a decisão. Os 
argumentos do recurso devem ser embasados em algum motivo, deve ter fundamentação.
• preparo → O recorrente deve efetuar o pagamento da despesas relativas ao processamento 
do recurso, sob pena de deserção. No processo trabalhista, além do preparo, há também a 
necessidade de o recorrente fazer o depósito do valor da condenação, quando for o 
empregador.
Subjetivos (diz respeito ao próprio recorrente, quem recorre):
• legitimação → Pode ser parte, terceiro ou o MP
• interesse → só surge o interesse se, da decisão, advir prejuízo a uma das partes; interesse 
que advém da parte sucumbente.
4. Sucumbência
Partes (prejuízo/lesão) e MP (lesão direito objetivo) → é o prejuízo que advém de decisão judicial; 
é a sucumbência que faz nascer o interesse; 
Classificação:
• única (um só agente) ou múltipla (mais de um agente), e a múltipla pode ser: paralela 
(vários réus, em litisconsórcio, sucumbem à decisão) ou recíproca (autor e réu perderam 
alguma coisa)
• direta (atingiu uma das partes) ou reflexa (atingiu terceiro)
• total (perdi tudo) ou parcial (perdi só uma parte)
5. “Reformatio in peius”
• proibição → é vedado recurso que piore a situação do recorrente
6. Fundamentos
Pelo menos duas espécies de erros podem contaminar uma sentença:
Erro de procedimento (error in procedendo) → é aquele que o juiz comete no exercício de sua 
atividade jurisdicional, no curso do procedimento ou na prolação da sentença, violando a norma 
processual, na sua mais ampla acepção. A sentença contaminada por um vício dessa natureza se diz 
sentença errada. 
Erro de julgamento (error in iudicando) → se o juiz se equivoca ao aplicar ao mérito o direito 
substancial, incorre em vício de julgamento, mas não na inobservância do direito substancial, pois 
este não se dirige a ele. Se o juiz, porém, comete uma irregularidade processual, daí incorre em 
vício de procedimento, isto é, na inobservância de um preceito concreto, que, dirigindo-se a ele, 
impõe-lhe determinado comportamento no processo.
7. Juízo de admissibilidade 
O recurso, como todo ato postulatório, deve ser examinado sob dois ângulos distintos:
a) Juízo de admissibilidade: primeiro, verifica-se se estão satisfeitas as condições impostas por lei 
para que possa ser apreciado o seu conteúdo, quer dizer, examinam-se os pressupostos recursais 
para saber se ele deve ou não ser admitido.
b) Juízo de mérito: depois,uma vez admitido, examina-se se existe ou não fundamento para o que 
se postula, para acolher ou rejeitar a impugnação. 
Na primeira hipótese, fala-se em juízo de admissibilidade; e, na segunda, em juízo de mérito. O 
juízo de admissibilidade é sempre preliminar do juízo de mérito. Quando o tribunal examina os 
pressupostos recursais, e o juízo de admissibilidade resulta negativo, diz-se que “não conhece” do 
recurso; e, quando esse juízo resulta positivo, diz-se que “conhece” do recurso.
Restando positivo o juízo de admissibilidade, ou seja, conhecido o recurso, podem ocorrer duas 
hipóteses: se o tribunal entende que o recurso é fundado, “dá-lhe provimento”, e, se entende que, 
embora admissível, é infundado, “nega-lhe provimento”.
8. Efeitos
a) Suspensivo → impede que a decisão impugnada produza os efeitos que lhe são próprios; e, em 
consequência, o cumprimento provisório da sentença.
b) Devolutivo → devolve o julgamento da causa ao tribunal, permitindo-lhe o reexame da decisão, 
nos limites da impugnação.
c) Extensivo → quando o recurso da parte de um dos corréus se estende a todos os outros, porque o 
motivo da anulação da sentença não se refira apenas à pessoa que recorreu. Assim, o recurso 
interposto pelo autor do crime, se provido por falta de tipicidade do fato, beneficia os respectivos 
coautores.
d) Retratativo → também chamado de regressivo, quando o reexame da matéria é devolvido ao 
próprio órgão que prolatou a decisão recorrida; como, por exemplo, nos embargos de declaração.
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	Liquidação, execução e cumprimento de sentença
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	Recursos

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