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Fisiologia endócrina (resumo)

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FISIOLOGIA ENDÓCRINA (RESUMO)
A sinalização endócrina envolve:
1. Secreção regulada de uma molécula de sinalização extracelular, chamada HORMÔNIO, no líquido extracelular;
2. Difusão do hormônio pela vasculatura e sua circulação pelo corpo todo;
3. Difusão do hormônio para fora do compartimento vascular até o espaço extracelular e sua ligação a um receptor específico nas células de um órgão alvo.
Responsável pelo controle da homeostasia (crescimento, desenvolvimento, reprodução, pressão arterial, concentração de íons e substâncias no sangue, comportamento).
Principais glândulas envolvidas:
- Pâncreas endócrino: insulina
- Glândulas paratireoides: paratormônio
- Glândula hipófise (em associação com o hipotálamo)
- Glândula tireóidea: T3 e T4
- Glândulas suprarrenais: adrenalina/noradrenalina, cortisol, aldosterona
- Gônadas (testículos e ovários): testosterona, estrogênio e progesterona
- Placenta (órgão transitório)
- Células endócrinas dentro de órgãos.
Eixo hipotálamo-hipófise-glândula
HIPOTÁLAMO: Funciona como um coletor de informações relativas ao bem-estar interno do corpo (estímulos dolorosos, olfatórios, depressivos, excitatórios, concentrações de eletrólitos, nutrientes, água e vários hormônios).
Entre suas muitas funções, secreta hormônios tróficos que controlam a liberação de hormônios da glândula adeno-hipófise.
Origem embrionária: basicamente tecido neural (SNC).
HIPÓFISE: Dividida em duas regiões distintas:
- Adeno-hipófise: Característica epitelioide - origem embrionária do epitélio da faringe; porção anterior da hipófise.
- Neuro-hipófise: Tecido neural proveniente do hipotálamo; Porção posterior da hipófise
Hipotálamo controla a liberação dos hormônios hipofisários
- Mecanismos neurais: neuro-hipófise
Neurônios (neurônios magnocelulares) saem do hipotálamo diretamente para a hipófise posterior e secretam os hormônios na corrente sanguínea (liberam no leito capilar da neuro-hipófise, que é altamente irrigada).
- Mecanismos hormonais: adeno-hipófise
Neurônios (células neurossecretoras hipotalâmicas) liberam os hormônios hipotalâmicos que são conduzidos às células alvo na adeno-hipófise por meio de vasos sanguíneos, que formam o sistema porta-hipotalâmico-hipofisário.
Hormônios hipotalâmicos hipofisiotrópicos e suas células alvo
- TRH (Hormônio liberador de tireotrofina) tireotrofos
- GHRH (Hormônio liberador do hormônio de crescimento) somatotrofos
- GIRH (Hormônio inibidor do hormônio do crescimento (somatostatina)) somatotrofos
- CRH (Hormônio liberador de corticotrofina) corticotrofos
- GnRH (Hormônio liberador de gonadotrofinas) gonadotrofos
- PIH (Hormônio inibidor da prolactina (dopamina)) lactotrofos
Hormônios adeno-hipofisários e seus tecidos/órgãos-alvo
Obs.: GH não atua sobre glândulas alvo, mas sobre todos os tecidos do corpo.
Hormônios neuro-hipofisários
- ADH (Hormônio antidiurético):
Tem papel importante no equilíbrio eletrolítico.
Em caso de desidratação, o plasma sanguíneo fica mais concentrado. Osmorreguladores no hipotálamo percebem essa mudança de osmolaridade plasmática e, em resposta, liberam diretamente na neuro-hipófise o ADH.
O ADH atua diretamente nos néfrons, na porção final, aumentando a permeabilidade à água. Assim, a urina fica concentrada e a água é poupada.
Também tem ação vasopressora.
- Ocitocina:
Tem pico de produção na fase pré-parto.
Mecanismo de feedback positivo: a primeira contração intrauterina força a cabeça do bebê no colo do útero -> sensores de pressão mandam essa informação para o hipotálamo -> hipotálamo responde liberando ocitocina na neuro-hipófise -> liberação de ocitocina na corrente sanguínea pela neuro-hipófise -> contrações crescentes.
GH – Hormônio do crescimento
- Ações: aumento do tamanho das células. Aumento do número de mitoses e diferenciação celular de tipos específicos como células do crescimento ósseo e células musculares imaturas.
- Picos de produção: primeiras horas de sono; também pode ocorrer em situações de estresse/cansaço.
Efeitos metabólicos diretos:
1) Aumento da síntese proteica e deposição de ptns em tecidos
- Aumento do transporte de aminoácidos através das membranas celulares
- Aumento da tradução de RNA para a síntese de proteínas
- Aumento da transcrição nuclear
- Diminuição do catabolismo e aumento do anabolismo
2) Aumento da mobilização de gorduras
- Ativa a lipase hormônio sensível no adipócito
- Induz a liberação de ácidos graxos livres a partir do tecido adiposo
- Aumenta as concentrações de Ac. Grax Livre no plasma
- Estimula a conversão de ácidos graxos em Acetil CoA
3) Redução da utilização de glicose por todo o corpo (aumento da glicemia)
- Redução da captação de glicose pelo músculo esquelético e tecido adiposo
- Aumento da produção de glicose pelo fígado (gliconeogênese)
- Aumento da secreção de insulina (“secreção rebote de insulina”)
Efeitos metabólicos indiretos:
- Promove crescimento dos ossos longos em indivíduos pré-púberes;
- Aumenta a espessura dos ossos por ativação dos osteoblastos.
Esses efeitos são induzidos devido a indução de:
(1) Deposição aumentada de proteína pelo condrócito e por células osteogênicas (osteoblastos) que causam o crescimento ósseo;
(2) Aumento da taxa de mitoses dessas células;
(3) Efeito específico convertendo condrócitos em células osteogênicas, e com isso causando a deposição de osso novo;
Todos esses efeitos são mediados pela síntese de somatomedinas, ou fatores de crescimento semelhantes à insulina (IGFs), principalmente pelo fígado (somatomedina C). Por isso, o efeito do GH sobre o crescimento é indireto.
Obs.: IGFs também promovem aumento do tamanho dos órgãos e aumento do funcionamento dos órgãos.
Regulação da síntese por mecanismos de feedback
(1) Alça de feedback ultracurta: GHRH inibe a sua própria síntese no hipotálamo (feedback negativo). O hipotálamo tem “autorreceptores” de GHRH.
(2) Alça de feedback curta: IGFs inibem a secreção de GH pela adeno-hipófise (feedback negativo).
(3) Alça de feedback longa: GH e IGFs estimulam a síntese de somatostatina (GIRH), inibindo a síntese de GH pela adeno-hipófise (efeito global de feedbck negativo).
Anormalidades na secreção de GH
Nanismo:
Retardo do crescimento, estrutura pequena, obesidade moderada e puberdade retardada; mas o indivíduo é todo proporcional, só é pequeno. Geralmente associada a pan-hipopituitarismo.
Tratamento: reposição de GH.
Gigantismo:
Crescimento dos ossos longos acontecendo por excesso de GH antes da puberdade.
Geralmente causado por tumor na adeno-hipófise (secretor de quantidades anormais de GH). Causa hiperglicemia.
Acromegalia:
Crescimento dos ossos longos em espessura. Crescimento dos ossos das mãos e pés, ossos do crânio (arco supra-ótico) e mandíbula (projeção mandibular), nariz, e vértebras (cifose).
Hormônios tireoidianos 
- T3 (triiodotironina) é o hormônio tireoidiano mais ativo;
- T4 (tetraiodotironina) é secretado em maior quantidade (pró-hormônio);
 
Síntese
TSH estimula células epiteliais foliculares da tireóide produção de folículos tireoideanos
A luz do folículo é preenchida com colóide, uma mistura pegajosa de glicoproteínas. Uma delas é a tireoglobulina (TG), que é sintetizada pelas células foliculares que cercam o coloide; que possui muitos resíduos de tirosina, sendo o arcabouço da síntese dos hormônios.
As células foliculares concentram ativamente o iodo da alimentação, por meio da NIS (transportador simporte sódio-iodo)
A enzima tireoperoxidase, presente na membrana luminar das células foliculares, catalisa 3 reações chaves no processo:
Oxida o iodeto (I-) a iodo zero (I0), transportando-o para o interior do coloide;
Organificação do iodo: adiciona o iodo aos resíduos de tirosina, formando a MIT (monoiodotirosina) ou a DIT (diiodotirosina) – precursores da síntese de T3 e T4.
Reações de acoplamento: MIT + DIT T3
 DIT + DIT T4
Endocitose da TG (carregando MIT,DIT, T3 e T4)
Dentro da célula, hidrólise de T3 e T4 e sua liberação para circulação (muito mais T4)
MIT e DIT que não foram usados são reciclados.
Regulação da síntese por mecanismos de feedback negativo
Eixo hipotálamo-hipófise-tireóide: Aumento das concentrações de T3 e T4 no sangue inibem a liberação de TSH pela adeno-hipófise.
Ações celulares dos hormônios tireoidianos
A maioria dos efeitos são a nível genômico:
- T4 é convertido a T3 por ação de enzimas citoplasmáticas denominadas deiodinases;
- T3 interage com receptores nucleares promovendo um aumento da transcrição gênica.
Efeitos metabólicos dos hormônios tireoidianos
Aumentam a taxa de metabolismo basal de todas as células do organismo, aumentando:
- Número de mitocôndrias;
- Atividade da bomba Na+/K+/ATPase, aumentando a produção de calor e o consumo de O2 pelo organismo;
- Frequência respiratória em repouso, a ventilação por minuto e a resposta ventilatória.
Efeitos sobre o crescimento:
- Estimula ossificação endocondral, crescimento ósseo linear e maturação epifisária;
Obs.: crianças com hipotireoidismo ficam mais baixas e com hipertireoidismo mais altas.
Metabolismo de carboidratos:
- Aumenta absorção de glicose pelo trato gastrointestinal;
- Aumenta captação, oxidação e síntese de glicose.
Metabolismo de lipídeos:
- Estimula a lipólise, mobilizando ácidos graxos livres do tecido adiposo para o plasma;
- Acelera oxidação de ác. graxos pelas células;
- Estimula a síntese, oxidação e secreção biliar de colesterol.
Metabolismo de proteínas: efeito global catabólico
- Estimula a síntese e a degradação de proteínas.
Efeitos cardiovasculares: aumento da função cardíaca
- Estimulam o débito cardíaco (aumento da frequência e do débito sistólico)
- Estimulam a síntese de receptores B1 adrenérgicos no coração (aumenta atividade simpática);
- Estimulam a síntese de miosina, da Ca/ATPase no retículo sarcoplasmático, dos receptores de rianodina no retículo sarcoplasmático e inibem o contratransportador Na+/Ca+2.
Efeitos no crescimento e na maturação
- Hormônios tireoidianos são vitais para o desenvolvimento neurológico normal e formação apropriada dos ossos no feto;
- Falta na idade fetal provocam cretinismo (retardo mental e estatura pequena).
Efeitos sobre glândulas endócrinas
- Estimula a secreção da maioria das glândulas.
Efeitos no sistema nervoso
- Aumenta a vivacidade, o estado de alerta, a resposta a estímulos, a consciência à fome, a memória e a capacidade de aprendizagem
- Regulam o tônus emocional;
- Estimulam reflexos periféricos.
Doenças da tireóide
Hipertireoidismo
Excesso de T3 e T4 na circulação sanguínea.
Causas possíveis:
- Aumento da glândula tireóide;
- Presença de anticorpos (imunoglobulinas) estimuladoras do receptor de TSH: doença de Graves -> nível de TSH baixo;
- Neoplasias na tireoide (tumores produzindo T3 e T4; TSH baixíssimo);
- Tumores secretoras de TSH na adeno-hipófise (TSH muito altos);
Hipotireoidismo
Causado por uma diminuição de T3 e T4 na corrente sanguínea
Causas possíveis:
- Destruição auto-imune da glândula tireóide – dos folículos (tireoidite de Hashimoto);
- Deficiência de iodo na alimentação ( bócio, porque níveis de TSH ficam altos);
- Deficiência nos mecanismos de produção de T3 e T4 ( bócio, porque níveis de TSH ficam altos);
- Deficiência na produção do TSH pela hipófise;
- Cretinismo
Hormônios da Glândula Adrenal 
Córtex:
Zona glomerulosa: Aldosterona
Zona fasciculada: Cortisol
Medula:
Zona reticular: Andrógenos
Eixo hipotálamo – hipófise – córtex adrenal
Hipotálamo libera o hormônio hipofisiotrópico CRH através do sistema porta-hipotalâmico-hipofisário;
CRH atua nos corticotrofos da adeno-hipófise, que produzem o ACTH (hormônio adenocorticotrófico);
ACTH é tem tropismo pelas células fasciculadas do córtex adrenal;
Córtex adrenal produz cortisol (e glicocorticoides em geral).
Regulação do Cortisol 
Mecanismos de feedback negativo:
Alça curta: inibição da sua própria síntese por inibição do ACTH (atuação na adeno-hipófise);
Alça longa: inibição da sua própria síntese por inibição do CRH (atuação no hipotálamo).
Flutuação da concentração plasmática:
- O pico fisiológico de concentração plasmática de ACTH e glicocorticoides ocorre nas primeiras horas da manhã.
- Estresse físico ou neurogênico estimulam a produção de cortisol endógeno. Como o hipotálamo é um coletor de informações do organismo, em situações estressantes as células neurossecretoras são estimuladas a aumentar a circulação cortisol. Estresse crônico aumenta as concentrações “basais” de cortisol. 
Ações do Cortisol no organismo
Ação anti-inflamatória:
1.Estabiliza as membranas lisossomais
2.Diminui a permeabilidade dos capilares
3.Diminui a migração leucocitária e a fagocitose de céls. lesadas
4.Suprime o sistema imune
5.Baixa a febre diminuindo a produção de Il-1 no hipotálamo
Efeito imuno-supressor:
- Glicocorticoides são inibidores das citocinas (importantes na comunicação entre as células do sistema imune – linfócitos, plasmócitos, etc.).
Por isso, o estresse crônico (que causa concentrações supra fisiológicas de cortisol durante longo tempo) acaba levando à imunossupressão, e consequentemente à susceptibilidade a infecções em geral.
- Essa propriedade dos glicocorticoides é usada em medicamentos para doenças em que a atividade do sistema imune está anormalmente alta, como doenças autoimunes, leucemia e inclusive asma.
Efeitos metabólicos
Metabolismo dos Carboidratos: efeito geral de aumento de glicemia.
- Estímulo da gliconeogênese hepática: Estimula o fígado a aumentar a síntese de enzimas desse processo e usa como substrato para isso aminoácidos que são mobilizados do músculo (então, está associado a um efeito catabólico sobre o metabolismo proteico).
- Diminuição da captação de glicose pelos tecidos (“otimização do uso”).
Metabolismo de Proteínas
- Efeito geral catabólico em proteínas musculares: aumenta degradação de proteínas que vão para o plasma e diminui a captação de aminoácidos para síntese proteica.
- No fígado, o efeito é anabólico (proteínas da gliconeogênese).
Metabolismo de Gorduras
- Cortisol torna os adipócitos mais responsivos à ação lipolítica de outros hormônios (ex.: GH e catecolaminas) aumento dos ácidos graxos livres no plasma.
- Acentua oxidação de ácidos graxos nas células aumenta geração de energia.
Obs: Padrão lipocinético de redistribuição de gordura – distribuição anormal sob efeito do cortisol.
A nível celular: Glicocorticoides possuem receptores na membrana plasmática das células. Uma vez reconhecidos, são dimerizados e translocados para o núcleo onde interagem com elementos de resposta a glicocorticoides (uma sequência genômica capaz de reconhecer esse dímero e que regula a síntese proteica)
Outros efeitos do cortisol
- Ossos:
Aumenta a reabsorção óssea
Inibem a reabsorção intestinal e renal de Ca+2
Aumenta os níveis de PTH
Inibem a atividade osteoblástica 
(Logo, é contraindicação para quem tem osteoporose)
- Tecido conjuntivo:
Inibe a proliferação de fibroblastos ( possivelmente diminui a capacidade de cicatrização)
- Desenvolvimento fetal
Estimula o desenvolvimento normal do SNC, pele, trato gastrointestinal e pulmões
Patologias associadas ao Cortisol
Síndrome de Cushing
Provocada pelo excesso de cortisol na corrente sanguínea.
Quando síndrome de Cushing é causada pelo excesso de ACTH produzido pela adeno-hipófise, ela é chamada de doença de Cushing.
Causas:
(1) Adenomas da hipófise anterior que secretam ACTH
(2) Função anormal do hipotálamo resultando em níveis elevados de CRH
(3) Secreção ectópica de ACTH
(4) Adenomas no córtex da adrenal
(5) Uso de medicamentos (Síndrome de Cushing iatrogência)
Sintomas:
- Hiperglicemia (podendo levar a “diabetes adrenal”)
- Aumento do peso, Obesidade centrípeta (devido ao padrão lipocinético de deposição de gord.)
- Cataratas – Glaucoma (por alteraçõesem proteínas do olho)
- Desgastes musculares – Miopatias (efeito catabólico geral sobre o metabolismo proteico)
- Osteoporose (idoso) (estímulo de degradação óssea no metabolismo de Ca)
- Atraso no crescimento (utilização acima 6 meses)
- Edema – Hipertensão
- Úlceras pépticas
- Adelgaçamento da pele
- Cicatrização precária (inibe a síntese de colágeno pelo efeito sobre fibroblastos)
- Susceptibilidade a infecções (efeito imunossupressor)
- Hematomas e fragilidade capilar (redução do colágeno)
- SNC: distúrbios de humor
Hormônios do metabolismo de Cálcio
- Cálcio: Importante para os processos de contração muscular esquelética, cardíaca e lisa, para as funções do sistema nervoso e para a coagulação sanguínea.
- Níveis plasmáticos normais: ~ 10 mg/dL
- A concentração de Ca+2 extracelular é função de: Absorção intestinal de Ca+2
 Excreção renal de Ca+2
 Captação e liberação de Ca+2 pelo osso
- Estes mecanismos são regulados pelas seguintes substâncias:
Vitamina D (forma ativa: Calcitrol)
Paratohormônio (PTH)
Calcitonina (ação de contra regulação do PTH)
Metabolismo do Ca no organismo
No osso normal, há equilíbrio entre os mecanismos de síntese e degradação ósseas
Osteoclasto é proveniente de linhagens hematopoiéticas (monócitos e macrófagos). São células fagocíticas multinucleadas que atuam reabsorvendo o osso formado.
Osteoblasto produz duas citocinas: M-CSF e RANKL.
M-CSF atua sobre os receptores CSF-R nos pré-osteoclastos da linhagem dos monócitos/macrófagos, se diferenciando então em pré-osteoclastos.
RANK-L atua sobre os receptores RANK, nos próprios pré-osteoclastos, que então são estimulados à fusão e ativação em osteoclastos maduros. O RANK-L também atua sobre o osteoclasto maduro e induz a ação de enzimas lisossomais que reabsorvem a matriz óssea.
Síntese da Vitamina D ativa
A forma ativa da vitamina D é formada a partir do precursor vitamina D3 (colecalciferol ou calcitriol), ou seja, um pró-hormônio. A vitamina D3 é sintetizada pelas camadas basais da pele, com ação da radiação ultravioleta, e então liberada na circulação. Ela também pode ser ingerida (fontes ricas: peixes, derivados de leite, etc.).
Essa bioconversão de vit. D3 a vit. D ocorre em duas etapas (2 reações de hidroxilação sequenciais): 
No fígado: Vitamina D3 25-hidroxicolecalciferol 
Nos rins: 25-hidroxicolecalciferol 1,25 diOH vit. D3 (vitamina D ativa), dependente da enzima 1-a hidroxilase.
A síntese dessa enzima é passível de regulação e, por isso, a segunda etapa é chave. 
A expressão da 1-a hidroxilase é estimulada por PTH, baixos níveis de Ca+2 plasmático e baixos níveis de fostato plasmático.
DBP: Proteína de ligação à vitamina D, que a carreia na corrente sanguínea. É uma globulina lopofílica.
Quando o complexo chega à célula-alvo (sempre osteoblasto), há um receptor que é um dímero – uma subunidade reconhece a Vit. D e a outra reconhece sequências específicas do DNA que são elementos de resposta à vit. D (portanto, a ação desse hormônio também é por regulação da transcrição gênica).
Funções da Vitamina D ativa
- Aumenta a absorção intestinal de cálcio e fosfato (principal efeito fisiológico);
- Aumenta a reabsorção renal de cálcio e fosfato;
- Em concentrações menores, aumenta a deposição óssea (porque atua no osteoblasto, que sintetiza matriz óssea);
- Em concentrações altas promove reabsorção óssea (porque atua no osteoblasto, que também atua na diferenciação/maturação/ação do osteoclasto, que por sua vez é responsável pela mobilização óssea no osso), apresentando efeito sinérgico com o PTH aumento da calcemia.
Absorção fisiológica de Ca no intestino
Pode ser feita de duas formas: pelo meio do enterócito ou pelo espaço entre eles.
A vitamina D atua no primeiro caso, aumentando a expressão de todas essas proteínas:
- Canais permeáveis a Ca na memebrana luminal do enterócito.
- Calbidina: proteína de ligação a Ca que mantém a diferença de concentração de cálcio (intracelular sempre muito menor)
- Na membrana oposta do enterócito há uma Cálcio ATPase, que bombeia para fora (para ser recolhida pelos vasos).
Hormônio paratireóideo (Paratormônio ou PTH)
- As células principais das glândulas paratireoides que o produzem têm sensores de Ca muito sensíveis às variações de cálcio plasmático:
Calcemia baixa estímulo à liberação do PTH
PTH aumenta as concentrações plasmáticas de Ca:
(1) Aumentando a reabsorção do Ca nos túbulos renais;
(2) Atua no osteoblasto aumentando a atividade dos osteoclastos promovendo a reabsorção óssea e a liberação de Ca livre na corrente sanguínea.
(3) Estimula a expressão de 1a -hidroxilase na célula epitelial renal aumentando a formação de vitamina D ativa aumentando indiretamente a absorção intestinal de cálcio; 
Patologias relacionadas ao metabolismo hormonal de cálcio
Raquitismo
- Não há cálcio suficiente para a deposição óssea, gerando má formação. Acomete principalmente crianças.
- Níveis diminuídos de cálcio e fosfato extracelular (por baixa presença de vitamina D).
- Enfraquecimento ósseo (aumento compensatório na secreção de PTH leva a uma maior mobilização óssea pelos osteoclastos).
- Sintomas:
Tetania, convulsões, fraqueza muscular;
Pernas arqueadas, deformações na coluna e caixa torácica;
Atraso na erupção dentária;
Atraso no fechamento das fontanelas;
Tendência aumentada para fraturas (ossos facilmente quebrados).
Osteomalácia
- Enfraquecimento ósseo em adultos por deficiência de vitamina D.
- Sintomas: Fraqueza muscular, dores e deformidades progressivas na coluna vertebral.
- Causas: Diarreia com eliminação da vitamina D;
 Insuficiência renal (incapacidade de formação da vitamina D ativa).
Hipoparatireoidismo
- Causas: Insuficiências das glândulas de secretarem o PTH
Secundária à tireoidectomia
Agenesia das glândulas paratireoideas
Hipoparatireoidismo idiopático - Ac contra os sensores de Ca na glândula
- Sintomas: Níveis de cálcio plasmáticos caem
Níveis de fosfato plasmáticos sobem
Tetanismo (espasmo muscular)
Casos mais graves espasmos dos musculos da laringe e morte
- Tratamento: Reposição do PTH (muito caro e ineficiente, meia vida curta, desenvolvimento de anticorpos anti PTH)
Administração de sais de Ca+2i.v. (emergência)
Vitamina D em doses muito altas com suplementação de calcio na dieta.
Hiperparatireoidismo primário
- Causado por tumores na glândula paratireóide
- Levam à supersecreção de PTH
- Sintomas: Hipercalcemia
Aumento da reabsorção óssea (fraturas)
Aumento da excreção urinária de cálcio e fosfato
Formação de sais de fosfato de cálcio na urina (nefrolitíase de repetição)
Depressão do SNC, constipação, fraqueza muscular
Úlcera péptica
Hiperparatireoidismo secundário
- Aumento da secreção de PTH em resposta aos baixos níveis de cálcio extracelulares (hipocalcemia)
- Baixos níveis de cálcio são causados por:
Insuficiência renal crônica (principal causa)
Deficiência de vitamina D
Má absorção intestinal de Ca+2
Ingestão insuficiente de Ca+2
Osteoporose
- Aumento da reabsorção óssea e diminuição da deposição óssea
- Aumento da atividade dos osteoclastos e atividade dos osteoblastos diminuída.
- Causas:
1.Ausência de estresse físico sobre os ossos
2.Desnutrição (não há formação de matriz proteica)
3.Falta de secreção de estrogênio após a menopausa.
4.Velhice
5.Síndrome de Cushing
OBS: Efeitos da HIPOCALCEMIA hiperexcitação do sistema nervoso (geração de PAs espontâneos) e tetania.
Efeitos da HIPERCALCEMIA depressão do sistema nervoso central e dos músculos; úlceras pépticas, cálculos renais e biliares, calcificação de tecidos moles.

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