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EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA E SUCESSOES DA COMARCA ....DE FORTALEZA – CE
 JULIA, e CARLA, ambas menores impúberes, representadas por sua genitora, XXXX, inscrita no RG, nº.... com inscrição no CPF, nº....., ambas residente e domiciliadas na Rua: ........, Nº....., bairro,......, CE, com CEP: ........-...; vêm respeitosamente à presença de Vossa Excelência; através de sua advogada nomeada que ao final assina, (Ut instrumento de mandato, ofício-nomeação e declaração anexo), com fundamento no artigo 335 do Código d Processo Civil, propor a presente:
CONTESTAÇÃO
 Em Ação de Revisão de Alimentos processo, Nº: ........, que lhe move, SILVIO, brasileiro, separado, advogado, portador do RG n.º ..... e do CPF n.º ....., residente e domiciliado na Rua ....., n.º ....., Bairro ....., Cidade ....., Estado de Fortaleza/CE com CEP: ....., pelos motivos de fato e de direito a seguir, 
Da Justiça Gratuita
 Inicialmente afirma o Alimentante, nos termos do art. 5º, LXXIV da Constituição Federal, Lei 13.105/2015 - artigo 98 seguintes, que não possui condições de arcar com a custa judicial e honorária advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta declaração de hipossuficiência. – (doc. Em anexo).
 
PRELIMINARMENTE
INÉPCIA DA INICIAL
 O artigo 319 do Código de Processo Civil, em seus incisos, estabelece os requisitos indispensáveis da petição inicial, constando expressamente no inciso "VI" do preceptivo, que a peça vestibular deverá indicar as provas com que o requerente pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados.
 A observância de tais requisitos é de primazia importância para o satisfatório desenvolvimento e deslinde da demanda, principalmente na indicação das provas, pois são através delas que o requerente define a amplitude e o embasamento do direito reclamado.
 No caso em comento, faltando o requisito da indicação das provas pelas quais pretende o requerente demonstrar a verdade dos fatos, inepta é a inicial, pelo que requer digne-se Vossa Excelência de acolher a preliminar arguida, por conseguinte, decretar a extinção do processo nos termos do artigo 267, inciso I, do Código de Processo Civil, com a consequente condenação da parte sucumbente nas custas processuais e honorários advocatícios.
DO MÉRITO
 Na questão de fundo, melhor sorte não assiste ao requerente, pois caso contrário à obrigação alimentar será imposta única e exclusivamente a genitora das requeridas, fazendo-se letra morta de todo ordenamento jurídico, sobretudo das disposições legais e constitucionais que atribuem aos pais (leia-se, pai e mãe) o dever de prover o sustento dos filhos menores.
 Cediço quanto à matéria, que os alimentos compreendem não apenas o sustento "... como também o vestuário, habitação, assistência médica em caso de doença, enfim, de todo o necessário para atender às necessidades da vida..." (Silvio Rodrigues, Direito Civil, vol. 6, Dir. de Família, pág. 378, editora Saraiva, 1991), - e ao requerente não é permitido se esquivar de contribuir de maneira digna para o sustento de seus filhos, pois conforme disposição constitucional expressa no art. 229, é dever de ambos os pais, assistir, criar e educar os filhos menores.
 Nesse ponto, é preciso levar ao conhecimento do Juízo que a genitora das requeridas está desempregada, nada recebendo a título de salário, tanto é verossímil, que reside juntamente com sua genitora, a Sra. ............., conforme cópia da Carteira de Trabalho Profissional inclusa.
 Ademais, importante esclarecer que a genitora das requeridas também possui gastos no que condiz a energia elétrica e água, que somados chegam à quantia de pouco mais de R$ .......... mensais.
Outrossim, a título de esclarecimento, a genitora vem sustentando as filhas menores, as quais contam, atualmente com 06 e 08 anos de idade.
 Ainda, desde a homologação do divórcio na data de 12/02/2005, restou pactuado a título de pensão alimentícia que o ora requerente, pagaria o pagamento no valor correspondente a 05 (cinco salários mínimos mensais), somente nos meses de julho e agosto do corrente ano.
 A genitora das requeridas, custeou com medicamentos para as mesmas a quantia de R$ 3.800,00, (tres mil e oitocentos reais), ficando sem dinheiro para, sequer, para cobrir outras despesas como: mensalidade e transporte escolar, agua, luz, gás e tv a cabo para as menores e outras despesas para manutenção e conforto das meninas menores. (Recibos em anexo).
 Além disso, insta ressaltar, a mesma vem gastando mensalmente cerca de R$ 3.500,00 (trem mil e quinhentos reais mensais), a título de aquisição de alimentos para as filhas menores, que estão em fase de crescimento, necessitando de cuidados especiais.
 Se é certo que a situação do requerente não é confortável, não menos certo é afirmar que a redução da pensão privaria as requeridas do mínimo necessário a sua subsistência, inclusive dos alimentos na acepção da palavra.
 Tanto é verdade o aduzido, que chama atenção o §único do art. 27 da Lei 6.515/77 ao dispor que o novo casamento de qualquer dos pais ou de ambos também não importa restrição a esses direitos e deveres, açambarcando a regra a convivência sob a forma de concubinato. Daí os seguintes julgados:
"Se o alimentante pode suportar novos encargos com a constituição de nova família, que o faça, mas sem a exclusão ou redução dos anteriores, aos quais, por lei, está obrigado" (TJPR - 4ª CC, 23.02.1983, RT 580/192; 18.06.1986, Paraná Jud. 19/169).
"Se o autor resolveu assumir novos encargos, constituindo nova família, é porque tinha condições econômicas de mantê-las, não podendo valer-se do novo casamento que contraiu para obter diminuição da pensão que vem pagando às filhas" (TJSP - 4ª CC, AC 106.146-1, 08.12.1988).
 Em síntese, cai por terra o argumento de que a constituição de nova família por si só é capaz de conduzir a redução do encargo alimentício. Por seu turno, não existe sequer prova nos autos de que a companheira do requerente não é pessoa apta ao trabalho, de forma a ser sustentada pelo companheiro.
 Destarte, em ..... de ......... de ......., houve, por força de outra Ação Revisional de Alimentos, a redução da pensão alimentícia aos atuais 80% (oitenta por cento) do salário mínimo, quantia que nem de perto é suficiente para atender as necessidades básicas das requeridas.
 Por derradeiro, não é demais acentuar, que SÃO DUAS FILHAS AS CREDORAS DA PENSÃO ALIMENTÍCIA, E A REDUÇÃO PARA POUCO MAIS DE UM SALÁRIO MÍNIMO, IMPORTARIA NA QUANTIA DE R$ 1.000,00. que SE APRESENTA EXCELÊNCIA, IRRISÓRIA!
DOS PEDIDOS
 Em face do exposto, impugnados todos os termos da inicial, requerem seja julgado improcedente o pedido de revisão de pensão alimentícia, permanecendo incólumes os valores devidos a título de alimentos às requeridas, condenando o requerente no pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios.
 Provarão o alegado por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente o depoimento pessoal do requerente, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas oportunamente arroladas, juntadas de documentos, etc. Protestam por outras provas.
Nesses Termos,
Pede Deferimento.
Fortaleza, 04 de novembro de 2018
Dra Thais Cesário
 OAB xxx

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