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Aula 2 Critérios Para Uma Oclusão Funcional Ideal

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AULA 2 - CRITÉRIOS PARA UMA OCLUSÃO FUNCIONAL 
IDEAL 
Oclusão – Relação entre os dentes mandibulares e maxilares quando em 
contacto funcional durante a atividade da mandíbula (definição odontológica). 
 
HISTÓRIA DO ESTUDO DA OCLUSÃO 
Oclusão Balanceada – Edward Angle (1899): 
• 1º conceito significativo para descrever a oclusão funcional ideal 
• Defendia os contactos do balanceio bilateral (contactos bilaterais e 
simultâneos durante todos os movimentos de lateralidade e protusão 
(excêntricos); 
• Desgaste dentário -> GC, FC, OB -> predomínio dos ciclos de mastigação 
horizontais -> desenvolvimento dos maxilares. 
Surgiu controvérsia quanto à utilidade da oclusão balanceada na dentição 
normal. Assim desenvolveu-se o conceito de contacto unilateral excêntrico 
aplicado à dentição natural. Este sugeria que contactos laterotrusivos e 
contactos protusivos devem ocorrer somente nos dentes anteriores, em que: 
• Movimentos de lateralidade – Guia canina; 
• Movimentos de protusão – Guia anterior. 
O termo gnatologia foi primeiramente utilizado aqui. 
Gnatologia – Ciência exata do movimento mandibular e resultante dos 
contactos oclusais. 
 
Oclusão individual dinâmica – anos 70: 
Desenvolveu-se o conceito de Oclusão individual dinâmica: 
• Conceito centrado na saúde e funcionamento do sistema 
estomatognático e não numa configuração oclusal específica; 
• A configuração oclusal é considerada fisiologicamente aceitável se as 
estruturas do SE funcionam eficientemente e sem patologias, não 
importando os contactos dentais específicos. 
A oclusão funcional ideal aparece como um conjunto de características de 
oclusão que minimizam a possibilidade de ocorrência de patologias. 
CRITÉRIOS PARA UMA OCLUSÃO FUNCIONAL IDEAL 
Quando em posição de encerramento, a mandibula contacta o resto do crânio 
em 3 posições distintas: 
• Dentes; 
• As duas articulações temporo-mandibulares. 
Como os músculos de encerramentos têm 
elevado potencial para danificar estas 3 regiões, é 
necessária uma posição ortopédica ótima – 
Relação cêntrica. 
Relação cêntrica – Relação intermaxilar em que os 
côndilos estão na sua posição mais ântero-
superior da fossa mandibular, apoiados nas 
vertentes posteriores das eminências articulares, 
com os discos articulares adequadamente 
interpostos entre as superfícies articulares e 
independentes dos contactos dentários. 
 
O que confere uma posição ortopedicamente estável: 
• O disco articular é composto tecido conjuntivo fibroso denso não 
vascularizado ou inervado, suportando grandes forças sem danos ou 
estímulos de dor; 
• Estabilidade posicional da articulação é conferida pelos músculos: 
▪ Cruzam a articulação e previnem a sua 
deslocação. A direção das fibras dos 
músculos definem a posição 
ortopedicamente estável de 
funcionamentos da articulação. 
• Na posição mais estável da ATM, os músculos 
elevadores da mandibula são os principais 
estabilizantes da articulação 
▪ Os músculos masséter e pterigoide medial 
exercem forças dirigidas ântero-
superiormente; 
▪ O músculo temporal eleva os côndilos 
superiormente 
▪ O músculo pterigoide lateral inferior também contribui para a 
estabilização da articulação. 
• Em posição postural, não havendo influência da condição oclusal os 
côndilos são estabilizados pelo tónus muscular dos elevadores e do 
musculo pterigoide lateral inferior; 
▪ Os músculos temporais posicionam os côndilos superiormente na 
fossa; 
▪ Os masséteres e pterigoides mediais posicionam os côndilos 
ântero-superiormente; 
▪ Os pterigoides laterais inferiores posicionam os côndilos 
anteriormente contra a vertente posterior da eminência articular. 
Assim, aposição ortopedicamente estável é também considerada uma posição 
músculo-esquelética estável, pois quando ocorre uma forte contração dos 
músculos elevadores, a estabilidade é mantida. 
 
Critérios referentes aos dentes 
Para uma oclusão funcional ideal: 
• Estabilidade oclusal deve ser compatível com a posição articular 
fisiológica; 
• A oclusão deve ter a capacidade de suportar a intensidade das forças 
mastigatórias. 
Estabilidade oclusal deve ser compatível com a posição articular fisiológica 
O tipo de contacto oclusal influência o controlo muscular da posição muscular. 
• Quando o fechamento da mandíbula na posição músculo-esquelética 
estável cria uma condição oclusal instável, o sistema neuromuscular inicia 
uma ação muscular apropriada para localizar a posição mandibular que 
resulta numa condição oclusal mais estável. 
A posição músculo-esquelética estável das articulações só pode ser mantida 
quando em harmonia com uma condição oclusal estável. 
 
Condição oclusal estável – Condição que permite o funcionamento efetivo 
minimizando danos aos componentes do sistema mastigatório. 
 
As condições oclusais estáveis podem ser delineadas segundo as seguintes 
condições: 
1. Um paciente tem apenas os primeiros molares direitos: 
• Ao fechar a boca, estes dentes proporcionam as 
únicas paragens oclusais para a mandíbula. Como 
só há contacto no lado direito, a posição 
mandibular vai ser instável e as forças de oclusão 
pela musculatura vão provocar um fechamento 
maior do lado esquerdo provocando a sua 
deslocação para este lado. Esta condição não 
confere estabilidade mandibular suficiente para 
um funcionamento efetivo. Há um grande risco de 
colapso das articulações, dentes e estruturas de 
suporte quando aplicadas grandes forças nestes. 
2. Paciente com apenas os quatro primeiros molares: 
• Quando tem a boca fechada há contacto entre os 
primeiros molares nos dois lados. Havendo 
contacto dos dois lados, quando é exercida força 
muscular nos dentes, a força é repartida 
bilateralmente, diminuindo o choque em cada 
dente. Esta condição oclusal é mais estável que a 
anterior pois a oclusão bilateral dos molares 
confere maior estabilidade mandibular. 
3. Paciente com apenas os oito primeiros e segundos molares: 
• Quando a boca fecha os molares esquerdos e direitos tocam-se. 
Havendo contacto de ambos os lados, quando a força muscular é 
aplicada os contactos bilaterais dos molares devido aos dentes 
adicionais ajudam a diminuir a força aplicada em cada dente, 
diminuindo potenciais danos. Esta condição fornece uma maior 
estabilidade que as condições anteriores. 
Conclusão: 
Uma condição oclusal ideal durante o fechamento da mandíbula deve ser 
fornecida pelo contacto simultâneo e homogéneo de todos os dentes possíveis 
quando em relação cêntrica. 
As ausências dentárias impedem a oclusão mutuamente protegida e oclusão 
mutuamente compartida (fundamentais para uma oclusão ideal). 
 
Oclusão com capacidade de suportar a intensidade das forças mastigatórias. 
Observações aquando da análise das estruturas de suporte que envolvem os 
dentes: 
1. Os tecidos ósseos não suportam forças de pressão. 
• Ao aplicar-se uma força no osso, o tecido ósseo vai absorver essa 
força 
• Como os dentes estão constantemente a receber forças oclusais, 
um ligamento periodontal – fibras de colagénio de tecido 
conjuntivo - está presente entre a raiz do dente e o osso alveolar 
para ajudar no controlo destas forças. 
• O ligamento periodontal é capaz de converter uma força 
destrutiva de pressão numa força aceitável de tensão, isto é, os 
ligamentos suportam a força de pressão e geram tensão no osso 
(puxam este), estimulando assim a formação óssea. 
2. Os ligamentos periodontais aceitam várias direções das forças oclusais. 
• Quando um dente é contactado numa cúspide ou numa superfície 
relativamente plana como uma crista de uma ponte ou o fundo deuma fossa, a força resultante é dirigida verticalmente pelos seus 
longos eixos. As fibras de ligamento periodontal estão alinhadas 
de maneira a que esta força seja aceite e dissipada 
homogeneamente. 
• Quando um dente recebe uma força inclinada, a força resultante 
não é distribuída pelo seu logo eixo, sendo 
incorporado um componente horizontal que 
provoca um deslocamento, uma vez que as 
fibras de ligamento não se encontram 
alinhadas de forma a controlar estas forças, 
então algumas fibras de ligamento periodontal 
vão sofrer forças compressivas e outras 
recebem forças distensivas, provocando 
deslocamento por dissipação insuficiente da 
força. 
 
Carga axial – processo de dirigir as forças oclusais 
através do longo eixo do dente. 
 
O processo de direcionar forças pelos longos eixos do dente consegue-
se por dois métodos: 
A. Desenvolvimento de áreas de contacto entre os ápices das 
cúspides e superfícies relativamente lisas e perpendiculares ao 
longo eixo do dente. 
B. Método da tripodização – requer que cada cúspide que contacta 
uma fossa oposta esteja de tal maneira desenvolvida que produza 
3 contactos ao redor da ponta de cúspide verdadeira. 
 
Ambos os processos eliminam forças fora do eixo. 
 
 
Critérios referentes à ATM 
A ATM permite excursões laterais e protrusivas, as quais permitem os dentes 
contactarem durante diferentes tipos de movimentos excêntricos. Estas 
excursões laterais permitem que forças horizontais que não são bem aceites 
sejam aplicadas aos dentes. Assim, alguns dentes têm de suportar estas forças 
de forma a permitir os movimentos da mandíbula. 
Construção do critério para a oclusão funcional ideal: 
Contactos homogéneo e simultâneos de todos os dentes possíveis quando os côndilos 
mandibulares se encontram na porção mais ântero-superior da fossa mandibular, em 
relação com a vertente posterior das vertentes articulares, com os discos apropriadamente 
interpostos. 
Cada dente deve contactar de tal forma que as forças do fechamento sejam dirigidas através 
do longo eixo do dente. 
 
• Os movimentos verticais da mandíbula são comparáveis a um quebra-
nozes. Quando esta é colocada perto da dobradiça, a força exercida na 
noz é maior. O mesmo se passa com a mandíbula, sendo o efeito dos 
músculos masséter e pterigoide medial maior nos dentes posteriores. A 
ATM constitui, no entanto, uma articulação livre capaz de movimentos 
horizontais para além de verticais e quando uma força muito forte é 
induzida nos dentes posteriores, a mandibula move-se no eixo ântero-
posterior de forma a criar uma relação oclusal ideal para a cumprir a 
tarefa. O movimento frontal dos côndilos cria uma posição mandibular 
instável que é estabilizada pela ação de grupos musculares como os 
pterigoides laterais inferiores e superiores e os temporais. Disto retira-se 
que grandes forças aplicadas nos dentes podem provocar mudanças 
patológicas: 
▪ Conclusão - os danos provocados pelos movimentos horizontais 
excêntricos têm de ser absorvidos pelos dentes anteriores de 
forma a preservar os dentes posteriores. Examinando os dentes 
anteriores, fica óbvio que os dentes caninos são mais aptos a 
absorver estas forças: 
▪ Têm raízes mais longas e por isso a melhor razão coroa/raiz; 
▪ São rodeados por tecido ósseo mais denso, tolerando 
melhor as forças do que o tecido ósseo medular envolvente 
dos dentes posteriores; 
▪ Há menor ação muscular quando os caninos contactam em 
movimentos excêntricos, diminuindo as forças resultante 
nos dentes. 
 
 
A guia em função de grupo é a alternativa à guia 
canina mais favorável. 
▪ A guia em função de grupo mais favorável 
consiste no canino, nos pré-molares e por 
vezes as cúspides mesiovestibulares do 
primeiro molar. 
 
Guia 
Canina

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