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CONTRATO DE COMODATO

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Prévia do material em texto

Autores: 
André Luís Alves Olivares - matrícula: 18202578
Carolayne Gomes de Oliveira Santos -matrícula: 18202022
Jose Carlos Pires Dantas Junior - matrícula: 18104220
Matheus Schuller Da Silva Araújo - matrícula: 18203365
Márcia Maria Da Paixão Lopes - matrícula: 18201973
Maristela Vidal Nunes - matrícula: 18104109
Mirian Cristina Duarte Vizeu – matrícula: 18104213
Marcelo Batista Nápole Rodrigues – matrícula 18104276
Anderson da Conceição Barreto de Melo – matrícula 15202211
CONTRATO DE COMODATO
Introdução
Trata-se de uma das modalidades de empréstimo. O comodato se caracteriza pela cessão de bem infungível e inconsumível, em que a coisa emprestada deverá ser restituída findo o contato.
Empréstimo: É um negócio jurídico através do qual uma pessoa entrega uma coisa à outra, de forma gratuita. Gênero que apresenta duas espécies, alem do comodato, a modalidade mútuo.
Histórico
A origem do comodato remonta à história primitiva da humanidade. Segundo Francisco Cavalcanti Pontes de Miranda existem referências ao empréstimo de uso até mesmo antes de Cristo, mas não à figura jurídica do comodato, permanecendo no meio das relações sociais da amizade e da benevolência.
No ordenamento jurídico brasileiro vem consagrado primeiramente no código civil de 1916 nos artigos 1.248 a 1.255 permanecendo após a edição e promulgação do então vigente código civil de 2002 nos artigos 579 a 585.
Os autores Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho consagram em seu manual de Direito Civil que expressão comodato originou-se provavelmente da locução latina commodumdatum, o comodato era assim chamado "porque se dava a coisa para cômodo e proveito daquele que a recebia”.
Tal posse se perfaz de forma precária sendo lícita a concessão de posse de uma coisa a ser restituída quando o proprietário reclamar, podendo o comodatário utilizar sem prazo determinado e por ser de natureza instável e sem animus domini (intenção de atuar como dono) não haverá que se falar em aquisição por usucapião.
Características do comodato
Contrato unilateral, benéfico e gratuito em que alguém entrega a outra pessoa uma coisa infungível, para ser utilizada por determinado tempo e devolvida findo o prazo contratual. Essa modalidade de contrato pode ter por objeto bens móveis ou imóveis, pois ambos podem caracterizar-se como infungíveis.
A parte que empresta a coisa é denominada comodante, enquanto a que recebe é o comodatário. O contrato é intuitu personae, baseado na fidúcia, na confiança do comodante em relação ao comodatário. Não exige sequer forma escrita, sendo contrato não solene e informal.
Em regra, terá como objeto, bens não fungíveis e não consumíveis, no entanto a doutrina aponta a possibilidade de o contrato ter como objeto bens fungíveis utilizados para enfeite ou ornamentação, sendo denominado comodato ad pompamvelostentationem. 
É o que ocorre por exemplo, quando alguém vai dar uma festa e pede a outro garrafas de wisk caro para ostentar no bar, sabendo o mesmo que não irá beber, nem servir aos convidados apenas ostentar um bar com bebidas de auto valor comercial, hipótese em que as partes tem o condão de transformar coisa fungível por natureza em coisa infungível, pois só dessa maneira, será possível findo o comodato, a restituição da mesma coisa que foi emprestada.
Os artigos 579 a 585 do novo código civil assentam as regras para essa modalidade de empréstimo:
Art. 579 CC. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a tradição do objeto.
• Gratuito: Não há qualquer contraprestação do comodatário, ou seja, o contrato é não oneroso.
Percebe-se que o contrato é gratuito, eis que não há qualquer contraprestação do comodatário. Entretanto, no empréstimo de uma unidade em condomínio edilício, pode ser convencionado que o comodatário pagará as despesas de condomínio. Isso, contudo, não desfigura ou desnatura o contrato, pois a onerosidade do comodatário é inferior à da contraprestação, havendo um comodato modal ou com encargo. (DINIZ, Maria Helena. Curso. 2005, p 326; GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito civil..., 2007, p. 311).
• Infungível: Em regra o comodato terá como objeto bens infungíveis e não consumíveis. Entretanto, a doutrina aponta a possibilidade de o contrato ter como objeto bens fungíveis utilizados para enfeite ou ornamentação, sendo denominado comodato ad pompam vel ostentationem. Ilustrando, esse contrato está presente quando “se empresta uma cesta de frutas ou garrafas de uísque para ornamentação ou exibição numa exposição, hipótese em que a convenção das partes tem o condão de transformar a coisa fungível por sua natureza em infungível, pois só dessa maneira será possível, findo o comodato, a restituição da mesma coisa que foi emprestada. Nessa última hipótese ter-se-á o “comodatum pompae vel ostentationis causa” (DINIZ, Maria Helena, Curso..., 2005, p. 326. Nesse sentido: GONÇALVES, Carlos Roberto, Direito civil..., 2007, p. 313). Destaque-se que a categoria interessa mais à doutrina do que a pratica.
• Tradição: O comodato é um contrato real, portanto só se torna perfeito quando o comodante entrega o bem ao comodatário.
O artigo 579 do CC é claro ao prever que o comodato perfaz-se com a tradição do objeto, com a sua entrega, o que denota a sua natureza real. Quanto à possibilidade de celebração de promessa de comodato, é de se responder positivamente como Marco Aurélio Bezerra de Melo, enquadrando a hipótese dentro dos contratos preliminares (arts. 462 a 466 do CC). Entende esse doutrinador que não havendo a entrega da coisa, estará presente somente a promessa de empréstimo, figura negocial atípica (Novo Código Civil...,2004, p. 256). 
Existe uma limitação no contrato de comodato, que se traduz no artigo 580 do cc.
Não podem figurar como comodante nesse contrato as pessoas mencionadas no referido artigo, por trata-se de falta de legitimidade para dar em comodato. Pesa contra elas um impedimento circunstancial ou especifico, criado pelo legislador com objetivo de proteger o interesse de pessoas em situação especial, como tutelados e curatelados.
Art. 580. Os tutores, curadores e em geral todos os administradores de bens alheios não poderão dar em comodato, sem autorização especial, os bens confiados à sua guarda.
Flavio Tartuce na sua doutrina faz uma referencia ao exemplo que ocorre no art. 497 do cc. Aplicável a compra e venda, trata-se de uma limitação à liberdade de contratar. Para que essa venda seja realizada é preciso haver autorização do próprio dono ou autorização judicial, ouvido o Ministério Publico se o negócio envolver interesse de incapaz
Art. 497. Sob pena de nulidade, não podem ser comprados, ainda que em hasta pública:
I - Pelos tutores, curadores, testamenteiros e administradores, os bens confiados à sua guarda ou administração;
Neste caso ou o dono do bem tem que dar uma autorização especifica ao administrador, ou no caso de incapacidade, ou tutor ou curador tem que pedir autorização judicial, inclusive devendo ser ouvido o Ministério Publico
O Art. 581 do cc/2002, O contrato de comodato é um contrato apontado como um negócio temporário, se o empréstimo for perpétuo transforma- se em doação. É fixado com prazo determinado ou indeterminado. Se o contrato não tiver prazo convencional (prazo determinado),
Será presumido para o uso concedido, para o fim a que se destinava ex.: o empréstimo de maquina agrícola entende-se efetivado para determinada safra, finda a qual devem ser restituídas. Se o comodatário falecer antes disso, não se permite ao comodante reclamar dos herdeiros dele a devolução do bem emprestado. Já se é uma cadeira de rodas, verbi gratia, a um doente em recuperação, e este vem a falecer durante o tratamento, pode o comodante, por haver cessado o motivo determinante do uso concedido, reclamar dos herdeiros a restituição do objeto emprestado. Nesse caso não pode o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente reconhecida pelo juiz, suspender o uso e gozo da coisa emprestada ao comodatário. Aúltima regra vale também para o contrato celebrado com prazo determinado. Em outras palavras, antes de findo o prazo do uso concedido, não poderá o comodante rever a coisa, em regra. O desrespeito a essa regra deve gera o pagamento de perdas e danos que o caso concreto determinar. A princípio, quanto ao comodato com prazo determinado, findo esse, será devida a devolução da coisa, sob pena de reintegração de posse e sem prejuízo de outras consequências previstas em lei. Podendo haver mora automática do devedor (mora exre), nos termos do art. 397 cccaput . Aplica-se a máxima dieisinterpellat pro homine( o dia do vencimento interpela a pessoa).
Art. 582. O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante.
Obrigação de conservar a coisa
Tópicos:
O comodatário deve “conservar, ‘como se sua própria fora’, a coisa emprestada”, evitando desgastá-la (CC, art. 582).
Desta forma, cabe ressaltar que ele, o comodatário não poderá alugar a coisa, nem emprestá-la sem autorização.
A obrigação de conservar a coisa 
Emerge a de responder pelas despesas de conservação ou aquelas que são necessárias, não podendo recobrar do comodante as comuns, “feitas com o uso e gozo da coisa”, como a alimentação do animal emprestado, por exemplo, (art. 584). As despesas extraordinárias devem ser comunicadas ao comodante, para que as faça ou o autorize a fazê-las.
Já decidiu o Superior Tribunal de Justiça que os gastos somente serão indenizáveis se urgentes e necessários, classificando-se como extraordinários. Preceitua, ainda, o art. 583 do Código Civil que, em caso de perigo, preferindo o comodatário salvar os seus bens, “abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir” o evento “a caso fortuito, ou força maior”. A obrigação de conservar e manter a coisa traz como consequência a responsabilidade do comodatário pelo dano que lhe advenha. Como não basta um cuidado elementar, devendo dela cuidar com tanta ou maior solicitude do que dos seus próprios bens, responde não apenas por dolo, mas por toda espécie de culpa, mesmo a levíssima; não, porém, pelo que a ela ocorrer em razão do uso normal ou pela ação do tempo, nem pelo fortuito ou força maior.
Obrigação de usar a coisa de forma adequada 
O comodatário não pode “usá-la senão de acordo com o contrato, ou a natureza dela, sob pena de responder por perdas e danos” (CC, art. 582). Se o contrato não traçar as regras e os limites de sua utilização, serão eles dados pela natureza da coisa
O uso inadequado constitui, também, causa de resolução do contrato. A propósito, preleciona Washington de Barros Monteiro, com suporte na jurisprudência: “Se o contrato diz respeito, por exemplo, a um automóvel emprestado para curtos passeios na cidade, não pode o comodatário empregá-lo em longas viagens pelo interior”. 
Obrigação de restituir a coisa
 Deve a coisa ser restituída no prazo convencionado, ou, não sendo este determinado, findo o necessário ao uso concedido. Assim, se alguém empresta um trator para ser utilizado na colheita, presume-se que o prazo do comodato se estende até o final desta. O comodatário que se negar a restituir a coisa praticará esbulho e estará sujeito à ação de reintegração de posse, além de incidir em dupla sanção: responderá pelos riscos da mora e terá de pagar aluguel arbitrado pelo comodante durante o tempo do atraso (CC, art. 582, segunda parte). Não cabe, no caso, ação de despejo, por inexistir relação exlocato (relação locatícia) entre as partes. Em regra, o comodatário não responde pelos riscos da coisa. Mas, se estiver em mora (((Considera-se em mora o devedor(COMODATARIO) que não efetuar o pagamento e o credor(COMODANTE) que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção estabelecer.))), responde por sua perda ou deterioração, ainda que decorrentes de caso fortuito (art. 399). A expressão aluguel vem sendo interpretada como perdas e danos, arbitradas pelo comodante, não transformando o contrato em locação. Pode este arbitrar o valor desse aluguel na petição inicial ou no curso da ação possessória. Somente por exceção pode o comodante exigir a restituição da coisa antes de findo o prazo convencionado ou o necessário à sua utilização: em caso de necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz (art. 581), como visto no item anterior.
Art. 583. Se, correndo risco o objeto do comodato juntamente com outros do comodatário, antepuser este a salvação dos seus abandonando o do comodante, responderá pelo dano ocorrido, ainda que se possa atribuir a caso fortuito, ou força maior.
O comodatário não pode, no entanto, dar preferência à salvação de suas próprias coisas, dando prejuízo da coisa que tomou de empréstimo, sob pena de responder por perdas e danos, inclusive os advenientes de caso fortuito ou força maior.
Ex: Pego emprestado um aparelho da Sky, ocorre uma enchente e inunda a minha casa, consequentemente danificando o aparelho.
Terei que pagar o preço do aparelho ao comodante
Art. 584. O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso e gozo da coisa emprestada.
Art. 585 – Se duas ou mais ou mais pessoas forem simultaneamente comodatárias de uma coisa, ficarão solidariamente responsáveis para com o comodato.
Responsabilidade solidária: ou seja: havendo mais de um comodatário, todos eles se obrigam por igual às mesmas responsabilidades.
É essencialmente temporário:
 Se prazo determinado ou indeterminado:
Se indeterminado, presume-se que o prazo seja o necessário ao uso da coisa, podendo ela ser retomada pelo comodante quando lhe aprouver.
Se determinado, o prazo deve ser respeitado por amas as partes, sob pena de multa contratual, a menos que o comodante comprove em juízo a necessidade de reaver a coisa.
Bem como não podendo alugá-la ou emprestá-la (podendo caracterizar estelionato – art 171 do CP) – Jurisprudência: RT 432:206;AI112:630 RT 487:75- caso o terceiro perda ou cause danos ao bem, o comodatário responderá pelos prejuízos e tendo direito de reaver do terceiro, o valor que pagou ao comodante.
Bibliografias: 
https://www.revistas.usp.br/rfdusp/article/view/67916
http://walingtonjr.blogspot.com/2012/03/emprestimo.html
https://www.direitocom.com/codigo-civil-comentado/artigo-583-4
Gonçalves, Carlos Roberto Direito civil esquematizado®, v. 2 / Carlos Roberto Gonçalves ; 
Lenza, Pedro. Direito civil 2. I Coleção esquematizado – 4. ed. – São Paulo: Saraiva, 2016. II. Título. CDU-347(81);
Tartuc, Flávio: Manoal do Direito Civil: volume único. 7 ed. Ver. e ampl. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: Método, 2017.

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