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Controladoria Unidade III Visão Sistêmica da Empresa e Modelo de Gestão Prof. Lucas Rebouças Guimarães A Empresa como um Sistema Aberto • Uma empresa é considerada como um sistema aberto por interagir com a sociedade e essa interação ocasionar influências nas pessoas, no aumento dos padrões de vida e no desenvolvimento da sociedade. (Padoveze, 2011). • A empresa como um sistema aberto e a existência de variáveis que podem influenciar a gestão e consequentemente, a tomada de decisões (pode ser visualizada na figura do próximo slide). • A perspectiva sistêmica da empresa não se limita a análise do ambiente externo. Sendo assim, faz-se necessário também uma abordagem das variáveis do ambiente interno, por meio dos subsistemas. A Empresa como um Sistema Aberto Os Subsistemas da Empresa • A empresa é formada por seis subsistemas que trabalham e interagem as informações entre si. 1. Subsistema institucional: representa o pensamento da alta administração da empresa (crenças e valores dos proprietários) e que irá impactar todos os demais subsistemas, através das diretrizes da visão, missão, valores e estratégia. 2. Subsistema organizacional: refere-se à estrutura organizacional da empresa, ou seja, agrupamentos das atividades em departamentos, amplitude administrativa, grau de descentralização e definições de autoridade e responsabilidade. 3. Subsistema de gestão: representa o processo administrativo ou processo de planejamento, execução e controle das atividades empresariais. Continua... Os Subsistemas da Empresa • A empresa é formada por seis subsistemas que trabalham e interagem as informações entre si. 4. Subsistema de informação: trata-se de um sistema que coleta e processa os dados, gerando informações que atendam às necessidades de seus usuários. 5. Subsistema físico: caracteriza-se pelas instalações físicas e equipamentos do sistema da empresa (excluindo-se as pessoas) necessários à operacionalização. 6. Subsistema social: compreende o conjunto de pessoas que formam a empresa em todos os seus escalões, com todas as variáveis associadas aos indivíduos de forma isolada em grupo. Características Comuns dos Sistemas Abertos • Entre as características mais comuns e aplicáveis aos sistemas abertos no ambiente organizacional, destacam-se: – Importação de energia: pode ser compreendida como os inputs do sistema, força motriz da operação. Nas atividades empresariais são representados por matérias-primas, mão de obra, recursos financeiros, informações geradas, dentre outros. – Transformação: os sistemas abertos transformam a energia obtida do meio ambiente através de seu processamento, permitindo a geração de produtos que são em seguida exportados para esse meio. – Produto: os outputs são representados pelos produtos fabricados, pelos serviços prestados ou pelas informações geradas. Características Comuns dos Sistemas Abertos • Entre as características mais comuns e aplicáveis aos sistemas abertos no ambiente organizacional, destacam-se: – Sistemas Como Ciclo de Eventos: a repetição dos ciclos de eventos pode ser similar, mas não necessariamente conduzirá aos mesmos resultados. – Entropia Negativa: de acordo com o princípio da entropia, originário da teoria geral dos sistemas, toda forma de organização tende à desorganização, à deterioração e. em última instância à morte. • A partir do desenvolvimento da chamada entropia negativa, os sistemas abertos possuem meio para combater o processo entrópico, ou seja, o sistema é capaz de acumular energia além daquela que ele consome fato este que permite o armazená-la para seu uso posterior, em momentos em que este elemento estiver escasso. Características Comuns dos Sistemas Abertos • Entre as características mais comuns e aplicáveis aos sistemas abertos no ambiente organizacional, destacam-se: – Feedback: são sinais vitais emitidos pelo ambiente. Permite ao sistema corrigir desvios. – Estado Firme e Homeostase Dinâmica: o sistema deve agir no sentido de reduzir a variabilidade na troca de energias, buscando manter um estado firme. • Homeostase dinâmica é a capacidade de auto regulação. – Diferenciação: propõe que padrões difusos e globais de um sistema sejam substituídos por funções mais especializadas. – Equifinidade: diz respeito à variação de caminhos de que um dado sistema dispõe para alcançar um mesmo objetivo, isto é, a direção que escolhe não o impede de atingir o estado final desejado. Eficiência e Eficácia • Administração Efetiva: Efetividade = Eficiência + Eficácia • Eficiência: Fazer tudo da melhor maneira possível; Fazer as coisas corretamente; Saber guerrear; Preocupar-se com os meios. A eficiência diz respeito a método, a modo certo de fazer as coisas. • Eficácia: Atingir os objetivos esperados; Fazer as coisas certas; Vencer a guerra; Preocupar-se com os fins. A eficácia é o grau de que um determinado objetivo ou meta é atingido. • A efetividade administrativa produz competitividade nas empresas. Eficiência e Eficácia: Mensuração • Formas de medição do desempenho organizacional através da eficiência e da eficácia: – – 100 Esperada Saída Real Saída Eficácia 100 s UtilizadoRecursos dosDimensiona Recursos Eficiência Dimensão de Controle e Procedimentos Internos • O controle organizacional tem o propósito de garantir a eficácia empresarial. Para garantir a eficácia é necessário estabelecer planos que abranjam a totalidade das operações que estejam integrados entre si. • A dimensão de controle e procedimento pode ser definida com o conjunto de normas e procedimentos e de controles internos formais, estabelecidos com o propósito de padronizar o comportamento administrativo em todos os seus níveis, proporcionando meios seguros para o acompanhamento das ações dos membros da organização e possibilitando o rastreamento das transações realizadas na empresa em relação ao uso e manuseio de seus ativos. Princípios de Controle Interno • O controle interno é o registro de cada procedimento estabelecido e executado individualmente. • Já o sistema de controles internos representa a organização dos mecanismos de controle que interagem entre si, de modo, a garantir a salvaguarda dos ativos da empresa, a melhoria da eficiência operacional, a integridade e transparência das informações econômico-financeiras e garantir a conformidade com as leis e regulamentos aplicáveis. • Controle Interno é um processo planejado, implementado e mantido pelos responsáveis da governança, administração e outros empregados para fornecer segurança razoável quanto à realização dos objetivos. Princípios de Controle Interno • Há dois tipos de controle, a saber: – Controle preventivo: tem por objetivo inibir qualquer tipo de desvio, erro ou fraude. – Controle de detecção: tem por finalidade identificar e corrigir a existência de uma ocorrência. • Alguns mecanismos dos controles internos: Sistemática de revisões; Manual de rotinas e procedimentos; Distribuição de tarefas e responsabilidade; Segregação de funções; Rodízio de funcionários e cargos e Limitação de acesso físico a ativos e registros. Benefícios dos Controles Internos • Uma sólida estrutura de controles internos, em conjunto com a eficácia das atividades de controladoria, podem proporcionar as seguintes vantagens empresarias: – Aumento da eficiência operacional;– Melhoria nas decisões operacionais; – Aperfeiçoamento das avaliações de desempenho; – Diminuição do risco de ocorrência de erros e fraudes; – Valorização da imagem e conquista da confiança do mercado. Problemas com a Falta de Controles Internos • Analisando por outro lado, a falta de controle ou a existência de controles ineficientes pode gerar efeitos contrários, ocasionando, prejuízos à empresa, tais como: – Conluio de funcionários na apropriação e desvio de bens da empresa; – Ocorrência de erros por falta de informação do funcionário; – Ocorrência de erros provenientes da negligência de funcionários; – Maior exposição à fraude; – Penalidade impostas pelos órgãos regulamentadores; – Publicidade desfavorável; – Redução de investimentos e queda do valor das ações no mercado. Conclusão • A Controladoria alimenta todo o processo de gestão da organização, por essa razão, os controles internos devem ser adequados a fim de prover informações seguras e consistentes. Referências Anthony, Robert N., and Vijay Govindarajan. Sistemas de controle gerencial. AMGH Editora, 2008. Nascimento, Auster Moreira, and Luciane Reginato. Controladoria: Um Enfoque Na Eficácia Organizacional . Editora Atlas SA, 2013. Padoveze, Clóvis Luís. Controladoria estratégica e operacional: conceitos, estrutura, aplicação. Pioneira Thomson Learning, 2003. Reis, Cláudia M. N. Controladoria Estratégica. CRC/RJ, 2014.