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Apostila Legislação Trabalhista

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Legislação Trabalhista e eSocial 
 
 
 
 
 
 
Prof. Msc. Ederaldo Jose Pereira de Lima 
2 
 
 
 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
Prof. Me. Ederaldo Jose Pereira de Lima 
 
 
INTRODUÇÃO A FOLHA DE PAGAMENTO 
 
 
1. Obrigatoriedade da Elaboração 
 
O art. 225 do Decreto nº 3.048/99 determina que a empresa seja obrigada a elaborar 
mensalmente a folha de pagamento da remuneração paga devida ou creditada a todos os 
segurados a seu serviço, devendo manter em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e 
recibos de pagamento. 
 
A elaboração da folha faz parte das obrigações acessórias conforme estabelece a Previdência 
Social. 
 
Art. 225. A empresa é também obrigada a: 
 
I - preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados 
a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos 
de pagamentos; ..... 
 
O § 9º do art.225 do Decreto nº 3.048/99 dispõe que na folha de pagamento, deverão estar 
discriminados: 
 
• O nome do segurado: empregado, trabalhador avulso, autônomo e equiparado, 
empresário, e demais pessoas físicas sem vínculo empregatício; 
• Cargo, função ou serviços prestados; 
• Parcelas integrantes da remuneração; 
• Parcelas não integrante da remuneração (diárias, ajuda de custo, etc.); 
• O nome das seguradas em gozo de salário-maternidade; 
• A indicação do número de quotas de salário-família atribuídas a cada segurado 
empregado ou trabalhador avulso. 
 
§ 9º A folha de pagamento de que trata o inciso I do Caput, elaborada mensalmente, de forma 
coletiva por estabelecimento da empresa, por obra de construção civil e por tomador de serviços, 
com a correspondente totalização, deverá: 
 
I - discriminar o nome dos segurados, indicando cargo, função ou serviço prestado; 
II- agrupar os segurados por categoria, assim entendido: segurado empregado, trabalhador 
avulso, contribuinte individual; (Redação dada pelo Decreto nº 3.265, de 29/11/99); 
III - destacar o nome das seguradas em gozo de salário-maternidade; 
IV - destacar as parcelas integrantes e não integrantes da remuneração e os descontos 
legais; e 
V -indicar o número de quotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou 
trabalhador avulso. 
 
Lembrando que não existe modelo oficial para sua elaboração, podendo ser adotados critérios que 
melhor atendam aos interesses de cada empresa, observadas as informações que legalmente 
deve conter. 
 
Nota: 
A empresa não está obrigada a inserir todos os segurados na mesma folha de pagamento, 
podendo elaborar folhas separadas para os empregados e os contribuintes individuais 
(empresários e autônomos). 
 
A folha de pagamento para fins contábeis deverá ser de forma analítica e sintética sendo: 
 
1. Analítica – conter de forma discriminada a memória de cálculo de todas as parcelas pagas 
ao empregado da retenção dos encargos sociais. 
 
 
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 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
Prof. Me. Ederaldo Jose Pereira de Lima 
 
 
2. Sintética – conter mapa demonstrando os valores totais pagos e os valores totais 
descontados. 
Na maioria das empresas, a folha de pagamento é elaborada e controlada por centro de custo. 
 
I.2 - Folha de Pagamento Informatizada 
 
A empresa poderá adotar o sistema informatizado para elaboração da folha de pagamento, 
observando todos os procedimentos de uma folha manual. A empresa deverá ter um programa de 
folha adequado a suas necessidades, contendo todas as informações necessárias, como os 
salários, adicionais de horas extras, prêmios, gratificações, identificação de cada empregado, 
adicional noturno, repouso semanal remunerado, dentre outras informações e ainda as tabelas de 
desconto do INSS e do IRRF. 
 
I.3 - Procedimentos e Prazo para Pagamento do Salário Procedimentos 
O art. 464 da CLT determina que o pagamento do salário deva ser efetuado contra-recibo, 
assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, não 
sendo esta possível, a seu rogo. 
 
A Lei nº 9.528/97 veio acrescentar o parágrafo único ao art. 464 da CLT estabelecendo que tenha 
força de recibo o comprovante de depósito em conta bancária, aberta para esse fim em nome de 
cada empregado, com o consentimento deste, em estabelecimentos de crédito próximo ao local de 
trabalho. 
 
Nota: 
Os pagamentos efetuados por intermédio de cheques ou depósitos em conta corrente obrigam ao 
empregador assegurar ao empregado o seguinte: 
 
• Horário durante o expediente ou logo após este, que permita o desconto imediato do 
cheque ou o saque imediato do valor depositado; 
• Transporte, caso necessário, para acesso ao estabelecimento bancário; 
• Quaisquer outras condições que impeçam atrasos no recebimento dos salários e da 
remuneração das férias. 
 
O pagamento dos salários deverá ser efetuado mediante recibo, no qual serão discriminadas 
todas as parcelas pagas. Há a necessidade de que as horas/dias trabalhados, as faltas 
injustificadas e os repousos semanais (caso não seja o empregado mensalista) sejam 
discriminados separadamente no recibo, porque além de facilitar a compreensão do empregado, 
evita a configuração do “salário complessivo”i, proibido por lei. 
 
O recibo deverá ser apresentado em duas vias para efeito de comprovação do pagamento do 
salário, ficando a primeira via em poder do empregador e a segunda com o empregado. 
 
Além das parcelas componentes da remuneração e dos descontos a serem efetuados, os 
empregadores obrigam-se ainda a comunicar mensalmente aos empregados os valores recolhidos 
ao 
 
 
FGTS em conta vinculada, que poderão constar no mesmo recibo de pagamento dos salários do 
empregado. 
 
O pagamento dos salários não pode ser estipulado por prazo superior a um mês, com exceção de 
pagamento de comissões, percentagens e gratificações conforme estabelece o art. 459 da CLT. 
 
I.4 - Prazo para Pagamento 
 
Quando o pagamento for estipulado por mês, deverá ser efetuado o mais tardar, até o quinto dia 
útil do mês subseqüente ao vencido. Se estipulado por semana ou quinzena, este deverá ser 
efetuado também no máximo até o quinto dia da semana ou quinzena vencida. Assim temos por 
prazo: 
 
• Pagamento mensal = até 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido; 
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 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
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• Pagamento semanal ou quinzenal = até 5º dia (corrido) após o vencimento da semana ou 
quinzena 
 
Na contagem dos dias úteis, para o pagamento mensal, serão incluídos o sábado, excluindo-se 
apenas domingos e feriados, inclusive feriados municipais. Quando o feriado for apenas bancário, 
o dia em questão será considerado dia útil para efeito de pagamento salarial. 
 
O art. 467 da CLT determina que em caso de rescisão de contrato de trabalho, motivada pelo 
empregador ou pelo empregado, e havendo controvérsia sobre parte da importância dos salários, 
o empregador é obrigado a pagar ao empregado, à data do seu comparecimento à Justiça do 
Trabalho, a parte incontroversa dos mesmos salários (parte em que não haja litígio, estando às 
partes de acordo), ou de quaisquer outras verbas rescisórias, sob pena de ser, quanto a essas 
partes, condenado a pagá-las acrescidas de 50%. 
 
Nota: Até a data de 04/09/01, entretanto, esta obrigatoriedade do pagamento da parte 
incontroversa se limitava apenas aos salários, sob pena de ser o empregador condenado a pagá-
los em dobro (100%). Com a publicação da Lei nº 10.272/01, é que tal obrigação se estendeu a 
todas as parcelas rescisórias e que a penalidade foi reduzida para apenas50% dos valores. 
 
A Legislação Previdenciária estabelece que a empresa esteja, entre outras, obrigada a preparar 
mensalmente folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os 
segurados a seu serviço, devendo manter em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e 
recibos de pagamentos. 
 
 
 FOLHA DE PAGAMENTO 
 
O uso da folha de pagamento é obrigatório pelo empregador, conforme preceitua o artigo 32 
inciso I da Lei 8.212/91. Ela pode ser elaborada á mão (manuscrita), ou por meio de processos 
mecânicos ou eletrônicos. 
Nela são registrados mensalmente todos os proventos e descontos dos empregados. Deve 
ficar a disposição da fiscalização, da auditoria interna e externa e estar sempre pronta para 
oferecer informações necessárias à continuidade da empresa. 
A folha de pagamento divide-se em duas partes distintas: proventos e descontos. 
A parte dos proventos engloba: 
• Salário 
• Horas Extras 
• Adicional de Insalubridade 
• Adicional de Periculosidade 
• Adicional Noturno 
• Salário-família 
• Diárias para viagem 
• Ajuda de custo 
• Outros proventos previstos em lei 
A parte dos descontos compreende: 
• Previdência Social 
• Imposto de Renda 
• Contribuição Sindical 
• Seguros 
• Adiantamentos 
• Faltas e atrasos 
• Vale-transporte 
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• Outros descontos previstos em lei 
 
Salário, Remuneração, Piso Convencional e Piso Estadual 
1. SALÁRIO 
 
O salário pode ser estabelecido por unidade de tempo (mensal, quinzenal, semanal, diário ou 
por hora), por peça produzida (tarefa) ou por unidade de produção (obra), por comissão sobre 
venda ou por tarefa ou ainda ser uma forma de remuneração mista, por exemplo unidade de 
tempo + comissão. 
 
1.1 Salários por Unidade de Tempo 
 
1.1.1 Salário Fixo 
 
Salário em sentido amplo é tudo que o empregado recebe diretamente do empregado em troca 
do serviço prestado. O salário poderá ser estipulado por mês (a grande maioria dos contratos), 
por hora ou por dia (artigos 64 e 65 da CLT). 
O único salário que comporta dentro de si o pagamento do repouso semanal remunerado é o 
mensal, sendo que as demais formas deverá ser calculado o descanso semanal em separado. 
 
Caso a empresa opte pela forma de pagamento mensal, estipulará o valor desse salário fixo, 
que não poderá ser inferior ao piso estabelecido pela categoria em Convenção Coletiva de 
Trabalho. 
O salário fixo, também é conhecido como salário-base, sofrendo tributação normal de 
Previdência Social, FGTS e Imposto de Renda. 
 
OBSERVAÇÃO: Vide no sistema as opções para cálculo do salário. O mais correto é optar 
considerando sempre o número de dias do mês (e não por 30 dias). Se esta opção for anotada 
provavelmente o sistema também calculará as férias por este critério, que é o mais moderno e 
mais acatado. 
 
1.1.2 Salário por Hora 
 
O trabalhador horista, é aquele contratado por unidade de tempo, ou seja, recebe pelas horas 
efetivamente laboradas, variando assim, mensalmente a quantidade de horas realizadas. 
A forma de estipulação do salário é que sujeita a nomenclatura de horista, podendo o seu 
pagamento ser efetuado de forma semanal, quinzenal ou até mesmo mensal. 
É crescente na economia brasileira e até mundial, a contratação de empregados por unidade 
de tempo na forma do horista, principalmente no caso de empregados com jornada parcial, 
mas devemos ressaltar que existem inconvenientes neste tipo de remuneração tais como: 
• O repouso semanal remunerado é calculado em apartado sobre as horas laboradas no 
mês, 
• Para alguns cálculos trabalhistas tais como férias, 13º salário, aviso prévio, dentre 
outros os cálculos trabalhistas devem seguir médias. 
Assim, para calcular o salário-hora mínimo devido ao empregado, o empregador deverá 
verificar o piso salarial estabelecido pela Convenção Coletiva de Trabalho, e, na inexistência de 
instrumento coletivo, verificar o piso estadual, e em último caso inexistindo piso estadual 
observará o salário mínimo federal, e dividir a base de cálculo por 220* para obter o valor do 
salário-hora. 
 
Atenção: * O divisor pode ser de 180 para empregados bancários (jornada de 06 horas), 
telefonistas entre outros, bem como para turnos ininterruptos de revezamento. 
 
Observação: Há dois critérios utilizados pelos sistemas de folha de pagamento: 
 
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• Critério fixo que estipula independentemente do mês uma jornada só para o 
empregado; 
• Critério variável conforme as horas laboradas no mês e o próprio mês. 
 
Aconselha-se seja utilizado o segundo critério, com o destaque sempre em apartado do rsr em 
separado. Neste segundo critério, caso o empregado cumpra a jornada legal (44 horas 
semanais), teremos as seguintes jornadas*: 
 
Mês de Horas Laboradas 
28 dias 205h20m 
29 dias 212h40m 
30 dias 220h00m 
31 dias 227h20m 
 
* Não se computando nesta tabela feriados. 
 
 
1.1.3 Salário por produção 
No pagamento por produção calcula-se apenas o resultado obtido no período trabalhado, sem 
considerar o tempo gasto. è o caso do pagamento por comissão ou por unidade produzida. 
O objetivo é estimular a produção do empregado. 
É possível que o salário seja fixado exclusivamente por produção, desde que ao final do mês 
esteja assegurado o pagamento do pisos da categoria. 
Nessa modalidade de salário, não se leva em conta o tempo gasto na consecução do serviço, 
mas sim o próprio serviço realizado, independentemente do tempo despendido. 
A CLT admite que a remuneração seja fixada em unidade de obra, visto que em seu art. 483, 
alínea "g" mostra que é possível o pagamento por peça, porém o empregador não poderá 
reduzir o trabalho do empregado, de forma a afetar sensivelmente a importância dos salários, o 
que acarreta a rescisão indireta do contrato de trabalho. 
 
1.1.4 Salário por tarefa 
No pagamento por tarefa, calcula-se pela produção, mas há alguma vantagem na economia do 
tempo. É o caso do empregado que é dispensado antes do horário estabelecido se houver 
cumprido a tarefa determinada. Pode ocorrer também que a retribuição por unidade produzida 
sofra acréscimo, se ultrapassada determinada quantidade por dia. 
Como se verifica no art. 142, § 2º, da CLT, é possível que o salário seja fixado por tarefa. O 
salário por tarefa é uma forma mista de salário, que fica entre o salário por unidade de tempo e 
de obra. 
O empregado deve realizar durante a jornada de trabalho certo serviço que lhe é estabelecido 
pelo empregador. Terminado o referido serviço, mesmo antes do fim do expediente, pode o 
empregado se retirar da empresa, pois já cumpriu suas obrigações diárias. 
O art. 7º, alínea "c", da Lei nº 605/49 estabelece que, se o empregado trabalha por tarefa, o 
repouso semanal remunerado é considerado equivalente ao salário correspondente às tarefas 
efetuadas durante a semana, no horário normal de trabalho, dividido pelo número de dias de 
serviços efetivamente prestados pelo empregado. 
 
1.1.5 Salário- Maneiras de Pagamento 
Conforme prevê o art. 463 da CLT, o salário deve ser pago em dinheiro, embora seja 
admissível o pagamento parte em dinheiro e parte em utilidades. 
Na zona urbana poderá ocorrer pagamento em cheque ou por meio de depósito do valor em 
conta corrente bancária. Deverá ser assegurado ao empregado horário para desconto imediato 
do cheque ou para saque Portaria MT nº 3.281/84, art. 2º) 
O principal objetivo do pagamento em dinheiro é evitar o pagamento em vales, cupons, bônus 
etc., e também o pagamento em moeda estrangeira. 
O Decreto-leinº 857, de 11.09.69, estabelece que: 
"são nulos de pleno direito os contratos, títulos e quaisquer documentos, bem 
como as obrigações que, exeqüíveis no Brasil, estipulem pagamento em ouro, em 
moeda estrangeira, ou, por alguma forma, restrinjam ou recusem, nos seus efeitos, 
o curso legal do cruzeiro" (art. 1º). 
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 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
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Contudo, se a obrigação tiver de ser cumprida no exterior, não será vedado o pagamento do 
salário em moeda estrangeira. Sendo a conversão efetuada com base na taxa de câmbio 
vigente na data da contratação, aplicando-se daí em diante os reajustes legais ou 
convencionais. 
 
1.1.6 Salário- Pagamento em Utilidades 
Além do pagamento em dinheiro, a legislação trabalhista, permite o pagamento em utilidades. 
O salário-utilidade decorre do contrato de trabalho ou do costume. 
Conforme o art. 458, caput, da CLT, o empregador poderá fornecer utilidades ao empregado, 
como alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por 
força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado, sendo a habitualidade 
requisito principal. Não será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. 
A utilidade é de fato um pagamento ou um ganho para o empregado, visto que, se não fosse 
fornecida, o empregado teria de comprá-la ou de despender de numerário próprio para adquiri- 
la. Além disso, é fornecida gratuitamente ao empregado, pois, do contrário, não se caracteriza 
como salário. 
É admitido o pagamento do salário em utilidades, até o máximo de 70% do valor total. Os 
restantes 30% do salário deverão ser necessariamente entregues em dinheiro (art. 458, §1º, 
c/c art. 82, parágrafo único, da CLT). 
 
 
1.1.6.1 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 
Os equipamentos e outros acessórios, como os uniformes, fornecidos ao empregado e 
utilizados no local de trabalho, para a prestação dos respectivos serviços não serão 
considerados como salário (CLT, art. 458 § 2o ). 
Assim se o uniforme não é usado apenas no local de trabalho ou o veículo é usado também 
nos finais de semana e férias do empregado, caracterizam se como vantagem concedida pelo 
trabalho e não apenas para o trabalho, serão considerados como salário in natura. 
O equipamento de proteção individual (EPI) que lhe é fornecido gratuitamente pelo empregador 
(CLT, art. 166), não é considerado salário-utilidade, pois destina-se exclusivamente ao uso no 
local de trabalho para proteger o empregado durante a prestação serviços. 
 
1.1.6.2 Habitação 
A Lei nº 8.860/94, ao acrescentar o § 3º ao art. 458 da CLT, estabeleceu que a habitação 
fornecida como salário-utilidade deverá atender aos fins a que destina e não poderá exceder a 
25% do salário contratual. Tratando-se, porém, de habitação coletiva, o valor do salário- 
utilidade a ela correspondente será obtido mediante a divisão do justo valor da habitação pelo 
número de co-ocupantes, vedada, em qualquer hipótese, a utilização da mesma unidade 
residencial por mais de uma família (CLT, art. 458, § 4o). 
 
1.1.6.3 Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) 
O Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), instituído pela Lei nº 6.321, de 14.04.76, 
em que se fornece alimentação ao empregado, não é considerado como salário-utilidade, já 
que a refeição é cobrada do trabalhador. O regulamento do PAT, aprovado pelo Decreto nº 5, 
de 14.01.91, prevê em seu art. 6º que a alimentação fornecida de acordo com as 
determinações da referida Lei não se caracteriza salário-utilidade, tampouco incorpora a 
remuneração. 
Sobre o assunto manifestou-se o Tribunal Superior do Trabalho - TST, por meio da Súmula nº 
241: 
"Salário-utilidade - Alimentação: O valor para refeição, fornecido por força do 
contrato de trabalho, tem caráter salarial, integrando a remuneração do 
empregado, para todos os efeitos legais." 
Portanto, aplicar-se-o disposto na Súmula, quando não for observada a Lei nº 6.321/76. 
A Lei nº 8.860/94 acrescentou ao art. 458 da CLT o § 3º, estabelecendo que a alimentação 
fornecida como salário-utilidade deverá atender aos fins a que se destina e não poderá exceder 
a 20% do salário contratual. 
1.1.6.4 Cesta básica 
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A cesta básica, assim como a alimentação, não será caracterizada como salário-utilidade nem 
incorporada à remuneração, se concedida nos moldes da Lei nº 6.321/76, ou seja, se 
cadastrada no Programa de Alimentação do Trabalhador - PAT. 
1.1.6.5 Transporte 
Sempre que o transporte fornecido pelo empregador proporcionar um benefício ou economia 
de salário ao empregado, será considerado salário-utilidade. Porém, se o empregador cobra 
pelo transporte fornecido, ainda que um preço reduzido, não será tal pagamento salário- 
utilidade. O Vale-transporte não é, porém, considerado salário in natura, por força do disposto 
no art. 2º, alínea "a", da Lei nº 7.418/85, ou seja, o Vale-transporte não tem natureza salarial, 
nem se incorpora a remuneração para quaisquer efeitos. 
 
1.2 REMUNERAÇÃO 
 
Remuneração é a soma do salário com adicionais, gratificações, prêmios e outras vantagens 
recebidas pelo empregado também em decorrência do contrato de trabalho. 
A remuneração possui um sentido mais amplo, podendo ser considerado tudo que se recebe 
ou tudo que se paga em retribuição pelo serviço prestado. 
 
Conforme o disposto no art. 457, caput, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT: 
 
"Art. 457 - Compreendem-se na remuneração do empregado, para todos os efeitos 
legais, além do salário devido e pago diretamente pelo empregador, como 
contraprestação do serviço, as gorjetas que receber”. 
 
São verbas que são consideradas como remuneração as quais são valores fontes para cálculo 
de 13º salário, férias, rescisões e etc. 
 
• Horas Extras; 
• Adicional Noturno; 
• Adicional de Periculosidade; 
• Adicional de Insalubridade; 
• DSR; 
• Comissões; 
• Gratificação (a partir da segunda gratificação) 
 
 
1.3 PISO CONVENCIONAL OU DECORRENTE DE ACORDO COLETIVO 
 
A Constituição Federal determina em seu artigo 7º, inciso V, que nenhum trabalhador pode 
auferir menos do que o valor do piso salarial, que é editado pelas normas convencionais 
(convenções e acordos coletivos). 
Sempre verificar em CCT se o piso não aumenta após o período de experiência. 
O instrumento coletivo a ser aplicado aos empregados, normalmente é aquele onde a atividade 
prepondera não se aplicando este, no entanto, a profissões que sejam regulamentadas por leis 
próprias, que são as categorias diferenciadas. 
O piso salarial é reajustado anualmente, no mês da data-base que será determinada pelo 
instrumento coletivo. 
 
OBSERVAÇÃO: Cadastrar no sistema o sindicato da categoria preponderante informando com 
base no instrumento coletivo (ACT ou CCT) o piso da categoria, o mês da data-base, os 
descontos previstos em norma coletiva, dentre outros como, existência de aviso prévio maior 
que o período considerado na legislação. 
 
1.4 – PISO ESTADUAL 
 
O artigo 1º da Lei Complementar nº 103/2000, expressa a possibilidade dos Governos 
Estaduais de instituírem através de Lei Estadual pisos estaduais, que não se aplicam aos 
empregados que têm piso salarial definido por convenção ou acordo coletivo, nem tampouco 
por lei federal, bem é inaplicáveis aos servidores públicos municipais. 
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Em Santa Catarina a Lei Complementar do Estado de Santa Catarina 566, de 14-3-2012, 
determinou o novo pisosalarial vigente para o Estado que abrangerá além das empregadas 
domésticas, as demais categorias que não forem abrangidas por entidades sindicais na região 
ou cujos sindicatos não sejam reconhecidos legalmente 
 
1.5 – SALÁRIO VARIÁVEL 
 
1.5.1 Comissionista 
 
Comissão, via de regra, é um percentual estabelecido contratualmente, sobre o valor unitário 
ou global dos negócios realizados. 
Deve obrigatoriamente, constar anotada em CTPS, o percentual estipulado (Precedente 
Normativo nº 5 do TST), vez que nos precisos termos do artigo 457, parágrafo 1º da CLT, é 
considerada salário. É assim, uma modalidade de salário variável, com base na produção do 
empregado. 
O salário do empregado poderá ser estipulado como: 
• Salário fixo (acima determinado), 
• Comissionista ou salário-misto (fixo + comissões). 
Se o empregador optar por esta última forma de pagamento, poderá estipular o salário fixo e o 
percentual sobre as comissões, mas o valor somado de ambos (acrescido do repouso semanal 
remunerado sobre comissões), não poderá ser inferior ao estabelecido como piso da categoria 
(vide sempre se não existe impeditivo em CCT). Se isto ocorrer, a empresa deverá lançar um 
complemento a título de “complementação do piso salarial”, até atingir o valor estabelecido em 
convenção. 
 
1.6 Periodicidade de pagamento 
 
Quando o pagamento houver sido avençado por mês, deve ser efetuado, o mais tardar até o 5º 
dia últil do mês seguinte ao vencido(CLT art. 459, §1º), salvo prazo mais benéfico estabelecido 
através de Acordo ou Convenção Coletiva de Trabalho. 
Tratando-se de empregados quinzenalistas ou semanalistas, o prazo de pagamento será até o 
quinto dia útil, posterior à semana ou a quinzena laborada. 
De qualquer forma, a empresa, ao final do mês deverá fazer um recibo conjunto dos valores 
pagos, onde fará os lançamentos contábeis como o dsr em separado, e descontos efetuados 
no mês. 
Para determinar-se quando recairá o 5º dia útil, deverão ser considerados os dias úteis 
de segunda a sábado, excluídos os domingos e feriados, inclusive, estaduais ou 
municipais. 
O pagamento de comissões deve ser feito mensalmente. 
 
1.7 Política de Correção Salarial 
 
Os reajustes atualmente são efetuados através de instrumentos coletivos da categoria, 
normalmente através das Convenções Coletivas de Trabalho, mas podem também ser feitos 
com base em Acordos Coletivos de Trabalho. 
Normalmente o reajuste é anual, mas existem convenções coletivas, que trazem previsões em 
tempo menor, que são revistas por termos aditivos. Assim, sempre se deve consultar os 
instrumentos coletivos para averiguação dos reajustes salariais efetivamente devidos. 
Tais reajustes são concedidos no mês da data-base, que pode ocorrer em qualquer mês do 
ano, conforme a categoria, assim há categorias como, por exemplo, os vigilantes cujo mês da 
data-base é fevereiro, outras é maio, e assim por diante. Pode acontecer do reajuste não sair 
no mês da data-base por problemas de negociação coletiva, no entanto, mesmo que saíam 
depois, as diferenças devidas são retroativas, e normalmente também os instrumentos 
normativos trazem a previsão expressa do prazo legal para que as mesmas possam ser pagas. 
A correção monetária não se estende as remunerações variáveis, percebidas com base em 
comissões, aplicando-se, porém, à parte fixa do salário misto percebido pelo empregado assim 
remunerado, exceto se o instrumento coletivo dispuser de forma diversa. 
Estando previsto em CCT, o reajuste dos salários na forma prevista é direito líquido e certo dos 
empregados. 
 
1.8 Cálculo do Salário Proporcional ao Tempo Laborado 
10 
 
 
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O parágrafo 1º do artigo 6º da Lei nº 8.542/1992, expressa com maior clareza que a CLT, como 
deve ser calculado o salário hora do empregado, conforme se verifica abaixo: 
 
Art. 6° § 1° O salário mínimo diário corresponderá a um trinta avos do salário mínimo mensal, e 
o salário mínimo horário a um duzentos e vinte avos do salário mínimo. (grifamos) 
Assim, para calcular o salário-hora mínimo devido ao empregado, o empregador deverá 
verificar o piso salarial estabelecido pela Convenção Coletiva de Trabalho, e, na inexistência de 
instrumento coletivo, verificar o piso estadual, e em último caso inexistindo piso estadual 
observará o salário mínimo federal, e dividir a base de cálculo por 220* para obter o valor do 
salário-hora. 
Nota: * O divisor pode ser de 180 para empregados bancários (jornada de 06 horas), telefonistas entre 
outros, bem como para turnos ininterruptos de revezamento. 
 
1.9 Cálculo de Faltas, Horas, Minutos 
 
As faltas não justificadas por lei, norma coletiva ou regulamento da empresa podem ser 
descontadas da remuneração do obreiro. Considera-se como falta a ausência injustificada do 
empregado por um dia ou mais ao trabalho. 
Acaso o empregado se atrase ao trabalho, serão descontadas as horas de ausência, bem 
como os minutos. 
Para calcular o valor a ser descontado a título de falta, há duas correntes doutrinárias: 
 
1) Salário base/30 x nº de faltas. 
 
Exemplo: o empregado falta um dia em novembro e recebe salário mensal de R$ 650,00. 
 
 
R$ 650,00 = R$ 21,66 
30 
 
2) Salário - base/carga horária mensal x horas faltas do dia 
 
Exemplo: calculando-se pela segunda corrente o mesmo caso acima, expondo que o mesmo 
fazia jornada legal de 08 horas diárias de segunda a sexta e no sábado 04 horas. Faltou num 
dia de semana. 
 
 
R$ 650,00: 220 = R$ 2,9545 
 
R$ 2,9545 x 08 = R$ 23,63 
 
 
Para cálculo dos atrasos, adota-se sempre a seguinte fórmula: 
 
3) Atrasos = salário base/carga horária mensal x qte. horas do atraso. 
 
Exemplo: O empregado se atrasou por 02 horas em novembro de 2011, recebendo um salário 
de R$ 760,00 e carga horária mensal de 200 horas. Assim o desconto será de R$ : 
 
 
R$ 760,00: 200 = R$ 3,80 
 
R$ 3,80 x 02 = R$ 7,60 
 
 
Se além das horas de atraso, existir também minutos, estes deverão obrigatoriamente 
ser convertidos do sistema sexagesimal para o sistema centesimal. Vide tabela ao final. 
 
1.3 - Ausências Justificadas 
11 
 
 
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São previstas legalmente pela norma consolidada ou pelos instrumentos coletivos (ACT ou 
CCT´s). O trabalhador não perde a remuneração do dia, nem tem qualquer prejuízo em relação 
ao dsr e às férias. Estão previstas pelo artigo 473 da CLT que expressa: 
 
 
 
 
Também são consideradas como justificadas as faltas que o empregado apresente atestado 
médico (Súmula 15 do TST e Lei nº 605/1949). O atestado médico tem que conter os seguintes 
requisitos: - tempo de dispensa por extenso e numericamente; assinatura do médico sobre o 
carimbo onde conste nome completo e registro no CRM. 
Os eleitores nomeados para compor as Mesas Receptoras ou Juntas Eleitorais e os 
requisitados para auxiliar seus trabalhos nas eleições serão dispensados do serviço, mediante 
declaração expedida pela Justiça Eleitoral, sem prejuízo do salário, vencimento ou qualquer 
outra vantagem, pelo dobro dos dias de convocação. 
 
PARTE PRÁTICA 
 
Cálculo do Salário Proporcional ao Tempo Laborado 
 
Exemplo1: Uma floricultura irá contratar uma vendedora-balconista por 04 horas diárias. 
Assim, deve ser verificado: 
Função é Diferenciada: ( ) Sim ( ) Não 
Atividade-Fim da Empresa: 
Convenção Coletiva a ser Aplicada: 
Piso Convencional estipulado em CCT: 
Salário Hora Mínimo: 
 
Cálculo: 
Art. 473. “O empregado poderá deixar de comparecer ao serviço sem prejuízo do salário”:I - até 2 (dois) dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, 
descendente, irmão ou pessoa que, declarada em sua carteira de trabalho e previdência 
social, viva sob sua dependência econômica; 
- até 3 (três) dias consecutivos, em virtude de casamento; 
 
- por 1 (um) dia, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana. 
 
A Constituição Federal de 1988, arts. 7°, XIX (que instituiu a licença-paternidade), e 10,II, § 
1° do ADCT, fixou o prazo da mesma em 5 dias, por isto este artigo está derrogado 
tacitamente. 
 
- por 1 (um) dia, em caso 12 (doze) meses de trabalho, em caso de doação voluntária de 
sangue devidamente comprovada; 
 
- até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor, no termo da lei 
respectiva; 
 
- no período de tempo em que tiver de cumprir as exigências do Serviço Militar; 
 
- nos dias em que estiver comprovadamente realizando provas de exames vestibular 
para ingresso em estabelecimento de ensino superior; Item acrescido pela Lei 9.471, de 
14/07/97 
 
- pelo tempo que se fizer necessário, quando tiver que comparecer em juízo. 
12 
 
 
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Exemplo 2: Uma empresa de assessoria técnica irá contratar uma secretária executiva para o 
diretor financeiro por 06 horas por dia. Assim, deve ser verificado: 
Função é Diferenciada: ( ) Sim ( ) Não 
Atividade-Fim da Empresa: 
Convenção Coletiva a ser Aplicada: 
Piso Convencional estipulado em CCT: 
Salário Hora Mínimo: 
 
Cálculo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prática de Reajuste Salarial: 
 
Uma empregada foi admitida em uma loja de roupas em março de R$ 2011, recebendo como 
salário admissional o valor de R$ 725,00. A data-base da categoria é março. Em março de 
2012, o reajuste concedido foi de 6,50% sobre o salário de março/2011. 
 
 
Cálculo de Faltas, Horas, Minutos 
Cálculo de Falta: 
Exemplo 1: Empregado com jornada legal que trabalha das 08:00 às 12:00 e das 14:00 às 
18:00, de segunda a sexta e no sábado das 09:00 às 13:00, com salário de R$ 745,00. Teve 
duas faltas no mês de setembro/2011. Vamos calcular o valor das faltas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo de Atraso por Hora: 
 
Exemplo 2: A empregada labora de segunda a sábado com uma jornada das 16:00 às 22:15, 
com 15 minutos de intervalo. Recebe salário de R$ 970,00 mensais. No mês de novembro de 
2011, teve um atraso de 3 horas. Calcular o atraso que será descontado do empregado: 
 
 
 
 
 
 
13 
 
 
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Cálculo de Horas e Minutos: 
 
Exemplo 3: O empregado labora com carga horária mensal de 200 horas (de segunda a sexta 
por 08 horas). Seu salário atual é no valor de R$ 1.040,00. Em novembro/2011, teve um atraso 
de 1h54m e em outubro de 51 minutos. Vamos calcular os atrasos? 
14 
 
 
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 Descanso Semanal Remunerado 
 
2.1 - Direito 
 
Dispõe o art. 1 ° da Lei 605/49 que todo empregado tem direito ao repouso semanal 
remunerado, de 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos, e, nos limites das 
exigências técnicas das empresas, nos feriados civis e religiosos, de acordo com a tradição 
local. 
O descanso semanal salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do 
serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte. Nos serviços que exijam 
trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de 
revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização. 
 
2.2 – Perda do Direito 
 
O legislador beneficiou apenas os empregados assíduos e pontuais, pois os empregados que 
durante a semana anterior não cumpriram integralmente a carga semanal, não farão jus ao 
privilégio de receber salário sem trabalhar. 
Segundo este raciocínio, é importante que fique bem claro o significado dos vocábulos ora 
grifados. 
a) "Integralmente": se a carga semanal é de 44 horas, o empregado terá que trabalhar 
às 44 horas para ter direito ao DSR. Caso ele trabalhe qualquer número de horas inferior 
a este, perderá o direito ao repouso. É o que depreende da interpretação literal do art. 6° 
da referida Lei. 
b) "Semana anterior": o próprio Decreto 27.048/49 no seu art. 11, § 4° nos dá o 
conceito de semana ao dispor: 
"Para os efeitos do pagamento da remuneração, entende-se como semana o período de 
segunda feira a domingo, anterior à semana em que recair o dia de repouso...” 
Desta forma, vamos visualizar o seguinte caso: 
 
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Sábado Domingo 
 1 2 3 4 5 6 
7 8 9 10 11 12 13 
14 15 16 17 18 19 20 
21 22 23 24 25 26 27 
28 29 30 
 
Caso o empregado falte ou chegue atrasado no dia 10, ele perderá além deste dia apenas a 
remuneração do dia 20 (vide conceito da semana anterior). 
 
2.3 – Cálculo do DSR sobre Horista 
 
Como o empregado recebe somente de conformidade com as horas trabalhadas, deverá ser 
efetuado cálculo do dsr sobre as horas laboradas, utilizando-se a seguinte fórmula: 
 
horas trabalhadas x domingos/feriados = quantidade de descanso 
dias úteis 
 
quantidade de descanso x valor/hora = repouso semanal remunerado 
 
2.4 – Cálculo do DSR sobre Comissionista 
 
O repouso semanal remunerado sobre o valor das comissões é devido por força do Enunciado 
15 
 
 
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nº 27 do TST (vide abaixo), e deverá ter como base de cálculo o valor mensal das comissões 
auferidas no mês, apresentando-se como divisor o número de dias úteis e multiplicando-se 
pelos domingos e feriados do referido mês. 
Assim: 
 
Comissões x domingos/feriados = valor do dsr sobre comissões 
dias úteis 
 
2.5 – Reflexo sobre Horas Extras 
 
O Tribunal Superior do Trabalho, depois de reiterada e farta jurisprudência a favor da 
repercussão, consolidou o entendimento através da Súmula 172, expresso abaixo. 
 
"Computam-se no cálculo do repouso semanal remunerado as horas extras habitualmente 
prestadas". 
 
Para verificarem-se os valores devidos a título de rsr sobre horas extras, deverá ser realizado o 
seguinte cálculo: 
 
quantidade de horas extras x domingos/feriados = quantidade de dsr 
dias úteis 
 
quantidade de dsr x valor hora extra = repouso semanal remunerado sobre extras 
 
2.6 – Reflexo sobre Adicional Noturno 
 
Como a referida verba é paga como adicional, reflexos se farão presentes no repouso semanal, 
visto que conforme visto acima, ele somente está incluso na jornada normal, e, calculado em 
apartado quando da existência de outros adicionais. 
Para cálculo dos valores devidos a título de dsr sobre adicional noturno, deve proceder-se da 
seguinte forma: 
 
quantidade de horas noturnas mês x domingos/feriados = quantidade de rsr/mês 
dias úteis* 
 
quantidade de rsr x valor da hora normal x 20% (adicional noturno conforme CLT) = dsr 
devido 
 
* Sábado considera-se dia útil, exceto se feriado. 
 
 
PARTE PRÁTICA 
 
 
2. – DSR sobre Horista 
Temos um empregado que laborou no mês de janeiro de 2.011, o total de 150 horas/mês, cujo 
valor da hora era de R$ 3,40. O valor do repouso semanal remunerado será de R$ . 
Em fevereiro laborou 114 horas/mês com o mesmo salário hora,recebeu a título de rsr o valor 
de R$ ....................... 
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2.1 – DSR sobre Comissionista 
 
O empregado auferiu no mês de outubro/2011, R$ 950,00 de comissões. Será devido o valor 
de descanso semanal remunerado sobre comissões, de R$ . 
Em novembro o empregado recebeu a título de comissões o valor de R$ 835,00, recebendo 
assim como DSR o valor de R$ . 
 
 
 
2.2 - Reflexo de Horas Extras 
 
Empregado com salário de R$ 600,00, cuja carga horária é de 220 mês. No mês de 
janeiro/2011, realizou 20 horas/extras (R$ 4,10 hora extra). O valor devido de reflexo de 
repouso sobre horas extras será de R$ . No mês de fevereiro o empregado fez 04 
horas extras, calcule o valor do respectivo DSR.. 
 
 
 
 
 
2.3 - Reflexo do Adicional Noturno 
 
Empregado com salário de R$ 650,00, tendo realizado no mês de maio de 2.011, 80 horas 
noturnas. O valor de repouso semanal remunerado sobre o adicional será de R$ . 
 
 
 HORAS EXTRAS 
 
3.1 – Jornada Legal 
 
Nos termos do inciso XIII, da CF 88 - "duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horas 
diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, facultada a compensação de horários e a redução 
da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho", esta é a chamada jornada 
legal. 
 
3.2 - Horário Extraordinário 
 
Todo empregado, desde que maior de 18 (dezoito) anos, poderá ter seu horário de trabalho 
prorrogado, no máximo 2 (duas) horas diárias, mediante acordo escrito entre empregador e 
empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. 
Remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinqüenta por cento à do 
normal (CF/88- art. 7° inciso XVI), salvo acordo ou convenção coletiva de trabalho 
determinando percentual superior a 50% (cinqüenta por cento). 
 
3.3 - Adicional- Extraordinário - Acordo – Cálculo 
 
O trabalho realizado além da jornada normal deve ser remunerado com, no mínimo um 
acréscimo de 50% ou outro percentual caso haja previsão em acordo ou convenção coletiva 
de trabalho. 
Via de regra, considera-se como de serviço efetivo o período que o empregado estiver à 
disposição do empregador, aguardando ou executando ordens (CLT art. 4°). 
Lembrando que a jornada normal de trabalho só poderá ser estendida, no máximo em 2 horas, 
mediante acordo escrito entre empregado e empregador (acordo de prorrogação) ou mediante 
contrato, acordo ou convenção coletiva de trabalho (compensação, banco de horas). 
Não podem ser descontados nem considerados como extras, até o limite de 10 minutos 
diários, computando-se em no máximo de dois intervalos de 05 minutos (entrada, saída 
ou intervalo intrajornada) artigo 58 parágrafo 1º da CLT. 
 
17 
 
 
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Exemplo: 
 
Assim, se em uma jornada de trabalho que se inicia às 08:30 até às 12:00 e das 13:30 às 18:00 
horas, acaso o empregado chegue às 08:35 e termine sua jornada às 18:03 horas, nem será 
considerado como atraso os 05 minutos, e nem será considerado como tempo extraordinário 
os 03 minutos que ultrapassaram às 18:00, pois estão dentro dos limites traçados pela Lei. 
 
No entanto, se ultrapassado estes limites, todo o tempo será considerado como atraso ou 
como horas extraordinárias, conforme determina a Súmula 366 do TST: 
 
CARTÃO DE PONTO. REGISTRO. HORAS EXTRAS. MINUTOS QUE ANTECEDEM E 
SUCEDEM A JORNADA DE TRABALHO. Não serão descontadas nem computadas como 
jornada extraordinária as variações de horário do registro de ponto não excedentes de cinco 
minutos, observado o limite máximo de dez minutos diários. Se ultrapassado esse limite, será 
considerada como extra a totalidade do tempo que exceder a jornada normal. 
 
3.2 - Quadro de Horário e Controle de Jornada 
 
Empresas com até 10 empregados estão desobrigadas de manter o controle de jornada, 
devendo, no entanto, manterem o quadro de horário (artigo 74 da CLT). Acima de 10 
empregados, será exigido controle de jornada através de livro, cartão ou ponto eletrônico a 
escolha do empregador. 
No caso de utilização de ponto eletrônico, emitir o espelho das jornadas de trabalho realizadas 
no período e solicitar a assinatura dos empregados do mesmo, pois se estas inexistirem 
poderá impugnar o espelho em reclamatória trabalhista. 
Os documentos de controle de jornada de trabalho seja livro de ponto, cartão ou ponto 
eletrônico não poderão conter borrões, rasuras que possam colocar em dúvida sua idoneidade. 
Se for utilizado o meio eletrônico, deverão ser seguidas todas as instruções da Portaria MTE nº 
1.510/2009, ou seja, a empresa será obrigada a adotar o SREP (Sistema de Registro 
Eletrônico de Ponto) que deve registrar fielmente as marcações efetuadas, não sendo 
permitida qualquer ação que desvirtue os fins legais a que se destinam, tais como: 
• Restrições de horário à marcação do ponto; 
• Marcação automática do ponto, utilizando-se horários predeterminados ou o 
horário contratual; 
• Exigência, por parte do sistema, de autorização prévia para marcação de 
sobrejornada; e 
• Existência de qualquer dispositivo que permita a alteração dos dados 
registrados pelo empregado. 
Para a utilização de Sistema de Registro Eletrônico de Ponto é obrigatório o uso do REP no 
local da prestação do serviço, vedados outros meios de registro. 
Na Justiça Trabalhista, normalmente não são desconsiderados cartões-ponto onde se verifique 
a existência de jornada inglesa ou britânica (sem variações de minutos). 
O intervalo intrajornada poderá ser pré-assinalado no cartão-ponto, não necessitando 
expressamente de marcação, mas ressaltamos que desta forma, poderá ser questionado pelo 
empregado, e neste caso, a empresa terá que fazer prova testemunhal de que o autor usufruía 
o referido intervalo. 
 
3.3 – Cálculo de Horas Extras (Horas e Minutos) 
 
A remuneração deverá ser dividida pela jornada mensal do empregado e acrescida do 
percentual mínimo de 50% ou maior se previsto em norma coletiva de trabalho, após obtido o 
valor da hora extra multiplicar pela quantidade de horas extras do mês. 
 
 
 
 
Jornada de Segunda a Sexta de 08 diárias : 200 (40 x 5) 
Jornada de Segunda a Sábado de 6 horas diárias: 180 (36 x 5) 
Jornada de Segunda a Sábado de 4 horas diárias: 120 (24 x 5) 
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01 HORA = 60 MINUTOS – SISTEMA CENTESIMAL 100 
 
7,33 = 7horas e 20 minutos 
 
100 ----- 60 
033 x 
 
1980 = 100x 
1980 = 19,80 (arrendonda-se para 20) 
100 
 
Para que se calculem os minutos, pode ser utilizada também a tabela de transformação para 
hora centesimal. As horas cheias não são convertidas, os minutos sempre devem ser 
convertidos. 
Para tanto basta procurar-se na parte direita a quantidade de minutos, verificando na esquerda 
a correspondência, trocando-se pela segunda coluna. 
Por exemplo: 
 
1h23m - será 1, 383333, que é a mesma coisa que tomarmos os 23 e dividi-los por 60. 
 
Importante também verificar nas normas coletivas os percentuais e possíveis escalonamentos, 
pois existem diversas CCT´s que trazem a previsão de vários percentuais de horas extras 
conforme o período realizado, que devem ser observados. 
 
3.4 - Cálculo da Hora Extra Noturna 
O empregado que realizar serviço extraordinário em período noturno, terá direito ao 
recebimento dos adicionais de hora extra (de no mínimo 50%) e noturno (de no mínimo 20%), 
de forma acumulada. 
A forma de cálculo a ser utilizada, deverá sera seguinte: 
 
Fórmula: 
 
Valor salário hora + 20% + 50% = valor da hora extra noturna 
 
Valor da Hora Ext. Not. x quantidade de horas ext. not. = valor total de horas ext. 
noturnas 
 
A empresa deve verificar junto a Convenção Coletiva da Categoria se não existem 
percentuais maiores, pois acaso existam, deverão ser aplicados. 
 
3.5 – Cálculo da Hora Extra do Comissionista 
 
O empregado que percebe salário somente à base de comissões e sujeito a controle de 
horário, quando prestar serviço extraordinário, tem direito apenas ao adicional de horas extras 
de no mínimo 50% (cinqüenta por cento), calculado sobre o valor-hora das comissões 
recebidas no mês, considerando-se como divisor o número de horas efetivamente trabalhadas, 
de acordo com a Súmula 340 do TST. 
 
 
_Valor das comissões = Valor hora 
Horas trabalhadas 
 
Valor Hora x 50% = hora extra devida 
 
3.6 Cálculo da Hora Extra em Ambiente Insalubre ou Perigoso 
 
Importante dispor que a CLT só permite horas extras no caso de ambientes insalubres com 
licença prévia, portanto este cálculo se aplica a estes casos. 
 
 
 
 
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3.6.1 Hora Extra Insalubre 
 
Será apurada com base no salário base acrescido do respectivo adicional de insalubridade 
devido. 
 
salário-base + insalubridade = hora normal 
220 (ou jornada realizada) 
 
hora normal + 50% = hora extra com adicional de insalubridade 
 
 
3.6.2 Hora Extra em Atividades Periculosas 
 
Será calculado com base no salário-base acrescido do respectivo adicional de periculosidade 
(30% do salário-base) 
 
Salário-base + periculosidade = hora normal 
220 (ou jornada mensal realizada) 
 
Hora Normal + 50% = Hora Extra Periculosidade 
 
PARTE PRÁTICA 
 
 
Cálculos de Horas Extras (Horas e Minutos) 
 
Exemplo 1: O empregado recebe como salário-base o valor de R$ 643,00. No mês de 
abril/2011, o empregado fez 28 horas extraordinárias. O empregado tem jornada de 200 horas 
mensais. A Convenção Coletiva determina o percentual de 50% para as primeiras 10 horas 
extras, de 60% para as horas extraordinárias de 11 a 20 horas e de 80% para o horário 
extraordinário realizado a partir da 21 hora. Sabendo destas informações calcule o valor devido 
a título de horas extras e o repouso semanal remunerado. 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplo 2: O empregado recebe R$ 5,00 por hora laborada. No mês de agosto de 2011, o 
empregado realizou 24h43m horas extraordinárias no mês. A CCT preceitua um adicional de 
60% para as horas extras. Sabendo que a jornada do trabalhador é de 220 horas mensais, 
calcule o valor devido ao obreiro. 
 
 
Hora Extra Noturna 
 
Exemplo 1: o obreiro realizou no mês, 10 horas extras noturnas (já convertidas), e sua 
remuneração mensal é de R$ 600,00. O valor total devido a título de horas extras noturnas 
será: 
 
 
 
Exemplo 2: O empregado fez 13h25m a título de horas extras relógio no mês de 
setembro/2011. O empregado recebe salário fixo no importe de R$ 950,00 mensais e as horas 
foram realizadas no período noturno. 
 
 
 
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Hora Extra Comissionista 
 
Um comissionista puro trabalhou no mês de junho de 2011, 180 horas e realizou 08 horas 
extras. Recebeu a título de comissões no mês o valor de R$ 1.400,00. Calcule o valor das 
horas extraordinárias devidas ao obreiro. Calcule o DSR sobre as comissões. 
 
Hora Extra Insalubre 
 
O trabalhador labora em ambiente insalubre, porém com licença para laborar em horário 
extraordinário. Excepcionalmente no mês de julho/2011, realizou 14h15m . Sabendo-se que o 
salário do obreiro era de R$ 685,00, e que o adicional de insalubridade é de 20% sobre o 
salário-mínimo, calcule o valor das horas extraordinárias devidas ao empregado. A jornada do 
trabalhador é de 220 horas mensais e o adicional de horas extras é de 50%. 
 
 
 
 ADICIONAL NOTURNO 
 
4.1 Horário Noturno: 
 
Considera-se noturno, nas atividades urbanas, o trabalho realizado entre as 22:00 horas de um 
dia às 5:00 horas do dia seguinte 
 
ZONA URBANA ZONA RURAL 
22:00 até às 05:00 horas Lavoura – das 21:00 às 05:00 
 Pecuária – das 20:00 às 04:00 
 
A Constituição Federal, artigo 7º, inciso IX, estabelece que é direito dos trabalhadores a 
remuneração do trabalho noturno superior à remuneração do trabalho diurno. 
Devido a este dispositivo, as exceções do artigo 73 da CLT foram derrogadas, ficando a 
referida remuneração devida a todos os trabalhadores que laborem no período noturno, 
independentemente da disposição da carga horária e da natureza da atividade da empresa. 
 
4.2 Hora Noturna 
 
Para a legislação trabalhista, a hora diurna urbana tem a duração de 60 minutos (hora-relógio) 
e a hora noturna é computada como sendo de 52 minutos e 30 segundos. 
Devido o trabalho noturno ser mais penoso que o diurno, esta redução visa proteger a saúde 
física e mental do empregado. 
 
 
4.3 Intervalo para repouso e alimentação 
 
No trabalho noturno também deve haver o intervalo para repouso ou alimentação, sendo: 
 
Jornada de trabalho de até 4 
horas: 
Sem intervalo 
Jornada de trabalho superior a 4 
horas até 6 horas: 
Intervalo de 15 minutos 
Jornada de trabalho 
excedente a 6 horas: 
Intervalo de no mínimo 1 hora 
e no máximo 2 horas 
 
 
21 
 
 
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Ao intervalo para repouso ou alimentação não se aplica a redução da hora, aplicando para 
esse efeito a hora de 60 minutos (hora-relógio). 
Se concedido na forma da lei, não se computa na jornada de trabalho. 
 
4.4 Prorrogação da Jornada Noturna 
 
A prorrogação da jornada noturna, também é noturna. 
Cumprida integralmente a jornada no período noturno e prorrogada esta, devido é também o 
adicional quanto às horas prorrogadas. 
 
4.5 Cálculo Prático 
 
Para se calcular as horas noturnas, utiliza-se a seguinte fórmula: 
 
Onde: 
 
52,5 é a hora noturna de 52 minutos e 30 segundos, e 60,0 é a hora relógio de 60 minutos 
Exemplo de cálculo de jornada noturna 
Início: 
22:00 h. 
Intervalo: 
01:30h.- 
02:30 h. 
Término:06:42 h. 
O empregado laborou 7 horas e 42 minutos relógio (Não computa o intervalo 
de descanso) 
Para efetuar o cálculo, a fração de horas minutos deve ser transformada em 
fração de hora centesimal. 
 
42 minutos ÷ 60 = 0,7 
7,7 ÷ 52,5 x 60,0 = 8,8 horas 
0,8 horas x 60 = 48 minutos 
 
 
 Resumindo: 
 
- 1 hora relógio de 60 minutos equivale a 1,1429 hora noturna (1,0 ÷ 52,5 x 60 = 1,1429), ou 
seja 
- 1 hora e 9 minutos noturnos aproximadamente (0,1429 x 60 = 9) 
 
4.6 - ADICIONAL NOTURNO 
 
A hora noturna, nas atividades urbanas, deve ser paga com um acréscimo de no mínimo 20% 
sobre o valor da hora diurna. 
Este percentual poderá ser maior, se estiver previsto em convenção coletiva, acordo coletivo 
ou sentença normativa. 
A hora diurna deve ser composta do salário básico do empregado mais adicionais previstos em 
lei, convenções, dissídios ou acordos coletivos de trabalho e espontâneos. 
A inclusão do adicional de periculosidade na base de cálculo do adicional noturno continua 
controversa. Necessita ser sumulada pelo Tribunal Superior do Trabalho-TST para pacificar. 
Porém, as orientações jurisprudenciais e as decisões esparsas convergem para que seja 
incluso. 
O adicional noturno é devido em razão do trabalho ser desenvolvidoem horário noturno. Dessa 
forma, o empregado sendo transferido para o período diurno, com seu consentimento 
expresso, perde o direito ao adicional, não caracterizando redução salarial. 
 
O adicional noturno, bem como as horas extras noturnas, integram o salário para todos os 
efeitos legais. Inclusive férias, 13° e aviso prévio indenizado. 
(n° horas-relógio ÷ 52,5 x 60,0) 
Sua jornada noturna equivale a 8 horas e 48 minutos (8,8 h.) 
22 
 
 
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O pagamento do adicional noturno deve ser discriminado em evento específico na folha de 
pagamento e no recibo de pagamento de salários, comprovando assim a quitação do direito. 
 
4.6.1 - Descanso semanal remunerado sobre o adicional noturno 
 
Sendo o adicional noturno salário para todos os efeitos legais, também é base de cálculo para 
o descanso semanal remunerado (DSR). 
Se a jornada do empregado for totalmente noturna, o adicional noturno calculado sobre seu 
salário fixo mensal já remunera o DSR, da mesma forma que o salário fixo remunera o DSR 
embutido nele. 
Nas jornadas mistas (diurnas e noturnas), a integração do adicional noturno no descanso 
semanal remunerado se obtém através da média diária do número de horas noturnas 
realizadas. 
 
4.7 – Hora Extra Noturna 
 
Havendo trabalho extraordinário no horário noturno ou na prorrogação deste, o empregado fará 
jus à hora extra noturna. 
Esta hora extra deverá ser remunerada com o adicional extraordinário e o adicional noturno, 
cumulativamente. 
Sua duração também é de 52 minutos e 30 segundos (52,5). 
 
Exemplo de remuneração da hora extra 
noturna 
Valor da hora diurna: R$ 4,09 
 
Valor da hora extra noturna: R$ 7,36 (4,09 x 
150% x 120%) 
Nota 1: Os percentuais utilizados neste 
23 
 
 
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4.7.1- Descanso Semanal Remunerado sobre a Hora Extra Noturna 
 
Sendo a hora extra noturna salário para todos os efeitos legais, também é base de cálculo para 
o descanso semanal remunerado (DSR). 
 
4.8 Trabalho Noturno da Mulher 
 
Desde a promulgação da Constituição Federal/1988, é permitido às mulheres trabalharem no 
período noturno, qualquer que seja a atividade da empresa, aplicando-se ao trabalho noturno 
feminino os dispositivos que regulam o trabalho masculino. Segue o princípio da igualdade de 
direitos. 
 
4.9 - TRABALHO NOTURNO DO MENOR 
 
O trabalho noturno dos menores de 18 anos é expressamente proibido pela Constituição 
Federal e pela CLT. 
 
4.10 - TRABALHO NOTURNO RURAL 
 
Nas atividades rurais a duração da hora noturna é de 60 minutos, não havendo a redução 
como nas atividades urbanas. 
Na atividade agrícola (lavoura), é considerado noturno o trabalho executado entre 21:00 horas 
de um dia às 5:00 horas do dia seguinte. 
Na atividade pecuária (animais), é considerado noturno o trabalho executado entre 20:00 
horas de um dia às 4:00 horas do dia seguinte. 
A adicional noturno rural é de 25% sobre o valor da hora diurna. 
 
 
4.11 - EXEMPLOS DE CÁLCULOS 
 
Exemplo de cálculo de adicional noturno numa jornada normal 
e totalmente noturna 
 
Dia 
 
Entrada 
 
Saída 
 
Entrada 
 
Saída 
Horas 
relógio 
Horas 
noturnas 
1 Feriado Feriado Feriado Feriado - - 
2 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
3 Sábado Sábado Sábado Sábado - - 
4 Domingo Domingo Domingo Domingo - - 
5 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
6 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
7 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
8 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
exemplo são de 50% para hora e 20% para o 
adicional noturno. Poderão ser maiores, se 
estiver previsto em Convenção Coletiva, 
Acordo Coletivo ou Sentença Normativa. 
 
Nota 2: Os percentuais devem ser calculados 
de forma capitalizada e não somados, ou seja, 
calcula-se percentual sobre percentual. 
24 
 
 
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9 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
10 Sábado Sábado Sábado Sábado - - 
11 Domingo Domingo Domingo Domingo - - 
12 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
13 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
14 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
15 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
16 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
17 Sábado Sábado Sábado Sábado - - 
18 Domingo Domingo Domingo Domingo - - 
19 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
20 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
21 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
22 Feriado Feriado Feriado Feriado - - 
23 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
24 Sábado Sábado Sábado Sábado - - 
25 Domingo Domingo Domingo Domingo - - 
26 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
27 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
28 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
29 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
30 22:00 02:00 03:00 06:42 07:42 08:48 
31 Sábado Sábado Sábado Sábado - - 
Salário mensal: R$ 900,00 
Adicional noturno de 20%: R$ 180,00 (900,00 x 20%) 
Nota 1: Como a jornada é totalmente noturna, paga o adicional 
sobre seu salário fixo. 
Nota 2: O adicional noturno deve ser pago em evento separado do 
salário, para demonstrar que o valor foi pago para quitar o direito. 
Se pagar acumulado com o salário, num único evento, não quita o 
direito, é considerado “salário complessivo”. 
Exemplo de cálculo de adicional noturno numa jornada mista com horas extras 
 
 
Dia
 
 
Entrada 
 
 
Saída 
 
 
Entrada 
 
 
Saída 
 
Horas 
diurnas
Horas 
relógio 
noturnas 
 
Horas 
noturnas 
Horas 
extras 
diurnas 
Horas 
extras 
noturnas 
1 Feriado Feriado Feriado Feriado - - - - - 
2 20:00 00:00 01:00 04:57 02:00 05:57 06:48 - - 
3 Sábado Sábado Sábado Sábado - - - - - 
4 DomingoDomingoDomingoDomingo - - - - - 
5 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
25 
 
 
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6 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
7 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
8 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
9 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
10 20:00 00:00 Sábado Sábado - - - 02:00 02:17 
11 DomingoDomingo DomingoDomingo - - - - - 
12 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
13 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
14 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
15 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
16 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
17 20:00 00:00 Sábado Sábado - - - 02:00 02:17 
18 DomingoDomingo DomingoDomingo - - - - - 
19 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
20 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
21 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
22 Feriado Feriado Feriado Feriado - - - - - 
23 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
24 20:00 00:00 Sábado Sábado - - - 02:00 02:17 
25 DomingoDomingo DomingoDomingo - - - - - 
26 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
27 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
28 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
29 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
30 20:00 00:00 01:00 06:42 02:00 05:57 06:48 - - 
31 Sábado Sábado Sábado Sábado - - - - - 
Soma das horas com fração de minutos 119:00 136:00 06:00 06:51 
Soma das horas com fração de centésimos 119,00 136,00 6,00 6,85 
Cálculo do 
Adicional 
Noturno e seu 
reflexo no DSR 
 
Salário-hora diurno: 
AdicionalNoturno: 
Valor: 
Reflexo no DSR: 
R$ 4,09 
20% 
R$ 111,25 ( 136,00h x 4,09 x 20%) 
R$ 32,45 (136,00h ÷ 24 dias úteis x 7 DSR x 4,09 
x 20%) 
Cálculo das 
horas extras 
diurnas e seu 
reflexo no DSR 
Salário-hora diurno: 
Valor Hora Extra Diurna: 
Valor: 
Reflexo no DSR: 
R$ 4,09 
R$ 6,14 (4,09 x 150%) 
R$ 36,84 (6,14 x 6) 
R$ 10,75 (6,00h ÷ 24 dias úteis x 7 DSR x 6,14) 
Cálculo das 
horas extras 
noturnas e seu 
reflexo no DSR 
Salário-hora diurno: 
Valor Hora Extra Noturna: 
Valor: 
Reflexo no DSR: 
R$ 4,09 
R$ 7,36 (4,09 x 150% x 120%) 
R$ 50,42 (7,36 x 6,85) 
R$ 14,70 (6,85h ÷ 24 dias úteis x 7 DSR x 7,36) 
26 
 
 
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4.12 Cessação do Trabalho Noturno 
 
Apesar do adicional noturno pago com habitualidade integrar a remuneração do empregado, 
para efeito de quitação de verbas trabalhistas, a Doutrina e a Jurisprudência, não tem 
considerado a prestação de serviços em horário noturno (logo, com o pagamento do respectivo 
adicional noturno), como direito adquirido do empregado. Logo, se o período do empregado for 
alterado de noturno para trabalho durante o dia, o empregado perderá o adicional noturno, visto 
que foi afastada a condição penosa do trabalho durante a noite. Este é o posicionamento 
adotado pelo TST, através de sua Súmula 265. 
 
PARTE PRÁTICA 
 
 
Cálculo do Redutor e do Adicional Noturno 
 
O empregado recebe o salário de R$ 745,00 mensais. Realizou no mês de outubro de 2011, 12 
horas- relógio em horário noturno. Calcule as horas noturnas realizadas e após o valor devido a 
título de adicional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 DÉCIMO TERCEIRO SALÁRIO 
 
5.1 – DIREITO E FORMA DE PAGAMENTO 
 
A gratificação natalina, mais comumente chamada de 13º salário, foi instituída pela Lei nº 
4.090, de 13.07.1962. Pela referida Lei (art. 1º), o pagamento do 13º salário devia ser efetuado 
em parcela única, no mês de dezembro. 
Em 1965, a Lei nº 4.749, de 12 de agosto, determinou que entre os meses de fevereiro e 
novembro de cada ano o empregador deverá pagar, a título de adiantamento, o 13º salário, 
sendo a metade do salário recebido pelo empregado no mês anterior, sendo a outra metade 
obrigatoriamente paga em dezembro. 
O 13º salário deverá ser pago proporcionalmente ao tempo de serviço do empregado na 
empresa, considerando-se a fração de 15 (quinze) dias de trabalho como mês integral. 
Quando a remuneração for composta de salário base + parte variável (comissões, horas extras, 
adicional noturno) deverá ser calculada a sua média. A base de cálculo para o pagamento da 
gratificação natalina será o salário-base + verbas salariais fixas (adicional de insalubridade, 
periculosidade, anuênios, triênios, etc.) + média dos salários variáveis. 
 
5.1.1 - Data De Pagamento 
 
A 1ª parcela do trezeno deverá ser paga de 01.02 a 30.11, ou se, solicitada pelo empregado, 
por ocasião das férias (se solicitada no mês de janeiro do ano em curso). 
A importância paga ao empregado a título de adiantamento (1ª. Parcela) será deduzida do 
valor integral do 13º salário devido em dezembro. 
Cumpre ressaltar que o empregador não está obrigado ao pagamento da 1ª parcela no mesmo 
mês para todos os seus empregados, podendo assim, pagar o adiantamento do trezeno no 
mês de agosto para alguns empregados, para outros em setembro e para outros em novembro 
(exemplo). Essa atitude facilita o pagamento da obrigação, vez que não necessita o 
empregador desembolsar esses valores todos de uma vez (exceto no mês de dezembro). 
 
 
5.1.2 - Rescisão Contratual 
 
Havendo rescisão contratual e quando já se tenha adiantado a 1ª parcela, esta será 
compensada na rescisão. 
Para cálculo da média do 13º salário em rescisão, deve ser calculado se houver variáveis, até o 
mês anterior à rescisão contratual, mas o pagamento conta até o mês da rescisão ou até 30 
dias depois no caso de aviso prévio indenizado. 
 
5.2 - CÁLCULOS DA 1ª PARCELA 
 
Primeiramente deve apurar-se a data de admissão do empregado, para saber qual o critério 
deve ser utilizado vez que: 
 
5.2.1 - Empregados Admitidos Até 17 de Janeiro 
 
Para os empregados admitidos até 17 de janeiro, inclusive, o valor da primeira parcela será de 
50% (cinqüenta por cento) do salário do mês anterior ao do seu pagamento. 
 
Exemplos: 
 
- Mensalista 
 
Salário mensal de R$ 800,00 – recebe R$ 400,00 
 
- Diarista 
 
Percebe R$ 30,00 por dia; recebe a metade de 30 dias. 
R$ 30,00 x 30 = R$ 900,00 
R$ 900,00: 2 = R$ 450,00 
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- Horista 
 
Percebe R$ 4,00 por hora, faz jus á metade de 220 horas 
 
- Salário Variável 
 
Qualquer que seja o salário variável, paga-se a metade da média mensal até o mês de outubro. 
 
Exemplos: 
 
Salário Variável sem fixo 
 
Janeiro R$ 1.200,00 
Fevereiro R$ 900,00 
Março R$ 1.320,00 
Abril R$ 1.800,00 
Maio R$ 1.680,00 
Junho R$ 1.980,00 
Julho R$ 1.920,00 
Agosto R$ 2.100,00 
Setembro R$ 2.280,00 
Outubro R$ 3.000,00 
----------------- 
Total R$ 18.180,00 
 
 
Salário variável mais fixo 
 
 
- Salário por Tarefa 
 
Quando o salário é pago por tarefa, procura-se a média mensal da produção e paga-se 50%, 
ou seja, a primeira parcela. Exemplo: 
 
Um empregado produziu 70.000 peças de janeiro a outubro, seu salário por peça é de R$ 0,3 
cada uma. 
 
Observação: o salário por peça é sempre calculado sobre o último valor reajustado. 
 
 
 
5.2.2 - Empregados Admitidos Após 17 de Janeiro 
 
Aos empregados admitidos após 17 de janeiro, paga-se o referente ao período posterior a 
 
Média mensal de R$ 18.180,00: 10 = R$ 1.818,00 
Pagamento da primeira parcela do 13º salário: 
R$ 1.818,00: 2 = R$ 909,00 
Média mensal de R$ 1.818,00 
+ salário fixo de R$ 600,00 
----------------- 
Total R$ 2.418,00 
Pagamento da primeira parcela do 13º salário: 
 
R$ 2.418,00: 2 = R$ 1.209,00 
Média mensal de produção 70.000: 10 = (10 = nº de meses) = 7.000 peças 
7.000 x R$ 0,3 = R$ 2.100,00 
R$ 2.100,00; 2 = R$ 1.050,00 ( primeira parcela) 
29 
 
 
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admissão do empregado, atribuindo-se 1/12 do salário mensal percebido ou apurado por mês 
de serviço, ou fração igual ou superior a 15 dias, contado da admissão até o mês anterior ao 
pagamento; paga-se a metade do valor encontrado. 
 
Exemplos: 
 
- Mensalista 
 
Um empregado admitido em 28.07.2012, com salário de R$ 1.200,00 por mês, deve receber a 
quantia de R$ 250,00, referente à primeira parcela do 13º salário porque: 
 
 
- Salário variável 
 
Um empregado admitido em 14/05/2012 
 
 
Salário variável sem fixo 
 
 
Salário variável mais fixo 
 
Procura-se a média mensal do salário variável, divide-se por 12 (para obter 1/12), multiplica-se 
por 6 ( maio a outubro) e divide-se por 2; obtém-se, assim a primeira parcela do salário 
variável; soma-se o fixo calculado proporcionalmente de maio a dezembro, ou seja, 50% de 
8/12, sempre tomando como base o último salário, ou do mês anterior. 
 
Salário por tarefa 
 
Um empregadoadmitido em 3/08/2012 produziu um total de 15.000 peças por mês a R$ 0,12 
cada uma. Qual o valor da primeira parcela? 
 
- Pagamento Conjunto Das Duas Parcelas 
 
R$ 1.200,00: 12 = R$ 100,00 (valor de 1/12). 
 
R$ 100,00 x 5 (5 porque o período de trabalho compreende agosto, setembro, outubro, 
novembro e dezembro; julho não entra porque trabalhou apenas cinco dias neste mês) = R$ 
500,00 
 
R$ 500,00: 2 = R$ 250,00 
Maio 
Junho 
Julho 
Agosto 
Setembro
Outubro 
 
Total 
R$ 480,00 
R$ 720,00 
R$ 1.000,00 
R$ 880,00 
R$ 1.200,00 
R$ 1.480,00 
--------------------- 
R$ 5.760,00 
Média mensal de R$ 5.760,00 : 6 (nº de meses) = R$ 960,00 
Achar 1/12 da média mensal 
R$ 960,00: 12 = R$ 80,00 
R$ 80,00 x 6 = R$ 480,00 
 
Primeira parcela: R$ 480,00: 2 = R$ 240,00 
Média mensal = 15.000 x R$ 0,12 = R$ 1.800,00 
Procura-se 1/12 da média mensal: R$ 1.800,00: 12 = R$ 150,00 
Valor da primeira parcela: R$ 150,00 x 4 = R$ 300,00 
-------------------- 
 
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Prof. Me. Ederaldo Jose Pereira de Lima 
 
A Lei conforme explanado nos itens acima disciplina o pagamento obrigatoriamente em duas 
parcelas. O SEFIP foi programado de conformidade com a Lei, ou seja, por mais que o 
empregador queira pagar a totalidade do 13º salário, não poderá fazê-lo, pois o INSS somente 
será gerado no sistema na competência de dezembro. 
 
 
- Encargos 
 
● INSS Na 1ª parcela não há incidência do INSS. 
 
● FGTS O FGTS incide sobre o valor pago, pelo regime de competência, ou seja, de acordo 
com a data do pagamento (se pago em setembro, a empresa deverá recolher até 07/10). 
 
● IRRF Sobre a 1ª parcela do 13º salário não há incidência do IRRF. 
 
 
- 5.2.1 - 13º SALÁRIO – 2ª PARCELA 
 
- Quantia a Ser Quitada 
 
O trezeno será pago na forma proporcional ao tempo de serviço do empregado na empresa, 
considerando-se a fração de 15 (quinze) dias de trabalho como mês integral. 
A importância já paga ao obreiro como 1ª parcela será deduzida do valor do 13º salário devido 
até o dia 20 de dezembro. 
A forma de cálculo seguirá a mesma linha de raciocínio dos cálculos acima (da primeira 
parcela), observando-se no entanto, que a contagem dos avos será efetuada até dezembro e a 
média dos variáveis, deverá ser considerada até o mês de novembro. 
Ainda terá que se ater que haverá nesta segunda parcela, além da dedução da 1ª parcela, o 
desconto do INSS, ou seja, o pagamento final será o valor total, deduzidos os descontos 
referidos. 
 
 
- Data De Pagamento 
 
A segunda parcela do 13º salário deverá ser paga no prazo máximo no dia 20 de dezembro. 
 
- Cálculos da 2ª Parcela 
 
 
- Salário Fixo 
 
 
Para quem ingressou até 17/01: 
 
 
Valor do salário fixo de dezembro x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado 
Valor do salário fixo de dezembro – Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela 
 
Para quem ingressar após 17/01 
 
 
Valor do salário fixo de dezembro : 12 x avos devidos até dez = base de cálculo 
Base de Cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado 
Base de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela 
 
- Adicional De Insalubridade E Periculosidade 
 
 
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 LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 
 
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Para quem ingressou até 17/01: 
 
 
Valor do salário fixo + adic. de insalubridade ou periculosidade = base de cálculo 
Base de Cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado 
Base de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela 
 
Para quem ingressar após 17/01 
 
 
Valor do fixo + adicional de insal. ou pericul. : 12 x avos devidos até dez = base de cálculo 
Base de cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado 
Base de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela 
 
 
- Horas Extraordinárias e Noturnas 
 
 
 
Para quem ingressou até 17/01: 
 
 
Quant. de Horas Extras e RSR até mês anterior a dez = méd. de horas ext. 
11 
Média x valor de uma hora extra de dez = valor total da média 
Valor total média + salário fixo de dez = base de cálculo 
Base de Cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado 
Base de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela 
 
Para quem ingressar após 17/01 
Quantidade de Horas Extras até o mês de nov = média de horas extras 
Nº de meses até o mês de nov 
Média de Horas Extras x valor de uma hora extra = valor parcial da média 
Regra da proporcionalidade 
Valor total da média : 12 x avos devidos até o mês de dezembro = base de cálculo da média 
Valor do salário fixo de dezembro : 12 x avos devidos até dez = base de cálculo fixo 
Base de Cálculo Fixo + BC Variável = Base Total de Cálculo 
Base Total de Cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado 
Base Total de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela 
 
- Comissionista 
Para quem ingressou até 17/01: 
Valor da Comissão e do dsr até o mês anterior ao pagamento = valor da média 
Nº de meses até o mês anterior ao pagamento 
Valor da média : 2 = valor da 1ª parcela dos variáveis + salário fixo se houver : 2 = 13º -1ª 
parcela 
 
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Prof. Me. Ederaldo Jose Pereira de Lima 
 
 
Para quem ingressar após 17/01 
Valor da Comissão até o mês de nov = valor da média 
Nº de meses até o mês nov 
Regra da Proporcionalidade 
Valor da média : 12 x avos devidos até o mês de dez = base de cálculo do variável 
Se houver Salário Fixo 
Valor do salário fixo de dezembro : 12 x avos devidos até dez = base de cálculo fixo 
Base de Cálculo Fixo + BC Variável = Base Total de Cálculo 
Base Total de Cálculo x % (alíquota de INSS) = valor do desconto do empregado 
Base Total de Cálculo - Val. da 1ª parc. – INSS = valor da 2ª parcela 
 
• IMPORTANTE EM TODOS OS CASOS PODERÁ AO FINAL TAMBÉM HAVER A 
REDUÇÃO DO IRRF. 
 
5.3 - INCIDÊNCIAS 
INSS Incidência sobre o valor integral das duas parcelas. Pagamento a ser efetuada 
em GPS própria da competência 13, no dia 20/12. A partir de 12/2005, apresentar GFIP 
de competência 13, pelo SEFIP até o dia 31/01 com fatos geradores da PS. 
FGTS O FGTS incide sobre o valor pago, pelo regime de competência, ou seja, de 
acordo com a data do pagamento (pago em dezembro, a empresa deverá recolher até 
07/01). 
IRRF Incidirá o pagamento do IRRF, sobre o valor total pago a título de trezeno. 
 
5.4 – REVISÃO DE VALORES DO 13º SALÁRIO – ACERTO DA DIFERENÇA 
 
O parágrafo único do artigo 2º do Decreto nº 57155/1965, dispõe que a empresa deverá efetuar 
até o dia 10 de janeiro do ano seguinte computado a parcela do mês de dezembro, o cálculo 
da gratificação será revista para 1/12 (um doze avos) do total devido no ano anterior, 
processando-se a correção do valor da respectiva gratificação com o pagamento ou 
compensação das diferenças verificadas. Isto ocorre no cálculo para variáveis com fechamento 
no mês de dezembro. 
Neste caso, poderão ser apuradas diferenças em prol do empregado ou da empresa. Sendo 
favoráveis ao empregado, a empresa poderá efetuar o pagamento das mesmas até o dia 
10/01. 
 
- Apuração das Diferenças 
 
- Diferença em Prol do Empregado 
 
A empresa deverá efetuar a média das comissões e repousos do período integral do ano de 
2011, até o mês de dezembro, somando o valor dos salários variáveis e, após dividindo por 12. 
Deste resultado, diminuirão os valores pagos anteriormente, e resultando diferença a maior em 
prol do empregado, a empresa deverá pagá-la impreterivelmente

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