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Novação
	É a criação de obrigação nova, para extinguir uma anterior. É a substituição de uma dívida por outra, extinguindo-se a primeira. 
	Não se trata propriamente de uma transformação ou conversão de uma dívida em outra, mas de um fenômeno mais amplo, abrangendo a criação de uma nova obrigação para extinguir uma anterior.
	Tem duplo conteúdo: um extintivo, referente à obrigação antiga; outro gerador, relativo à obrigação nova. 
	A noção não produz, como o pagamento, a satisfação imediata do credito, sendo, pois, modo extintivo não satisfatório. O credor não recebe a prestação devida, mas apenas adquire outro direito de credito ou passa a exercê-lo contra outra pessoa. 
	Novação de natureza contratual, operando-se em conseqüência de ato de vontade dos interessados, jamais por força de lei.
	São requisitos ou pressupostos caracterizadores da novação: a existência de obrigação anterior, a constituição de nova obrigação e o animus novandi (intenção de novar, que pressupõe o acordo de vontades).
	Artigo 367 – salvo as obrigações simplesmente anuláveis, não podem ser objeto de novação obrigações nulas ou extintas. 
	Não se pode novar o que não existe, ou já existiu mas encontra-se extinto, nem extinguir o que não produz efeitos jurídicos. 	
	A obrigação simplesmente anulável, entretanto, pode ser confirmada pela novação, pois tem existência, enquanto não rescindia judicialmente. Podendo ser confirmada, interpreta-se sua substituição como renuncia do interessado ao direito de pleitear anulação. 
	Não há novação quando se verifiquem alterações secundárias na dívida, como exclusão de uma garantia, alongamento ou encurtamento do prazo, estipulação de juros etc.
	A moratória não se considera novação, na medida em que a obrigação continua sendo a mesma, só se alterando o termo do vencimento. 	
	Na duvida, entende-se que não houve novação, pois estão não se presume.
	Artigo 361 – não havendo animo de novar, expresso ou tácito, mas inequívoco, a segunda obrigação confirma simplesmente a primeira.
	Não ocorre novação quando o credor simplesmente concede facilidades ao devedor.
	A novação tácita, portanto, dá-se todas as vezes que, sem declarar por termos preciso que a efetua, o devedor é exonerado da primeiro obrigação e assume outras substancias ou na forma, da primeira, de modo a não ser uma simples modificação dela. É preciso, em suma, que a primeira e a segunda sejam incompatíveis. 
	Há três espécies de novação: a objetiva, a subjetiva e a mista. Na primeira altera-se o objeto da prestação; na segunda, ocorre a substituição dos sujeitos da relação jurídica, no pólo passivo ou ativo, com quitação do titulo anterior; na mista, ocorrem, simultaneamente, na nova obrigação, mudança do objeto e substituição das partes.
	Pode haver novação objetiva mesmo que a segunda obrigação consista também no pagamento em dinheiro, desde que haja alteração substancial em relação à primeira. 
	A novação objetiva pode decorrer de mudança do objeto principal da obrigação, em sua natureza ou na causa jurídica. 
	A novação subjetiva ou pessoal ocorre por substituição do devedor ou por substituição do credor. 
A novação subjetiva por substituição do devedor pode ser efetuada independentemente de consentimento deste – EXPROMISSÃO.
	Delegação – com autorização de todas as partes
	Se, todavia, o credor aceitar o novo devedor, sem renunciar ou abrir mão de seus direitos contra o primitivo devedor, não haverá novação e a hipótese será de delegação imperfeita.
	A novação mista é expressão da doutrina, não mencionada no CC. Decorre de fusão das duas primeiras espécies e se configura quando ocorre, ao mesmo tempo, mudança do objeto da prestação e dos sujeitos da relação jurídica obrigacional. 
	STF- a renegociação de contrato bancário ou a comissão da divida não impede a possibilidade de discussão sobre eventuais ilegalidades dos contratos anteriores.
	Artigo 363 – se o novo devedor foi insolvente, não tem o credor, que o aceitou, ação regressiva contra o primeiro, salvo se este obteve por má-fé a substituição. 
	Operada a novação entre o credor e apenas um dos devedor solidários, os demais que não contraíram a nova obrigação, ficam por esse fato exonerados. 
	Havendo extinção total da divida primitiva por força de novação operada, a exoneração alcança todos os devedores solidários.
	A novação extingue os acessórios e garantias da dívida, sempre que não houver estipulação em contrario.

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