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Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski Roge´rio rogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br July 12, 2016 1/33 2/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno O que de fato e´ um tensor? Em livros mais antigos: Um tensor de segunda ordem e´ um objeto de dois ı´ndices que se transforma como Tµν = 3∑ α=0 3∑ β=0 ΛµαΛ ν βT αβ Mas o que isso quer dizer? Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 2/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno O que de fato e´ um tensor? Em livros mais antigos: Um tensor de segunda ordem e´ um objeto de dois ı´ndices que se transforma como Tµν = 3∑ α=0 3∑ β=0 ΛµαΛ ν βT αβ Mas o que isso quer dizer? Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 2/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno O que de fato e´ um tensor? Em livros mais antigos: Um tensor de segunda ordem e´ um objeto de dois ı´ndices que se transforma como Tµν = 3∑ α=0 3∑ β=0 ΛµαΛ ν βT αβ Mas o que isso quer dizer? Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 3/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Objetivos vetores → quadrivetores; formas bilineares → me´trica de Minkowski; rotac¸o˜es → transformac¸o˜es de Lorentz; espac¸o dual → subir e descer ı´ndice; tensores → se transforma como... Para isso precisaremos revisitar alguns conceitos de a´lgebra linear. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 3/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Objetivos vetores → quadrivetores; formas bilineares → me´trica de Minkowski; rotac¸o˜es → transformac¸o˜es de Lorentz; espac¸o dual → subir e descer ı´ndice; tensores → se transforma como... Para isso precisaremos revisitar alguns conceitos de a´lgebra linear. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 3/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Objetivos vetores → quadrivetores; formas bilineares → me´trica de Minkowski; rotac¸o˜es → transformac¸o˜es de Lorentz; espac¸o dual → subir e descer ı´ndice; tensores → se transforma como... Para isso precisaremos revisitar alguns conceitos de a´lgebra linear. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 3/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Objetivos vetores → quadrivetores; formas bilineares → me´trica de Minkowski; rotac¸o˜es → transformac¸o˜es de Lorentz; espac¸o dual → subir e descer ı´ndice; tensores → se transforma como... Para isso precisaremos revisitar alguns conceitos de a´lgebra linear. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 3/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Objetivos vetores → quadrivetores; formas bilineares → me´trica de Minkowski; rotac¸o˜es → transformac¸o˜es de Lorentz; espac¸o dual → subir e descer ı´ndice; tensores → se transforma como... Para isso precisaremos revisitar alguns conceitos de a´lgebra linear. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 3/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Objetivos vetores → quadrivetores; formas bilineares → me´trica de Minkowski; rotac¸o˜es → transformac¸o˜es de Lorentz; espac¸o dual → subir e descer ı´ndice; tensores → se transforma como... Para isso precisaremos revisitar alguns conceitos de a´lgebra linear. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 4/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno O que e´ um vetor? Cla´ssica: vetores sa˜o objetos com um ı´ndice que se transformam como xµ = 3∑ α=0 Λµαx α A´lgebra linear: vetor e´ um elemento de um espac¸o vetorial. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 4/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno O que e´ um vetor? Cla´ssica: vetores sa˜o objetos com um ı´ndice que se transformam como xµ = 3∑ α=0 Λµαx α A´lgebra linear: vetor e´ um elemento de um espac¸o vetorial. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 4/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno O que e´ um vetor? Cla´ssica: vetores sa˜o objetos com um ı´ndice que se transformam como xµ = 3∑ α=0 Λµαx α A´lgebra linear: vetor e´ um elemento de um espac¸o vetorial. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 5/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Fato 1 Fixar um referencial e´ equivalente a fixar uma base para o espac¸o, de modo que uma mudanc¸a de base e´ apenas uma mudanc¸a de referencial. Voltando a` definic¸a˜o cla´ssica de vetor, xµ = 3∑ α=0 Λµαx α e´ exatamente como se calcula as componentes de um vetor sob uma transformac¸a˜o linear, em particular sob uma mudanc¸a de base. A matriz Λµν representa uma mudanc¸a de base particular, voltaremos a ela em breve. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 5/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Fato 1 Fixar um referencial e´ equivalente a fixar uma base para o espac¸o, de modo que uma mudanc¸a de base e´ apenas uma mudanc¸a de referencial. Voltando a` definic¸a˜o cla´ssica de vetor, xµ = 3∑ α=0 Λµαx α e´ exatamente como se calcula as componentes de um vetor sob uma transformac¸a˜o linear, em particular sob uma mudanc¸a de base. A matriz Λµν representa uma mudanc¸a de base particular, voltaremos a ela em breve. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 5/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Fato 1 Fixar um referencial e´ equivalente a fixar uma base para o espac¸o, de modo que uma mudanc¸a de base e´ apenas uma mudanc¸a de referencial. Voltando a` definic¸a˜o cla´ssica de vetor, xµ = 3∑ α=0 Λµαx α e´ exatamente como se calcula as componentes de um vetor sob uma transformac¸a˜o linear, em particular sob uma mudanc¸a de base. A matriz Λµν representa uma mudanc¸a de base particular, voltaremos a ela em breve. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 6/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Um produto interno e´ uma aplicac¸a˜o que age em dois vetores e leva a um numero real, · : V × V → R (u, v) 7→ u · v Um produto interno pode tambe´m ser representado e calculado como o produto de um vetor linha por um vetor coluna (u1, u2, u3) v 1v 2 v 3 = u1v 1 + u2v 2 + u3v 3 Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da RelatividadeO espac¸o de Minkowski 6/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Um produto interno e´ uma aplicac¸a˜o que age em dois vetores e leva a um numero real, · : V × V → R (u, v) 7→ u · v Um produto interno pode tambe´m ser representado e calculado como o produto de um vetor linha por um vetor coluna (u1, u2, u3) v 1v 2 v 3 = u1v 1 + u2v 2 + u3v 3 Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 7/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Produtos internos nos permite estudar conceitos geome´tricos do espac¸o, como aˆngulos e comprimentos. |u| = √u · u e cos θ = u · v|u||v| . O espac¸o Rn munido desse produto interno e´ chamado de espac¸o Euclidiano. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 7/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Produtos internos nos permite estudar conceitos geome´tricos do espac¸o, como aˆngulos e comprimentos. |u| = √u · u e cos θ = u · v|u||v| . O espac¸o Rn munido desse produto interno e´ chamado de espac¸o Euclidiano. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 8/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno O produto interno permite determinar mudanc¸as de referencial que preservam comprimentos e aˆngulos (rotac¸o˜es) Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 9/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Rotac¸o˜es sa˜o mudanc¸as de base (referencial) que preservam o produto interno. Isto significa que se a matriz A representa uma rotac¸a˜o no Rn e u, v ∈ Rn, enta˜o Au · Av = u · v. Na representac¸a˜o de vetores linha e coluna (u1, u2, u3) = A TA v 1v 2 v 3 = (u1, u2, u3) v 1v 2 v 3 = u1v 1 + u2v 2 + u3v 3, ∴ Au · Av = u · v⇒ AT = A−1 Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 9/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Rotac¸o˜es sa˜o mudanc¸as de base (referencial) que preservam o produto interno. Isto significa que se a matriz A representa uma rotac¸a˜o no Rn e u, v ∈ Rn, enta˜o Au · Av = u · v. Na representac¸a˜o de vetores linha e coluna (u1, u2, u3) = A TA v 1v 2 v 3 = (u1, u2, u3) v 1v 2 v 3 = u1v 1 + u2v 2 + u3v 3, ∴ Au · Av = u · v⇒ AT = A−1 Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 9/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Rotac¸o˜es sa˜o mudanc¸as de base (referencial) que preservam o produto interno. Isto significa que se a matriz A representa uma rotac¸a˜o no Rn e u, v ∈ Rn, enta˜o Au · Av = u · v. Na representac¸a˜o de vetores linha e coluna (u1, u2, u3) = A TA v 1v 2 v 3 = (u1, u2, u3) v 1v 2 v 3 = u1v 1 + u2v 2 + u3v 3, ∴ Au · Av = u · v⇒ AT = A−1 Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 9/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno Rotac¸o˜es sa˜o mudanc¸as de base (referencial) que preservam o produto interno. Isto significa que se a matriz A representa uma rotac¸a˜o no Rn e u, v ∈ Rn, enta˜o Au · Av = u · v. Na representac¸a˜o de vetores linha e coluna (u1, u2, u3) = A TA v 1v 2 v 3 = (u1, u2, u3) v 1v 2 v 3 = u1v 1 + u2v 2 + u3v 3, ∴ Au · Av = u · v⇒ AT = A−1 Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 10/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno O termo rotac¸o˜es e´ generalizado e usado em va´rias a´reas da f´ısica. Em mecaˆnica quaˆntica, para que a normalizac¸a˜o da func¸a˜o de probabilidade seja preservada, a evoluc¸a˜o temporal dos operadores ou da func¸a˜o de onda e´ constru´ıda de modo que representem rotac¸o˜es no espac¸o de Hilbert. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 10/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores definic¸a˜o mudanc¸a de referencial produto interno O termo rotac¸o˜es e´ generalizado e usado em va´rias a´reas da f´ısica. Em mecaˆnica quaˆntica, para que a normalizac¸a˜o da func¸a˜o de probabilidade seja preservada, a evoluc¸a˜o temporal dos operadores ou da func¸a˜o de onda e´ constru´ıda de modo que representem rotac¸o˜es no espac¸o de Hilbert. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 11/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski O produto interno pode ser generalizado para as chamadas formas bilineares. Sejam U e V espac¸os vetoriais reais. Dizemos a aplicac¸a˜o g : U × V → R e´ uma forma bilinear se e´ linear em cada um de seus argumentos, ou seja, se ∀u,u′ ∈ U, v, v′ ∈ V e λ ∈ R valem: 1 g(u + u′, v) = g(u, v) + g(u′, v); 2 g(u, v + v′) = g(u, v) + g(u, v′); 3 g(u, λv) = g(λu, v) = λg(u, v); Uma forma bilinear e´ dita ser sime´trica se g(u,u′) = g(u′,u), ∀u,u′ ∈ U. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 11/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski O produto interno pode ser generalizado para as chamadas formas bilineares. Sejam U e V espac¸os vetoriais reais. Dizemos a aplicac¸a˜o g : U × V → R e´ uma forma bilinear se e´ linear em cada um de seus argumentos, ou seja, se ∀u,u′ ∈ U, v, v′ ∈ V e λ ∈ R valem: 1 g(u + u′, v) = g(u, v) + g(u′, v); 2 g(u, v + v′) = g(u, v) + g(u, v′); 3 g(u, λv) = g(λu, v) = λg(u, v); Uma forma bilinear e´ dita ser sime´trica se g(u,u′) = g(u′,u), ∀u,u′ ∈ U. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 11/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski O produto interno pode ser generalizado para as chamadas formas bilineares. Sejam U e V espac¸os vetoriais reais. Dizemos a aplicac¸a˜o g : U × V → R e´ uma forma bilinear se e´ linear em cada um de seus argumentos, ou seja, se ∀u,u′ ∈ U, v, v′ ∈ V e λ ∈ R valem: 1 g(u + u′, v) = g(u, v) + g(u′, v); 2 g(u, v + v′) = g(u, v) + g(u, v′); 3 g(u, λv) = g(λu, v) = λg(u, v); Uma forma bilinear e´ dita ser sime´trica se g(u,u′) = g(u′,u), ∀u,u′ ∈ U. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 12/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Dados u, v ∈ R3, u · v = (u1, u2, u3) v 1v 2 v 3 = u1v 1 + u2v 2 + u3v 3 = 3∑ k=1 ukv k ︸ ︷︷ ︸ produto interno , g(u, v) = (u1, u2, u3) g11 g12 g13g21 g22 g23 g31 g32 g33 v 1v 2 v 3 = 3∑ k=1 3∑ l=1 gklu kv l ︸ ︷︷ ︸ forma bilinear g Com isso podemos concluir que o produto interno e´ um caso particular de forma bilinear, quando g = I . Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.brTeoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 12/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Dados u, v ∈ R3, u · v = (u1, u2, u3) v 1v 2 v 3 = u1v 1 + u2v 2 + u3v 3 = 3∑ k=1 ukv k ︸ ︷︷ ︸ produto interno , g(u, v) = (u1, u2, u3) g11 g12 g13g21 g22 g23 g31 g32 g33 v 1v 2 v 3 = 3∑ k=1 3∑ l=1 gklu kv l ︸ ︷︷ ︸ forma bilinear g Com isso podemos concluir que o produto interno e´ um caso particular de forma bilinear, quando g = I . Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 12/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Dados u, v ∈ R3, u · v = (u1, u2, u3) v 1v 2 v 3 = u1v 1 + u2v 2 + u3v 3 = 3∑ k=1 ukv k ︸ ︷︷ ︸ produto interno , g(u, v) = (u1, u2, u3) g11 g12 g13g21 g22 g23 g31 g32 g33 v 1v 2 v 3 = 3∑ k=1 3∑ l=1 gklu kv l ︸ ︷︷ ︸ forma bilinear g Com isso podemos concluir que o produto interno e´ um caso particular de forma bilinear, quando g = I . Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 13/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Voltando a` relatividade restrita Imagine agora uma fonte de luz na posic¸a˜o (x0, y0, z0) emite uma frente de onda no instante t0. Apo´s t segundos a distaˆncia percorrida pela frente de onda sera´ c∆t = c(t − t0) metros, que em termos de coordenadas espaciais sera´√ ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 = √ (x − x0)2 + (y − y0)2 + (z − z0)2. Imagine agora a mesma frente de onda observada por um outro referencial inercial O′. Neste outro referencial, apo´s t ′ segundos a frente de onda tera´ percorrido c∆t ′ = √ ∆x ′2 + ∆y ′2 + ∆z ′2. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 13/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Voltando a` relatividade restrita Imagine agora uma fonte de luz na posic¸a˜o (x0, y0, z0) emite uma frente de onda no instante t0. Apo´s t segundos a distaˆncia percorrida pela frente de onda sera´ c∆t = c(t − t0) metros, que em termos de coordenadas espaciais sera´√ ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 = √ (x − x0)2 + (y − y0)2 + (z − z0)2. Imagine agora a mesma frente de onda observada por um outro referencial inercial O′. Neste outro referencial, apo´s t ′ segundos a frente de onda tera´ percorrido c∆t ′ = √ ∆x ′2 + ∆y ′2 + ∆z ′2. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 13/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Voltando a` relatividade restrita Imagine agora uma fonte de luz na posic¸a˜o (x0, y0, z0) emite uma frente de onda no instante t0. Apo´s t segundos a distaˆncia percorrida pela frente de onda sera´ c∆t = c(t − t0) metros, que em termos de coordenadas espaciais sera´√ ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 = √ (x − x0)2 + (y − y0)2 + (z − z0)2. Imagine agora a mesma frente de onda observada por um outro referencial inercial O′. Neste outro referencial, apo´s t ′ segundos a frente de onda tera´ percorrido c∆t ′ = √ ∆x ′2 + ∆y ′2 + ∆z ′2. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 13/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Voltando a` relatividade restrita Imagine agora uma fonte de luz na posic¸a˜o (x0, y0, z0) emite uma frente de onda no instante t0. Apo´s t segundos a distaˆncia percorrida pela frente de onda sera´ c∆t = c(t − t0) metros, que em termos de coordenadas espaciais sera´√ ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 = √ (x − x0)2 + (y − y0)2 + (z − z0)2. Imagine agora a mesma frente de onda observada por um outro referencial inercial O′. Neste outro referencial, apo´s t ′ segundos a frente de onda tera´ percorrido c∆t ′ = √ ∆x ′2 + ∆y ′2 + ∆z ′2. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 14/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Comparando o resultado nos dois referenciais podemos observar que ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 = 0 = ∆x ′2 + ∆y ′2 + ∆z ′2 − (c∆t ′)2. Ou seja ∆x ′2 + ∆y ′2 + ∆z ′2 − (c∆t ′)2 = 0 independentemente do referencial. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 14/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Comparando o resultado nos dois referenciais podemos observar que ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 = 0 = ∆x ′2 + ∆y ′2 + ∆z ′2 − (c∆t ′)2. Ou seja ∆x ′2 + ∆y ′2 + ∆z ′2 − (c∆t ′)2 = 0 independentemente do referencial. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 15/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Imagine a mesma situac¸a˜o anterior, mas agora trocando a frente de onda por uma part´ıcula que viaja com velocidade v < c . De maneira inteiramente ana´loga ter´ıamos ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (v∆t)2 = 0, e desta expressa˜o, substituindo apenas v por c , teremos ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 < 0. Suponha agora que em a distaˆncia espacial √ ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 seja maior do que a percorrido pela luz em t segundos. Dessa forma ter´ıamos, analogamente ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 > 0. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 15/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Imagine a mesma situac¸a˜o anterior, mas agora trocando a frente de onda por uma part´ıcula que viaja com velocidade v < c . De maneira inteiramente ana´loga ter´ıamos ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (v∆t)2 = 0, e desta expressa˜o, substituindo apenas v por c , teremos ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 < 0. Suponha agora que em a distaˆncia espacial √ ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 seja maior do que a percorrido pela luz em t segundos. Dessa forma ter´ıamos, analogamente ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 > 0. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 15/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Imagine a mesma situac¸a˜o anterior, mas agora trocando a frente de onda por uma part´ıcula que viaja com velocidade v < c . De maneira inteiramente ana´loga ter´ıamos ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (v∆t)2 = 0, e desta expressa˜o, substituindo apenas v por c , teremos ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 < 0. Suponha agora que em a distaˆncia espacial √ ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 seja maior do que a percorrido pela luz em t segundos. Dessa forma ter´ıamos, analogamente ∆x2 + ∆y2 + ∆z2 − (c∆t)2 > 0. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 15/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Imagine a mesma situac¸a˜o anterior, mas agora trocando a frente de onda por uma part´ıcula que viaja com velocidade v < c . De maneira inteiramente ana´loga ter´ıamos ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (v∆t)2 = 0, e desta expressa˜o, substituindo apenas v por c , teremos ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 < 0. Suponha agora que em a distaˆncia espacial √ ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 seja maior do que a percorrido pela luz em t segundos. Dessa forma ter´ıamos, analogamente ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 > 0. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 16/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Ou seja, para distaˆncias maiores, iguais ou menores do que a percorrida pela luz em um intervalo de tempo ∆t valem, respectivamente ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 = a2 > 0 ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 = 0 ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 = −b2 < 0 E´ poss´ıvel mostra que nu´meros reais a e b acima tambe´m sa˜o independentes do referencial (ver Schutz). Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 16/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Ou seja, para distaˆncias maiores, iguais ou menores do que a percorrida pela luz em um intervalo de tempo ∆t valem, respectivamente ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 = a2 > 0 ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 = 0 ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 = −b2 < 0 E´ poss´ıvel mostra que nu´meros reais a e b acima tambe´m sa˜o independentes do referencial (ver Schutz). Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 17/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Com isso conclu´ımos que ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 e´ invariante sob mudanc¸as de referencial. Esta e´ uma quantidade fundamental em relatividade geral ou restrita e e´ chamada de intervalo. Intervalos sa˜o classificados como tipo luz (= 0), tipo tempo (< 0) ou tipo espac¸o (> 0). Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 17/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Com isso conclu´ımos que ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 e´ invariante sob mudanc¸as de referencial. Esta e´ uma quantidade fundamental em relatividade geral ou restrita e e´ chamada de intervalo. Intervalos sa˜o classificados como tipo luz (= 0), tipo tempo (< 0) ou tipo espac¸o (> 0). Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 17/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Com isso conclu´ımos que ∆x2 + ∆y 2 + ∆z2 − (c∆t)2 e´ invariante sob mudanc¸as de referencial. Esta e´ uma quantidade fundamental em relatividade geral ou restrita e e´ chamada de intervalo. Intervalos sa˜o classificados como tipo luz (= 0), tipo tempo (< 0) ou tipo espac¸o (> 0). Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 18/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski A partir de agora fixemos c = 1 e a notac¸a˜o x0 = t, x1 = x , x2 = y e x3 = z . Se tomarmos o intervalo da discussa˜o anterior partindo da origem do sistema de coordenadas no instante x0 = 0, teremos − (x0)2 + (x1)2 + (x2)2 + (x3)2 = σ onde σ = a2, σ = 0 ou σ = −b2. Note que exceto pelo sinal negativo do primeiro termo, esta expressa˜o se parece muito com um produto interno. De fato, seja x = (x0, x1, x2, x3) um vetor de R4 e η essa forma bilinear, enta˜o η(x , x) = (x0, x1, x2, x3) −1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 ︸ ︷︷ ︸ matriz de η x0 x1 x2 x3 Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 18/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski A partir de agora fixemos c = 1 e a notac¸a˜o x0 = t, x1 = x , x2 = y e x3 = z . Se tomarmos o intervalo da discussa˜o anterior partindo da origem do sistema de coordenadas no instante x0 = 0, teremos − (x0)2 + (x1)2 + (x2)2 + (x3)2 = σ onde σ = a2, σ = 0 ou σ = −b2. Note que exceto pelo sinal negativo do primeiro termo, esta expressa˜o se parece muito com um produto interno. De fato, seja x = (x0, x1, x2, x3) um vetor de R4 e η essa forma bilinear, enta˜o η(x , x) = (x0, x1, x2, x3) −1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 ︸ ︷︷ ︸ matriz de η x0 x1 x2 x3 Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 18/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski A partir de agora fixemos c = 1 e a notac¸a˜o x0 = t, x1 = x , x2 = y e x3 = z . Se tomarmos o intervalo da discussa˜o anterior partindo da origem do sistema de coordenadas no instante x0 = 0, teremos − (x0)2 + (x1)2 + (x2)2 + (x3)2 = σ onde σ = a2, σ = 0 ou σ = −b2. Note que exceto pelo sinal negativo do primeiro termo, esta expressa˜o se parece muito com um produto interno. De fato, seja x = (x0, x1, x2, x3) um vetor de R4 e η essa forma bilinear, enta˜o η(x , x) = (x0, x1, x2, x3) −1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 ︸ ︷︷ ︸ matriz de η x0 x1 x2 x3 Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 18/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski A partir de agora fixemos c = 1 e a notac¸a˜o x0 = t, x1 = x , x2 = y e x3 = z . Se tomarmos o intervalo da discussa˜o anterior partindo da origem do sistema de coordenadas no instante x0 = 0, teremos − (x0)2 + (x1)2 + (x2)2 + (x3)2 = σ onde σ = a2, σ = 0 ou σ = −b2. Note que exceto pelo sinal negativo do primeiro termo, esta expressa˜o se parece muito com um produto interno. De fato, seja x = (x0, x1, x2, x3) um vetor de R4 e η essa forma bilinear, enta˜o η(x , x) = (x0, x1, x2, x3) −1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 ︸ ︷︷ ︸ matriz de η x0 x1 x2 x3 Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 19/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Assim como o espac¸o vetorial Rn munido do produto interno usual e´ chamado de espac¸o Euclidiano n−dimensional, o espac¸o vetorial R4 munido da forma bilinear η acima e´ chamado de espac¸o de Minkowski. A forma bilinear acima e´ conhecida como me´trica de Minkowski. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.brTeoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 20/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Se transformac¸o˜es lineares que satisfazem ATA = I preservam a o produto interno Euclidiano, a pergunta natural agora e´: quais sa˜o as transformac¸a˜o lineares que preservam a me´trica de Minkowski? Assim como no espac¸o Euclidiano, basta impor que η(Λx ,Λx) = η(x , x). Portanto a me´trica de Minkowski e´ preservada por matrizes Λ que satisfazem a ΛTηΛ = η. E´ poss´ıvel mostrar (Lista!) que as matrizes Λ que preservam a me´trica de Minkowski sa˜o justamente as transformac¸o˜es de Lorentz escritas em forma matricial. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 20/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Se transformac¸o˜es lineares que satisfazem ATA = I preservam a o produto interno Euclidiano, a pergunta natural agora e´: quais sa˜o as transformac¸a˜o lineares que preservam a me´trica de Minkowski? Assim como no espac¸o Euclidiano, basta impor que η(Λx ,Λx) = η(x , x). Portanto a me´trica de Minkowski e´ preservada por matrizes Λ que satisfazem a ΛTηΛ = η. E´ poss´ıvel mostrar (Lista!) que as matrizes Λ que preservam a me´trica de Minkowski sa˜o justamente as transformac¸o˜es de Lorentz escritas em forma matricial. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 20/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Se transformac¸o˜es lineares que satisfazem ATA = I preservam a o produto interno Euclidiano, a pergunta natural agora e´: quais sa˜o as transformac¸a˜o lineares que preservam a me´trica de Minkowski? Assim como no espac¸o Euclidiano, basta impor que η(Λx ,Λx) = η(x , x). Portanto a me´trica de Minkowski e´ preservada por matrizes Λ que satisfazem a ΛTηΛ = η. E´ poss´ıvel mostrar (Lista!) que as matrizes Λ que preservam a me´trica de Minkowski sa˜o justamente as transformac¸o˜es de Lorentz escritas em forma matricial. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 20/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Se transformac¸o˜es lineares que satisfazem ATA = I preservam a o produto interno Euclidiano, a pergunta natural agora e´: quais sa˜o as transformac¸a˜o lineares que preservam a me´trica de Minkowski? Assim como no espac¸o Euclidiano, basta impor que η(Λx ,Λx) = η(x , x). Portanto a me´trica de Minkowski e´ preservada por matrizes Λ que satisfazem a ΛTηΛ = η. E´ poss´ıvel mostrar (Lista!) que as matrizes Λ que preservam a me´trica de Minkowski sa˜o justamente as transformac¸o˜es de Lorentz escritas em forma matricial. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 21/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores generalizac¸a˜o de produtos internos formas bilineares × intervalo me´trica de Minkowski rotac¸o˜es no espac¸o de Minkowski Voltando a` “definic¸a˜o” cla´ssica de vetores, dizer que vetores sa˜o objetos que se transformam como xµ = 3∑ α=0 Λµαx α (1) significa dizer que em mudanc¸as de base (referencial), as componentes do vetor no novo referencial sa˜o obtidas pelas transformac¸o˜es lineares representadas pelas matrizes Λ, que sa˜o as pro´prias transformac¸o˜es de Lorentz. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 22/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores O que significa levantar e abaixar ı´ndices? Para entender o que isso significa precisamos retomar mais um conceito de a´lgebra linear, o chamado espac¸o dual. Dado um espac¸o vetorial V , associamos um espac¸o vetorial V ∗ chamado de espac¸o dual de V , tal que, ∀α ∈ V ∗ α : V → R u 7→ α(u) Elementos do espac¸o dual sa˜o chamados de funcionais lineares, covetores, vetores covariantes ou 1-forma, dependendo do contexto. Eles representam aplicac¸o˜es lineres que agem em vetores, resultando em nu´meros reais. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 23/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores Exemplo: Sejam u ∈ R4 e α ∈ (R4)∗ tal que α = (1, 2, 0, 1), enta˜o α(u) = α u1 u2 u3 u4 = 4∑ k=1 αku k = u1 + 2u2 + u4, Note a semelhanc¸a entre essa expressa˜o e o produto interno. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 24/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores Espac¸os munidos de formas bilineares e seus respectivos duais se relacionam atrave´s da pro´pria forma bilinear. De fato, nestes espac¸os definimos uma aplicac¸a˜o linear denominada correlac¸a˜o τ : V → V ∗, que define naturalmente um funcional bilinear g : V × V → R atrave´s de τ : V → V ∗ v 7→ τv : V → R u 7→ τv(u) ≡ g(v,u). Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 25/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores A relac¸a˜o estabelecida entre a correlac¸a˜o e a forma bilinear nos permite usar a segunda para relacionar as componentes de elementos do espac¸o vetorial a`s de elementos do espac¸o dual e vice versa. Isso e´ o que e´ conhecido como levantar e abaixar ı´ndices. Usualmente as componentes de vetores sa˜o chamadas de contravariantes (´ındice em cima) e de funcionais lineares chamadas de covariantes (´ındices embaixo). Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 26/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores Voltando ao R3, g(u, v) = (u1, u2, u3) g11 g12 g13g21 g22 g23 g31 g32 g33 v 1v 2 v 3 ≡ (u1, u1, u3) v 1v 2 v 3 onde u1 = u 1g11 + u 2g21 + u 3g31 u2 = u 1g12 + u 2g22 + u 3g32 u3 = u 1g13 + u 2g23 + u 3g33. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 27/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores De modo geral vale uµ = ∑ k gµku k , analogamente, uµ = ∑ k gµkuk . Onde gµk sa˜o as componentes da matriz inversa de g . Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 28/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores Tensores O produto tensorial entre espac¸os vetoriais U e V e´ um espac¸o W com uma aplicac¸a˜o bilinear ⊗ : U × V → W (u, v) 7→ u⊗ v tal que, se {ei : i = 1, . . . , n} e {fj : j = 1, . . . ,m} sa˜o bases de U e V respectivamente, enta˜o os mn elementos da forma ei ⊗ fj , com 1 ≤ i ≤ n e 1 ≤ j ≤ m, formam uma base de W . Tensores de W ≡ U ⊗V sera˜o enta˜o escritos como cominac¸a˜o linear de ei ⊗ fj , T = ∑ µ ∑ ν Tµνeµ ⊗ fν . Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 29/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores Tensores podem ser covariantes, contravariantes ou mistos, dependendo dos espac¸os vetoriais que compo˜em o produto tensorial. A mudanc¸a de referencial de tensores e´ dada pelo produto tensorial das matrizes de mudanc¸a de base dos espac¸os que compo˜em o produto tensorial. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 30/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores No exemplo anterior,se A e B sa˜o matrizes de mudanc¸a de base de U e V respectivamente, enta˜o o tensor T na nova base sera´ T′ = A⊗ B (∑ µ ∑ ν Tµνeµ ⊗ fν ) = ∑ µ ∑ ν Tµν(Aeµ)⊗ (Bfν) = ∑ µ ∑ ν Tµν (∑ α Aαµeα ) ⊗ ∑ β Bβνfβ = ∑ µ ∑ ν ∑ α ∑ β TµνAαµB β νeα ⊗ fβ = ∑ α ∑ β (∑ µ ∑ ν AαµB β νT µν ) eα ⊗ fβ = ∑ α ∑ β T ′αβeα ⊗ fβ Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 31/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores Portanto a componente T ′αβ do tensor T′ se relaciona com as componentes do tensor T atrave´s de T ′αβ = ∑ µ ∑ ν TµνAαµB β ν . (2) Essa expressa˜o para as componentes de um tensor sob uma mudanc¸a de base e´ usada nos textos mais antigos como a pro´pria definic¸a˜o de tensor. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 32/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores Assim como no caso dos vetores, as componentes covariantes de um tensor podem ser relacionadas com as contravariantes utilizando a me´trica, Tαβ = ∑ µ ∑ ν gαµgβνT µν ou Tαβ = ∑ µ ∑ ν gαµgβνTµν Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski 33/33 vetores formas bilineares espac¸o dual Tensores O produto tensorial pode ser continuado U1 ⊗ U2 ⊗ · · · ⊗ Un, produzindo tensores de ordem superior H = ∑ α1 ∑ α2 · · · ∑ αn Hα1α2···αn(e1)α1 ⊗ (e2)α2 ⊗ · · · ⊗ (en)αn , Que apesar de terem mais componentes, possuem exatamente a mesma estrutura de tensores de segunda ordem. Roge´riorogerio.cavalcanti@ufabc.edu.br Teoria da Relatividade O espac¸o de Minkowski vetores definição formas bilineares intervalo espaço dual Tensores