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Universidade Estadual Vale do Acaraú Água, pH e tampões Bioquímica Geral Água Principal Componente celular Reações químicas (organismos vivos) soluções aquosas Funcionais Proteínas Enzimas Hormônios Membranas Geometria da molécula da água e suas propriedades como solvente Papel fundamental na determinação das propriedades dos seres vivos Funções biológicas da água Transporte (nutrientes); Reações metabólicas; Transferência (energia). Meio ocorre: Aspectos da estrutura celular e de suas funções propriedades fisico-químicas (água) Estabilizador temperatura corpórea Transportador nutrientes / produtos (processos degradativos) Reagente e meio reação Estabilizador conformação de polímeros (biomoléculas) Facilitador comportamento dinâmico (moléculas) Origem Água organismo: liberação Endógena reações químicas (metabólicas) H2O Ex: Exógena ingestão Ex: Teor de água nos alimentos H2O Intracelular Extracelular Sistemas biológicos: Nos organismos vivos... Taxa de água (TA) variar (3 fatores): I. Atividade metabólica (tecido) metabolismo TA II. Idade Idade TA III. Espécie ser humano (63%); água-viva (98%); sementes (10%) Órgão TA (%) Encéfalo do embrião Músculos Rins Ossos 92,0 83,0 60,8 48,2 Hidratação corpórea Correta Desenvolvimento & longevidade Peso corpóreo humano ~ 63% H2O Equilíbrio H2O H2O Entra Sai Responsáveis Renal Cardiovascular Supra renal (níveis de K+ e Na+ - osmolaridade do plasma sanguíneo) Importância do Processo: Proteínas solúveis Reações químicas metabólicas Desequilíbrio H2O H2O Entra Sai Perda de água corpórea (%) Efeitos 2 4 > 20 Sede, desconforto, perda de apetite 20 a 30 % capacidade física Vertigem, dificuldade respiratória Frequência cardíaca Pressão arterial [Sais] plasma Desidratação corpórea respiração Atividades físicas ↑ Transpiração H2O e Eletrólitos (Na, K, Mg, Cl) Desidratação [Plasma] Mobilização (H2O) Frequência cardíaca Pressão Bombeamento (sangue) Desempenho físico Força aeróbica Como evitar? Perdas de água corpórea Curiosidade: Bebidas isotônicas Função Reposição (H2O e sais) H2O, carboidratos e sais (concentração similares)→fluídos corpóreos Definição Característica [carboidratos]: 6- 8% Mitos: Uso diário Problemas renais 500 mL 1/10 quantidade diária Complemento energético [carboidratos]: 6 - 8% hipoglicemia Propriedades físico-químicas da água Estrutura molecular da água Solvente Polar: Tipos de ligações Espaço cheio Natureza dípolar Pontes de hidrogênio H (ligado) elemento ↑eletronegativo (O, N, F) Ponto de fusão (oC) Ponto de Ebulição (oC) Calor de vaporização(J/g) Temperaturas de fusão, ebulição e calor de vaporização da H2O Ligação eletrostática + fraca Ligação covalente Pontes H ↑Valor propriedades físicas (H2O) Viscosidade Tensão superficial Calor específico Orientação das pontes de hidrogênio (O-H-O) Alinhados Atração →cargas elétricas > (O-H-O) Desalinhados Atração →cargas elétricas < Comparação entre as pontes de hidrogênio lineares e não-lineares As pontes não- lineares são mais fracas do que aquelas em que os três átomos se encontram alinhados Pontes de hidrogênio e estados da água Pontes de hidrogênio com solutos polares Não restritas moléculas H2O Tipos comuns Pontes H: Aceptor de Hidrogenio Doador de hidrogênio “Átomos de hidrogênio ligados covalentemente a carbono (não eletronegativo) não participam de pontes de hidrogênio” Formadas átomo eletronegativo (aceptor de elétrons O, N) átomo eletronegativo ← H ligado Essa diferença explica... Butanol (CH3CH2 CH2 CH2 OH) ↑ponto de ebulição (117 oC) Butano (CH3 CH2 CH2 CH3) ↓ponto de ebulição (-0,5 oC) Grupo hidroxila polar (formação pontes H intramoleculares) Pontes de hidrogênio de importância biológica Outras interações fracas em sistemas aquosos Pontes de hidrogênio Interações hidrofóbicas Interações iônicas Influenciam estrutura tridimensional das biomoléculas Estrutura cristalina da hemoglobina com (a) e sem (b) moléculas de água ligadas Revisando: Interações hidrofóbicas Interação molecular compostos apolares sofrem consequencias: Ações dinâmicas → Compostos polares Ex: água (polar) e óleos (apolar) Revisando: Interações iônicas Interações eletrostáticas diferenças elétricas ( compostos) Interações fortes íons (cátions / ânions) Caracterizadas → atração / repulsão (espécies iônicas) Exemplo → NaCl NaCl íon Na+ íon Cl- átomo Cl átomo Na NaCl → H2O Interações não-covalentes entre grupos funcionais de biomoléculas contribuem para a sua estrutura e função Interações de van der Waals Ocorre entre dois átomos não carregados próximos, suas nuvens eletrônicas influenciam uma à outra e variações aleatórias na posição dos elétrons ao redor de cada núcleo podem criam um dipolo elétrico transiente. Os dois dipolos, então, se atraem (fracamente) fazendo os dois núcleos se aproximarem. A medida de que os núcleos são aproximados, suas nuvens eletrônicas começam a se repelir. O ponto no qual as forças atrativas se balanceiam com as forças repelentes é conhecido como o ponto de contato van der Waals. Cada átomo tem um raio de van der Walls característico, que indica o quão perto o átomo “permite” que outro se coloque. Interações intermoleculares não covalentes em biologia viral Ligações da água com os sólidos Capacidade de interação com a água Moléculas 3 grupos: Hidrofílicas afinidade (H2O) Polares (carregadas) Estabelecer → ligações iônicas, pontes H, ligações covalentes (H2O) Anfipáticas afinidade parcial (H2O) Polares / apolares Fosfolipídios, proteínas, ácidos nucléicos, aminoácidos Hidrofóbicas aversão (H2O) Não polares (apolares) Não solúveis / Difícil dissolução Hidrocarbonetos, ácidos graxos, triglicerídeos e proteínas 2 tipos estruturais (adição de hidrofóbicos→ H2O): Hidratos claratos e micelas Biomoléculas polares, apolares e anfipáticas Processos de solubilização e hidratação Propriedade mais importante (H2O) dissolver substâncias (iônicas & polares): Interações Solventes (H2O) + Solutos Solubilização Hidratação Solubilidade de alguns gases em água Gases não polares ↓ solubilidade (N2, O2, CO2) Compostos anfipáticos em solução aquosa Moléculas biológicas (anfipáticas) regiões polares e apolares Ácidos graxos cadeia longa Proteínas Pigmentos Vitaminas Fosfolipídios “Grupo-cabeça” Hidrofílico “Aglomerados oscilantes” de moléculas de H2O na fase aquosa Moléculas de H2O altamente organizadas formam “gaiolas” ao redor das cadeias alquilas hidrofóbicas” Formação de micelas Molécula de lipídio força a organização das moléculas de H2O Dispersão dos lipídeos em H2O Aglomerados de lipídeos Todos os grupos hidrofóbicos são escondidos da água formando uma estrutura denominada de micela Hidratos clatratos Estruturas cristalinas: substituto do petróleo Moléculas presas ↓peso molecular Forma / Tamanho adequados Ex: CO2, SO2, C2H4O, CH3CH2OH Hidrato de metano Composto cristalino de água e gás leve, devido as suas condições de formação as moléculas de água formam uma cápsula, denominado de clatrato, que aprisiona moléculas de gás, como metano, etano, propano e dióxido de carbono. Remoção da água e formação do complexo enzima-substrato Age favorecendo H2O organizada interagindo: S / E Moléculas H2O deslocados pela interação: E↔S Interação E↔S estabilizada pelas pontes H, interação iônicas e hidrofóbicas Osmose Movimento (H2O) meios: Membrana semipermeável [Solutos] Efeito da osmolaridade celular no movimento de H2O Solutos extracelulares Solutos intracelulares Células em solução isotônica : S/movimento (H2O) Células em solução hipertônica: H2O→Fora Células em solução hipotônica : H2O→Dentro Criando ↑P interna Membrana Plasmática Osmolaridade: Nº. Partículas (soluto) osmoticamente ativas 1 L (solução) Exemplo: Ionização da Água & pH A água é um dipolo elétrico permanente Ionização Processo químico produção de íons Espécies eletricamente carregadas: Ganho de elétrons Perda de elétrons Água ionizar reversivelmente: H+ e OH- (anfótero) H2O H + + OH- Íon hidrônio H + H3O+ Prótons livres não existem em solução eles são imediatamente hidratados até hidrônio H – O H – O H H H – O+ – H + OH- H Importante... [H+] total Mensurável: “pH da solução” [H +] [OH -] Acidez [OH -] [H+] Basicidade Quando ácidos / bases (fracas) Dissolvidos (H2O): Produzir H+ → ácidos Consumir H+ → bases Governados → Constante de equilíbrio (Keq) Dissociação da água e constante de equilíbrio Posição de Equilíbrio Reação química Constante de Equilíbrio (Keq) [Reagentes] [Produto] Constante de equilíbrio: ionização reversível da água Produto iônico da água (Kw) Constante [H+] e [OH-] → soluções aquosas Kw é constante 1000 g/L 18,015 g/mol g H2O/ 1L Massa molecular Condutividade elétrica (H2O pura) Exemplos: pH Fórmula: Acidez, neutralidade ou alcalinidade Meio Sorensen, 1909 – conceito de pH “p” = potenz e “H” = íon H+ “p” = logarítmo negativo pH neutro pH Neutro [H+] = [OH-] [H+] = [OH-] pH neutro 7 [H+] [OH-] pH básico > 7 [H+] [OH-] pH ácido < 7 Escala de pH Variação 0-14 Água sanitária Amoníaco Solução de bicarbonato de sódio Água do mar, clara do ovo Sangue humano, lágrima Leite, saliva Café Cerveja Suco de tomate Vinho tinto Coca-cola e vinagre Suco de limão Suco gástrico Indicadores Ácidos e bases Mudam de cor Papeis indicadores de pH pH-metro potenciômetro Método de determinação pH O transporte de elétrons mitocondrial gera um gradiente de prótons através da membrana que é usado para sintetizar ATP Dinitrofenol “rompe” o gradiente de prótons através da membrana mitocondrial Efeitos do pH Efeitos do pH Afeta: Estrutura / atividade macromoléculas biológicas Ex: atividade catalítica → enzimas Efeitos do pH Afeta: Plasma sanguíneo: Ex: Diabetes graves → pH < 7,4 (acidose) Ex: Estados patológicos → pH > 7,4 (alcalose) Solução tampão Solução resiste variação pH adição (H+ e OH-) [ácido] = [base] Eficiência Manter um meio constante [H+] Alimentos: Evitar variações (pH) Crescimento → microrganismos Reações enzimáticas → degradativas Características organolépticas Ka = constante de dissociação Ácidos fracos têm constantes de dissociação características pI (PONTO ISOELÉTRICO) Definição: pH no qual a carga liquida da molécula é zero São sistemas aquosos que resistem à variação do pH quando quantidades relativamente pequenas de ácido (H+) ou base (OH-) são adicionadas à solução. pH = pKa (Ponto de tamponamento) Solução tampão Solução tampão – tamponamento do sangue O equilíbrio entre o CO2 dissolvido e gasoso, nos pulmões, proporciona a esse sistema alta capacidade tamponante. Consequências fisiológicas do tamponamento do sangue Controle do pH do sangue pela velocidade da respiração A pressão parcial do CO2 nos pulmões pode variar rapidamente por meio da velocidade e da profundidade da respiração. Por exemplo, uma providência comum para aliviar soluços é aumentar a concentração de CO2 nos pulmões. Isso pode ser conseguido pela suspensão da respiração ou por meio de uma respiração muito vagarosa e superficial (hipoventilação) ou respirando dentro de um saco de papel. Em tais condições, a pressão parcial do CO2 no espaço aéreo dos pulmões aumenta acima do normal. Explique qualitativamente o efeito desses procedimentos no pH sanguíneo. Controle do pH do sangue pela velocidade da respiração Uma prática comum dos atletas especialistas em corridas de curta distância é respirar rápida e profundamente (hiperventilação) por cerca de meio minuto para remover o CO2 dos pulmões, imediatamente antes de uma arremetida de 100m. O pH do sangue pode subir até 7,6. Explique porque o pH do sangue sobe. Controle do pH do sangue pela velocidade da respiração Durante uma corrida de curta distância, os músculos produzem uma grande quantidade de ácido láctico (CH3CH(OH)COOH, Ka = 1,38 X 10 -4) a partir de seus estoques de glicose. Em vista desse fato, por que uma hiperventilação pode ser útil antes da corrida?
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