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Resumo Proc Trabalho aula 3


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Processo do Trabalho – Princípios 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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www.cursoenfase.com.br 
Professor Josley Soares 
Aula 03 
 
Sumário 
1. Oralidade: .......................................................................................................... 2 
2. Normatização coletiva: ....................................................................................... 3 
3. Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: ....................................... 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Processo do Trabalho – Princípios 
 
O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula 
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais. 
 
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Hoje continuaremos estudando os princípios do processo do trabalho. 
 
1. Oralidade: 
Assim como a informalidade, a oralidade relaciona-se com a prática dos atos 
processuais. Assim, além dos atos poderem ser praticados de maneira informal, podem ser 
praticados de maneira oral / verbal. É claro que o ato precisa ser documentado: 
 
Art. 840 A reclamação poderá ser escrita ou verbal: 
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e 
assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no 
parágrafo anterior. 
 
A defesa também pode ser oral: 
 
Art. 847 Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, 
após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. 
 
Outro exemplo também do princípio da oralidade: 
 
Art. 850 Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não 
excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará 
a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. 
 
Portanto, as razões finais podem ser feitas oralmente na audiência. Um funcionário 
do tribunal irá digitar / documentar tudo o que for oralmente falado. 
 
Para concurso devemos atentar ao tempo: 10 e 20 minutos! 
 
 
 Processo do Trabalho – Princípios 
 
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2. Normatização coletiva: 
Esse sétimo princípio do processo do trabalho, da normatização coletiva, têm 
previsão na constituição: 
 
Art. 114, §2º CF Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à 
arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de 
natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as 
disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas 
anteriormente. 
 
Ou seja, a justiça do trabalho pode criar regras / normas que devem ser seguidas. 
Decorre do poder normativo que só a justiça do trabalho possui! Como há um vazio 
legislativo, o reclamante (sindicato dos empregados) requer ao TRT ou TST que profira 
sentença normativa, criando direitos onde não há. Voltaremos a este assunto em outra aula. 
 
3. Irrecorribilidade imediata das decisões interlocutórias: 
As decisões interlocutórias dão impulso ao processo, mas não o resolvem, não são 
fracas como o despacho. É uma decisão do juiz que fica no meio termo entre sentença e 
despacho. Impulsiona o processo e pode causar certo prejuízo, p. ex. quando o juiz indefere 
a justiça gratuita. 
 
Art. 893, §1º CLT. § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou 
Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias 
somente em recursos da decisão definitiva. 
 
Assim, na justiça do trabalho somente quando houver recurso da sentença será 
possível impugnar as decisões interlocutórias que tiverem sido desfavoráveis a parte. 
Diferentemente, no cível possuímos o agravo de instrumento para se opor a decisão 
interlocutória diretamente – ou seja, não é preciso esperar o recurso contra a sentença. 
 
Atenção: se a parte achar que algo é nulo, ela deve se manifestar imediatamente: 
 
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ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros 
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Art. 795 CLT. As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, 
as quais deverão argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos 
autos. 
§ 1º - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência 
de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. 
 
Portanto, apesar da parte ter que esperar para recorrer de uma decisão 
interlocutória, ela deve se se manifestar imediatamente, para que não haja a preclusão, ou 
seja, para que a parte não perca a oportunidade futura de se defender. É o chamado 
protesto. 
 
Vejamos as exceções a essa regra geral de que não é permitido recorrer 
imediatamente da decisão interlocutória: 
 
Súmula 214 TST. Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões 
interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: 
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do 
Tribunal Superior do Trabalho; 
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; 
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para 
Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o 
disposto no art. 799, § 2º, da CLT. mais importante para concurso! 
 
Ex. do inciso ‘c’: se eu ingresso com ação em vara trabalhista de Angra dos Reis e o 
juiz acolhe a exceção de incompetência do réu, que alegou que o juízo competente é a vara 
do rio de janeiro, não posso recorrer imediatamente, só apresentar o protesto. Contudo, se 
o juiz acolhesse a exceção de incompetência do réu, e mandasse o processo para outro TRT, 
como o de Minas, eu poderia recorrer imediatamente, apresentando a defesa de porque o 
processo deve ficar na vara de Angra.