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Nota de Aula Gestão de Logística

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Curso de Aperfeiçoamento Militar (CAM/CAO Med) 
 
 
GESTÃO 
ORGANIZACIONAL 
 
Gestão de Logística 
(Texto de Apoio) 
 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 3 
1.1 ORGANIZAÇÃO MILITAR (OM) .................................................................................................................................. 5 
1.1.1 Estrutura da OM ........................................................................................................................................... 5 
2. 4ª SEÇÃO ............................................................................................................................................................. 6 
2.1 CARTEIRAS EXISTENTES NA 4ª SEÇÃO .......................................................................................................................... 6 
3. NORMAS .............................................................................................................................................................. 8 
3.1 NORMAS ADMINISTRATIVAS RELATIVAS AO SUPRIMENTO (NARSUP) .............................................................................. 8 
3.2 NORMAS ADMINISTRATIVAS RELATIVAS À MANUTENÇÃO (NARMNT) ............................................................................. 8 
3.3 NORMAS ADMINISTRATIVAS RELATIVAS AO MATERIAL DE COMUNICAÇÕES ESTRATÉGICAS, ELETRÔNICA, GUERRA ELETRÔNICA E 
INFORMÁTICA (NARMCEI).............................................................................................................................................................. 9 
3.4 NORMAS PARA O CONTROLE DE EQUÍDEOS NO EXÉRCITO BRASILEIRO (NORCE) ................................................................. 9 
3.5 NORMAS PARA O CONTROLE DE CANINOS NA FORÇA TERRESTRE (NORCCAN) ................................................................ 10 
3.6 NORMAS PARA O TRANSPORTE LOGÍSTICO DE SUPERFÍCIE (NOTLOG) ............................................................................ 10 
4. SISTEMAS .......................................................................................................................................................... 12 
4.1 SISTEMA DE MATERIAL DO EXÉRCITO (SIMATEX) ....................................................................................................... 12 
4.1.1 Sistema de Catalogação do Exército (SICATEx) ........................................................................................... 13 
4.1.2 Sistema de Controle Físico do Material (SISCOFIS)...................................................................................... 13 
4.1.3 Sistema de Dotação do Material (SISDOT) .................................................................................................. 14 
4.2 SISTEMA GERENCIAL DE ACOMPANHAMENTO E CONTROLE PATRIMONIAL (SISPATR) ....................................................... 15 
4.3 SISTEMA OPUS .................................................................................................................................................... 16 
5. FASES BÁSICAS DA LOGÍSTICA MILITAR.............................................................................................................. 17 
5.1 DETERMINAÇÃO DAS NECESSIDADES (ART. 18-19 DA NARSUP) ................................................................................... 17 
5.2 OBTENÇÃO (ART. 20-41 DA NARSUP) .................................................................................................................... 17 
5.3 DISTRIBUIÇÃO (ART. 42-51 DA NARSUP) ................................................................................................................ 17 
6. SUPRIMENTOS ................................................................................................................................................... 18 
6.1 SUPRIMENTO AUTOMÁTICO X SUPRIMENTO EVENTUAL ................................................................................................. 18 
6.1.1 Suprimento automático .............................................................................................................................. 18 
6.1.2 Suprimento eventual ................................................................................................................................... 18 
6.2 NÍVEL DE SUPRIMENTO .......................................................................................................................................... 18 
6.3 CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS ............................................................................................................................... 19 
6.3.1 Sistema de Classificação Militar .................................................................................................................. 19 
6.3.2 Sistema de Classificação por Catalogação .................................................................................................. 20 
6.4 FARDAMENTO ...................................................................................................................................................... 20 
6.4.1 Plano Regional de Distribuição de Fardamento (PRDF) .............................................................................. 21 
6.4.2 Provimento de Fardamento nas UA ............................................................................................................ 21 
3 
 
6.4.3 Relacionamento e desrelacionamento do fardamento na UA .................................................................... 22 
7. MANUTENÇÃO ................................................................................................................................................... 23 
7.1 CONCEITUAÇÕES BÁSICAS ....................................................................................................................................... 23 
7.2 ESCALÕES DE MANUTENÇÃO ................................................................................................................................... 24 
7.3 CADEIA DE SUPRIMENTO DE MANUTENÇÃO ................................................................................................................ 25 
7.4 PLANEJAMENTO, PEDIDO E OBTENÇÃO DA MANUTENÇÃO ............................................................................................. 25 
8. ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL ........................................................................................................................ 27 
8.1 NORMAS BÁSICAS PARA PROVIMENTO DE MATERIAL ÀS UA ........................................................................................... 28 
8.2 MATERIAL PERMANENTE X MATERIAL DE CONSUMO ..................................................................................................... 28 
8.3 DOCUMENTAÇÃO ESPECÍFICA DA ADMINISTRAÇÃO DO MATERIAL PERTENCENTE A UMA UA ................................................. 29 
8.3.1 Termo de Recebimento e Exame de Material (TREM) ................................................................................ 29 
8.3.2 Termo de Exame e Averiguação de Material (TEAM) ................................................................................. 29 
8.3.3 Guia de Fornecimento ................................................................................................................................. 30 
8.3.4 Guia de Remessa ......................................................................................................................................... 30 
8.3.5 Guia de Recolhimento .................................................................................................................................30 
8.3.6 Pedido de Material ...................................................................................................................................... 30 
8.3.7 Pedido de Descarga de Material ................................................................................................................. 33 
8.4 RECEBIMENTO E EXAME DE MATERIAL ....................................................................................................................... 33 
8.5 INCLUSÃO NO PATRIMÔNIO ..................................................................................................................................... 34 
8.6 DISTRIBUIÇÃO DE MATERIAL ÀS FRAÇÕES DA UA ......................................................................................................... 36 
8.7 DESCARGA DE MATERIAL ........................................................................................................................................ 37 
8.7.1 Material controlado .................................................................................................................................... 39 
8.7.2 Exame e averiguação de material ............................................................................................................... 39 
8.8 RECOLHIMENTO DE MATERIAL ................................................................................................................................. 41 
8.8.1 Sistemática de recolhimento de material ................................................................................................... 41 
8.8.2 Material recolhido ao almoxarifado ou outros depósitos das UA .............................................................. 41 
8.8.3 Material recolhido aos órgãos provedores ................................................................................................. 41 
8.8.4 Material recolhido aos órgãos de manutenção .......................................................................................... 42 
8.9 ALIENAÇÃO DE MATERIAL ....................................................................................................................................... 42 
8.10 CLASSES DE MATERIAL ............................................................................................................................................ 43 
9. QUADRO DE DOTAÇÃO DE MATERIAL (QDM) .................................................................................................... 45 
9.1 QUADRO DE ORGANIZAÇÃO (QO) ........................................................................................................................... 45 
9.2 OM-TIPO ........................................................................................................................................................... 45 
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................................................................... 46 
 
1. Introdução 
4 
 
Gestão de Logística é uma das atividades meio (ou administrativa) desenvolvida por todo organismo 
público ou privado que possua a responsabilidade e competência para gerir bens e serviços, objetivando a 
consecução de sua atividade fim. 
Nos órgãos Estatais essa gestão é pública, devendo para tanto cumprir os princípios e normas relativas 
a administração pública. 
Gerir é administrar. Gerir recursos materiais públicos é cumprir as premissas da Administração 
Pública. 
Cada órgão público exige um cabedal de recursos materiais específicos para o atingimento de sua 
missão. Todas as etapas para que os materiais ou serviços venham propiciar a execução da atividade meio 
ou fim da instituição é denominada Logística. É, pois, a área da gestão responsável por prover recursos, 
equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma organização. 
Gestão de Logística nas organizações públicas é a uniformidade de procedimentos no planejamento, 
na aquisição, no recebimento, no armazenamento, no controle, no fornecimento e na gestão dos bens 
permanentes e serviços, com objetivo de otimizar os recursos materiais e financeiros disponibilizados à 
instituição. Inicia-se na verificação das necessidades e continua por meio do planejamento das compras e 
serviços, enquadramento orçamentário e financeiro, no procedimento licitatório, no recebimento, na 
inclusão em carga e tombamento (para os bens permanentes), no armazenamento, na distribuição, no 
controle de estoque e patrimonial. 
A gestão de logística (ou administração de logística) tem assumido uma importância muito grande, 
principalmente pelo rápido crescimento dos custos, da escassez de recursos, da complexidade crescente dos 
materiais, produtos, serviços e tecnologia. 
A logística, através do Serviço de Intendência, evoluiu muito dentro das Forças Armadas. Hoje, este 
setor deixou de ser apenas um serviço de apoio ao combate, mas sim, um elemento de suma importância 
que pode definir o curso de uma guerra. Em um recente conflito da era Contemporânea, a Guerra do Golfo, 
pôde-se observar que o papel da logística foi preponderante para a vitória das forças americanas – prevendo 
e provendo os recursos de maneira eficaz e na hora certa. 
O Serviço de Intendência, atualmente, é responsável pela distribuição de fardamentos, equipamentos, 
etc., além dos variados tipos de munição e gêneros alimentícios. Dentro das organizações militares, este 
setor é incumbido de outras missões, como transporte de pessoal e suprimentos; serviço de banho e 
lavanderia; suprimentos reembolsáveis etc. Além disso, os intendentes prestam o serviço de assessoramento 
aos comandantes de Unidades Militares na parte de administração financeira, controle interno e 
contabilidade. 
 
5 
 
1.1 Organização Militar (OM) 
É toda organização do Exército que possua denominação oficial e Quadro de Organização (QO) ao 
Quadro de Lotação de Pessoal Militar (QLPM), com respectivo Quadro de Distribuição de Efetivos (QDE). 
(RAE - Art 9º) 
 
1.1.1 Estrutura da OM 
Se tomarmos como exemplo uma Unidade comum composta de 4 (quatro) companhias observaremos 
a seguinte estrutura: 
 
Nessa estrutura, além das quatro companhias, pode-se observar as quatro seções administrativas, 
quais sejam: 1ª Seção – Seção de Pessoal, 2ª Seção – Seção de Inteligência, 3ª Seção – Seção de Operações, 
4ª Seção – Seção de Patrimônio e Fiscalização Administrativa – normalmente fundida à Seção de 
Patrimônio e responsável por coordenar e controlar todos os trâmites correlatos à administração dos bens 
sob domínio da Unidade. 
 
6 
 
 
2. 4ª Seção 
Art. 32. O S4 é o chefe da 4ª seção do EM/U, podendo também acumular os encargos de Fisc Adm; 
como auxiliar imediato do Cmt U na administração da unidade, é o principal responsável pela perfeita 
observância de todas as disposições regulamentares relativas à administração, incumbindo-lhe: 
 
I - coordenar e fiscalizar os serviços dos seus elementos de execução nos termos da legislação vigente 
e dos manuais específicos; 
II - manter estreita ligação com o S3 para providenciar o apoio material à execução dos programas 
de instrução e aos planos de emprego da unidade; 
III - zelar pelo fiel cumprimento, por todos os setores subordinados ou vinculados à Fisc Adm, das 
prescrições ou normas gerais de prevenção de acidentes na instrução e em outras atividades de risco, 
reguladas em planos de instrução e em manuais específicos, verificando as condições de segurança e o uso 
correto de EPI e dispositivos de segurança nas repartições e dependências que lhe são afetas; e 
IV - assessorar o Cmt U quanto ao controle do armamento, da munição e do explosivo, 
supervisionando o trabalho do O Mun Expl Mnt Armt e seus auxiliares.Parágrafo único. O S4 não participa dos serviços estranhos à sua função, quando acumular os 
encargos de Fisc Adm. 
(Regulamento Interno e dos Serviços Gerais - R-1(RISG)) 
 
2.1 Carteiras existentes na 4ª Seção 
A 4ª Seção de uma Organização Militar é geralmente dividida em carteiras/subseções que controlam 
as diversas classes de suprimento. Em algumas OMs, devido a suas peculiaridades, a 4ª Seção acaba se 
mesclando com a Fiscalização Administrativa. Dependendo do volume de materiais de uma determinada 
classe, um mesmo militar poderá acumular o controle de mais de uma carteira. 
As classes de suprimento são: 
 Cl I – Material de Subsistência; 
 Cl II – Material de Intendência; 
 Cl III – Combustíveis e lubrificantes; 
 Cl IV – Material de Construção; 
 Cl V – Armamento e Munição; 
 Cl VI – Material de Engenharia e Cartografia; 
 Cl VII – Material de Comunicações, Eletrônica e de Informática; 
 Cl VIII – Material de Saúde; 
7 
 
 Cl IX – Material de Motomecanização e Aviação; e 
 Cl X – Material não incluído nas outras classes. 
 
8 
 
 
3. Normas 
3.1 Normas Administrativas Relativas ao Suprimento (NARSUP) 
As Normas Administrativas Relativas ao Suprimento (NARSUP), Portaria nº 09, de 27 de junho de 
2002, do D Log, foram elaboradas com o objetivo de padronizar os procedimentos administrativos 
referentes à logística do material de emprego militar sob gestão do antigo D Log, atual COLOG, através da 
D Abst, responsável pelo provimento de material das classes I, II, III (combustível), V (munições e 
explosivos), X (materiais não incluídos em outras classes), Remonta e Veterinária, e da D Mat, responsável 
pela gestão dos materiais das classe III (lubrificantes), V (Armt) e IX (motomecanizado). 
As NARSUP revogaram inúmeras Portarias e outros documentos esparsos que tratavam 
diferenciadamente as diversas classes de suprimento, dificultando o gerenciamento desses materiais. 
Nas NARSUP é possível encontrar vários anexos referentes a modelos de documentos necessários à 
operacionalização das rotinas e quatro títulos com os seguintes capítulos: 
• Generalidades; 
• Administração de suprimentos; 
• Inspeções; 
• Disposições genéricas e específicas; 
• Vários modelos de documentos. 
É fundamental que os agentes da administração e seus auxiliares tenham pleno conhecimento dessas 
normas, a fim de poder gerir eficientemente os materiais por elas regulados, não esquecendo que a dinâmica 
de modernização da administração do material, no âmbito da Força, exige uma constante atualização dos 
seus quadros no tocante aos inúmeros documentos esparsos produzidos pelos órgãos gestores, que 
complementam as referidas NARSUP de acordo com as especificidades dos materiais. 
 
3.2 Normas Administrativas Relativas à Manutenção (NARMNT) 
As Normas Administrativas Relativas à Manutenção (NARMNT), Portaria nº 10, de 27 de junho de 
2002, do D Log, têm a finalidade de consolidar e padronizar os atos necessários à manutenção do MEM 
sob gestão do COLOG, através da D Mat, antiga D Mnt, para que a logística de manutenção torne-se mais 
rápida, mais perfeita e com maior rendimento. 
As NARMNT possuem anexos e seis títulos contendo: 
• Capítulos sobre generalidades – contêm importantes definições necessárias ao conhecimento de 
todos os responsáveis pela manutenção dos MEM. 
• Capítulos sobre a manutenção, propriamente dita, de todo material sob gestão do COLOG. 
• Capítulos sobre o controle da manutenção. 
9 
 
• Capítulos sobre seções de manutenção, indenizações do suprimento de manutenção e disposições 
finais. 
A manutenção dos MEM é primordial para a operacionalidade do EB e, com o crescente investimento 
na produção e na aquisição de novos produtos de defesa, cresce a responsabilidade de todos os responsáveis 
pela atividade logística de manutenção, para que sejam utilizados processos modernos de reparação, em 
consonância com as modernas tecnologias, privilegiando-se a manutenção preditiva, a utilização da 
tecnologia da informação, a contínua capacitação dos quadros e a elaboração de regras que dificultem a 
operacionalização das atividades. 
 
3.3 Normas Administrativas Relativas ao Material de Comunicações Estratégicas, 
Eletrônica, Guerra Eletrônica e Informática (NARMCEI) 
As Normas Administrativas relativas ao Material de Comunicações Estratégicas, Eletrônica, Guerra 
Eletrônica e Informática (NARMCEI), Portaria nº 005, de 13 de fevereiro de 2002, da Secretaria de 
Tecnologia da Informação (STI), foram elaboradas com a finalidade de padronizar e agilizar os 
procedimentos referentes à administração do material de comunicações estratégicas, eletrônica, guerra 
eletrônica e informática (Classe VII) sob gestão da extinta DMCEI, atual CComGEEx. 
As NARMCEI devem ser utilizadas para o gerenciamento do material de comunicações estratégicas, 
eletrônica, guerra eletrônica e informática, salvo o material de comunicações integrante do SISTAC - 
Sistema Tático de Comunicações (material para emprego operacional), o material de informática integrante 
do SISTAC e dos Sistemas de Armas Táticos, e o material, cuja aquisição tenha seus recursos previstos no 
PAA. 
As referidas normas são constituídas por anexos e sete capítulos versando sobre: generalidades, 
processo para aquisição de material, órgãos da cadeia de suprimento, material de comunicações 
estratégicas, eletrônica e informática (hardware), manutenção, material de informática (software) e material 
de guerra eletrônica (GE). 
 
3.4 Normas para o Controle de Equídeos no Exército Brasileiro (NORCE) 
As Normas para o Controle de Equídeos no Exército Brasileiro (NORCE), Portaria nº 003, de 22 de 
abril de 2009, do COLOG, visam a administração de equinos no âmbito do Exército. 
As NORCE estão divididas em 15 capítulos que versam sobre: legislação básica, finalidade, 
conceituações, identificação do equídeo, provisão, inclusão em carga1, recebimento, movimentação, 
 
 
1 Conjunto de bens móveis permanentes ou de consumo sob a responsabilidade de agente da administração para consecução de objetivos. 
10 
 
exclusão da carga, animal distribuído, equino alojado, anemia infecciosa equina, reprodução de equídeos, 
documentação e prescrições diversas. 
A Coudelaria de Rincão, EsEqEx, a AMAN, a EsSA, os Regimentos de Cavalaria de Guarda e os 
Colégios Militares são as OM possuidoras de equinos no EB. 
Apesar de haver poucas OM que possuem animais cavalares, é importante o pleno conhecimento das 
NORCE, a fim de que todos os agentes e auxiliares possam estar em condições de desempenhar as 
atividades administrativas pertinentes à gestão desses semoventes2. 
O COLOG, através da D Abst, é o órgão responsável pelo gerenciamento dos equídeos no âmbito da 
Força, inclusive pela normatização dos procedimentos pertinentes, devendo o administrador atentar para 
todas as publicações que visam modificar ou complementar as NORCE. 
 
3.5 Normas para o Controle de Caninos na Força Terrestre (NORCCAN) 
As Normas para o Controle de Caninos na Força Terrestre (NORCCAN), Portaria n° 18, de 14 de 
dezembro de 2010, do Comando Logístico, versam sobre o controle dos caninos no EB, atualmente sob 
responsabilidade do COLOG através da D Abst. 
As NORCCAN possuem capítulos sobre: legislação básica, finalidade, atribuições, emprego do “cão 
de guerra”, raças, identificação do canino, provisão, recebimento, inclusão em carga, exclusão da carga e 
da homologação, reprodução de caninos e prescrições diversas. 
O termo “cão de guerra” é usado para cão de emprego militar, cuja atividade vai, desde a função de 
cão policial, como patrulhamento, policiamento de pessoal, guarda pessoal, guardade instalações militares, 
detector ou farejador de drogas e explosivos etc., até o treinamento para emprego em ações de combate, 
como por exemplo, em Operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). 
Atualmente, o Exército Brasileiro possui 300 cães em suas Seções de Cães de Guerra, que devem 
obedecer às NORCCAN, a fim de bem administrar os referidos semoventes. 
 
3.6 Normas para o Transporte Logístico de Superfície (NOTLOG) 
As Normas para o Transporte Logístico de Superfície (NOTLOG), Portaria nº 01, de 15 de abril de 
2002, do DLog, foram regras criadas para padronizar e agilizar a administração do transporte logístico de 
superfície, ou seja, o planejamento, a orçamentação, a programação, a execução, o controle e a avaliação 
do transporte de material e de animais pertencentes à União, bem como do pessoal empregado na atividade. 
 
 
2 Termo jurídico que se aplica aos bens que não são móveis nem imóveis, mas que também constituem patrimônio. O termo aplica-se a animais 
como equinos, bovinos, suínos, caprinos, ovinos etc. 
11 
 
Com a transformação do DLog em COLOG e extinção da DT Mob, o transporte logístico de 
superfície está atualmente a cargo do COLOG, sendo a Divisão de Transporte (Div Trnp) do Gabinete de 
Planejamento e Gestão (GPG)/COLOG responsável pela sua gestão. 
As NOTLOG foram estruturadas em seis títulos, que tratam de: 
• Disposições preliminares; 
• Transporte logístico de superfície; 
• Planejamento do transporte logístico de superfície; 
• Execução dos transportes; 
• Responsabilidades; 
• Atribuições; 
• Prescrições diversas. 
 
12 
 
 
4. Sistemas 
4.1 Sistema de Material do Exército (SIMATEx)3 
É o Sistema adotado oficialmente pelo Exército Brasileiro para planejamento, coordenação e controle 
de suprimento, manutenção e administração de material das diversas classes. 
Alimentado pelos dados lançados pelas diversas Organizações Militares, o SIMATEX é composto 
por 03 subsistemas: Sistema de Catalogação do Exército (SICATEx), Sistema de Dotação do Material 
(SISDOT) e Sistema de Controle Físico do Material (SISCOFIS). 
O SIMATEX é, em última análise, um sistema informatizado, destinado a fornecer os dados 
necessários à logística de material, em todos os escalões, visando apoiar as atividades de Preparo e Emprego 
da Força Terrestre. 
As OM deverão manter as informações referentes ao seu material sempre atualizadas no SIMATEX, 
a fim de que o fluxo logístico não sofra qualquer solução de continuidade, inclusive no caso de transição 
da Estrutura Militar de Paz para a Estrutura Militar de Guerra. 
 
 
 
 
3 Portaria Nº 017-EME, de 8 de março de 2007 (Aprova as Normas para o Funcionamento do Sistema de Material do Exército-
SIMATEX). 
13 
 
4.1.1 Sistema de Catalogação do Exército (SICATEx) 
É o subsistema do SIMATEX composto de pessoal e material, inclusive de informática, do Exército, 
destinado a processar e consolidar os dados logísticos dos itens de suprimento de interesse da Força, na 
atividade de Catalogação, segundo a metodologia do Sistema Militar de Catalogação (SISMICAT). 
Todos os itens de suprimento e seus respectivos verdadeiros fabricantes deverão ter seus dados 
catalogados no SICATEx, sendo essa a única forma de se atribuir, oficialmente, a esse item, um Número 
de Estoque do Exército (NEE). 
Os NEE gerados pelo SICATEx possuem 13 (treze) dígitos e o seu princípio de formação está baseado 
no Sistema OTAN de Catalogação (SOC). Os NEE, mesmo com 13 (treze) dígitos, que não estão incluídos 
no Banco de Dados do SICATEx, não têm nenhuma validade e não podem ser empregados em qualquer 
atividade de suprimento. 
É vedada a distribuição de itens de suprimento que não possuam o Número de Estoque do Exército 
(NEE) na base de dados do SICATEx, salvo os casos excepcionais, a critério do Chefe do EME (Port Nr 
083-EME, de 07 Ago 2000). 
A inclusão dos dados do item de suprimento no SICATEx permitirá à OM realizar o controle físico 
de todo o seu material, por meio do Sistema de Material do Exército (SIMATEX), bem como identificar o 
material e seus verdadeiros fabricantes para o planejamento nas atividades de mobilização. 
(Fonte: NARSUP) 
 
4.1.2 Sistema de Controle Físico do Material (SISCOFIS) 
O SISCOFIS tem por finalidade o controle físico e o gerenciamento de todo o material existente no 
Exército. 
O sistema é administrado pelo Comando Logístico (COLOG), com o assessoramento de uma 
comissão Coordenadora do Sistema, presidida pelo COLOG, e com a concorrência de representantes do 
(a): EME, DCT, SEF, CIE e Diretorias gestoras de material. 
O sistema permite disponibilizar, em forma de relatórios e consultas, as informações provenientes 
dos órgãos provedores (OP) e organizações militares (OM), considerando o nível de responsabilidade de 
cada escalão. 
O SISCOFIS é composto por 3 módulos: 
a. O SISCOFIS-OM (Organização Militar) destina-se a atender às necessidades de gestão do material 
das OM e permite o controle físico e patrimonial do material existente, a emissão de relatórios diversos e a 
efetivação de propostas de catalogação do material existente. O sistema é utilizado por TODAS as OM do 
Exército Brasileiro. 
14 
 
 
b. O SISCOFIS-OP (Órgão Provedor) destina-se a atender à administração do material pelas 
Unidades de Suprimento, permitindo o conhecimento do material existente em seu estoque, o controle físico 
e patrimonial do estoque existente, a emissão de relatórios diversos e a efetivação de propostas de 
catalogação do material existente, além de emitir e quitar guias de fornecimento. 
c. O SISCOFIS WEB é um portal na INTRANET/EB que possibilita a interação com o usuário na 
obtenção de informações sobre o material. É alimentado com dados do SISCOFIS-OM e do SISCOFIS-OP 
e permite aos Escalões Superiores consultar a situação do material de suas OM subordinadas. É por 
intermédio do SISCOFIS WEB que as OM carregam semanalmente o “arquivo estoque”, um arquivo com 
diversas informações que são enviadas ao CITEx de modo a consolidar a situação de todo o material do 
Exército Brasileiro. 
 
4.1.3 Sistema de Dotação do Material (SISDOT) 
O SISDOT tem por objetivo definir a dotação do material por Quadro de Organização, Tipo e por 
OM no âmbito do Exército Brasileiro, e permite: 
 a) ao EME elaborar e atualizar os Quadros de Dotação de Material (QDM) e os Quadros de Dotação 
de Material Previsto (QDMP); e 
 b) às demais OM realizar consultas sobre dotação de material. 
 O sistema é administrado pelo Estado-Maior do Exército por intermédio da 4ª Subchefia/EME. 
(Fonte: Port Nr 017-EME, 08 Mar 07) 
 
15 
 
4.2 Sistema Gerencial de Acompanhamento e Controle Patrimonial (SISPATR) 
O Sistema Gerencial de Acompanhamento e Controle Patrimonial (SISPATR) foi desenvolvido para 
atender às demandas da Secretaria da Economia e Finanças (SEF), da Diretoria de Contabilidade (D Cont), 
das Inspetorias de Contabilidade e Finanças do Exército (ICFEx) e das Unidades Gestoras (UG), que 
passam a dispor de um sistema, com funcionalidades de compatibilidade e divergência das contas 
patrimoniais de bens móveis, considerando os saldos contábeis do Sistema Integrado de Administração 
Financeira do Governo Federal (SIAFI) e do Sistema de Controle Físico (SISCOFIS/SIMATEX), no que 
se refere ao Relatório de Movimentação de Almoxarifado (RMA) e Relatório de Movimentação de Bens 
Móveis (RMB). A nova versão do SISPATR, ora disponibilizada, agrega ainda o acompanhamento dos 
saldos contábeis da depreciação mensal e acumulada, registrados no SIAFI e no SISCOFIS. 
Na consulta ao SIAFI, o SISPATR busca asinformações pelo banco de dados existente na Secretaria 
de Economia e Finanças (SEF), relativos aos dados do SIAFI, de D-1 (dia anterior a data da consulta). 
Na consulta ao SISCOFIS, o SISPATR busca as informações disponíveis no banco de dados do 
Centro Integrado de Telemática do Exército (CITEx). 
Assim, o SISPATR não possui banco de dados, ou seja, a cada consulta ele apenas espelha os dados 
do SIAFI e SISCOFIS, sem armazenar essas informações, o que implica afirmar que a cada novo acesso, o 
SISPATR pode ter informações diferentes, e que, caso um dos sistemas (SIAFI OU SISCOFIS) esteja “fora 
do ar”, o SISPATR demonstrará saldo zero, para as informações do sistema inoperante naquele momento. 
Desta forma, o presente manual pretende atender ao usuário do SISPATR, auxiliando-o na navegação 
do sistema, considerando a existência de três perfis de acesso, a saber, perfil D Cont, perfil ICFEx e perfil 
UG. O usuário com perfil “D Cont” poderá visualizar todas as unidades gestoras cadastradas no SISPATR. 
O usuário com perfil “ICFEx” poderá visualizar as unidades gestoras vinculadas à sua ICFEx. O usuário 
com perfil “UG” poderá visualizar apenas a sua unidade gestora. 
Vale destacar, que o sistema poderá vir a sofrer alterações, principalmente, após ser submetido aos 
usuários. Nessa fase de implantação, espera-se a participação de todos os usuários no envio de sugestões, 
de modo a aprimorar e validar a presente ferramenta. 
O SISPATR objetiva possibilitar o acompanhamento gerencial das contas contábeis e correntes do 
patrimônio, no que se refere aos bens móveis, buscando a eficiência, a eficácia e a efetividade do controle 
patrimonial registrados no SIAFI e no SISCOFIS/SIMATEX, na busca da convergência contábil. 
Convém salientar que é imprescindível que as operações realizadas no sistema SISCOFIS OM/OP 
sejam oportunas e tempestivas, sob o risco de comprometer a convergência contábil dos saldos nos sistemas 
citados, demonstrados pelo SISPATR. 
 
16 
 
4.3 Sistema OPUS 
Sistema Unificado do Processo de Obras – OPUS é um Sistema informatizado de apoio à decisão que 
visa suportar as funcionalidades de Planejamento, Programação, Acompanhamento, Fiscalização, Controle, 
Gerência e Execução de Obras e Serviços de Engenharia de todas as atividades dos macroprocessos 
finalísticos do Sistema de obras Militares (SOM), tanto no nível executivo quanto gerencial e estratégico. 
 
 
17 
 
 
5. Fases Básicas da Logística Militar 
Na logística militar, destacam-se pela sua importância, as seguintes fases: determinação das 
necessidades, obtenção e distribuição. Essas fases estão relacionadas entre si e devem ser sempre 
consideradas, quanto à sua aplicabilidade, nas funções, atividades e tarefas da logística militar. 
 
5.1 Determinação das necessidades (Art. 18-19 da NARSUP) 
A determinação das necessidades de material é obtida através do levantamento das necessidades das 
diversas classes de suprimento, que é alcançado por meio de diretrizes do Estado-Maior do Exército (EME), 
programas internos de trabalho, projetos, pedidos de material, consolidação de quadros, preenchimento de 
fichas modelo 18 e 20 etc. 
 
5.2 Obtenção (Art. 20-41 da NARSUP) 
A obtenção de material é a atividade logística que visa a identificação das fontes de suprimento e 
tornar disponíveis o suprimento necessário para as OM, conforme as suas necessidades, compreendendo as 
fases de recebimento, catalogação e armazenagem de material. 
 
5.3 Distribuição (Art. 42-51 da NARSUP) 
A distribuição é a atividade logística, que tem como objetivo final a entrega do material necessário 
às OM para que possam executar as suas atividades. Integram a distribuição, as tarefas de loteamento, a 
expedição, o transporte, a entrega propriamente dita e a aplicação final ou a alienação do suprimento. 
 
18 
 
 
6. Suprimentos 
Quando se fala em logística no âmbito do Exército Brasileiro, a palavra suprimento possui duas 
aplicações básicas. De forma específica, traduz todas as atividades relacionadas à previsão e à provisão do 
material, tais quais: a determinação de necessidades, a obtenção, o recebimento, a armazenagem, o controle 
e a distribuição. De forma genérica, se confunde com todos os recursos materiais necessários à vida de uma 
OM. 
 
6.1 Suprimento automático x Suprimento eventual 
Pode-se dizer que a diferença principal entre as duas formas básicas como se desencadeiam a 
atividade de suprimento reside na responsabilidade pelo levantamento das necessidades. 
 
6.1.1 Suprimento automático 
É realizado através de planejamento, não sendo necessário elaborar pedido. 
O levantamento das necessidades é o resultado da consolidação, pela Diretoria de Abastecimento (D 
Abst), antiga Diretoria de Suprimento (DS), das informações obtidas a partir dos Quadros de Dotação de 
Material Previsto (QDMP), relatórios, tabelas, relações e dados estatísticos para o provimento automático. 
Não haverá pedidos para o material destinado ao completamento de QDMP. (exceto o Pedido 
Especial de Material). 
 
6.1.2 Suprimento eventual 
Destina-se a atender necessidade não prevista – de emergência ou ocasional. 
Os pedidos de material para atender às necessidades específicas das OM (material extra-dotação) 
deverão ser elaborados de acordo com as instruções para preenchimento das Fichas Mod 18 (OM) (Anexo 
R à NARSUP) e 20 (RM) (Anexo S à NARSUP) e, em situação de urgência e de caráter imprescindível, 
por meio do Pedido Especial de Material, um dos documentos básicos para o Planejamento da Diretoria de 
Abastecimento, via RM. 
 
6.2 Nível de Suprimento 
Nível de suprimento é a quantidade de material que deve ser mantida em estoque em determinado 
Órgão Provedor ou na OM. (RAE – Art 63) 
O nível de suprimento, pode ser: 
19 
 
 Nível operacional: é a quantidade autorizada, como estoque normal de trabalho, entre 
recebimentos sucessivos de suprimento. 
 Nível mínimo: é quantidade mínima de determinado suprimento a ser mantida em estoque; 
constitui reserva de suprimento para atender as necessidades em qualquer caso de interrupção 
ocasional do fluxo de fornecimento. 
 Nível máximo: é a soma das quantidades que se referem aos níveis mínimo e operacional e que, 
normalmente, não deverá ser excedido. 
Os níveis mínimo e operacional serão regulados através de instruções do Órgão Gestor do suprimento. 
(RAE – Art 64) 
 
6.3 Classificação dos materiais 
Objetivando maiores facilidades na administração e no controle dos suprimentos, dois sistemas são 
usados para classificá-los: 
(1) Sistema de Classificação Militar; 
(2) Sistema de Classificação por Catalogação. 
 
6.3.1 Sistema de Classificação Militar 
Com o objetivo de agrupar todos os itens de materiais de suprimento, conforme a finalidade de 
emprego, os suprimentos são organizados em classes. 
Classes de suprimentos: 
Classe I – Material de Subsistência (inclui ração animal). 
Classe II – Material de Intendência (inclui fardamento, equipamento, móveis, utensílios, material de 
acampamento, material de expediente, material de escritório e publicações). 
Classe III – Combustíveis e Lubrificantes. 
Classe IV – Material de Construção. 
Classe V – Armamento e Munição (inclusive QBN). 
Classe VI – Material de Engenharia e Cartografia. 
Classe VII – Material de Comunicações e Eletrônica e de Informática. 
Classe VIII – Material de Saúde (humana e veterinária). 
Classe IX – Material Naval, de Motomecanização e Aviação. 
Classe X – Materiais não incluídos nas demais classes. 
No caso do Sup Cl V, quando se fizer necessária a distinção do tipo de artigo a que se refere, utilizar-
se-ão as abreviaturas: Sup Cl V(Armt) para o armamentoe Sup Cl V(Mun) para a munição. 
Quando o material for de utilização exclusiva da Marinha, do Exército ou da Aeronáutica, aos 
números das classes seguirão, respectivamente, as letras M, E ou A, para melhor identificação. 
20 
 
 
6.3.2 Sistema de Classificação por Catalogação 
É baseado na classificação dos itens em grupos e classes. 
A catalogação deve ser desenvolvida no sentido de ser obtida a identificação de cada item do material 
de forma precisa, racional e padronizada, de modo a proporcionar uma linguagem única, particularmente, 
visando ao planejamento das atividades da Função Logística Suprimento e evitando omissão, duplicidade, 
ou dúvidas quanto às características de qualquer artigo. 
O sistema possui um banco de dados capaz de identificar cada item catalogado, através do 
fornecimento dos seguintes dados: código, nomenclatura, descrição, modificações, componentes 
intercambiáveis (equivalentes), fabricantes, usuários e outras informações adicionais (SICATEX x 
SIMATEX). 
 A catalogação é um valioso instrumento empregado pelos sistemas de gerenciamento logístico com 
o propósito de permitir, no menor tempo possível, a identificação do item de suprimento procurado, sua 
localização e quantidades disponíveis em estoque. 
 As instruções e normas sobre o Sistema de Catalogação do Exército (SICATEX) regulam o assunto 
no âmbito do Comando do Exército. O Sistema Militar de Catalogação (SISMICAT) foi instituído para 
possibilitar o desenvolvimento das atividades de catalogação no âmbito do Ministério da Defesa. 
Este Sistema compreende procedimentos de codificação compatíveis com o Sistema OTAN de 
Catalogação (NCS), além daqueles peculiares ao desempenho da atividade de catalogação a nível Nacional. 
Com isto, o SISMICAT tem como metas básicas aumentar a eficiência dos sistemas logísticos, facilitar o 
manuseio de dados de materiais, minimizar os custos logísticos das organizações usuárias e aumentar a 
eficiência nas operações logísticas. 
 
6.4 Fardamento 
O documento que regula as condições para a distribuição de peças de fardamento e de roupa de cama 
e banho para o pessoal civil e militar no âmbito do Exército Brasileiro é a Portaria nº 023 – DGS, de 31 de 
agosto de 1999, que aprova as Instruções Reguladoras para Distribuição de Fardamento (IR 70-04). 
São tratados como fardamento pelas IRDF: 
– Peças de uniforme de uso comum, abrigos e agasalhos; 
– Roupas de cama e banho; 
– Uniformes históricos e específicos (AMAN, EsPCEx, OM de Caatinga, PE, GD, Colégios Militares, 
etc.). 
 
21 
 
6.4.1 Plano Regional de Distribuição de Fardamento (PRDF) 
Segundo as IRDF, a distribuição de fardamento é realizada mediante elaboração do Plano Regional 
de Distribuição de Fardamento (PRDF) pelo Cmdo da RM. 
O PRDF é o plano que consolida todas as informações necessárias ao planejamento da distribuição 
de fardamento para as diversas OM apoiadas por uma determinada RM. Para a sua elaboração, faz-se 
necessário realizar anteriormente, a Inspeção Anual de Fardamento do Exército (IAFEx), a qual é realizada 
conforme o modelo constante do Anexo “C” das Normas para Inspeção Anual de Fardamento do Exército 
(NIAFEx). 
Na elaboração dos PRDF, os Cmdo RM deverão levar em consideração as reais necessidades e a 
efetiva utilização das peças de fardamento, não as incluindo no PRDF pelo simples fato de serem dotação 
individual ou de OM. (Art. 14. IRDF). 
É autorizado o acréscimo de até 10% (dez por cento), nos PRDF, sobre as quantidades previstas para 
distribuição de cada item, com o intuito de favorecer possíveis trocas na distribuição do fardamento aos 
militares. 
 
6.4.2 Provimento de Fardamento nas UA 
Para que ocorra o provimento de fardamento nas UA, faz-se necessária a seguinte documentação: 
Grade de pontuação – documento que consolida o levantamento das necessidades dos diferentes 
tamanhos e medidas de cada item (biotipo dos homens), na quantidade necessária para atender ao 
provimento. O levantamento deve ser iniciado nas Frações ou Subunidades, reunido na OM e finalmente 
consolidado no Cmdo RM. 
Mapa de conciliação – prevê o estoque a ser recompletado. 
Demonstrativo base do efetivo (DBE) - levantamento do efetivo, por OM, consolidado pelo Comando 
de Região Militar (Cmdo RM), que deverá conter informações que permitam determinar todas as 
necessidades de fardamento da Região Militar (RM) considerada, discriminando, inclusive, esses efetivos 
nas diversas situações determinantes do uso de cada peça de fardamento. 
Compete ao OP providenciar a distribuição do fardamento, de acordo com a documentação da UA e 
em concordância com o Plano Regional. Essa distribuição pode ser realizada em suas instalações, com a 
OM interessada indo buscar o suprimento, ou através da entrega nas OM apoiadas, com meios próprios, 
com meios de outras OM ou empresas de transporte, observando o que prescreve o art. 25 §1º e §2º das 
IRDF, que estabelecem o seguinte: 
§ 1º No caso de distribuição feita no OP, a OM apoiada passa a ser responsável pelo fardamento a 
partir da entrega do mesmo pelo Depósito. 
§ 2º No caso de distribuição feita na OM apoiada, o OP permanece como responsável pelo 
fardamento, até que se efetive a entrega na OM. 
22 
 
As UA apoiadas têm um prazo de até 30 dias após a incorporação para efetuar as trocas de peças de 
fardamento porventura existentes. Após esta data, nenhuma modificação no estoque poderá ser realizada. 
As trocas de peças de fardamento devem ser iniciadas entre as frações de cada SU e continuadas, se 
necessário, entre as SU e OM da mesma guarnição. Somente então, cumprido esse ciclo, os casos não 
resolvidos serão levados ao OP para possíveis soluções. 
Os artigos formados de conjuntos ou pares não poderão ser desmembrados, uma vez que sua 
separação poderá motivar diferenças de tonalidade, origem e, inclusive, de tamanho, nos OP. 
 
6.4.3 Relacionamento e desrelacionamento do fardamento na UA 
O fardamento provisionado às UA é classificado como material de consumo, logo segue as mesmas 
prescrições do material assim classificado para efeito de relacionamento e desrelacionamento, atentando 
para o seguinte: 
– As peças que tenham completado o seu tempo mínimo de duração não deverão ser desrelacionadas 
caso sejam julgadas ainda compatíveis para o uso a que se destinam. 
– Não é permitida alienação de fardamento, mesmo desrelacionado. 
– O fardamento usado por praças acometidas de moléstias contagiosas será incinerado na SU a que 
pertencem. A publicação em BI do Termo de Incineração (TI) desse material acarretará seu 
desrelacionamento. 
– Nas exclusões de praças por falecimento, o material de Intendência utilizado no sepultamento será 
desrelacionado da OM. 
 
23 
 
 
7. Manutenção 
É a atividade logística que compreende as ações executadas para manter em condições de uso o 
material ou revertê-lo a essa situação. 
 
7.1 Conceituações básicas 
Órgão Provedor (OP) - é a instalação de suprimento tipo Batalhão ou Depósito de Suprimento 
(B/DSup) ou Base Logística (Ba Log), destinada, basicamente, à estocagem do nível de suprimento 
prescrito pelos órgãos gestores, para distribuição aos elementos a apoiar, envolvendo as atividades de 
recebimento, armazenagem, distribuição e controle; 
Órgãos de Manutenção - são unidades tipo Arsenal, Parque Regional de Manutenção (PqRMnt) e 
Batalhão Logístico (BLog) encarregados da manutenção de 3º, 4º e 5º escalões, de todas as classes de 
suprimentos, em proveito das OM apoiadas; 
 a) Parque Regional de Manutenção (PqRMnt) - é a unidade encarregada, no âmbito de 
uma Região Militar, da manutenção de 4º escalão do material de todas as classes de suprimento, exceto do 
material de Aviaçãodo Exército, executa, ainda, o apoio de manutenção de 3º escalão às OM não apoiadas 
por Batalhões Logísticos e complementa a manutenção de 3º escalão executada por estes, quando 
necessário. 
 b) Batalhão Logístico (BLog) - é a unidade encarregada da manutenção de 3º escalão de 
todas as classes de suprimentos em proveito das OM integrantes de uma determinada Brigada e outras que 
porventura receba como encargo. 
Ordem de Fornecimento - é o documento que a Diretoria de Manutenção (DMnt) e o Cmdo RM 
utilizam para autorizar o OP a fornecer determinado material para uma OM apoiada; 
Ordem de Recolhimento - é o documento com o qual o Cmdo RM autoriza o recolhimento do 
material para manutenção; 
Pedido de Manutenção - é o documento hábil para solicitar ao Cmdo RM autorização para recolher 
determinado MEM para manutenção; 
Pedido de Suprimento - é o documento com o qual o usuário solicita ao Órgão Provedor ou OM 
Mnt determinado item de suprimento. 
Manutenção Corretiva - é a destinada à correção de falhas no equipamento ou do seu desempenho 
menor que o esperado; 
Manutenção Corretiva não Planejada - é aquela que realiza a correção da falha de maneira 
aleatória, ou seja, a correção da falha ou desempenho menor que o esperado, após a ocorrência do fato (não 
previsível); 
24 
 
Manutenção Corretiva Planejada - é a correção que se faz em função de um acompanhamento 
preditivo, detectivo, ou até pela decisão gerencial de se operar até a falha; 
Manutenção Preventiva - é a atuação realizada para reduzir ou evitar falhas ou queda de 
desempenho, obedecendo a um planejamento baseado em intervalos definidos de tempo; 
Manutenção Preditiva - é um conjunto de atividades de acompanhamento das variáveis ou 
parâmetros que indicam a performance ou desempenho dos equipamentos, de modo sistemático, visando 
definir a necessidade ou não de intervenção; 
 
7.2 Escalões de manutenção 
As ações de manutenção são estruturadas em escalões, baseados no nível de capacitação técnica do 
capital humano e na infraestrutura adequada para manutenção. Esse escalonamento tem por objetivos 
orientar e otimizar os processos de manutenção, atribuir responsabilidades de execução e permitir o 
emprego judicioso dos recursos disponíveis. 
O escalão de manutenção, portanto, deriva do grau ou amplitude de trabalho requerido nas atividades 
de manutenção, em função da complexidade do serviço a ser executado. Qualquer escalão de manutenção 
deve ser capaz de executar as tarefas de manutenção atribuídas ao escalão inferior. 
 
(Pág. 3-9 - EB20-MC-10.204) 
Na eventualidade de uma OM de Manutenção não ter condições de atender plenamente à demanda 
proveniente de uma determinada classe de material orgânico das OM apoiadas ou mesmo na falta dessa 
OM de Manutenção na estrutura organizacional de um Grande Comando, este poderá propor à Diretoria de 
25 
 
Manutenção o avanço de escalão (autorização para realizar a manutenção de um escalão acima) de forma a 
permitir que a OM apoiada passe a solucionar os seus problemas de manutenção que sejam próprios de 3º 
escalão, desde que disponha de ferramental e de pessoal habilitado para isso. 
(Art. 9º - NARMNT) 
 
7.3 Cadeia de suprimento de manutenção 
Art. 12. A cadeia de suprimento de peças, componentes e ferramental para manutenção dos MEM é 
composta pela OM Apoiada, OM Mnt, OM Sup, RM e DMnt de acordo com o seguinte fluxograma: 
 
(NARMNT) 
 
7.4 Planejamento, pedido e obtenção da manutenção 
Art.13. O planejamento da Manutenção é realizado anualmente e consolidado por intermédio dos 
Programas Internos de Trabalho (PIT), com recursos oriundos de Atividades, Projetos e Programas, de 
acordo com diretrizes do escalão superior, com vistas a aumentar os índices de disponibilidade e a vida 
útil do material. 
Parágrafo único. O planejamento da manutenção abrange as seguintes subatividades: 
I - levantamento das necessidades em suprimento e em serviços de manutenção; 
II - obtenção de recursos para suprimento e serviços; 
III - distribuição; e, 
26 
 
IV - controle. 
(NARMNT) 
 
27 
 
 
8. Administração de Material 
O Exército Brasileiro é uma instituição permanente, fundamentada na hierarquia e na disciplina, que 
tem como missão constitucional a defesa externa do país, a garantia da lei e da ordem e a realização de 
diversas ações subsidiárias. 
Esse grande número de atribuições sob a responsabilidade do Exército requer de todos os seus 
integrantes bastante zelo no trato dos bens colocados à disposição de seus órgãos, desde um pedido de 
aquisição até a sua destinação, passando pelo recebimento, armazenagem, distribuição, utilização, controle 
e manutenção, a fim de que o preparo e o emprego da Força sejam caracterizados pela efetividade, isto é, 
pela conjugação da eficiência e da eficácia, marca das mais modernas gestões. 
Para que se alcance o máximo de efetividade e, desta forma, a administração de material contribua 
para um elevado poder de combate da Força, todos os agentes da Administração devem realizar todos os 
atos fundamentados em regras jurídicas e nos princípios administrativos explícitos e implícitos, dentre os 
quais podemos destacar o da supremacia do interesse público, o da indisponibilidade, o da legalidade, o da 
moralidade, o da impessoalidade, o da publicidade e o da eficiência; sem jamais esquecer de que todo o 
patrimônio sob a jurisdição da instituição são públicos, não se admitindo que haja uma má administração 
desses recursos, sob pena de responsabilização nas esferas penal, administrativa e civil. 
No tocante a esses princípios, pode-se afirmar que, na gestão do material pertencente ao Exército, 
todos os seus integrantes devem saber que, de acordo com: 
• O princípio da supremacia do interesse público - esses bens, quando envolvidos em um conflito 
entre o interesse coletivo e o interesse individual deverá prevalecer, em relação aos mesmos, o interesse 
coletivo; 
• O princípio da indisponibilidade - os bens não podem ser disponibilizados conforme a simples 
vontade do administrador público, alienando um material que esteja afetado por sua destinação; 
• O princípio da legalidade - a gestão do material e patrimônio deve ser realizada de acordo com o 
autorizado e determinado pela legislação; 
• O princípio da moralidade - orienta que o bem público deve ser gerido com cuidado e honestidade; 
• O princípio da publicidade - exige a transparência e a publicação dos respectivos atos 
administrativos para torná-los válidos e eficazes; 
• O princípio da impessoalidade - a gestão visa o bem comum e não a satisfação de interesses pessoais 
dos administradores; 
• O princípio da eficiência - denota que a administração desses bens públicos deve ser realizada com 
presteza, perfeição e rendimento funcional. 
 
28 
 
8.1 Normas básicas para provimento de material às UA 
O Sup Cl II (material de intendência) abrange três grandes categorias: 
 a) Material de uso corrente – mobiliário em geral, materiais de escritórios, máquinas, utensílios e 
equipamentos portáteis de rancho; 
 b) Material de Intendência de Campanha – equipamento de uso individual e de material de 
estacionamento; 
 c) Fardamento – uniformes, roupa de cama e de banho. 
O documento que prevê a padronização dos processos administrativos utilizados para realizar o 
suprimento nas diversas classes são as Normas Administrativas Relativas ao Suprimento (NARSUP). Nesse 
documento, são descritos todos os passos do processo que envolve planejamento, levantamento de 
necessidades, obtenção, recebimento, exame, inclusão no patrimônio, armazenagem e embalagem e 
distribuição de suprimentos, além de explicar a cadeia de suprimento, seus órgãos e o fluxogramadessa 
função logística no âmbito do Comando do Exército. 
 
8.2 Material permanente x material de consumo 
As diferenças entre material de consumo e material permanente residem basicamente na durabilidade 
do material, na manutenção da identidade em razão da utilização e na forma de registro e controle. Sendo 
assim, tem-se: 
 a) Material permanente – é todo artigo, equipamento ou conjunto operacional ou administrativo 
que tem durabilidade prevista superior a 2 (dois) anos, e que, em razão de seu uso não perde a sua identidade 
física nem se incorpora a outro bem. Destina-se ao uso contínuo e deve ser incluído em carga; 
 b) Material de consumo – é todo item, peça, artigo ou gênero alimentício que se destina à aplicação, 
transformação, utilização ou emprego imediato e que, quando utilizado, perde suas características 
individuais e isoladas. Quando suas características próprias têm permanência superior a 2 (dois) anos 
chamam-se material de consumo de duração elevada (Art. 8º, NARSUP). O material de consumo deve ser 
relacionado. 
A Portaria da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) n° 448, de 13 de setembro de 2002, adota ainda, 
na classificação da despesa, os seguintes parâmetros os quais o material não deve atender para ser 
considerado material permanente: 
– Durabilidade, quando o material em uso normal perde ou tem reduzidas as suas condições de 
funcionamento, no prazo máximo de dois anos; 
– Fragilidade, cuja estrutura esteja sujeita a modificação, por ser quebradiço ou deformável, 
caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou perda de sua identidade; 
– Perecibilidade, quando sujeito a modificações (químicas ou físicas) ou que se deteriora ou perde sua 
característica normal de uso; 
29 
 
– Incorporabilidade, quando destinado à incorporação a outro bem, não podendo ser retirado sem 
prejuízo das características do principal; e 
– Transformabilidade, quando adquirido para fim de transformação. 
 
8.3 Documentação específica da administração do material pertencente a uma UA 
 
8.3.1 Termo de Recebimento e Exame de Material (TREM) 
O TREM é o documento elaborado pela comissão de recebimento e exame de material, devidamente 
nomeada pelo agente diretor e publicada em BI da UA para a realização do recebimento e exame dos 
materiais recebidos do escalão superior, diretamente dos órgãos provedores ou através de empresas 
contratadas, ou adquiridos com recursos próprios, através do qual são descritas todas as alterações 
encontradas referentes ao estado de conservação e condições de funcionamento desses materiais. 
A comissão deve descrever detalhadamente a identificação do material, suas avarias, faltas, inclusive 
indícios de violação e os defeitos encontrados durante a realização dos testes, por ocasião do recebimento 
dos materiais. 
No caso do material ter sido recebido do escalão superior, a 1ª via do TREM deverá ser remetida para 
a DAbst, a 2ª via para a RM e a 3ª via deverá permanecer arquivada na UA que expediu o documento. 
Se não houver alterações no material recebido, este deverá ser incluído em carga por determinação 
do agente diretor. 
 
8.3.2 Termo de Exame e Averiguação de Material (TEAM) 
O TEAM é o documento confeccionado por uma comissão de exame e averiguação do material, 
detentora de conhecimento técnico, cuja finalidade é a verificação precisa do estado do material e se ele 
pode ser considerado definitivamente inservível para os fins a que se destina, ocasionando a sua descarga, 
ou é passível de reparação ou recuperação. 
O Termo deverá ser elaborado quando o material inservível não tiver atingido o tempo mínimo de 
duração ou for de valor atual superior a cinco MVR, ou outro índice que venha a substituí-lo ou for 
controlado. 
A comissão, nomeada pelo agente diretor em BI da UA, deverá descrever, no documento, a análise 
de custos do material examinado, fazendo constar o preço atual do material novo, o valor de mercado do 
material usado e os custos de recuperação do material, o seu parecer, através do qual, detalhadamente, 
informará sobre a conveniência da recuperação ou se a recuperação é antieconômica e, de maneira 
conclusiva, indicará a conveniência da recuperação do material e a sua destinação. 
30 
 
É importante ressaltar que a comissão deverá descrever no TEAM informações sobre o exame do 
material, ou seja, o estado geral do material, no tocante as suas avarias, bem como os custos de recuperação, 
fundamentada em PT. 
 
8.3.3 Guia de Fornecimento 
É o documento emitido pelos OP que formaliza a distribuição de suprimentos para as OM apoiadas. 
A guia de fornecimento é elaborada em quatro vias: 
• A 1ª fica com a OM de destino, e acompanha o material; 
• A 2º via segue para a OM de destino, devendo retornar à OM expedidora, após quitada; 
• A 3ª via é remetida à RM; 
• A 4ª fica arquivada na OM expedidora. 
 
8.3.4 Guia de Remessa 
A guia de remessa é o documento que deve ser elaborado pelas UA para que acompanhe o material 
quando este for circular entre OM para fins de transferência ou quando os órgãos de manutenção o 
restituírem às OM apoiadas ou quando os órgãos provedores o remeterem aos seus destinatários. 
A guia de remessa é elaborada em quatro vias: 
• A 1ª fica com a OM de destino, e acompanha o material; 
• A 2º via segue para a OM de destino, devendo retornar à OM expedidora, após quitada; 
• A 3ª via é remetida à RM; 
• A 4ª fica arquivada na OM expedidora. 
 
8.3.5 Guia de Recolhimento 
Guia de recolhimento é o documento que deverá ser confeccionado pela UA para acompanhar o 
material quando destinado ao órgão de manutenção ou retorna ao OP. 
A guia de remessa também é elaborada em quatro vias: 
• A 1ª via fica com a OM de destino, acompanha o material; 
• A 2ª segue para a OM de destino, devendo retornar à OM expedidora, após quitada; 
• A 3ª é remetida pela OM expedidora à RM; 
• A 4ª via fica arquivada na OM expedidora. 
 
8.3.6 Pedido de Material 
Os pedidos de material no âmbito das UA devem ser feitos pelos interessados, conforme o modelo 
do ANEXO A, de acordo com as suas necessidades, ao fiscal administrativo, em regra, através de suas 
31 
 
respectivas seções ou subunidades, a fim de que seja fornecido pelo almoxarife, podendo versar sobre a 
necessidade de material de consumo ou de material permanente. 
A responsabilidade pela correta especificação dos itens pedidos é das pessoas interessadas pelos 
respectivos suprimentos. 
Os pedidos de materiais existentes nos almoxarifados deverão ser realizados por meio do SISCOFIS, 
que disponibiliza aos agentes devidamente cadastrados a existência do material e sua quantidade para fins 
de solicitações, os quais serão separados e distribuídos aos interessados após a aquiescência do fiscal 
administrativo. 
Tratando-se de material permanente, que dificilmente fica estocado no Setor de Material, ou de 
material de consumo não existente no almoxarifado, deverá ser pedido com a correta especificação e, 
havendo possibilidade de aquisição, deverão ser adquiridos, de preferência por uma Seção de Aquisições, 
Licitações e Contratos (SALC), após autorização do Ordenador de Despesas, expressa na Parte 
Requisitória. 
O material necessário à UA, não previsto em QDM e sem possibilidade de aquisição, deverá ser 
incluído na Ficha Modelo 18 e ser remetida à RM para providências. 
Os materiais necessários às UA para manutenção de seus MEM podem ser pedidos, conforme o caso, 
ao OP ou ao órgão de manutenção. Sendo o pedido remetido ao órgão de manutenção, este deverá ser 
dirigido, em regra, ao COAL/BLog, e se for remetido ao órgão provedor, deverá dar entrada no COS/OP. 
32 
 
 
 
33 
 
8.3.7 Pedido de Descarga de MaterialO pedido de descarga de material deverá ser realizado pelo seu detentor direto, conforme modelo do 
ANEXO B, e remetido ao fiscal administrativo da UA que, conforme o caso, adotará as medidas 
administrativas cabíveis. 
 
8.4 Recebimento e exame de material 
Segundo o Regulamento de Administração do Exército (RAE), todo e qualquer material destinado à 
UA deverá ser entregue nos almoxarifados, depósitos ou salas de entrada, acompanhados, conforme o caso, 
da nota fiscal ou documento equivalente, guia de remessa ou de fornecimento, cabendo aos encarregados 
dessas dependências participar essa entrega, de imediato, ao Fiscal Administrativo, para que seja realizado 
o recebimento e exame do mesmo (Art. 67, RAE). Esse procedimento poderá ocorrer de duas formas: (Art. 
66, RAE) 
 a) individualmente, pelo Encarregado do Setor de Material ou qualquer agente executor designado 
pelo Agente Diretor, com a supervisão do Fiscal Administrativo; 
 b) por comissão nomeada para esse fim. 
A comissão ou o agente executor encarregado do recebimento e exame terá o prazo de 8 (oito) dias 
para apresentar ao Fiscal Administrativo o termo ou parte de recebimento podendo esse prazo ser 
prorrogado pelo Agente Diretor, mediante solicitação fundamentada. 
A Comissão de Recebimento e Exame de Material (CREM), será constituída por três oficiais. O 
Encarregado do Setor de Material e o provável detentor direto do material em causa deverão, em principio, 
integrar a comissão. Poderão assessorá-la especialistas ou técnicos, civis ou militares, julgados necessários. 
A comissão poderá ser nomeada para um recebimento específico ou por período determinado, período 
esse nunca superior a 90 dias. 
Quando houver conveniência para a UA, o recebimento e exame de material poderá ser feito no 
próprio local de procedência, sendo feita a participação imediata ao Fiscal Administrativo. 
Quando for encontrada qualquer irregularidade no recebimento do material adquirido pela UA ou 
fornecido pelos Órgãos Provedores, o Fiscal Administrativo e o agente executor ou os membros da 
comissão de recebimento e exame, lavrarão um Termo de Recebimento e Exame de Material (TREM). 
Após lavrado o termo serão tomadas as seguintes providências: 
 a) caso se trate de material adquirido, os termos serão apresentados ao Agente Diretor, para as 
providências cabíveis. 
 b) quando se tratar de material fornecido pelos Órgãos Provedores, os termos serão confeccionados 
em número de vias suficientes para tomar os seguintes destinos: 
– uma via para a Fiscalização Administrativa da UA; 
– uma via para o órgão que forneceu o material; 
34 
 
– as demais às partes interessadas segundo normas dos respectivos Órgãos Gestores. 
 Obs: Na aplicação prática, é recomendável que sempre seja lavrado o Termo de Recebimento e 
Exame de Material, independente de haver ou não irregularidades no recebimento do material. 
Toda vez que houver divergência no recebimento e exame dos artigos, no que se referir ao estado, à 
qualidade ou a qualquer outro aspecto dos mesmos, será ela levada imediatamente ao conhecimento do 
Agente Diretor, que decidirá como julgar mais acertado, desde que não se trate de fato cuja decisão julgue 
escapar à sua competência. Neste caso, o Agente Diretor tomará as providências correlatas junto às 
autoridades competentes. 
Caso a divergência só seja constatada posteriormente, haverá imputação de responsabilidades: 
– aos membros da comissão que os tenham recebido e examinado, se não divergiram; ou ao Agente 
Diretor, se tiver decidido, em definitivo, dela compartilhado o membro ou membros, que porventura, 
tiverem colaborado na sua decisão; 
– ao Fiscal Administrativo e ao agente executor, nos casos previstos no inciso 1 do art. 66 (do o 
recebimento e exame é realizado individualmente), ou ao Agente Diretor, quando tiver solucionado em 
definitivo qualquer divergência surgida, dela compartilhando o agente cujo ponto de vista houver sido 
esposado por ele; 
– aos especialistas ou técnicos, quanto à qualidade, funcionamento, etc., se tiverem dado parecer 
favorável à aceitação dos artigos. 
 
8.5 Inclusão no patrimônio 
O RAE prevê como causas para a inclusão no patrimônio de uma UA: 
 a) aquisições diretas de bens móveis e imóveis; 
 b) recebimento de material fornecido pelos Órgãos Provedores; 
 c) transferência de material de outra UA; 
 d) doações; 
 e) os materiais fabricados, recuperados ou encontrados em excesso nas conferências. 
O RAE estabelece ainda que a inclusão em carga do material permanente ou relacionamento do 
material de consumo deverá ser feita com base no preço unitário e constando todos os dados que favoreçam 
a identificação do mesmo, sem deixar de atentar para a nomenclatura regulamentar vigente e observando 
os seguintes aspectos: 
Art. 73. […] 
 § 1º O material pertinente será incluído em carga com o valor do documento que deu origem, 
expresso em moeda nacional e referido à época de sua aquisição, citando-se mês e ano. 
 § 2º Os bens encontrados em excesso serão incluídos no patrimônio, tendo por base o preço 
corrente no comercio, citando-se mês e ano da fixação de preço. 
35 
 
 § 3º Quando não existir artigo correspondente no comércio, as inclusões serão procedidas após a 
fixação dos preços por comissão nomeada para esse fim, inclusive para os artigos cujos valores não 
constem de documento hábil. 
 Art. 74. Os bens imóveis serão incorporados ao patrimônio da UA, com base no valor expresso na 
escritura ou em outro documento apropriado, acrescido, quando for o caso, do valor das benfeitorias. 
É de competência do Agente Diretor a ordem, publicada em Boletim Interno da OM, para inclusão 
em carga do material permanente ou para escrituração do material de consumo em consonância com o 
relatado nos termos de recebimento apresentados pelas comissões ou nas partes dadas pelos agentes que 
receberem o material. 
Tal publicação deve apresentar: 
– número e data do Termo ou Parte; 
– número do documento que autorizou a despesa, quando for o caso; 
– origem do material (nome e endereço do Órgão Provedor ou do fornecedor); 
– quantidade e nomenclatura do material (ou suas especificações) de maneira a permitir sua fácil 
identificação; 
– preços unitários, em algarismos; 
– número e data do documento de entrega (nota fiscal ou documento equivalente) e valor total do 
material nele constante; 
– alterações assinaladas, com as medidas adequadas a cada caso. 
 
36 
 
 
 
8.6 Distribuição de material às frações da UA 
A entrega do material pelos almoxarifados obedecerá as seguintes prescrições contidas no RAE: 
37 
 
 a) Ordem de Distribuição em Boletim Interno da OM - O responsável pela fração ou dependência 
deverá providenciar, dentro do prazo de 5 (cinco) dias, o recebimento do material a ela distribuído; o 
responsável pelo almoxarifado ou depósito fará entrega do material, mediante recibo passado pelo novo 
detentor; 
 b) Ordem Verbal do Agente Diretor - O material será fornecido mediante recibo, assinado pelo novo 
detentor. A ordem de distribuição de material permanente será confirmada em Boletim Interno da OM, 
devendo tal fato ser, posteriormente, consignado no pedido; 
 c) A distribuição de material de consumo poderá ser procedida automaticamente, mediante 
planejamento elaborado pelo Fiscal Administrativo com base nas disponibilidades da UA e aprovado pelo 
Agente Diretor; 
 d) No caso de subunidade, o detentor do material só poderá redistribuí-lo mediante autorização do 
respectivo comandante, o qual visará a relação correspondente; 
 e) A distribuição de peças do fardamento será procedida conforme Instruções Reguladoras do Órgão 
Gestor; 
 f) Dar-se-á preferência,obrigatoriamente, nas distribuições, quer nos Órgãos Provedores, quer nas 
unidades, aos artigos que estiverem em depósito há mais tempo, respeitadas as prescrições constantes nas 
instruções de mobilização; 
 g) Antes da distribuição para emprego ou uso individual, as frações da unidade colocarão as suas 
iniciais no material permanente; 
 h) A distribuição pode ser feita através de pedidos no SIMATEX, autorizados pelo Fiscal 
Administrativo. 
 
8.7 Descarga de material 
A descarga de material deve ser realizada quando observada uma das seguintes circunstâncias: 
– inservibilidade para o fim a que se destina, não sendo susceptível de reparação ou recuperação; 
– perda ou extravio (sindicância); 
– furto ou roubo (IPM); 
– outros motivos (transferências, recolhimentos, etc.). 
O detentor direto do material deverá solicitar a descarga do mesmo ao Fiscal Administrativo através 
de parte de solicitação de descarga. Após analisar e dar o seu parecer, o Fiscal encaminhará a parte ao 
Agente Diretor que, por sua vez, procederá de acordo com uma das seguintes situações, conforme previsto 
no RAE: 
 Art. 88. […] 
 § 1° Nos casos de inservibilidade: 
 1) descarga, quando o material preencher, simultaneamente, as três condições abaixo: 
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 a) for de tempo de duração indeterminado ou tiver atingido o tempo mínimo de duração previsto; 
 b) for de valor atual inferior a 5 (cinco) MVR (Maior Valor de Referência); ou outro índice que 
venha a substituí-lo; 
 c) não for controlado; 
 2) nomeação de Comissão de Exame e Averiguação, quando ocorrer com o material qualquer uma 
das condições abaixo: 
 a) não tiver atingido o tempo mínimo de duração; 
 b) for de valor atual superior a 5 (cinco) MVR; ou outro índice que venha a substituí-lo; 
 c) for controlado. 
 3) abertura de sindicância, sempre que houver indício de incúria ou imprevidência. 
 4) instauração de Inquérito Policial-Militar (IPM), sempre que houver indício de crime. 
 § 2º Nos casos de perda ou extravio: 
 1) descarga, quando se tratar de material que preencha simultaneamente as três condições 
referidas no item 1 do § 1º deste artigo e tenha sido indicado, em parte circunstanciada do respectivo 
detentor direto, o responsável pelo ressarcimento do prejuízo ou a existência de causa que justifique sua 
imputação a União. 
 2) abertura de sindicância, quando não estiver caracterizada a responsabilidade pelo 
ressarcimento do prejuízo. 
 § 3º Nos casos de furto ou roubo. 
 -instauração de IPM. 
 § 4º Outros motivos (material excedente, obsoleto, etc.): 
 -descarga do material, após autorização ou determinação do escalão superior, para: 
 1) recolhimento ao Órgão Provedor; 
 2) transferencia para nivelamento de estoque; 
 3) alienação, na forma das instruções vigentes. 
 § 5º Nos casos em que, de acordo com as normas dos respectivos Órgãos Provedores, for instaurado 
Inquérito Técnico, fica dispensada a abertura de sindicância. 
 § 6º Do despacho do Agente Diretor que determinar a descarga deverão constar o destino da 
matéria-prima, quando for o caso, e a imputação do prejuízo a terceiros ou à União. 
 
 Obs1: Quando a UA descarregar artigos fornecidos pelos Órgãos Provedores, as folhas do boletim 
que publicar a descarga serão enviadas aos órgãos interessados, bem como as folhas do boletim que publicar 
a solução da sindicância ou inquérito, quando for o caso, de acordo com as normas estabelecidas pelos 
Órgãos Gestores. (Art. 89. RAE). 
 Obs2: Com relação ao material de consumo deve-se proceder com prevê o RAE: 
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 Art. 95. O material de consumo será deduzido nos respectivos fichários da Fiscalização 
Administrativa. Depósitos, almoxarifados ou dependências equivalentes, à medida que for distribuído, na 
forma do art. 81. 
 
8.7.1 Material controlado 
A descarga do material controlado obedece prescrições específicas do RAE, conforme o artigo 
abaixo: 
Art. 85. […] 
§ 2º A descarga dos artigos classificados como controlados (art. 61) ficará sujeita à autorização dos 
escalões superiores, segundo normas baixadas pelos Órgãos Gestores respectivos. A homologação da 
descarga será procedida pela RM de vinculação, de acordo com as instruções dos Órgãos Gestores a que 
estiver vinculado o material. 
§ 3º Os Órgãos Gestores fixarão em normas particulares as condições e prazos para que os pedidos 
de descarga de artigos controlados sejam autorizados. 
 
8.7.2 Exame e averiguação de material 
Ao ser constatada a necessidade de nomeação da Comissão de Exame e Averiguação de Material 
(CEAM) (Art. 88, RAE), esta será composta, em princípio, por três oficiais (exceto quando o efetivo não 
possibilite), e será publicada em Boletim Interno. Sua responsabilidade concernente ao exame do material 
será a de verificar o seu estado e, principalmente, se ele é suscetível ou não de reparação ou recuperação. 
No que tange à averiguação, a comissão será responsável por verificar a causa dos estragos, dano, 
inutilização, etc., com o intuito de imputar os prejuízos aos verdadeiros responsáveis (detentores, usuários 
ou à União, conforme o caso), e ainda, verificar se houve motivo de força maior (Art. 147, RAE). 
Art. 147. São considerados casos de força maior, para isenção de responsabilidade, os resultantes 
de: 
1) incêndio, desmoronamento, inundação, submersão, tormenta, terremoto e sinistros terrestres, 
aéreos, fluviais e marítimos; 
2) estragos produzidos por animais daninhos; 
3) epidemias e moléstias contagiosas; 
4) roubo, furto ou extorsão; 
5) falência de estabelecimento bancário, onde foram, na conformidade de legislação específica, 
abertas contas correntes para créditos de recursos ou autorizados depósitos de valores; 
6) estragos produzidos em armas ou em qualquer outro material, por explosão ou acontecimento 
imprevisível; 
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7) acidente ou inutilização em serviço ou instrução, comprovado em sindicância, parecer técnico ou 
inquérito; 
8) saque ou destruição pelo inimigo, destruição ou bando no forjado pela aproximação deste; 
9) inutilização decorrente de operações de ações de defesa civil e defesa interna. 
§ 1º O material contaminado, por moléstia contagiosa, será incinerado ou destruído com base em 
parecer escrito de médico militar ou civil designado. 
Por término dos trabalhos a CEAM elaborará o Termo de Exame e Averiguação do Material (TEAM) 
em número de vias suficientes para ser arquivado na UA e ser remetido aos órgãos competentes, quando 
for o caso, de acordo com normas dos respectivos Órgãos Gestores. 
A comissão tem o prazo de 8 (oito) dias para realizar os trabalhos. Prazo esse que pode ser prorrogado 
uma só vez, por igual período, pelo agente que a nomeou, atendendo a solicitação justificada. 
O exame e a averiguação seguirão as seguintes normas: 
Art. 92. Os artigos serão examinados nos lugares em que se acharem depositados. Os artigos 
quebrados serão acompanhados tanto quanto possível de suas partes componentes, de modo que se possa 
fazer ideia da forma e aplicação primitivas. 
§ 1º Se forem considerados em mau estado e não se prestarem a reparos ou transformação, serão 
logo descarregados, ressalvado o disposto no § 2º do art. 85. 
§ 2º Os que forem declarados em mau estado, porém susceptíveis de consertos ou transformações, 
continuarão em carga com as observações consequentes. 
§ 3º Os que tiverem sido transformados em objetos de aplicação diversa serão descarregados na 
antiga nomenclatura e incluídos na carga com a designação nova. Arbitrar-se-á para eles o novo tempo 
de duração e os respectivos valores unitários. 
§ 4º Só poderão ser feitas transformações em artigos oriundos dos Órgãos Provedores com prévia 
autorização dos mesmos. 
Após o exame e averiguação,

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