Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
03/04/2017 1 A CRIANÇA DE DOIS A SEIS ANOS DE IDADE Psicologia do Desenvolvimento e Ciclo Vital Profa. Fabiana Marques DESENVOLVIMENTO FÍSICO COGNITIVO EMOCIONAL SOCIAL 03/04/2017 2 DESENVOLVIMENTO FÍSICO Mudanças físicas As mudanças físicas entre 2 e 6 anos de idade são menos acentuadas do que as muitas mudanças rápidas no corpo de um bebê. As mudanças físicas durante a segunda infância proporcionam às crianças uma base adequada para os saltos cognitivos e sociais que estão a sua frente. 03/04/2017 3 Desenvolvimento Físico Na segunda infância, as crianças tornam-se mais finas e compridas. Elas precisam de menos sono do que antes e tendem mais a desenvolver problemas de sono. Aperfeiçoam suas capacidades de correr, saltar e arremessar bolas. Também melhoram sua capacidade de amarrar os cadarços (com laços em vez de nós), desenhar com lápis (sobre papel em vez de nas paredes) e servir cereais (na tigela, e não no assoalho); também começam a demonstrar preferência pela mão direita ou esquerda. Mudanças de forma e tamanho O crescimento torna-se mais previsível durante a segunda infância. Curvas de crescimento Padrão e taxa de crescimento exibido por uma criança no decorrer do tempo. Classificação percentil é a porcentagem de indivíduos cujos escores em uma medida são iguais ou menores do que os de uma criança que está sendo individualmente considerada. 03/04/2017 4 Figura Mudanças de forma e tamanho Distúrbios do Crescimento Coletar dados sobre os pais da criança. Distúrbio do sistema endócrino Glândulas segregam hormônios que regem o crescimento físico geral e a maturação sexual. O crescimento lento também pode ser atribuível às condições sociais. 03/04/2017 5 Preferência no uso das mãos: natureza ou experiência? Lateralidade Tendência de utilizar basicamente a mão direita ou esquerda. Provavelmente resultado de influência genética. A preferência no uso das mãos, isto é, preferir usar a mão direita ou esquerda, geralmente se evidencia aos 3 anos. Como o hemisfério esquerdo do cérebro, que controla o lado direito do corpo, costuma ser dominante, a maioria das pessoas prefere seu lado direito. Habilidades sensórias e perceptuais Visão Campo de visão é a amplitude do ambiente que pode ser vista sem mover os olhos. Maturidade aos 5 anos. Estrabismo é um distúrbio no alinhamento dos olhos em que um ou ambos os olhos se desviam para dentro ou para fora. Ambliopia – o cérebro suprime as informações de um dos olhos. (olho preguiçoso) Percepção visual Visão estereoscópica é a capacidade de perceber profundidade integrando as imagens separadas enviadas ao cérebro pelos olhos e formando uma única imagem tridimensional. A percepção de profundidade é imprescindível para alguns dos avanços que ocorrem no domínio motor geral. Sentido vestibular Sentido do corpo de sua posição no espaço. 03/04/2017 6 Habilidades sensórias e perceptuais (continuação) Audição Uma criança pode apresentar desenvolvimento da linguagem normal mesmo tendo uma perda auditiva. Deficiências auditivas podem ser causadas por doenças, distúrbios genéticos ou anormalidades físicas do ouvido interno. A maioria dos casos de perda auditiva resulta da exposição a excessivo ruído. Desenvolvimento motor Os aperfeiçoamentos na capacidade da criança de captar informações visuais e manter o equilíbrio são essenciais no progresso constante nas habilidades motoras finas e gerais. 03/04/2017 7 Habilidades motoras gerais Surgimento de novas habilidades. Refinamentos em habilidades existentes. Habilidades de movimento fundamentais Padrões básicos de movimento que subjazem habilidades motoras gerais, tais como correr. Servem como alicerce sobre a qual as crianças desenvolvem habilidades ligadas aos esportes na escola intermediária. Habilidades motoras finas Representam mudanças nos padrões de movimento subjacentes. Diferenciação dos dedos Capacidade de tocar cada dedo de uma mão com o polegar daquela mão. O treinamento precoce mais benéfico oferece às crianças oportunidades para usar seus dedos em todo o tipo de atividade. 03/04/2017 8 Habilidades motoras finas Desenhos das crianças – Estágios de Kellogg Estágio dos rabiscos – as crianças desenham pontos, linhas horizontais e verticais, linhas curvas e circulares e zigue-zagues. Estágio das formas – as crianças intencionalmente desenham formas como círculos, quadrados ou linhas cruzadas. Estágio dos esboços – as crianças misturam várias formas básicas para criar desenhos mais complexos. Estágio figurativo – as crianças começam a desenhar figuras de objetos ou eventos da vida real. 03/04/2017 9 Padrões de sono Mudanças menos marcantes durante os anos pré- escolares do que na primeira infância. Pesadelos Sonhos assustadores que costumam acontecer de manhã e despertam a criança. Terrores Noturnos Sonhos assustadores que costumam acontecer nas primeiras duas horas de sono de uma criança e não chegam a despertá-la totalmente. Padrões de sono Enurese A maioria dos profissionais de saúde não a considera um problema significativo, a menos que persista após os 6 anos. Uma causa física importante é uma bexiga menor do que a normal. Outra diferença é o modo como o cérebro da criança sinaliza os rins para produzirem urina. 03/04/2017 10 Saúde e bem-estar e nutrição A segunda infância é a época ideal para começar a ensinar bons hábitos de saúde às crianças. As crianças são vulneráveis a diversos problemas durante a segunda infância, muitos dos quais evitáveis. Aversão a alimentos se desenvolve com frequência durante os anos pré-escolares. Obesidade infantil. Pais conscienciosos devem evitar alimentar os filhos com as mesmas dietas de baixa gordura que eles próprios seguem. Crianças pequenas necessitam de uma certa quantidade de gordura na dieta para sustentar o desenvolvimento cerebral normal. Desenvolvimento atípico Envolve problemas que persistem por 6 meses ou mais tempo e/ou aqueles que estão no extremo do continuum para esse comportamento. Retardo mental Transtornos invasivos do desenvolvimento Transtornos autistas Transtorno de Asperger 03/04/2017 11 Retardo mental Baixos níveis de funcionamento intelectual (geralmente definidos como Q.I. abaixo de 70) aliados a problemas significativos no comportamento adaptativo. Causas Anomalias genéticas, tais como Síndrome de Down Doenças Teratógenos Desnutrição pré-natal severa Privação prolongada de oxigênio no nascimento Retardo mental (continuação) Crianças com retardo mental Processam as informações mais lentamente. Pensam em termos concretos. Dificuldade com raciocínio abstrato. Requerem instrução mais completa e repetida. Não generalizam ou transferem algo que aprenderam. Déficits intelectuais amiúde interferem no desenvolvimento de habilidades sociais. 03/04/2017 12 Transtornos invasivos do desenvolvimento Caracterizados por incapacidade de formar relacionamentos sociais e também conhecidos como transtornos do espectro autista. Origem neurológica Transtornos autistas Habilidades de linguagem limitadas ou inexistentes. Incapacidade de estabelecer relacionamentos sociais recíprocos. Uma faixa seriamente limitada de interesses. Transtornosinvasivos do desenvolvimento Transtorno de Asperger Crianças têm habilidades linguísticas e cognitivas apropriadas para sua idade. Incapazes de se envolver em relacionamentos sociais normais. DSM V – divulgado em maio de 2013, eliminou a Síndrome de Asperger como um diagnóstico separado, e incluiu-a no espectro autista. Assim, o transtorno global do desenvolvimento tornou-se uma escala de casos que variam de grave, moderado a leve, com base na apresentação clínica A Síndrome de Asperger (SA), um transtorno do espectro autista, é um diagnóstico relativamente novo no campo do autismo. A síndrome foi nomeada em homenagem a Hans Asperger (1906-1980), um psiquiatra e pediatra austríaco. Lorna Wing, psiquiatra britânica, popularizou o termo "Síndrome de Asperger" em uma publicação de 1981. O primeiro livro sobre a Asperger em inglês foi escrito por Uta Frith, em 1991, e durante esta década a condição foi oficialmente incluída em manuais diagnósticos. 03/04/2017 13 Transtornos invasivos do desenvolvimento DESENVOLVIMENTO COGNITIVO 03/04/2017 14 DESENVOLVIMENTO COGNITIVO No início do período, as crianças recém estão aprendendo a atingir objetivos. Quando chega aos 5 ou 6 anos, a criança é proficiente na manipulação de símbolos e pode fazer julgamentos precisos sobre pensamentos, sentimentos e comportamentos dos outros. Piaget Segundo estágio de desenvolvimento cognitivo de Piaget, durante o qual as crianças se tornam proficientes no uso de símbolos para pensar e se comunicar, mas ainda têm dificuldade para pensar de maneira lógica. Função semiótica (simbólica) é a compreensão de que um objeto ou comportamento pode representar outro. 03/04/2017 15 Estágio pré-operatório de Piaget Esquemas figurativos são representações mentais das propriedades básicas dos objetos no mundo da criança. Esquemas operativos são representações mentais que permitem às crianças compreender as relações lógicas entre os objetos no mundo e raciocinar sobre os efeitos das eventuais mudanças sobre eles. Limites do Pensamento de Piaget 03/04/2017 16 Estágio pré-operatório de Piaget (continuação) Conservação – compreensão de que a matéria pode mudar de aparência sem mudar de quantidade. Quando as crianças começam a demonstrar algum grau de compreensão da conservação, elas o fazem com as seguintes características: Identidade Compensação Reversibilidade 03/04/2017 17 Contestações à visão de Piaget Evidências sugerem que os pré-escolares são cognitivamente muito mais sofisticados do que Piaget pensava. John Flavell – dois níveis da capacidade de assumir um ponto de vista: Nível 1 – a criança sabe que as outras pessoas experimentam as coisas de outra maneira. Nível 2 – a criança desenvolve toda uma série de regras complexas para entender precisamente o que a outra pessoa vê ou experimenta. Teorias da mente Teoria da mente Conjunto de ideias que descrevem, explicam e fazem previsões sobre o conhecimento e comportamento dos outros, baseados em inferências sobre seus estados mentais. Princípio da falsa crença é uma compreensão que permite a uma criança considerar uma situação do ponto de vista de outra pessoa e determinar que tipo de informação fará aquela pessoa ter uma falsa crença. Influências de uma teoria da mente sobre o desenvolvimento Brincar imaginativo. Habilidades de linguagem. 03/04/2017 18 VIDEO Youtube: D-04 - Lev Vigotski - Desenvolvimento da linguagem https://www.youtube.com/watch?v=_BZtQf5NcvE Teoria sociocultural de Vygotsky DIFERENÇAS Para J. Piaget, dentro da reflexão construtivista sobre desenvolvimento e aprendizagem, tais conceitos se interelacionam, sendo a aprendizagem a alavanca do desenvolvimento. A perspectiva piagetiana é considerada maturacionista, no sentido de que ela preza o desenvolvimento das funções biológicas – que é o desenvolvimento - como base para os avanços na aprendizagem. Já na chamada perspectiva sócio-interacionista, sócio-cultural ou sócio-histórica, abordada por L. Vygotsky, a relação entre o desenvolvimento e a aprendizagem está atrelada ao fato de o ser humano viver em meio social, sendo este a alavanca para estes dois processos. Isso quer dizer que os processos caminham juntos, ainda que não em paralelo. Os conceitos sócio-interacionistas sobre desenvolvimento e aprendizagem se fazem sempre presentes, impelindo-nos à reflexão sobre tais processos. Como lidar com o desenvolvimento natural da criança e estimulá-lo através da aprendizagem? Como esta pode ser efetuada de modo a contribuir para o desenvolvimento global da criança? Para Vygotsky, o desenvolvimento – principalmente o psicológico/mental (que é promovido pela convivência social, pelo processo de socialização, além das maturações orgânicas) – depende da aprendizagem na medida em que se dá por processos de internalização de conceitos, que são promovidos pela aprendizagem social, principalmente aquela planejada no meio escolar . PIAGET VYGOTSKY 03/04/2017 19 Teoria sociocultural de Vygotsky Zona de desenvolvimento proximal -ZDP Espectro de tarefas que são difíceis demais para que as crianças as resolvam sozinhas, mas com as quais podem lidar se tiverem orientação. Andaimes Fornecimento, oferecido por um adulto ou criança mais velha, de orientação e assistência necessária para que um pré-escolar realize tarefas na zona de desenvolvimento proximal. Participação guiada Estratégia de intervenção em que as crianças se tornam aprendizes dos professores mais do que receptores passivos de instrução. Mudanças na linguagem Aprendendo novas palavras A explosão gramatical Consciência fonológica Mapeamento rápido No cerne encontra-se uma hipótese rapidamente formada sobre o significado de uma nova palavra. Mapeamento rápido é a capacidade de relacionar categoricamente novas palavras a objetos ou fatos da vida real. 03/04/2017 20 A explosão gramatical Período durante o qual as crianças rapidamente adquirem uma linguagem gramatical. Sequências previsíveis no desenvolvimento do uso de frases interrogativas e negativas. Uso de conjunções. Consciência fonológica Consciência Fonológica Compreensão que as crianças têm dos padrões sonoros do idioma que estão aprendendo e conhecimento do sistema desse idioma para representar sons com letras. Uma criança pode não adquirir consciência fonológica na segunda infância. Parece se desenvolver por jogos com palavras. Ortografia inventada – estratégia usada pelas crianças pequenas. 03/04/2017 21 Figura 8.4 Diferenças de inteligência A testagem da inteligência é muito mais confiável entre pré-escolares do que entre bebês. Testes podem ser criados para medir Vocabulário Habilidades de raciocínio Outros processos cognitivos 03/04/2017 22 Medindo a inteligência Quociente de Inteligência (Q.I.) Relação entre a idade mental e a idade cronológica; além disso, termo geral para qualquer tipo de escore derivado de um teste de inteligência. Fórmula usada para calcular o Q.I. Idade Mental/Idade Cronológica x 100 = Q.I. Primeiros testes Binet e Simon Terman Medindo a inteligência (continuação) Testes modernos Desenvolvidos por David Wechsler A criança é testada em vários tipos diferentes de problemas Escalas verbais. Escalas de desempenho. Aos 6 anos, os testes também incluem escalas de memória de operação e escalas de velocidade de processamento. Escala Wechsler de Inteligência para Educação Infantil - III Escala Wechsler de Inteligência para Crianças- IV 03/04/2017 23 Origens das diferenças individuais na inteligência Diferenças de inteligência são de família Evidência para a Hereditariedade Estudos de gêmeos e estudos de crianças adotadas mostram fortes influências hereditárias do Q.I.. Evidência para Influências Familiares Estudos de adoção Combinando informações Faixa de reação – faixa, estabelecida por nossos genes, entre os limites superior e inferior para traços, tais como inteligência; o ambiente determina em que ponto, dentro desses limites, vamos nos situar. Educação na segunda infância Programas de educação para crianças entre 0 e 8 anos. Práticas apropriadas para o nível de desenvolvimento Práticas de educação para segunda infância baseadas na compreensão de universais desenvolvimentistas, diferenças individuais e variáveis contextuais. Não se concentram em uma abordagem particular. Abordagem desenvolvimentista Promove a realização de marcos de desenvolvimento que ocorrem naturalmente. Abordagem acadêmica Ensina às crianças as habilidades necessárias para terem êxito na escola. 03/04/2017 24 Abordagens na educação de segunda infância Abordagem desenvolvimentista Promove a realização de marcos de desenvolvimento que ocorrem naturalmente. Abordagem acadêmica Ensina às crianças as habilidades necessárias para terem êxito na escola. DESENVOLVIMENTO SOCIAL E PERSONALIDADE 03/04/2017 25 Teorias do desenvolvimento social e da personalidade O período da segunda infância é descrito como fase de “breve saída”. As crianças se afastam um pouco da segurança dos vínculos emocionais que têm com os pais e se aventuram no mundo arriscado das relações com as outras pessoas. Perspectivas psicanalíticas Freud Fase anal – treinamento higiênico Fase fália – desenvolvimento de gênero Erikson Autonomia versus vergonha e dúvida Centrado na nova mobilidade da criança Iniciativa versus culpa Novas habilidades cognitivas – capacidade de planejar 03/04/2017 26 Perspectivas sociocognitivas Teoria sociocognitiva – desenvolvimento social e emocional na segunda infância está ligado a aperfeiçoamentos no domínio cognitivo. Percepção de pessoas – capacidade de classificar os outros de acordo com categorias, tais como traços, idade, gênero e etnia. Menos consistente do que as de crianças mais velhas porque tendem a baseá-la em suas interações mais recentes com esses indivíduos. Perspectivas sociocognitivas Compreensão das Categorias das Regras As convenções sociais são regras que nada têm a ver com nosso entendimento fundamental de certo e errado. Compreensão das Intenções dos Outros Compreendem intenções em certa medida Podem formar juízos quando estão diante de problemas abstratos e quando estão pessoalmente motivadas por um desejo de evitar punição. 03/04/2017 27 Figura 9.1 Personalidade e autoconceito Personalidades distintivas começam a aparecer Autoconceitos tornam-se mais complexos Permitem-lhes exercer maior controle sobre seu próprio comportamento. 03/04/2017 28 Do temperamento à personalidade Personalidade representa a combinação do temperamento com o qual as crianças provavelmente nascem e do conhecimento que adquirem sobre o comportamento relacionado ao temperamento durante a infância. Influenciada pelas respostas dos pais ao temperamento da criança. Temperamento é apenas um fator entre muitos que moldam a personalidade de uma criança. Autoconceito O self categórico Consequência da compreensão de categorias mutuamente excludentes. O sentido autobiográfico do self está ligado à teoria da mente de uma criança. O self emocional A regulação emocional é a capacidade de controlar os estados emocionais e o comportamento relacionado às emoções. Empatia é a a capacidade de se identificar com o estado emocional de outra pessoa. Solidariedade é um sentimento geral de tristeza ou preocupação por outra pessoa. Emoções morais incluem culpa, vergonha e orgulho. O self social da criança é a consciência crescente de si mesma como ator no jogo social. Os roteiros dos papéis sociais ajudam as crianças a se tornarem mais independentes. 03/04/2017 29 Desenvolvimento de gênero Gênero: associações e implicações psicológicas e sociais do sexo biológico. “Ser menino” e “ser menina” são categorias importantes para as crianças pequenas. Explicando o desenvolvimento de gênero Psicanalítica As crianças adquirem gênero através do processo de identificação. Aprendizagem Social Ênfase no papel dos pais. Sociocognitiva Constância de gênero é a compreensão de que o gênero é uma característica inata que não pode ser mudada. 03/04/2017 30 Explicando o desenvolvimento de gênero (continuação) Teoria do esquema do gênero Abordagem do processamento de informações ao desenvolvimento do conceito de gênero que afirma que as pessoas utilizam um esquema para cada gênero para processar informações sobre si mesmas e sobre os outros. Abordagens biológicas Exposição pré-natal a hormônios masculinos como a testosterona influenciam significativamente o comportamento depois do nascimento. O conceito de gênero Identidade de gênero Capacidade de rotular corretamente os outros e a si mesmo como masculino ou feminino. Estabilidade de gênero Compreensão de que o gênero é uma característica estável e vitalícia. Um paralelo entre constância de gênero e o conceito de conservação. Geralmente não é compreendido até em torno dos 5 ou 6 anos. 03/04/2017 31 Conhecimento dos papéis sexuais Em todas as culturas, os adultos têm claros estereótipos de gênero. Uma criança de 5 a 6 anos típica está em busca de uma regra sobre como meninos e meninas se comportam e inicialmente trata essas regras como morais absolutas. Posteriormente, elas compreendem que essas regras são convenções sociais, os conceitos de gênero tornam- se mais flexíveis e a estereotipia de gênero diminui. Comportamento tipificado por sexo Padrões de comportamento diferentes exibidos por meninos e meninas. As amizades e interações sociais dos pré-escolares são cada vez mais segregadas por sexo. As interações dos meninos entre si e das meninas entre si diferem de qualidade. Comportamento de gênero cruzado é aquele que é atípico para o próprio sexo, mas típico para o sexo oposto. 03/04/2017 32 Estrutura e relações familiares As relações familiares constituem um dos fatores mais influentes – se não o mais influente – no desenvolvimento da segunda infância. Refletem tanto continuidade quanto mudança. O pré-escolar não está menos ligado à família do que o bebê, mas, ao mesmo tempo, está lutando para estabelecer independência. Apego A qualidade de apego prediz o comportamento durante os anos pré-escolares. Os comportamentos de apego tornam-se menos visíveis. As crianças seguramente apegadas têm menos problemas de comportamento. As crianças com apego inseguro demonstram mais raiva e agressividade. 03/04/2017 33 Estilos de criação Estratégias características que os pais usam paraadministrar o comportamento dos filhos. Diana Baumrind oferece uma conceitualização que se concentra em quatro aspectos do funcionamento familiar: Calor humano ou nutrição Clareza ou consistência de regras Nível de expectativas (“demandas por maturidade”) Nível de comunicação Estilos de criação (continuação) Estilo permissivo: alto nível de apoio, mas baixo nível de demanda por maturidade, controle e comunicação. Estilo autoritário: alto nível de controle e demanda por maturidade, mas baixo nível de apoio e comunicação. Estilo democrático: alto nível de apoio, demanda por maturidade, controle e comunicação. Estilo negligente: baixos níveis de apoio, de demanda por maturidade, controle e comunicação. 03/04/2017 34 Diversidade nas famílias Nos Estados Unidos, a família de dois cônjuges é muito mais diversificada do que no passado ou do que em outros países industrializados. Somente cerca de metade das crianças nos Estados Unidos vive com seus dois pais biológicos e tiveram a experiência de serem criadas apenas por um de seus genitores em algum período de seu crescimento. Os “pais” podem ser os avós da criança. Outros tipos de estruturas familiares Relativamente poucos estudos sobre os efeitos de outros tipos de estruturas familiares. De modo geral, os estudos indicam que crianças criadas por pais homossexuais de ambos os sexos desenvolvem identidades do papel sexual da mesma forma que filhos de pais heterossexuais. Elas têm a mesma probabilidade de serem heterossexuais. 03/04/2017 35 Divórcio Traumático para as crianças. Pode fazer com que um bebê que anteriormente tinha apego seguro por ambos os pais desenvolva apego inseguro por um deles ou por ambos. Alguns dos efeitos negativos do divórcio se devem a fatores que estavam presentes antes do divórcio. O divórcio não é uma variável isolada. Compreendendo os efeitos da estrutura familiar e o divórcio Reduz os recursos financeiros e emocionais disponíveis para a criança. Transição familiar envolve turbulência. Maior probabilidade de afastamento da implantação de uma criação democrática. Família extensa é uma rede social de pais, avós, tias, tios, primos, etc. 03/04/2017 36 Relações entre pares Brincar é a forma predominante de comportamento. Adquirem as habilidades que necessitam para se relacionarem com os outros. Aprendem que os relacionamentos têm aspectos negativos e positivos. A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR Brincar é o trabalho das crianças, contribuindo para todos os domínios do desenvolvimento. Brincando, as crianças estimulam os sentidos, aprendem a usar os músculos, coordenam a visão com o movimento, adquirem domínio sobre seus corpos e novas habilidades. Por meio do faz-de-conta, Experimentam papéis, enfrentam emoções desconfortáveis,adquirem compreensão dos pontos de vista das outras pessoas e constroem uma imagem do mundo social. Desenvolvem habilidades de resolução de problemas,experimentam a alegria da criatividade e tornam- se mais proficientes na língua (Bodrova e Leong, 1998; F. Davidson, 1998; Furth e Kane, 1992; Johnson, 1998; Nourot, 1998; Singer e Singer, 1990). 03/04/2017 37 Relacionando-se com os pares por meio do brincar Modos de brincar Brincar solitário – as crianças brincam sozinhas. Brincar espectador – as crianças observam outra criança brincando. Brincar paralelo – as crianças brincam lado a lado mas não interagem. Brincar associativo – as crianças brincam sozinhas e têm interações sociais breves com outras crianças. Brincar cooperativo – várias crianças trabalham juntas para atingir um objetivo. Relacionando-se com os pares por meio do brincar Modos de brincar Habilidades sociais – conjunto de comportamentos que geralmente levam a criança a ser aceita pelas outras como amiga ou como parceira para brincar. Estudos indicam que parece haver diferenças sexuais nas razões e consequências da pouca habilidade para entrar em grupos. 03/04/2017 38 Agressividade Agressividade é um comportamento que visa prejudicar outra pessoa ou danificar um objeto. Agressão instrumental é aquela usada para obter algum objeto. Agressão hostil é aquela usada para ferir outra pessoa ou obter vantagem. A agressividade como traço permanente possivelmente possui uma base genética ou está associada à criação em um ambiente agressivo. Comportamento pró-social e amizades Uma mudança importante no comportamento social durante a segunda infância é a formação de amizades estáveis. As primeiras interações com pares ainda são bastante primitivas. Ter um amigo na segunda infância está relacionado à competência social. 03/04/2017 39
Compartilhar