Buscar

Corynebacterium diphtheriae - Bacterias de interesse medico ( Especialização)


Continue navegando


Prévia do material em texto

Profª Ana Cláudia Santos 
Curso: Especialização em Microbiologia 
Corynebacterium diphtheriae 
Introdução 
 Ô Gênero Corynebacterium engloba um grande grupo 
heterogêneo de bactérias; 
 
 Sua parede celular possui características das micobactérias; 
 
 O Gram revela cadeias curtas em forma de V ou Y ou letras 
chinesas; 
 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
Introdução 
 As corinebactérias são aeróbias ou anaeróbias facultativas; 
 Imóveis; 
 Catalase positivas; 
 Fermentam carboidratos; 
 Atualmente mais de 30 espécies se associam a doenças 
humanas. 
 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
Introdução 
 Corinebactérias são ubíquas em vegetais e animais; 
 Colonizam a pele de humanos; 
 Trato gastrintestinal e urogenital; 
 Vias aéreas superiores; 
 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
 São patógenos oportunistas; 
 Poucas espécies se associam a doença; 
 Corynebacterium diphtheriae; 
 Diphtheria do grego (membrana coriácea). 
 
Introdução 
Corynebacterium diphtheriae 
Fisiologia e estrutura 
 Corynebacterium diphtheriae, mede de 0,3 a 0,8X 1,0 a 8,0 
µm. 
 Bacilo Gram positivo pleomórfico; 
 Grãos metacromáticos (azul de metileno); 
 O cultivo em ágar sangue mostram colônias de 1 a 3 mm; 
 Podem ser isolados em meios seletivos. 
 
 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
Patogenia 
 Corynebacterium diphtheriae, produz toxinas; 
 Liberadas no sítio da infecção; 
 Não precisam atingir a corrente sanguínea para ocasionar 
efeitos sistêmicos; 
 Em decorrência da produção de uma exotoxina de origem 
bacteriofágica (bacteriófago β). 
 As cepas não infectadas não causam efeitos sistêmicos. 
 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
Patogenia 
 Difteria: 
 Enfermidade aguda, contagiosa e febril; 
 Infiltração local com formação de pseudomembrana na 
orofaringe; 
 Causa danos cardíacos; 
 Nervos periféricos. 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
Patogenia 
 C. diphtheriae é disseminado por convalescentes ou portadores 
assintomáticos; 
 Se desenvolve no trato respiratórios superior; 
 Onde elabora a exotoxina; 
 Ocasionando necrose e inflamação superficial da mucosa. 
 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
Patogenia 
 Formação de uma pseudomembrana acinzentada, exsudativa, 
composta por neutrófilos células epiteliais necróticas, 
eritrócitos e numerosas bactérias envoltas em uma malha de 
fibrina; 
 Os micro-organismos não invadem o tecido submucoso; 
 A toxina produzida no local é absorvida pela mucosa e 
transportada a órgãos distantes como coração e sistema 
nervoso periférico. 
 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
http://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php?cid=0&letter=D&min=520&orderby=titleA&show=10 
Epidemiologia da Difteria 
 Doença encontrada em todo mundo; 
 Áreas urbanas pobres; 
 Sem alcance da vacina; 
 O maior surto: União Soviética século XX, quase 48.000 
casos com 1.746 mortes; 
 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
Epidemiologia da Difteria 
 A bactéria se mantém na população pelos portadores 
assintomáticos; 
 Transmissão pessoa a pessoa; 
 Perdigotos ou contato com a pele; 
 Humanos, único reservatório. 
 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
Epidemiologia da Difteria 
 Ocorre comumente na infância; 
 A taxa de mortalidade é de: 10-30%; 
 Isso se deve ao comprometimento cardíaco; 
 Insuficiência cardíaca congestiva (ICC); 
 Obstrução aérea, pseudomembrana envolve laringe e traquéia. 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
Síndromes Clínicas 
 As manifestações dependem de três fatores: 
 1- local da infecção 
 2- imunidade do paciente 
 3- virulência do micro-organismo 
 
 A exposição ao C. diphtheriae pode resultar em: 
 Colonização assintomática; 
 Doença branda em indivíduos parcialmente imunes; 
 Doença fulminante em não imunizados. 
http://www.microbeworld.org/component/jlibrary/?view=article&id=3207 
Síndromes Clínicas 
 Difteria respiratória: 
 Período de incubação: 2 a 6 dias; 
 Sintomas: 
 Dor na garganta 
 mal-estar, início súbito, 
 Febre baixa; 
 O paciente apresenta melhora após uma semana; 
 Complicações doença grave com comprometimento 
respiratório, nervoso e cardíaco. 
http://www.lookfordiagnosis.com/mesh_info.php?term=Difteria&lang=3 
Síndromes Clínicas 
 Difteria Cutânea: 
 Adquirida pelo contato com a pele de pessoas infectadas; 
 Inicialmente desenvolve-se uma pápula; 
 Evolui para úlcera, que não cicatriza; 
 Coberta por uma membrana; 
 Sinais sistêmicos. 
http://es.wikipedia.org/wiki/Corynebacterium 
Diagnóstico Laboratorial 
 Colheita e transporte das amostras: 
 Colheita com swab friccionado levemente sobre toda a lesão 
inflamatória. 
 
http://www.biovel.com.br/index.php/page/saude.html 
Cultura 
 Inoculação em meios não seletivos: ágar sangue 
 Meios seletivos: 
Agar sangue 
http://labmedvet.blogspot.com.br/2011/12/alguns-meios-de-cultura-em.html; http://html.rincondelvago.com/epidemiologia-general-y-demografia-sanitaria.html; 
http://www.flickr.com/photos/medmicro/sets/72157604727082606/detail/ 
Agar soro telurino 
/cisteína Meio de Loeffler 
Meios de Cultura 
 Meio de Loeffler 
 Composição (g/l) 
 Soro de carne bovina (70,0) 
 Infusão de músculos cardíacos (0,72) 
 Digerido péptico de tecidos de animais (0,71) 
 NaCl (0,36) 
 Glicose (0,71) 
 Ovo inteiro (7,5) 
 
Meios de Cultura 
 Ágar Soro-telurino de potássio 
 Digerido pancreático de caseína (10,0) 
 Digerido péptico de tecidos de animais (10,0) 
 NaCl (5,0) 
 Glicose (2,0) 
 Ágar –Ágar (20,0) 
 
 ADIÇÃO DE SORO DE CARNEIRO (50mL) 
 TELURINO DE POTÁSSIO EM SOLUÇÃO A 1% (10,0mL) 
Cultura 
 No ágar telurino as colônias variam de acinzentadas a preta; 
 Classificação das colônias: 
 
 1- Colônias gravis: grandes, irregulares, acinzentadas. 
 2- Colônias intermedius: pequenas, achatadas, 
acinzentadas. 
 3- Colônias mitis: pequenas, redondas, convexas e pretas. 
http://www.microbiologyinpictures.com/corynebacterium%20diphtheriae.html 
Identificação Bioquímica 
 
 Ácidos a partir de: 
Espécie Lipófila Reduçaõ de 
nitratos 
Urease Pirazinamidase Fosfatase 
Alcalina 
Glicose maltose sacarose 
C. diphtheriae - V - - - + + - 
http://www.icb.ufmg.br/big/lgcm/Coryne/genero.htm 
Testes de Toxigenicidade (teste de 
Elek) 
 Produção de toxinas; 
 Antigamente este teste era realizado mediante inoculação 
animal; 
 Ou cultura de tecidos; 
 Identificaçãosorológica; 
 Atualmente o CDC padronizou um teste: PCR. 
 
OBS: as cepas não produtoras não devem 
ser ignoradas. 
Tratamento, Prevenção e Controle 
 Administração de antitoxina diftérica; 
 Antiobioticoterapia; 
 
 
 
http://www.blog.mcientifica.com.br/alexander-fleming-a-penicilina/; http://www.sempretops.com/saude/eritromicina/ 
Tratamento, Prevenção e Controle 
 Repouso; 
 Isolamento do paciente; 
 Imunização; 
 Nas crianças, injetadas com pertussis 
 E tétano (DPT). 
 
 
Referencias Bibliográficas 
KONEMAN, E.W.; ALLEN, S.D.; JANDA, W.M.; 
SCHRECKENBERGER, P.C.; WINN, 
W.C. Color Atlas and Textbook of Diagnostic 
Microbiologic. 5th. Ed. Philadelphia: 
Lippincott, 1997, 1395p. 
 MURRAY, P.R.; BARON, E.J.; JORGENSEN, J.H.; PFALLER, 
M.A.; YOLKEN, R.H. 
Manual of clinical microbiology. 8th ed. Washington, DC: 
ASM-Press, 2003. vol 1, 
1212 p.