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AFECÇÕES MAMÁRIAS PROFª Elionara Boa Sorte Feira de Santana/ba 2018 Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS Departamento de Saúde – DSAU Colegiado de Enfermagem Enfermagem na Saúde da Mulher, Criança e Adolescente I (SAU 235) 1 A glândula mamária Corpo glandular que repousa sobre a parede do tórax Tamanho/ Discreta assimetria Variação da forma: idade, lactação, gestação, obesidade e período menstrual Topograficamente, as mamas são divididas em: Quadrantes superiores (lateral e medial) Quadrantes inferiores (lateral e medial) Localização e correlação dos achados de exames A glândula mamária DISTÚRBIOS DA MAMA Não cancerosos (benignos) Cancerosos (malignos) Mastalgia Cistos Doença fibrocística da mama Fibroadenoma Secreção através dos mamilos Infecção da mama MASTALGIA 65 a 70% das mulheres apresentarão em alguma fase da vida – mais comum na adolescência Cíclica ou acíclica Fisiopatologia não é totalmente conhecida – Alterações hormonais Pouco associada com o câncer (0,8 a 2%) Anamnese: início, duração, localização, intensidade, fatores de melhora, piora e relacionados, estado de humor MASTALGIA Propedêutica Avaliação clínica geralmente é suficiente Exame de imagens – necessidade de rastreamento ou suspeita de lesões focais Tratamento Orientação verbal Analgésicos e, em raros casos drogas antiestrogênicas CISTOS Contém líquido Início súbito e dor Idade mais avançada Puncionados no próprio consultório, quando palpáveis Cirurgia – cisto que reaparece, houver massa restante após a punção ou caso o líquido seja sanguinolento Cistos múltiplos simples – acompanhamento com ecografia e mamografia DOENÇA FIBROCÍSTICA DAS MAMAS Distúrbio comum no qual há dor mamária, cistos e nódulos benignos simultaneamente Áreas de adensamentos – endurecidas, acompanhadas ou não de dor e nodularidade FIBROADENOMAS MAMÁRIOS Nódulos sólidos benignos mais comuns Mais frequentes em adolescentes e mulheres jovens Tem crescimento limitado, em geral não ultrapassam 2 cm Podem ocorrer em qualquer quadrante, ter lesões múltiplas, uni ou bilateral Fisiopatologia desconhecida – associação com a resposta exarcebada aos hormônios após a manarca Mesmo benignos têm uma tendência a voltar e podem atingir grandes volumes Apenas 0,1 a 0,3% apresentam transformação maligna FIBROADENOMAS MAMÁRIOS Clínica No exame clínico apresenta como um tumor fibroelástico, móvel, não aderido ao tecido que o rodeia, bem delimitado, com dimensões de 2 a 3 cm Nódulos geralmente assintomáticos, exceto durante gravidez e lactação Uso do estrogênio: desconforto ou aumento de tamanho Diagnóstico Predominantemente clínico, mas pode ser complementado com punção e ecografia FIBROADENOMAS MAMÁRIOS Tratamento Pacientes jovens, com menos de 25 anos, com tumores pequenos: acompanhamento clínico, com exame físico e/ou USG a cada 6 meses Fibroadenomas múltiplos e pequenos: seguimento clínico semestral, evitando múltiplas incisões. Nas mulheres com mais de 35 anos, a conduta é sempre cirúrgica Caso permaneça assintomático pode ser mantido Caso aumente de tamanho e tornar-se sintomático, a cirurgia é recomendada Desvantagens da cirurgia Outros procedimentos: crioblação/mamotomia SECREÇÃO ATRAVÉS DO MAMILO Galactorreia – uso de medicamentos (exemplo: hormônios, metoclopramida), alterações hormonais da mulher, trauma da parede torácica entre outros. Quando a dosagem da prolactina for maior que 100 microgramas, deve ser investigado tumor de hipófise Cores das secreções Causada também pela dilatação dos ductos terminais da mama (ectasia ductal) Características mais relacionadas ao câncer: ser em uma só mama, ter secreção espontânea e ter saída na compressão de um só ducto (um só ponto da mama) INFECÇÕES DA MAMA As mastites (infecções mamárias) são raras, exceto após o parto e durante a amamentação. Hiperemia, edema, sensibilidade e calor Antibióticos A amamentação pode ser mantida Abscesso mamário: acúmulo de pus na mama. Geralmente evolui de uma mastite não tratada. Também tratado com antibióticos e drenado cirurgicamente. CÂNCER DE MAMA O câncer de mama resulta de uma proliferação incontrolável de células anormais, que surgem em função de alterações genéticas, sejam elas hereditárias ou adquiridas por exposição a fatores ambientais ou fisiológicos. www.dicademusculacao.com.br CÂNCER DE MAMA É o mais incidente em mulheres É a quinta causa de morte por câncer em geral (458 mil óbitos) e a causa mais frequente de morte por câncer em mulheres (WHO, 2008) No Brasil, excluídos os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama também é o mais incidente em mulheres de todas as regiões, exceto na Região Norte, onde o câncer do colo do útero ocupa a primeira posição Apresenta a primeira causa de morte por câncer na população feminina brasileira, com o número de 13. 345 mortes para o ano de 2011 (INCA, 2014) Fase pré-clínica: compreende o intervalo de tempo entre o surgimento da primeira célula maligna e o desenvolvimento do tumor até atingir condições de ser diagnosticado clinicamente. Fase clínica: a partir de quando atinge condições de ser diagnosticado clinicamente. O carcinoma invasor pode permanecer por tempo variável como doença local ou evoluir com propagação regional e disseminação a distância. História Natural da Doença Terapia de reposição hormonal Pós menopausa ( > 5 anos) Nuliparidade IDADE principal Menopausa tardia > 50 anos Exposição à radiação < 40 anos Primeira gravidez após os 30 anos Menarca precoce < 12 anos Obesidade Pós menopausa Sedentarismo Ingestão regular de álcool 30g/dia História familiar 5 a 10% dos casos Fatores de risco Grupos populacionais com risco muito elevado para o desenvolvimento do câncer de mama (1% da população – rastreamento anual): Mulheres com história familiar de, pelo menos, um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama, abaixo dos 50 anos de idade. Mulheres com história familiar de pelo menos um parente de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com diagnóstico de câncer de mama bilateral ou câncer de ovário, em qualquer faixa etária. Mulheres com história familiar de câncer de mama masculino. Mulheres com diagnóstico histopatológico de lesão mamária proliferativa com atipia ou neoplasia lobular in situ. “Documento de Consenso do Câncer de Mama” de 2004 Risco elevado Nódulo palpável Secreção mamilar Eritema mamário Edema cutâneo Retração cutânea Dor, inversão, descamação ou ulceração do mamilo Linfonodos axilares palpáveis Manifestações clínicas Promoção da Saúde Prevenção Primária Prognóstico favorável quando identificado em estágios iniciais (lesões < 2 cm de diâmetro) Diagnóstico precoce Rastreamento Participação da mulher Detecção Precoce O estadiamento em fase inicial possibilita terapias mais efetivas e menos agressivas. Reconhecimento dos sinais e sintomas de câncer de mama. Acesso rápido e facilitado aos serviços de saúde. Diagnóstico Precoce Rastreamento Exame Clínico das Mamas Exame Clínico das Mamas Elionara Teixeira Boa Sorte Fernandes A MAMOGRAFIA é o exame utilizado para rastreamento, com capacidade de detectar lesões não palpáveis e causar impacto na mortalidade por câncer de mama, sendo por isso o exame de imagem recomendado para o rastreamento do câncer de mama no Brasil. http://www.academus.com.br/forum/topics/perigo-na-mamografia Rastreamento Mamografia – BI-RADS ATIVIDADE Rev Esc Enferm USP 2012; 46(1):240-5 www.ee.usp.br/reeusp/ OBRIGADA! REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Controle dos cânceres do colo do útero e da mama / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2013. 124 p.: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 13). INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCERJOSÉ ALENCAR GOMES DA SILVA. Diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil. Rio de Janeiro, 2015. OLIVEIRA, Andresa Mendonça et al. Ações extensionistas voltadas para a prevenção e o tratamento do câncer ginecológico e de mama: relato de experiência. Rev Esc Enferm USP. 2012; 46 (1): 240-5.
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