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RESUMO TRAUMATISMO DENTOALVEOLAR EM ODONTOPEDIATRIA

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RESUMO 
 
 
Amanda A. Nogueira 
 
 
 As lesões traumáticas acometem principalmente os dentes anteriores, com ou sem sua formação completa. 
Essas lesões podem ser mínimas, desprovidas de sinais e sintomas clínicos, como também apresentar 
fraturas e deslocamentos dentais ou até mesmo a avulsão do elemento traumatizado. Além do acidente em 
si, o paciente sofre um impacto emocional. O cirurgião-dentista deve estabelecer um adequado plano de 
tratamento, minimizando sequelas futuras e propiciando maior probabilidade de manutenção do elemento 
traumatizado até que o paciente atinja a idade adulta. 
 O traumatismo sofrido por um dente é sempre seguido de hiperemia pulpar, cuja extensão, muitas vezes, 
não pode ser determinada pelos métodos de diagnósticos disponíveis, podendo iniciar um processo 
degenerativo ou uma lesão irreversível, até a mortificação pulpar, assim como lesões nas fibras periodontais 
podem ocasionar reabsorções patológicas, podendo levar à perda do dente. 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 Prevalência: Diversos acidentes, como quedas, batidas, acidentes 
ciclísticos, automobilísticos e práticas desportivas, entre outros, podem 
levar a diferentes tipos de traumatismos dentários. Esses traumatismos 
ocorrem com maior frequência em crianças e jovens em idade escolar e na fase de crescimento - entre 8 e 
12 anos. A prevalência é maior pra o sexo masculino, além disso, 40% das crianças traumatizadas sofrem 
mais de um trauma e quase sempre está envolvendo os incisivos centrais superiores e em 24% dos casos, 
são traumas recorrentes. 
 Localização e tipos de lesões: O traumatismo acompanhado por fratura é um tipo de lesão dentária comum 
na dentição permanente, embora essas fraturas também possam ser encontradas em dentes com diferentes 
tipos de luxações. A fratura radicular não é um tipo de lesão muito comum na dentição decídua, pois, sendo 
o osso mais resiliente nessa faixa etária, os traumatismos afetam especialmente os tecidos de suporte, 
provocando luxações, avulsões e subluxações. Quando ao tecido periodontal, na dentição decídua seria 
mais afetado, pois o osso jovem ser mais poroso/flexível. 
ATENDIMENTO 
 O prognóstico do traumatismo dentário depende muito do pronto atendimento prestado e isso, favorece o 
prognóstico do tratamento. Um dia após o ocorrido, já se podem ter complicações irreversíveis, assim como 
meses depois pode haver abscesso, descoloração, mobilidade, infecção periodontal e anquilose. A procura 
pelo pronto atendimento ou atendimento imediato varia conforme o tipo da lesão e a extensão do trauma. 
EXAME DO PACIENTE E DIAGNÓSTICO 
 O atendimento do paciente com traumatismo dentário consiste basicamente em: controle da ansiedade dos 
pais, fazer uma anamnese resumida em casos de urgência (identificação do paciente, estado de saúde, uso 
de medicamentos, alergias), história do traumatismo, sintomas gerais, condicionamento rápido da criança, 
exame clínico e limpeza da área afetada, exame radiográfico, diagnóstico e plano de tratamento, com todos 
os dados cuidadosamente anotados na ficha clínica. 
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LIVRO: Odontopediatria – 
Guedes-Pinto 
O traumatismo dentário afeta um 
dente, mas quando acontece acidentes 
automobilísticos e no esporte, há a 
prevalência de lesões em múltiplos 
dentes com maior ou menor grau de 
complexidade. 
RESUMO 
 
 
Amanda A. Nogueira 
 O tratamento imediato pode incluir sutura, reposicionamento, contenção, proteção ao complexo 
dentinopulpar, reimplante, endodontia, exodontia, etc. Devem ser dadas orientações básicas para reparo do 
tecido periodontal, principalmente nos primeiros 7 a 10 dias. As orientações básicas são: repouso do dente 
(não morder na região, dieta pastosa e remoção do hábito de sucção de dedo, chupeta e mamadeira); 
manter a área limpa (higiene com gaze e água oxigenada 10 volumes ou solução à base de clorexidina, e 
assim que possível retornar a escovação); e avaliar a necessidade de prescrição medicamentosa (analgésico, 
anti-inflamatório ou antibiótico) e vacina antitetânica. Orientar quanto às repercussões futuras para o dente 
traumatizado e para o sucessor permanente. Marcar os retornos conforme a extensão e gravidade da lesão, 
assim com a faixa etária. 
 Historia da doença atual: 
o Como: determina de que forma ocorreu o traumatismo: acidente e quedas, etc. As circunstâncias em 
que ocorreu o acidente podem indicar qual o tipo de traumatismo 
dentário sofrido, auxiliando no diagnóstico diferencial. Além disso, 
deve-se observar se a história relatada coincide com as lesões clínicas, 
tendo sempre em mente casos de abuso em crianças; 
o Onde: localiza onde foi o traumatismo: terra/areia, cimento, grama, 
lama e água, etc. Uma possível contaminação das áreas afetadas leva 
à necessidade de se administrar medicamentos. A validade da vacina 
contra o tétano deve ser verificada; 
o Quando: o tempo transcorrido entre o traumatismo e o exame inicial 
é fator decisivo para a escolha do tratamento e para o bom prognóstico do caso. 
 Deve-se sempre perguntar se já ocorreram traumas anteriores, para poder avaliar o potencial de resposta 
biológica a tratamentos mais conservadores. Sinais e sintomas como náuseas, vômito, cefaleia, amnésia e 
sangramento nasal podem indicar a ocorrência de traumatismo craniano e do SNC, e perante uma alteração 
mais grave, que possa comprometer a vida do paciente, deve-se encaminhá-lo e/ou acompanhá-lo ao 
serviço médico mais próximo. 
 Exame clínico: 
o Visual: deve ser minucioso, observando a presença ou não de lesões cruentas, dilaceradas e corpos 
estranhos, bem como de saliências que demonstrem a presença de fraturas ósseas, hematomas, 
edemas. Quanto ao dente, deve-se observar a extensão de fratura coronária, trincas ou infrações do 
esmalte, exposições pulpares, a posição do dente em relação aos seus adjacentes. 
o Palpação: sentir o grau de mobilidade do dente, a movimentação de estruturas ósseas no rebordo 
alveolar, a presença de saliências e crepitação, sinais de possíveis fraturas radiculares, lesão 
periodontal, fratura do rebordo alveolar ou do osso maxilar. 
o Percussão: testar a sensibilidade dolorosa, como indicação de comprometimento das estruturas de 
suporte do dente. O teste de percussão vertical avalia a ocorrência de lesão apical, tanto pulpar 
quanto do ligamento periodontal apical. Já o teste de percussão horizontal avalia danos ocorridos no 
ligamento periodontal lateral. Não é realizado em decíduos. 
 Exames complementares: 
o Radiográfico: detecção de fraturas radiculares, do processo alveolar, da extensão das fraturas 
coronárias e sua proximidade com a polpa, das exposições pulpares, tamanho da câmara pulpar, das 
radioluscências periapicais, das reabsorções, da presença de corpos estranhos, principalmente nos 
tecidos moles, do grau de deslocamentos dentais, da ausência de espaço do ligamento periodontal 
nos casos de luxação intrusiva ou seu aumento nos casos de luxação extrusiva, bem como para a 
verificação do estágio de desenvolvimento radicular, grau de rizólise e formação do sucessor. É de 
fundamental importância no acompanhamento e controle periódico dos dentes traumatizados. A 
técnica radiográfica preconizada é a periapical, mas pode-se fazer também a técnica oclusal 
A pergunta do “quando” irá definir a 
condição do tecido pulpar e a condição 
que o tecido periodontal se encontra, 
porque não é fácil, por exemplo, 
reposicionar um dente depois de 24hs, 
além disso, tem que ser avaliado se vale 
a penar tentar reposicionar ou não o 
dente novamente no alvéolo. 
RESUMO 
 
 
Amanda A. Nogueira 
modificada. Em casos de intrusão, além da tomada oclusal modificada,pode-se complementar com 
uma tomada lateral extrabucal. 
o Transiluminação: Observar trincas de esmalte e reabsorções internas. 
o Teste de vitalidade: os testes de vitalidade efetuados logo após o acidente são falíveis e duvidosos, 
não traduzindo o real estado de sanidade da polpa dentária. Assim, muitas vezes, respostas 
negativas são momentâneas, pois o suprimento nervoso da polpa pode estar comprometido logo 
após o traumatismo, mas, após algum tempo, a polpa pode voltar ao normal, estado conhecido 
como choque pulpar. Não se faz teste térmico em crianças. 
CLASSIFICAÇÃO E TRATAMENTO DAS LESÕES TRAUMÁTICAS 
Lesões dos tecidos duros: 
1. Trinca ou fratura incompleta de esmalte: 
 A conduta clínica consiste em incentivar as trocas iônicas que existem entre o esmalte e a saliva, no 
sentido de obliterar essa fenda com sais de fosfato de cálcio. Essas medidas são favorecidas pela 
aplicação tópica de flúor, escovação dentária usando dentifrícios contendo flúor ou bochechos com 
soluções fluoretadas, e em alguns casos de sensibilidade pode ser utilizado um selante de superfície. 
2. Fratura de esmalte: 
 Em uma primeira hipótese, pode-se realizar um desgaste controlado das bordas de esmalte fraturadas, 
eliminando, dessa maneira, arestas cortantes. Segunda proposta de tratamento, consiste em restaurar o 
dente por meio do condicionamento ácido do esmalte e resina composta. 
3. Fratura de esmalte e dentina, sem exposição pulpar: 
 É mais comum nos ângulos mesiais dos incisivos superiores, e pode ser acompanhado de lesões no tecido 
de suporte. Dependendo da área exposta e do volume da câmara pulpar, podem ocorrer sintomas como 
sensibilidade dolorosa às mudanças térmicas e à mastigação. Nos casos de fratura coronária, a colagem 
do fragmento dental ou a restauração do dente com resina composta é o tratamento imediato mais 
adequado. Deve-se avaliar a necessidade da introdução material de proteção pulpar, como o CIV e 
Cimento de Hidróxido de Cálcio, dependendo da proximidade da restauração com a cavidade pulpar. 
Pode-se utilizar na colagem: resina composta, resina fluida ou cimento adesivo resinoso dual. 
4. Fratura de esmalte e dentina, com exposição pulpar: 
 Dente com vitalidade e rizogênese incompleta: pulpotomia 
 Dente sem vitalidade e rizogênese incompleta: necropulpectomia em duas fases, a primeira consistirá na 
obturação com pasta de hidróxido de cálcio (veículo: soro fisiológico ou solução anestésica) para 
apicificação (pasta trocada quando for solubilizada, até o fechamento do ápice) e a segunda fase será a 
obturação convencional. 
 Dente com vitalidade e rizogênese completa: biopulpectomia 
 Dente sem vitalidade e rizogênese completa: necropulpectomia 
5. Fratura coronorradicular, sem exposição pulpar: 
 Pode-se fazer um gengivectomia ou tracionamento ortodôntico para expor a região e, assim, restaurar. 
Dependerá de como é a fratura, pois quanto mais longitudinal, pior o prognóstico. 
6. Fratura coronorradicular, com exposição pulpar: 
 Pode-se fazer um gengivectomia ou tracionamento ortodôntico para expor a região e, assim, fazer uma 
pulpotomia ou tratamento endodontico e depois restaurar ou colar fragmento. Dependerá de como é a 
fratura, pois quanto mais longitudinal, pior o prognóstico e mais radical é o tratamento (exodontia). 
7. Fratura radicular: 
 As fraturas de maior grau de sucesso são as do terço apical, seguindo-se as do terço médio. Quando as 
fraturas são do tipo longitudinal, na totalidade das vezes, indica-se a exodontia. Na fratura do terço 
RESUMO 
 
 
Amanda A. Nogueira 
cervical, quando muito próximo da gengiva marginal, pode-se efetuar gengivectomia para expor a raiz ou 
ainda tentar a tração ortodôntica. O tratamento imediato da fratura radicular, do terço apical e médio, 
consistirá sempre na redução dos fragmentos e na imobilização por meio de contenção do tipo 
semirrígida com fio de aço tipo 0,30 mm ou 0,40 mm por 90 a 120 dias; Tal manobra deve ser instituída o 
mais rápido possível, pois, nos casos em que a vitalidade pulpar esteja presente, a formação de um tecido 
calcificado entre os fragmentos é passível de ocorrer. Nas fraturas oblíquas ou verticais e nos casos em 
que há deslocamentos do fragmento cervical (extrusão), acompanhados de fratura de rebordo alveolar 
ou tábua óssea do rebordo alveolar, indica-se a exodontia. Nos dentes decíduos, as fraturas radiculares 
horizontais, quando tratadas imediatamente, podem ter bom prognóstico. Nesses casos, é preciso avaliar 
a viabilidade de as fibras periodontais se recuperarem. Fraturas cervicais em dentes decíduos não 
possibilitam contenção e indica-se a exodontia. 
 
 
 
Lesões dos tecidos de suporte: 
1. Concussão: 
 A concussão é uma pequena lesão das estruturas de suporte do dente, com ausência de mobilidade e sem 
deslocamento anormal do dente de seu alvéolo. Ao exame clínico, o dente pode se apresentar ligeiramente 
sensível à percussão, porém sem a presença de hemorragia no sulco da gengiva marginal. 
2. Subluxação: 
 Lesão das estruturas de suporte com ruptura de algumas fibras do ligamento periodontal, com possibilidade 
de ocorrer ruptura parcial do feixe vásculo-nervoso, ocasionando um pequeno sangramento no sulco 
gengival. O dente assim traumatizado pode apresentar um pequeno grau de mobilidade. O tratamento 
consiste em deixar o dente em “repouso”, evitando traumas (até mesmo alimentos duros), se apresentar 
mobilidade, recomenda-se uma contenção semirrígida. Se o dente apresentar necrose ou reabsorção 
interna, deve-se fazer o tratamento endodontico; se ele apresentar calcificação, proserva até sua esfoliação. 
3. Luxação extrusiva 
 Ocorre quando o dente sofre um deslocamento parcial no longo eixo do dente. Nesses casos, é maior a 
probabilidade do aparecimento de reabsorção radicular externa do tipo inflamatória, pois há rompimento do 
ligamento periodontal. Na extrusão, o tratamento imediato consiste na redução da luxação, reposicionando 
o dente à sua posição original e contenção semirrígida por 14 dias. No tratamento mediato, não haverá a 
possibilidade de fazer o reposicionamento do dente; então, se ainda apresentar mobilidade com 
possibilidade de recuperação das fibras periodontais, pode ser realizada a contenção e, caso atrapalhe na 
oclusão, pode ser feito desgaste incisivo. 
4. Luxação intrusiva: 
 A intrusão pode ser total ou parcial, havendo compressão ou fratura do processo alveolar, particularmente 
na região correspondente ao ápice do dente intruído. Existem dois tipos de tratamentos: O primeiro consiste 
Fratura de 
esmalte 
Fratura de 
esmalte e 
dentina 
Fratura de 
esmalte e 
dentina, 
com 
exposição 
pulpar 
Fratura de 
esmalte, 
dentina e 
cemento 
com 
exposição 
pulpar 
Fratura de 
esmalte, 
dentina e 
cemento 
sem 
exposição 
pulpar 
Fratura 
radicular 
RESUMO 
 
 
Amanda A. Nogueira 
em reduzi-los para a posição normal e imobilizá-los. O segundo é a alternativa mais recomendada e é a 
manutenção do espaço para esperar a reerupção passivamente. Exodontia somente quando: passado o 
tempo de espera, o dente não reerupcionou; lesão ao permanente; rompimento do processo alveolar. 
 
5. Luxação lateral: 
 Para a redução da luxação, realiza-se um ligeiro movimento de extrusão do dente, e, posteriormente, 
recoloca-o em sua posição original. Desse modo, após a redução da luxação lateral, com reposicionamento 
do dente à sua posição original, deve ser realizada a manobra de pressão bidigital, por vestibular e lingual, 
sobre o rebordo alveolar previamente à contenção semirrígida. Nos dentes permanentes, em caso de haver 
fratura óssea, a contenção deve ser mantida por 30 dias; sem fratura óssea, a 
contenção é mantida por 14 dias.Nos dentes decíduos, deve ser flexível ou 
semirrígida, por um período de 14 a 21 dias. 
6. Avulsão dentária: 
 A avulsão dental é o deslocamento total ou a desarticulação completa do dente 
traumatizado de seu alvéolo. Tratamento indicado para dentes permanentes é o 
reimplante dentário imediato, podendo ser realizado por qualquer pessoa nos primeiros 10 min após o 
acidente. Meio de estocagem: leite, soro, saliva e o melhor é o próprio alvéolo. Reimplante imediato: 
segurar o dente pela, lavar em água corrente sem esfregar, recolocar no alvéolo e deixar a boca fechada. Os 
fatores contraindicados para o reimplante são: as fraturas coronárias e que envolvam a raiz, fraturas 
radiculares horizontais abaixo do terço apical e as fraturas verticais. Além desses fatores, contraindicam o 
tratamento endodôntico a lesão apical e as lesões de cáries extensas. Apinhamento grave também pode ser 
considerado um fator de contraindicação do reimplante. Reimplante tardio: superfície radicular deve ser 
tratada com fluoreto de sódio a 2,4% (pH = 5,5) por 20 min; deve-se obturar o canal e reimplantá-lo, 
realizando uma contenção rígida que permanecerá por 45 dias. Em ambos os reimplantes fica indicada uma 
cobertura antibiótica de largo espectro por aproximadamente 10 dias. 
 
SEQUELAS DOS DENTES DEDÍDUOS TRAUMATIZADOS 
 Sequelas nos dentes decíduos traumatizados decorrentes de danos na polpa dental: hiperemia pulpar – 
aumento da vascularização e pequena infiltração celular -; hemorragia pulpar; calcificação pulpar; necrose 
pulpar; e reabsorção interna da coroa e/ou da raiz. 
 Sequelas nos dentes decíduos traumatizados decorrentes de danos ao ligamento periodontal: reabsorção 
radicular externa (superficial; lateral em “teto de igreja”; apical arredondada; apical com infecção; lateral; 
cervical); aumento do espaço pericementário; alveólise – exposição da raiz dentária devido a infecções -; e 
retenção prolongada. 
REPERCUSSÕES DOS GERMES DOS PERMANENTES APÓS O TRAUMA NO DECÍDUO 
 Hipomineralização ou opacidade do esmalte; hipoplasia do esmalte; hipomineralização associada a 
hipoplasia do esmalta; dilaceração coronária; malformações semelhantes a odontoma; duplicação radicular; 
Concussão Subluxação Luxação 
extrusiva 
Luxação 
lateral 
Luxação 
intrusiva 
Fratura 
alveolar 
Avulsão ou 
luxação 
total 
Entre todas as alterações 
apresentadas após o reimplante 
dentário, a mais observada foi a 
reabsorção cementária e 
dentinária, sendo causas de 
insucesso. 
RESUMO 
 
 
Amanda A. Nogueira 
angulação radicular; parada total ou parcial da formação da raiz; sequestro dos germes dos dentes 
permanentes; distúrbios na erupção. 
TRAUMATISMO AO OSSO, À GENGIVA OU MUCOSA ORAL 
Traumatismo ao osso de sustentação: 
 Fratura cominutiva do alvéolo dental: esmagamento do alvéolo; acontece mais em casos de luxações 
intrusivas e laterais. 
 Fratura da parece do alvéolo: fratura da parede vestibular ou lingual/palatina. Tratamento: redução + 
contenção rígida; devem-se remover fragmentos não aderidos ao periósteo devido à falta de vascularização. 
 Fratura do processo alveolar: fratura em bloco; envolve vários dentes e seus alvéolos. Tratamento: redução 
+ contenção rígida; devem-se remover fragmentos não aderidos ao periósteo devido à falta de 
vascularização. 
 Fratura de mandíbula ou maxila 
Traumatismo à gengiva ou mucosa oral: 
 Laceração: lesão resultante de um corte. Tratamento: limpeza da área + sutura. 
 Contusão: impacto que não causa um corte, mas ocasiona em hemorragia; 
 Abrasão: lesão superficial produzida por atrito, deixando uma superficie exposta e com sangramento 
Tratamento: limpeza da área.

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