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Aula 4 e 5_Farmacocinética

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3/18/2015
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Professora: Geórgia Soares
FarmacocinéticaFarmacocinética
�Farmacocinética 
�Parte da farmacologia que estuda
cronologicamente os fenômenos de
absorção, distribuição, metabolismo e
excreção dos fármacos.
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Farmacocinética 
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Farmacocinética
É dividida em 4 
processos
Absorção Distribuição Metabolismo Excreção
FarmacocinéticaFarmacocinética
� A disponibilização do fármaco divide-se em quatro
estágios denominados “ADME”.
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Farmacocinética 
Processos farmacocinéticos
�Absorção
�Distribuição 
�Biotransformação
�Excreção
O caminho da droga
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FARMACOCINÉTICA 
Vias de 
Administração
ABSORÇÃO
Distribuição
Metabolismo
“Biotransformação”
Excreção
↴↴↴↴
“ADME”
↴↴↴↴
↴↴↴↴
↴↴↴↴
componente líquido do sangue, no 
qual as células sanguíneas estão 
suspensas.
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ORGANISMO
(diferentes tecidos)
�A farmacocinética se vale de inúmeras e
complexas fórmulas matemáticas para
determinar:
� Qual dose do medicamento deve ser administrada;
� Intervalo entre as administrações para manutenção
dos níveis plasmáticos;
� Quantidade do fármaco absorvida desde seu local de
administração;
� Tempo para início do alívio dos sintomas;
� Velocidade de transformação;
� Eliminação do fármaco pelo organismo.
FarmacocinéticaFarmacocinética
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Farmacocinética 
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�Conceitos básicos em Farmacocinética
Biodisponibilidade: é a quantidade e a velocidade
de absorção do fármaco para a circulação sistêmica
após a administração de uma ou mais doses.
Pico de concentração plasmática: é o tempo necessário 
para que o fármaco alcance sua concentração máxima
no sangue após a administração de determinada dose.
FarmacocinéticaFarmacocinética
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Farmacocinética 
EFEITO MÁXIMO
⇒⇒⇒⇒ geralmente atingido quando a concentração da
droga chega ao máximo
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� Essa definição de biodisponibilidade baseia-se no
fato importante de que a maioria dos fármacos
alcança seus locais de ação diretamente a partir da
circulação sistêmica.
Farmacocinética
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Farmacocinética 
�Resumindo....
A Farmacocinética: refere-se ao estudo do 
MOVIMENTO QUE O MEDICAMENTO 
administrado executa dentro do organismo 
durante sua absorção, distribuição, 
metabolismo e excreção.
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Farmacocinética
Farmacocinética 
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ABSORÇÃO ORAL
Circulação
porta
Circulação
hepática
Circulação
sistêmica
� É a passagem de um medicamento de seu local 
de administração para a corrente sanguínea.
Deve ser considerada para todas as 
vias de administração, exceto a 
endovenosa
Farmacocinética: Absorção
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� Pela via endovenosa, NÃO existe absorção dado
que o fármaco é introduzido diretamente na
corrente sanguínea.
Farmacocinética 
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Absorção: processo pelo qual os fármacos
atravessam as membranas biológicas que separam o
meio interno do meio externo.
Quando administramos um medicamento via EV, não
ocorre absorção, pois o fármaco está 100%
disponível no sangue ao final da injeção, não
necessitando atravessar nenhuma membrana. Ao
contrario, na via oral, o fármaco precisa atravessar
várias membranas e nunca é 100% absorvido, sendo
parte retido na mucosa e excretado junto com as
fezes.
IMPORTANTE!
Farmacocinética: Absorção
A absorção implica na passagem do 
fármaco por meio das 
membranas biológicas
� Para exercer sua ação é necessário que o
fármaco chegue em concentrações adequadas à
biofase (local de ação).
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Farmacocinética 
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Estrutura da Membrana Plasmática
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Farmacocinética 
Estrutura da Membrana Plasmática
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Farmacocinética 
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Os fármacos de administração endovenosa são 
injetados diretamente na circulação sistêmica; para 
esses fármacos, a quantidade administrada equivale 
à quantidade que alcança a circulação sistêmica. 
Em contrapartida, a absorção gastrintestinal incompleta 
e o metabolismo hepático de “primeira passagem” 
tipicamente fazem com que a biodisponibilidade de um 
fármaco de administração ORAL seja reduzido.
Farmacocinética: Absorção
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Farmacocinética 
FARMACOCINÉTICA
O QUE É O METABOLISMO DE 1ª PASSAGEM 
HEPÁTICA? SISTEMA PORTA 
HEPÁTICO
SISTEMA 
CIRCULATÓRIO
ABSORVIDOS METABOLIZAÇÃO
• Diminui a biodisponibilidade antes de atingir órgãos-
alvos.
• Aumento da dosagem via oral → Sobrecarga
hepática
METABOLISMO HEPÁTICO DOS ESTEROIDES NA TERAPIA HORMONAL
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As vias não-enterais de administração de 
fármacos NÃO estão sujeitas ao metabolismo 
hepático de primeira passagem
Todos os fármacos administrados por via oral 
ESTÃO SUJEITOS ao metabolismo de primeira 
passagem no fígado
Farmacocinética: Absorção
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Farmacocinética 
� O metabolismo de primeira passagem é importante 
para muitos fármacos terapêuticos (Quadro 1).
Quadro 1: Exemplos de fármacos que sofrem 
eliminação de primeira passagem significativa
Aspirina® -AINE Metoprolol
Propranolol
Dinitrato de isossorbida
Lidocaína
Fonte: Rang et al., 2011. 
Farmacocinética: Absorção
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O metabolismo pré-sistêmico no fígado ou 
na parede intestinal reduz a biodisponibilidade
de diversos fármacos quando são 
administrados por via oral
Farmacocinética: Absorção
�Resumindo...
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Farmacocinética 
� A absorção dos fármacos ocorre, na sua maioria, na
porção superior do intestino delgado.
� Como o sistema digestório está envolvido nos
processos de digestão e absorção de alimentos,
parece óbvio que a presença de alimentos altera a
biodisponibilidade dos fármacos.
Esse parâmetro farmacocinético sofre
a maior interferência de alimentos e 
representa o mais comum e clinicamente
importante tipo de interação entre alimentos
e medicamentos
Farmacocinética: Absorção
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Farmacocinética 
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� O intestino delgado oferece três mecanismos para
aumentar a área da superfície de contato e assim
facilitar a absorção de fármacos.
Farmacocinética: Absorção
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Farmacocinética 
��AsAs variáveisvariáveis queque podempodem influenciarinfluenciar aa absorçãoabsorção dodo
fármacofármaco pelopelo tratotrato gastrintestinalgastrintestinal (TGI)(TGI) sãosão::
1.1. PresençaPresença dede alimentosalimentos nono sistemasistema digestóriodigestório;;
2.2. VelocidadeVelocidade dodo esvaziamentoesvaziamento gástricogástrico;;
3.3. AlteraçãoAlteração dada motilidademotilidade intestinalintestinal;;
4.4. AumentoAumento dada absorçãoabsorção dede fármacosfármacos lipossolúveislipossolúveis;;
5.5. LesãoLesão dede mucosamucosa;;
6.6. AlteraçãoAlteração dada microbiotamicrobiota intestinalintestinal..
Farmacocinética: Absorção
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Farmacocinética 
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��PresençaPresença dede alimentosalimentos nono sistemasistema digestóriodigestório
�� AA presençapresença dede alimentoalimento nono estômagoestômago ee intestinointestino inibeinibe
aa difusãodifusão dodo fármacofármaco ee formaforma umauma barreirabarreira físicafísica,,
reduzindoreduzindo suasua absorçãoabsorção..
Farmacocinética: Absorção
Figura: Representação da
formação de barreira física pelo
alimento, interferindo nos
processos de desintegração,
dissolução e contato do fármaco
com a parede mucosa interferindo
na sua absorção.
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Farmacocinética 
�Presença de alimentos no sistema digestório
�� AA presençapresença dede alimentoalimento,, alémalém dede representarrepresentar
barreirabarreira físicafísica,, reduzindoreduzindo aa chancechance dede contatocontato diretodireto
dodo fármacofármaco comcom aa mucosamucosa intestinal,intestinal, reduzreduz tambémtambém
aa disponibilidadedisponibilidade dede águaágua parapara aa desintegraçãodesintegração dodo
comprimidocomprimido ee dissoluçãodissoluçãododo fármacofármaco..
Farmacocinética: Absorção
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Farmacocinética 
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A absorção máxima dos fármacos ocorre com o 
estômago/intestino vazio, sendo assim recomendado
que o medicamento seja administrado 1 hora antes,
ou 2 horas após as refeições.
� Isso seria uma regra se muitos medicamentos não
produzissem distúrbios gastrintestinais.
Farmacocinética: Absorção
�Presença de alimentos no sistema digestório
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Farmacocinética 
��Presença de alimentos no sistema digestórioPresença de alimentos no sistema digestório
� Exemplos de medicamentos que devem ser tomados 
com o estômago vazio:
� Captopril
� Sulfato ferroso*
� Levotiroxina
� Paracetamol
� Rifampicina
� Azitromicina
� Ampicilina
� Óleo mineral (Nujol®)
Farmacocinética: Absorção
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Farmacocinética: Absorção
��VelocidadeVelocidade dodo esvaziamentoesvaziamento gástricogástrico
�� AA presençapresença dede alimentosalimentos nono estômagoestômago contribuicontribui
parapara oo retardoretardo dodo esvaziamentoesvaziamento gástricogástrico..
�� AA velocidadevelocidade éé limitadalimitada pelapela quantidadequantidade dede quimoquimo
presentepresente nono intestinointestino delgadodelgado..
� A velocidade de esvaziamento gástrico, constitui-se
comumente no estágio limitante que explica muitas
das interações responsáveis pela queda na absorção
de fármacos.
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Farmacocinética 
Farmacocinética: Absorção
Quanto mais
rápido o
esvaziamento
gástrico, mais
rápida será a
absorção.
��VelocidadeVelocidade dodo esvaziamentoesvaziamento gástricogástrico
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Isto significa que a administração concomitante de 
medicamentos com esses alimentos retarda o 
início de ação
Refeições sólidas, ácidas, quentes e gordurosas 
tendem a induzir um acentuado
retardo do esvaziamento gástrico 
Farmacocinética: Absorção
��VelocidadeVelocidade dodo esvaziamentoesvaziamento gástricogástrico
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Farmacocinética 
Contudo, para alguns medicamentos, esse tipo de 
interação é positivo e pode aumentar sua absorção.
Este é o caso da Hidroclorotiazida (Clorana®) que tem sua
desintegração e dissolução aumentada pelo maior tempo
de permanência no TGI – recomendado administrar com 
alimentos gordurosos
Farmacocinética: Absorção
��VelocidadeVelocidade dodo esvaziamentoesvaziamento gástricogástrico
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Farmacocinética 
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�� AlémAlém dede retardarretardar oo trânsitotrânsito intestinal,intestinal, alimentosalimentos
ricosricos emem gordurasgorduras podempodem aumentaraumentar aa absorçãoabsorção
dede fármacosfármacos altamentealtamente lipossolúveislipossolúveis..
�� EssesEsses fármacosfármacos sãosão absorvidosabsorvidos nono IDID proximal,proximal,
envolvidosenvolvidos nasnas micelasmicelas dede gorduragordura dosdos
alimentosalimentos..
Farmacocinética: Absorção
��VelocidadeVelocidade dodo esvaziamentoesvaziamento gástricogástrico
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Farmacocinética 
��AlteraçãoAlteração dada motilidademotilidade intestinalintestinal
�� AA motilidademotilidade intestinalintestinal podepode serser alteradaalterada porpor
laxanteslaxantes –– nesteneste casocaso aa interaçãointeração éé dodo
medicamentomedicamento sobresobre osos nutrientesnutrientes..
�� OO aumentoaumento dada velocidadevelocidade gastrointestinalgastrointestinal porpor
laxanteslaxantes comocomo oo BisacodilBisacodil diminuidiminui aa absorçãoabsorção dede
vitaminasvitaminas DD ee K,K, eletrólitoseletrólitos ee glicoseglicose..
Farmacocinética: Absorção
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��AlteraçãoAlteração dada motilidademotilidade intestinalintestinal
�� OO óleoóleo mineralmineral ((NujolNujol®®)) solubilizasolubiliza nutrientesnutrientes ee
aumentaaumenta oo trânsitotrânsito intestinalintestinal.. HáHá aa perdaperda dosdos
seguintesseguintes nutrientesnutrientes:: vitaminasvitaminas A,A, D,D, KK ee
lipídeoslipídeos..
Farmacocinética: Absorção
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Farmacocinética 
��AumentoAumento dada absorçãoabsorção dede fármacosfármacos
lipossolúveislipossolúveis
�� ExemploExemplo dede fármacosfármacos lipossolúveislipossolúveis sãosão::
�� GriseofulvinaGriseofulvina;; antifúngico
�� CarbamazepinaCarbamazepina ((TegretolTegretol®®));; antiepiléptico
�� PraziquantelPraziquantel.. anti-helmíntico
Farmacocinética: Absorção
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��AumentoAumento dada absorçãoabsorção dede fármacosfármacos
lipossolúveislipossolúveis
Para estes medicamentos, a 
biodisponibilidade é aumentada 
quando administrado com 
dieta rica em gordura.
Farmacocinética: Absorção
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Farmacocinética 
��AumentoAumento dada absorçãoabsorção dede fármacosfármacos
lipossolúveislipossolúveis
�� PorPor outrooutro lado,lado, laxanteslaxantes emolientesemolientes comocomo oo óleoóleo
mineralmineral ((NujolNujol®®)) permanecempermanecem nono intestinointestino
sequestrandosequestrando vitaminasvitaminas lipossolúveis,lipossolúveis, diminuindodiminuindo aa
suasua absorçãoabsorção.. EstesEstes medicamentosmedicamentos lubrificamlubrificam oo
bolobolo fecalfecal,, reduzindoreduzindo suasua consistênciaconsistência..
Farmacocinética: Absorção
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� exemplo de formação de complexos é a interação que
ocorre entre vitaminas lipossolúveis e laxantes
contendo óleo mineral (Nujol®) e óleo de rícino
(Laxol®).
Farmacocinética: Absorção
��FormaçãoFormação dede complexoscomplexos inativosinativos ouou nãonão
absorvíveisabsorvíveis
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Farmacocinética 
� Antiácidos contendo alumínio complexam-se e
reduzem a absorção de cálcio e ferro e, quando
utilizados por longo períodos, podem resultar em
deficiência séria desses nutrientes.
Farmacocinética: Absorção
��FormaçãoFormação dede complexoscomplexos inativosinativos ouou nãonão
absorvíveisabsorvíveis
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��LesãoLesão dede mucosamucosa
�� FármacosFármacos ouou bebidasbebidas comocomo aa cafeínacafeína ee álcoolálcool podempodem
produzirproduzir lesãolesão dede mucosamucosa gástricagástrica,, reduzindoreduzindo suasua
capacidadecapacidade absortivaabsortiva..
�� EssaEssa interaçãointeração reduzreduz aa absorçãoabsorção dede nutrientesnutrientes e,e,
dependendodependendo dodo graugrau dada lesão,lesão, teremosteremos deficiênciadeficiência
nutricionalnutricional importanteimportante..
�� EmEm funçãofunção disso,disso, recomendarecomenda--sese aosaos pacientespacientes maismais
susceptíveis,susceptíveis, aa administraçãoadministração dede fármacosfármacos logologo apósapós
asas refeiçõesrefeições ee reduçãoredução dada ingestãoingestão dede álcoolálcool ouou
bebidasbebidas contendocontendo cafeínacafeína..
Farmacocinética: Absorção
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Farmacocinética 
��AlteraçãoAlteração dada microbiotamicrobiota intestinalintestinal
�� OO usouso dede antimicrobianosantimicrobianos (por(por viavia oral),oral), dede modomodo
geralgeral reduzreduz aa microbiotamicrobiota intestinal,intestinal, podendopodendo comcom
issoisso diminuirdiminuir aa produçãoprodução dede vitaminavitamina BB1212 pelaspelas
bactériasbactérias..
�� AA microbiotamicrobiota intestinalintestinal tambémtambém podepode interferirinterferir sobresobre
aa açãoação dede fármacosfármacos comocomo oo MetotrexatoMetotrexato ––
crescimentocrescimento dada microbiotamicrobiota aumentaaumenta aa
biodisponibilidadebiodisponibilidade destedeste medicamentomedicamento..
Farmacocinética: Absorção
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Farmacocinética: Distribuição
��DistribuiçãoDistribuição
�� ÉÉ aa passagempassagem dede umum fármacofármaco dada correntecorrente
sanguíneasanguínea parapara oo tecidotecido--alvoalvo..
�� GraçasGraças aa isso,isso, oo fármacofármaco podepode atingiratingir oo órgãoórgão--alvoalvo
ee produzirproduziroo efeitoefeito desejadodesejado..
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Farmacocinética 
Farmacocinética: Distribuição
��DistribuiçãoDistribuição dosdos fármacosfármacos nono organismoorganismo
�� CompartimentosCompartimentos líquidoslíquidos dodo organismoorganismo
Os líquidos corporais 
estão distribuídos em 
2 compartimentos 
distintos
Líquidos 
extracelulares 
(LEC)
Líquido 
intracelular (LIC)
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Farmacocinética 
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� O líquido extracelular compreende o plasma (cerca de
4,5% do peso corporal), líquido intersticial (16%) e
linfa (1,2%).
� O líquido intracelular (30-40%) é a soma do conteúdo
líquido no interior de todas as células do corpo.
� O líquido transcelular (2,5%) é o líquido separado de
outros fluídos por uma barreira celular. É um tipo de
LEC.
��DistribuiçãoDistribuição dosdos fármacosfármacos nono organismoorganismo
�� CompartimentosCompartimentos líquidoslíquidos dodo organismoorganismo
Farmacocinética: Distribuição
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Farmacocinética 
Revisão
� Formação da linfa
� A linfa (meio intermédio entre o sangue e as células)
é um líquido transparente constituído pelo plasma (e
substâncias dissolvidas), glóbulos brancos e
resíduos/células mortas, que atravessam a parede
dos capilares sanguíneos para os espaços
intersticiais (espaços entre as células), sendo
recolhidos pelos capilares linfáticos.
Farmacocinética: Distribuição
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Farmacocinética 
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1. Capilar sanguíneo
2. Plaquetas
3. Glóbulo vermelho
4. Glóbulo branco
5. Plasma
6.Célula
7. Linfa intersticial
8. Capilar linfático
9. Linfa circulante
Formação da linfa
54
Farmacocinética 
��DistribuiçãoDistribuição
�� EmboraEmbora aindaainda nãonão hajahaja muitosmuitos estudosestudos
relacionandorelacionando interaçõesinterações comcom alimentosalimentos ee aa
distribuiçãodistribuição dosdos fármacosfármacos nono organismo,organismo, valevale aa
penapena tentartentar entenderentender algunsalguns mecanismosmecanismos
envolvidosenvolvidos nesteneste processoprocesso..
Farmacocinética: Distribuição
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Farmacocinética 
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�Ligação de fármacos a proteínas plasmáticas
� A ligação de um fármaco às proteínas
plasmáticas limita sua concentração nos tecidos e
no seu local de ação, visto que apenas o
fármaco livre está em equilíbrio estável por meio
das membranas.
Farmacocinética: Distribuição
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Farmacocinética 
�Ligação de fármacos a proteínas plasmáticas
� A porção livre (não ligada) do fármaco é que constitui
a forma farmacologicamente ativa.
� A ligação da proteína ao fármaco é DINÂMICA –
redução da concentração de fármaco livre, resultará
em mudança na concentração de fármaco ligado à
proteína plasmática.
� A porção ligada pode atuar como um reservatório ou
depósito do qual a droga é lentamente liberada na
forma não-ligada.
Farmacocinética: Distribuição
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Transferência transmembranar de um fármaco de acordo
com a sua ligação às proteínas.
Farmacocinética: Distribuição
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Farmacocinética 
�Ligação de fármacos a proteínas plasmáticas
� A albumina, que liga muitos fármacos ácidos (por ex:
Varfarina, Fenitoína, AINEs, Barbitúricos, Salicilatos,
Sulfonamidas, Penicilinas) e um pequeno número de
fármacos básicos (antidepressivos tricíclicos e
Clorpromazina) é a proteína plasmática mais
importante no que concerne à ligação de fármacos.
� Outras proteínas plasmáticas, incluindo a β-globulina
e uma glicoproteína ácida também foram implicados
na ligação de muitos fármacos básicos, como a
Quinina.
Farmacocinética: Distribuição
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Farmacocinética 
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Ilustração de ligação das moléculas de fármaco a albumina no
plasma num dado instante e difusão por meio do endotélio em um
vaso sanguíneo pequeno. 60
Farmacocinética 
�A quantidade de um fármaco que se liga a
proteínas plasmáticas vai depender de três
fatores:
� Concentração do fármaco livre;
� Afinidade do fármaco pelos sítios de ligação;
� Concentração de proteínas plasmáticas.
Farmacocinética: Distribuição
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Farmacocinética 
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Valores de pKa
para alguns
fármacos ácidos e
básicos.
Fonte: Range et al., 2011.
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Farmacocinética 
Professora: Geórgia Soares

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