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Direito Civil - Contratos (Slides) - Agência

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Contrato de Agência 
Introdução:
 A cooperação formal entre empresários é necessariamente uma estratégia para 
viabilizar o atendimento a determinada demande, abrir alternativas nas disputas de 
posições favoráveis em diversas zonas do mercado, disponibilizar novos produtos, 
bem como possibilitar a ampliação territorial dos núcleos de captação de negócios.
 Essa cooperação é formalizada por diversas modalidades de contratos, entre os quais 
aqui se confere relevo, sinteticamente, ao agenciamento. 
Conceito de contrato de agência:
 Na definição do Código Civil, o contrato de agência (ou de representação comercial 
autônoma) é aquele pelo qual uma pessoa – o agente – assume, em caráter não 
eventual, e sem vínculos de dependência, a obrigação de promover à conta de outra 
– o preponente ou fornecedor – mediante retribuição, a realização de certos 
negócios, em zona determinada .
Contrato de Agência 
Elementos essenciais do contrato de agência:
 Segundo a definição legal do contrato de agência, contida no art. 710 do Código 
Civil, sua estrutura fundamental envolve a combinação de quatro elementos 
essenciais :
a) o desenvolvimento de uma atividade de promoção de vendas ou serviços por parte 
do agente, em favor da empresa do comitente;
b) o caráter duradouro da atividade desempenhada pelo agente (habitualidade ou 
profissionalidade dessa prestação);
c) a determinação de uma zona sobre a qual deverá operar o agente;
d) a retribuição dos serviços do agente em proporção aos negócios agenciados.
 Nessa ordem de idéias, pode-se afirmar que, na concepção legal, para configurar-se 
contrato de agência, é necessário que uma parte (o agente) assuma de forma 
duradoura a função de promover, mediante remuneração, a formação de negócios, e 
eventualmente de concluí-los e executá-los, sempre por conta da outra parte (o 
preponente) e dentro de uma determinada zona
Contrato de Agência 
Sujeitos do contrato de agência:
 De um lado coloca-se o preponente que tem bens e serviços a colocar no mercado; e 
de outro, o agente (um preposto) que é um profissional que se encarrega de 
colaborar na promoção dos negócios do preponente, sem estabelecer vínculo de 
subordinação a este e que deve ser remunerado em função do volume de operações 
promovidas.
 Ambos, preponente e agente, são empresários, cada um dedicando-se a um ramo 
próprio de negócios. Um realiza a comercialização de suas mercadorias ou serviços 
(preponente) e outro exerce uma especial atividade profissional (o agente), que é a 
de angariar clientela para adquirir os produtos do primeiro.
 Vê-se, pois, que o agente se apresenta como autêntico empresário porque seu serviço 
é desempenhado de forma autônoma e constitui um tipo de negócio de evidente 
valor econômico e jurídico, na circulação de bens do mercado.
 O agente comercial, nessa ordem de idéias, desempenha uma atividade de mercado 
cujo requisito fundamental é a liberdade de iniciativa na prestação do serviço de 
agenciamento. Daí reconhecer-se sua posição de titular da própria empresa, em cuja 
organização e administração não interfere a empresa do preponente.
Contrato de Agência 
Natureza:
 O contrato de agência integra a classe dos contratos de distribuição comercial, nos quais o 
agente desenvolve um papel importante na colocação no mercado dos produtos gerados ou 
comercializados pela empresa preponente, de maneira que esta, em última análise, se 
beneficia da contínua obra promocional levada a efeito pelo agente junto à clientela.
 A natureza jurídica do contrato de agência é hoje a de um contrato típico, que se formou a 
partir da idéia de profissionalização do mandato e, mesmo, por meio de “uma evolução 
das regras do mandato clássico”. Assim, “o agente se beneficia de um estatuto originado 
de modificação de regras civis do mandato, seja sobre influência dos usos e regulamentos, 
seja do fato de uma abordagem econômica da agência que se desenvolveu recentemente”. 
De tal sorte, “o agente comercial continua um mandatário, mas deve ser apreciado 
enquanto profissional do comércio” . Na verdade, só por insistência histórica se mantém 
entre os franceses a doutrina da agência como modalidade de mandato. O que 
efetivamente se tem, entretanto, é um mandatário remunerado e profissional, que melhor 
se qualifica como um profissional do comércio, cuja atividade específica “consiste na 
realização de atos materiais que visam à criação de uma corrente de negócios para a 
difusão dos produtos e serviços de outra empresa . Se se pretender comparar a agência 
atual com outros contratos típicos, sua afinidade será maior com o contrato de prestação de 
serviços do que com o de mandato, pois apenas excepcionalmente o agente se encarrega 
de tarefas que são próprias do mandatário .
Contrato de Agência 
Agência e Mandato
 No contrato de mandato a outorga é em 
regra, destinada a realização de negócios 
determinados. O agenciamento refere-se 
a um relacionamento negocial
permanente envolvendo operações 
reiteradas e indeterminadas, sendo 
essencial a este contrato a mediação de 
negócios em favor do preponente, o que 
não depende de poderes inerentes ao 
mandato. Quando estes poderes, 
eventualmente, se incluem nas cláusulas 
da agência, representam apenas 
elemento acessório, secundário ou 
acidental, não interferindo, por isso 
mesmo, na conceituação ou 
configuração, propriamente dita, do 
contrato, nem tampouco na definição de 
sua natureza jurídica.
Agência e Comissão
 A comissão é um contrato de colaboração 
empresarial, pelo qual os produtos do 
comitente são postos à disposição do 
comissário, por meio de uma consignação, 
que o credencia a vendê-los aos 
consumidores em nome próprio. Perante 
estes, o vendedor é o comissário e não o 
comitente. No contrato de agência, o 
vendedor é sempre o preponente, ainda que 
se confiram poderes ao agente para concluir 
e executar a venda. A atuação é de um 
representante (mandatário) do vendedor, e 
não de um vendedor propriamente dito.
Agência e distribuição
 No contrato de agenciamento, o agente não 
pratica o negócio de colocação dos produtos 
do proponente em nome próprio; atua 
apenas em nome e por conta deste. Já no 
contrato de distribuição, o distribuidor tem 
à sua disposição a mercadoria a ser 
negociada, adquirida através de um 
fornecedor, e a negocia com o consumidor 
em nome próprio e por sua conta.
Contrato de Agência
Objeto do contrato de agência:
 Objeto, portanto, do contrato de agência, que é um contrato típico e de execução 
continuada, é uma atividade de promoção de negócios individuais, consistente na 
busca e visita da clientela, para coletar propostas ou encomendas a serem repassadas 
à empresa representada. Eventualmente, esse objeto pode ser ampliado, para 
compreender a conclusão do contrato de venda e entrega das mercadorias. Quando 
esses poderes adicionais são incluídos no ajuste, o contrato é denominado de 
“agência e distribuição”.
 todavia, continua sendo uma prestação de serviços profissionais na área da 
intermediação de negócios, visto que o agente não revende os produtos que o 
preponente apenas coloca à sua disposição . A operação é toda ela desenvolvida e 
consumada em nome e por conta do preponente. O agente-distribuidor apenas 
representa o fornecedor, que, afinal é o vendedor das mercadorias consignadas ao 
preposto e negociadas com a clientela. Não há, repita-se, revenda, mas apenas 
venda, operada entre o preponente e o consumidor
 O contrato de agência, nessa ordem de idéias, tem como objeto a atividade do 
agente, com caráter de estabilidade, voltada para a promoção, dentro de uma zona 
determinada, de contratos que serão concluídos pelo preponente, para cuja 
consecução empenhará múltiplas atividades, de impulsoe de agilização, tudo em 
busca de conquistar, manter e incrementar a demanda dos produtos do preponente.
Contrato de Agência 
Legislação
Código Civil 2002 Capitulo XII – Da Agência e Distribuição Art. 710 a 721
Art. 710. Pelo contrato de agência, uma pessoa assume, em 
caráter não eventual e sem vínculos de dependência, a 
obrigação de promover, à conta de outra, mediante 
retribuição, a realização de certos negócios, em zona 
determinada, caracterizando-se a distribuição quando o 
agente tiver à sua disposição a coisa a ser negociada. 
Parágrafo único. O proponente pode conferir poderes ao 
agente para que este o represente na conclusão dos 
contratos. 
Art. 711. Salvo ajuste, o proponente não pode constituir, ao 
mesmo tempo, mais de um agente, na mesma zona, com 
idêntica incumbência; nem pode o agente assumir o 
encargo de nela tratar de negócios do mesmo gênero, à 
conta de outros proponentes. 
Art. 712. O agente, no desempenho que lhe foi cometido, 
deve agir com toda diligência, atendo-se às instruções 
recebidas do proponente. 
Art. 713. Salvo estipulação diversa, todas as despesas com 
a agência ou distribuição correm a cargo do agente ou 
distribuidor. 
Art. 714. Salvo ajuste, o agente ou distribuidor terá direito 
à remuneração correspondente aos negócios concluídos 
dentro de sua zona, ainda que sem a sua interferência. 
Art. 715. O agente ou distribuidor tem direito à indenização 
se o proponente, sem justa causa, cessar o atendimento 
das propostas ou reduzi-lo tanto que se torna 
antieconômica a continuação do contrato. 
Art. 716. A remuneração será devida ao agente também 
quando o negócio deixar de ser realizado por fato 
imputável ao proponente. 
Art. 717. Ainda que dispensado por justa causa, terá o 
agente direito a ser remunerado pelos serviços úteis 
prestados ao proponente, sem embargo de haver este 
perdas e danos pelos prejuízos sofridos. 
Art. 718. Se a dispensa se der sem culpa do agente, terá ele 
direito à remuneração até então devida, inclusive sobre 
os negócios pendentes, além das indenizações previstas 
em lei especial. 
Art. 719. Se o agente não puder continuar o trabalho por 
motivo de força maior, terá direito à remuneração 
correspondente aos serviços realizados, cabendo esse 
direito aos herdeiros no caso de morte. 
Art. 720. Se o contrato for por tempo indeterminado, 
qualquer das partes poderá resolvê-lo, mediante aviso 
prévio de noventa dias, desde que transcorrido prazo 
compatível com a natureza e o vulto do investimento 
exigido do agente. 
Parágrafo único. No caso de divergência entre as partes, o 
juiz decidirá da razoabilidade do prazo e do valor 
devido. 
Art. 721. Aplicam-se ao contrato de agência e distribuição, 
no que couber, as regras concernentes ao mandato e à 
comissão e as constantes de lei especial.

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